sábado, 19 de outubro de 2013

Uma família em apuros

clip_image001ASSUNTO
Relações familiares, choque de gerações, relações sociais e afetivas.
SINOPSE
2012 – comédia - Quando a filha sai para trabalhar, Artie (Billy Crystal) e Diane Decker (Bette Midler) passam a cuidar dos netos. O problema é que os métodos modernos de educação, que excluem punições e deixam de lado qualquer tipo de diversão, entram em conflito com tudo aquilo que Artie e Diane aprenderam com a vida. Logo eles decidem abandonar as recomendações da filha e adotar seu próprio método, usando algumas táticas inesperadas para conquistar os netos e ensiná-los a serem crianças de verdade.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Comédia familiar que propõe boas risadas ao apresentar questões familiares bem contemporâneas. Obviamente, os extremos tornam as questões pouco verídicas, o que não retira de cena a oportunidade de repensarmos algumas questões. Aliás, talvez seja mesmo por tornar as situações bastante caricatas, aquilo que nos convida a ultrapassar o riso e refletir. Artie, o avô, está naquela idade difícil, quando o homem pode ser aposentado e sentir algum vazio por conta disto. No entanto, não é o que ocorre. Ele é um radialista à moda antiga e é demitido exatamente por este motivo. Atente para a cena, que além de hilária, pode nos fazer pensar sobre os dois lados da moeda. Por um lado, muitas pessoas resistem às mudanças inerentes aos avanços tecnológicos, o que pode as deslocar, não só do mercado de trabalho, mas também de algumas interações sociais que passam a ser incompreensíveis. Por outro lado, temos também a intransigência em relação aos que não se adéquam, desvalorizando assim toda a experiência de uma vida. Estamos falando do radicalismo que distancia gerações, dificultando as trocas que tanto podem enriquecer a vida. Muito bem, a filha de Artie construiu família fora dos moldes de sua origem e também bem distante. A rotina da família gira em torno de uma cultura moderna, obedecendo às últimas tendências, seguindo-as em todos os comportamentos, principalmente no que se refere à educação. Quando ela precisa dos pais para ficar com seus filhos por alguns dias,  percebemos o tamanho da distância existente entre eles.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Minha mãe é uma viagem

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Relações familiares, confluência, autoestima, mecanismo de defesa.
SINOPSE
2013 COMÉDIA - Andy Brewster está prestes a realizar a viagem de seus sonhos pelo país e quem melhor para acompanhá-lo do que sua autoritária mãe Joyce. Depois de decidir dar início à sua aventura com uma rápida visita à sua mãe, Andy se vê forçado a levá-la com ele na viagem. Por 3.000 milhas de cenários sempre diferentes, ele constantemente se irrita com as artimanhas da mãe, porém, com o tempo, ele percebe que suas vidas têm mais em comum do que ele imaginava. Os conselhos de sua mãe podem acabar sendo exatamente aquilo que ele precisa.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Mais que simpático, o agradável filme brinca com situações autênticas, que são facilmente encontradas na relação mãe e filho. Alguns filhos reconhecerão algo da própria mãe em Joyce, seja pela superproteção ou pela falta de limites, principalmente quando se trata de invadir o espaço da própria cria. Eles podem reconhecer ou não as próprias dificuldades em seu funcionamento no mundo. As mães, por sua vez, poderão se dar conta de seus excessos ou, ao contrário, podem se irritar com as atitudes invasivas desta mãe superprotetora, exatamente por não terem coragem de admitir ou reconhecer as próprias atitudes. Na realidade, as mães superprotetoras apenas amam demais, fazem de tudo para que os filhos não sofram. Na intenção de apenas evitar que o seu rebento sinta as dores do mundo, não percebem que a mensagem recebida por ele é outra. Na maior parte das vezes, o filho se percebe incapaz de enfrentar a vida, passa a não acreditar em si mesmo, se torna inseguro ao não ter parceria. No filme, Andy é o filho prodígio que desenvolveu-se no universo acadêmico, realizando pesquisas que resultaram em um produto competitivo. No entanto, o jovem tem certa dificuldade no que se refere à transmitir a mensagem. Embora ele tenha ciência da eficiência de seu invento, os termos que usa tornam sua comunicação enfadonha, desviando o foco do produto. A mãe, por outro lado, se preocupa com o fato dele não ter um relacionamento estável e tenta resolver o que considera “problema” do seu jeito.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Smashed De volta a realidade

