tag:blogger.com,1999:blog-33105806149756510942024-03-13T09:18:46.979-07:00Psicologia & cinemaAtendendo em consultório particular em Copacabana e na Ilha do Governador, reflito sobre a influência dos filmes em minha trajetória, que foi atravessada pelo cinema em diversas fases. Ferramenta de auxílio para a compreensão de diversos conceitos, os filmes não só informam, mas são capazes de nos tocar, favorecendo assim, novas formas de lidar com nossas questões e conflitos.
Compartilho, então, alguns desses filmes.Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.comBlogger502125tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-43156857852284585702021-04-22T17:20:00.004-07:002022-04-06T07:03:04.359-07:00O som do silêncio (Sound of Metal)<p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqAycHL4BTckZ61Zu4gBcMnHXjC_lZBqwD9Vqejg7tQrVeZ7FmHjOGSl4opZTc1pfygmlXlgxgd0476fvuYoc1kgKapGfcxioxXRObL3ZU8knTNUIutHMj9dU2EZvftePsrReWgZCcbEl7/s2048/1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1365" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqAycHL4BTckZ61Zu4gBcMnHXjC_lZBqwD9Vqejg7tQrVeZ7FmHjOGSl4opZTc1pfygmlXlgxgd0476fvuYoc1kgKapGfcxioxXRObL3ZU8knTNUIutHMj9dU2EZvftePsrReWgZCcbEl7/s320/1.jpg" /></a></b></div><p></p><p><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">ASSUNTO</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: red;">Deficiência auditiva, relações
afetivas, familiares, sociais e de casal, autoconhecimento, aceitação, luto,
resiliência.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">SINOPSE</b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Em Sound of Metal, um jovem bateirista
teme por seu futuro quando percebe que está gradualmente ficando surdo. Duas
paixões estão em jogo: a música e sua namorada, que é integrante da mesma banda
de heavy metal que o rapaz. Essa mudança drástica acarreta em muita tensão e
angústia na vida do bateirista, atormentado lentamente pelo silêncio. Disponível no Prime vídeo.</span></i><i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>TRAILER</b><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="320" src="https://www.youtube.com/embed/B_kLPzTxuA0" width="385" youtube-src-id="B_kLPzTxuA0"></iframe></div><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">O OLHAR DA PSICOLOGIA</b></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mais do que esperamos de um
filme, O SOM DO SILÊNCIO é uma experiência sensorial fantástica. Para quem não é
fã do gênero Heavy Metal, o início do filme pode ser desestimulante.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A intensidade do show, logo na abertura, pode
oferecer uma previsibilidade equivocada. Após o primeiro show, acompanhamos uma
parte do cotidiano harmônico de Ruben com a namorada. Logo, tudo começa a
mudar. Como já citado na sinopse, a perda , não tão gradual, da audição de
Ruben é o fio condutor da trama, que nos convida a sentir o mesmo desconforto e
angústia do protagonista. Entre sons e silêncios acompanhamos o processo de autoconhecimento
e aceitação do protagonista. A perda da audição, como muitas outras, provoca a
intensidade de movimentos em direção à recuperação do que foi perdido. O
caminho trilhado pode nos transformar, adaptando-nos às novas condições,
ampliando nosso potencial. Entretanto, o desapego é um tanto difícil, tal qual
o processo de luto. Qualquer perda, ou mudança drástica, pode gerar o mesmo
desconforto e a dificuldade no processo de aceitação. O filme estimula os
sentidos do público, entre silêncios e sons, alinhavados com diferentes
perspectivas. Para além da representatividade de surdos, o filme provoca
diferentes reflexões, principalmente, no que se refere ao processo reintegração
do ser diante de perdas ou transformações, que são inerentes à vida. Um tema
pertinente, diante das mudanças impostas pela pandemia, momento em que a
humanidade se depara com mudanças e perdas, que exigem elaboração, criatividade
e aceitação. É um filme necessário, imperdível, espetacular! O texto a seguir pode conter spoiler, sugerimos ler após assistir ao filme.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É d<span style="background: white;">e repente, que tudo perde volume a sua volta, soando abafado e
distante.</span></span><span style="background: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; letter-spacing: -0.05pt; line-height: 115%;"> O espectador é
convidado a partilhar da sensação de ansiedade e de desespero, exatamente como
Ruben. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Impossível
não ser afetado vendo alguém perder aquilo que dava sentido à vida. Sim, para o
músico a audição é algo mais quase imprescindível. Perder a audição é perder
referência de si mesmo. Aliás, qualquer perda pode ser considerada como um
processo difícil de lidar, que altera o universo de cada um de forma
impactante. A trama conduz o espectador a vivenciar junto ao protagonista as
etapas do processo de luto. A psicologia descreve cinco estágios do luto, que
são: Negação, raiva, negociação ou barganha, depressão e aceitação. È possível
identificar cada uma das etapas descritas no processo de Ruben. Entretanto, a trama
também pode ser percebida em diferentes perspectivas, de acordo com o
espectador. Por exemplo, as alterações entre silêncios e sons, ora harmônicos,
ora bastante incômodos, podem provocar diferentes sensações no público.
