sexta-feira, 30 de julho de 2010

A dona da história

a dona da historia ASSUNTO
Escolhas, ninho vazio, Relações de casal
A Carolina madura está em crise porque os filhos já saíram de casa. A proposta da protagonista é dolorosa: olhar para trás e analisar se suas expectativas na juventude se concretizaram não é fácil. Pensar no “e se...”, nas possibilidades desperdiçadas e nos caminhos escolhidos não é tarefa grata nem aos mais bem sucedidos. No entanto, há tamanha leveza em A Dona da História que tal tarefa nem parece ser tão ingrata quanto parece, muito pelo contrário. O filme faz com que esses tão horripilantes balancetes que fazemos em momentos de crise pareçam necessários para que se saia de uma estagnação. Mais do que propor ao espectador que olhar para trás não é tão doloroso quando se percebe que o saldo (quase) sempre é positivo, A Dona da História é uma ode ao romance, uma prova que a vida cotidiana não precisa ser tão temida. Em tempos de relacionamentos efêmeros, é sempre bom ver um filme dedicado aos casais que passam décadas e décadas juntos, superam as crises e provam que, sim, o amor de sua vida pode aparecer justo na sua. O filme encara de uma forma divertidíssima duas perguntas que nos fazemos a todo o momento: "Será que estou no caminho certo?" e "Será que não podia ter sido melhor?".

SINOPSE
Rio de Janeiro, 1968. Quando tinha 18 anos Carolina (Débora Falabella) conhece o grande amor da sua vida, Luís Cláudio (Rodrigo Santoro), seu primeiro e único namorado, com quem se casa. Quando ela tinha 55 anos, com os quatro filhos já crescidos, eles pretendem vender o apartamento em que vivem, para morar num apart-hotel e viajar. Por ele a viagem dos sonhos seria Cuba, mas ela sempre quis conhecer Paris. No decorrer da venda do imóvel acontecem pequenos conflitos, pois Carolina (Marieta Severo) passa a crer que o amor que tinham um pelo outro acabara e propõe a Luís (Antônio Fagundes) terminarem o casamento. Ele, por sua vez, retruca dizendo que é mais uma discussão passageira. O imóvel é vendido. Os dois pegam o elevador do prédio e, antes de cada um ir para um canto, Luís insiste que deveriam viajar e entrega a Carolina uma passagem aérea, que ela não dá importância. Ela vai tomar um banho e então começa um grande momento de reflexão, no qual "se encontra" com a jovem Carolina, ou seja, ela mesma, e começa a pensar como teria sido sua vida se, no dia que Luís a pediu em casamento, ela tivesse dito não. Através de um confronto e diálogo com a jovem que foi aos 18 anos, ela revive os sonhos do passado e as possibilidades de ter seguido outros rumos e conhecido outros amores. Na maturidade Carolina viverá plenamente o privilégio de rever a sua própria história e se reencontrar no que foi, no que não foi e no que poderia ter sido, ao lado ou longe do grande amor de sua vida.
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TRAILER:

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