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Alcoolismo, dependência química, relações afetivas, sociais e familiares.
SINOPSE
Kate (Mary Elizabeth Winstead) e Charlie (Aaron Paul) formam um jovem casal apaixonado. Eles compartilham uma paixão pela música, risos e álcool. Com o tempo, Kate desenvolve um comportamento antissocial que compromete seu trabalho como professora. Ela então decide entrar no AA e ficar sóbria, contando com a ajuda da amiga Jenny, do vice-diretor da escola e do seu marido. Mas nem tudo será fácil nesta jornada, pois essa transformação vai trazer à tona os outros problemas da sua vida.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O alcoolismo, como outras formas de dependência química, é cada vez mais frequente entre as mulheres. Como outros vícios, este é fácil de apontar em “outras pessoas”, e, muito difícil de ser reconhecido em si. “Bêbado”, “Sem noção”, “embriagado”, “papudo” é sempre uma qualidade daquele outro, que se comporta de forma inadequada. Quem está envolvido no processo dificilmente se percebe como alcoolista, ele acredita que apenas bebe socialmente. É muito difícil ter consciência do próprio estado de embriaguês, dependência. No filme, a partir de algumas situações inusitadas, Kate se dá conta do quanto a bebida está lhe tirando o controle. A diversão compartilhada com o marido, regada a muito álcool, aos poucos vai tornando o dia seguinte  sem sentido. Acordar num banco de praça, não perceber como chegou até ali, ou pior, vomitar em sala de aula, são os alertas que despertam a professora. A rotina de quem bebe sem limite é assim, aparenta ser um “tempero” para a diversão, mas se apresenta como mecanismo de fuga da realidade. Os problemas reais não deixam de existir, a bebida serve como um anestésico, suspendendo por alguns momentos as preocupações da vida. Da diversão à autodestruição é rápido, basta um instante, sem que muitas vezes a pessoa possa se dar conta. Além de perder a capacidade de discernimento, a pessoa pode chegar a consequências bem piores. A ilusão é o objetivo primeiro, pois não há responsabilidade enquanto a droga tem efeito. Acordar para a realidade é, na maior parte das vezes, muito sofrido.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ginger e Rosa

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Adolescência, relações familiares, afetivas e sociais, crise existencial, guerra, família disfuncional.
SINOPSE
Londres, 1962. Ginger (Elle Fanning) e Rosa (Alice Englert) são amigas inseparáveis. Elas sonham com uma vida melhor que as de suas próprias mães, sempre presas à rotina doméstica, mas a crescente ameaça de uma guerra nuclear as amedronta. Não demora muito para que ambas entrem em conflito com as mães, ao mesmo tempo em que passam a idolatrar Roland (Alessandro Nivola), o pai pacifista de Ginger. Ele encoraja na filha a "lutar contra a bomba", mas aos poucos Rosa demonstra ter outros interesses envolvidos.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Filme para poucos, a trama mescla a crises existenciais, familiares, sociais e políticas. A trama é lenta e retrata a Inglaterra em uma época difícil, desde a Explosão de Hiroxima até a Guerra Fria, grande conflito entre 2 potências, e, a crise dos mísseis em Cuba. O mundo caótico, interno e externo, se mistura durante as crises existenciais, com direito a citações de Friedrich Engels e a escritora Simone de Beauvoir. Nascidas no momento da explosão de Hiroxima, as amigas partilharam diversos momentos de vida até a adolescência, quando fica claro o quanto suas formas de ver o mundo diferem.