Silêncio pode ser sinônimo de solidão, de dor, de tristeza, ou, ao contrário,
ser um momento de serenidade, alívio, plenitude. O mesmo pode ser suscitado
pelos diferentes sons, que podem ser percebidos como barulhento, incômodo, até
insuportável, ou, ao contrário, inspirar momentos de paz, prazer, criatividade
e amor. Estamos diante de uma experiência quase visceral. Qualquer perda ou
mudança drástica pode ameaçar o mundo particular de cada um de nós. Inevitável
comparar com outras situações, como perdas ou mudanças. Seja a perda de um ente
querido ou as transformações vivenciadas pela humanidade diante da pandemia,
é preciso encontrar novas formas de viver, perceber e reconhecer, a nós mesmos,
ao outro, ao meio. A riqueza de
provocações da trama é tão vasta, que torna difícil abranger sua totalidade. A
Gestalt-terapia prioriza a forma, a experiência e a recuperação dos sentidos do
cliente como caminho para a sua integração do ser. Definitivamente, é a possibilidade
oferecida pelo filme, uma experiência repleta de sentidos. Contato, parte-todo,
totalidade, ajustamento criativo e polaridades são alguns dos conceitos da
Abordagem gestáltica, que podem ser identificados na trama. Ruben busca retorno
ao que foi um dia, durante sua jornada vai se transformando, sem se dar conta.
A obsessão em “recuperar” a audição o impede de perceber as mudanças, é preciso
atualização. Sua namorada insiste no tratamento da instituição, mesmo que seja
necessário separar o casal. Ambos tiveram envolvimento com drogas e se apoiaram
durante quatro anos, distanciados do vício. Na despedida, ele manifesta sua dificuldade,
dizendo “você é meu mundo, é tudo para mim, me espera”. Uma relação que pode ser considerada como coodependência. É Joe, seu mentor, que
ilumina o caminho de Ruben, para além do distanciamento das drogas e o aprendizado
sobre como ser surdo. Ruben tem a oportunidade de se descobrir singular, único, individualizado. Dentre as
intervenções feitas por Joe, destacamos a busca de si mesmo através de
rabiscos, até que fosse possível contemplar o momento presente, encontrando a “serenidade”.
Na interação, particularmente com as crianças, o protagonista aprende sobre si
mesmo e sua nova condição. A filosofia do centro de reabilitação é a surdez não
é algo para ser consertado, aspecto de difícil aceitação pelo protagonista, que
insiste em sua obsessão em voltar para o que era. O final é aberto, revelando
uma capacidade de todos, inclusive de Rubem, a capacidade de escolha. O
protagonista pode escolher entre silêncio e som, como tantas tantas outras escolhas
que o ser humano pode fazer, ao perceber, que muitas vezes, que o que parece
oposto, pode ser complemento, integração, totalidade do ser. Vale conferir!</span></p></blockquote>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-70798486447968609832021-04-18T11:23:00.000-07:002021-04-18T11:23:06.424-07:00Un padre no tan padre (Patriarca)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAxLLwyA9_qVYG0LPzfJpoSZz0ilk-2LTCc8e8pvDseaK2AqVHkc32lmp-58dV3LcZlWKb6z63Zd31Hkaw7FhjgYl7QD0TjMM6risBqC0iwpw9HRUrZ1xB9q2nX5ykVXDFFw2KIpRvPb6F/s312/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="210" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAxLLwyA9_qVYG0LPzfJpoSZz0ilk-2LTCc8e8pvDseaK2AqVHkc32lmp-58dV3LcZlWKb6z63Zd31Hkaw7FhjgYl7QD0TjMM6risBqC0iwpw9HRUrZ1xB9q2nX5ykVXDFFw2KIpRvPb6F/w215-h320/1.jpg" width="215" /></a></div><br /><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"><b>ASSUNTO</b></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="color: red;"><b>Terceira idade, relações
familiares, afetivas e sociais.</b></span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>SINOPSE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><i>Quando Don Servando Villegas, patriarca mexicano de 85 anos,
é expulso de sua casa de repouso, seu filho mais novo Francisco o leva para
morar com ele. Don Servando está prestes a descobrir a verdade sobre o seu
filho e sua maneira de viver. </i><o:p></o:p></span><span style="background-color: white; color: #292929; letter-spacing: -0.063px; text-align: left;"><span style="font-family: georgia;"><i>O caçula na verdade mora em uma espaçosa casa com mais nove pessoas de diferentes partes do mundo e de todos os tipos, tem um relacionamento estável com Alma (Jacqueline Bracamontes) e é pai do jovem pintor Rene (Sérgio Mayer Mori). O filme está disponível na NETFLIX.</i></span></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>TRAILER</b><o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/MwMraTUwduQ" width="320" youtube-src-id="MwMraTUwduQ"></iframe></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>O OLHAR DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A comédia mexicana explora as
relações familiares numa perspectiva bastante interessante. Temos Don Servando
Villegas, um velho ranzinza, frio, controlador e hostil com todos. Apesar de
lúcido, o senhor residia em uma clínica para idosos, onde só fez inimigos, até
ser expulso. Uma perda financeira o obriga a buscar acolhimento na casa dos
filhos. Aos poucos, descobrimos que sua personalidade o afastou de todos,
inclusive dos filhos, que negam recebê-lo, restando para o filho caçula a
difícil tarefa. A ilusão do bom velhinho, tão atrelada aos idosos, é
desconstruída já no início. O comportamento do personagem, ainda na
instituição, é tão insuportável, que dá vontade de desistir do filme. Já seu
filho caçula vive de uma forma bem diferente da informada ao pai,
bem distante dos princípios e regras ditados pelo patriarca...<span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: georgia;"><div style="text-align: justify;">A trama costura
cenas da infância e da atualidade, revelando o distanciamento afetivo paterno que
acontecia desde a infância. Entretanto, seu filho Francisco encontrou uma família
diferente. O filho de Francisco, de outra relação, mora com ele e a nova companheira, numa
casa que acolhe diferentes personagens, formando uma família comunitária. Bem
diferente da família de sangue, as relações são baseadas no respeito às
diferenças, num ambiente cooperação, repleto de trocas de afeto. As decisões
são tomadas em comum acordo, respeitando a individualidade de cada um. Dentre seus membros, um casal gay, idosos despojados e até o uso de maconha, características mais do que suficientes para um choque de realidade no patriarca, até então fechado em seu universo de verdades absolutas. Sua chegada afeta o sistema como um todo, que também o afeta. Além de ter a oportunidade de rever seus valores, ele consegue elaborar questões
emocionais, agravadas na perda de sua esposa. Aos poucos, preconceitos serão desconstruídos,
ampliando a visão de mundo do patriarca. Mas, não fica por aí, como em qualquer
família, acompanhamos repetições comportamentais herdadas pelo filho, Francisco, que mesmo
discordando de alguns padrões, os repete com seu filho artista. O filme, através da comédia, consegue
explorar conflitos familiares, diferenças culturais e geracionais, com as quais espectador pode facilmente se identificar. Além disso, o filme realça a importância de pessoas, que mesmo sem patentesco, podem fazer parte do que pode ser chamado de família. Confira!</div></span><o:p></o:p><p></p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-85359828739214247442021-04-12T10:30:00.003-07:002021-04-12T10:35:13.538-07:00Euforia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Vec_PfTxwkHdcYA5Up_edovly1nTvhVg2mqjkf-imNJi_6Hz6GlSXv9UP3HDyV47Xjrb8jZ6P78XsqyeeqJOFmVSl6sXYd-03KmHNKCeTnosjqM6IbAwMhq-zJF4uamNkmxQP62zPn_7/s1000/1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="737" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Vec_PfTxwkHdcYA5Up_edovly1nTvhVg2mqjkf-imNJi_6Hz6GlSXv9UP3HDyV47Xjrb8jZ6P78XsqyeeqJOFmVSl6sXYd-03KmHNKCeTnosjqM6IbAwMhq-zJF4uamNkmxQP62zPn_7/w236-h320/1.jpg" width="236" /></a></div> <p></p><p><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span></span></p><p><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><b>ASSUNTO</b><br /></span></p><p><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"><span style="color: red;"><b>Homossexualidade, drogas, doença terminal, relações sociais, familiares e afetivas.</b></span></span></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"><b>SINOPSE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">Matteo (Riccardo Scamarcio) e Ettore (Valerio
Mastandrea) são irmãos com vidas distintas e que compartilham um laço afetivo
pouco desenvolvido. Enquanto o primeiro é um jovem empreendedor carismático e
"mente aberta", o segundo leva uma vida simples e reclusa na cidade
em que nasceram, trabalhando como professor no ensino médio de uma escola
local. Após um evento traumático, os dois começam a viver juntos em Roma,
durante alguns meses. A situação faz com que eles trabalhem suas diferenças,
possibilitando - em meio a um turbilhão de medo, fragilidade e euforia - o
nascimento de uma ligação genuína entre os dois.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"><b>TRAILER</b><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/HgOK9baJhS8" width="425" youtube-src-id="HgOK9baJhS8"></iframe></div><br /><b><br /></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"><b>O
OLHAR DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif";"><b>Disponível
na NETFLIX até o final de abril.</b> Euforia, um drama familiar italiano, foca na
relação de dois irmãos, que após trilharem caminhos distintos, voltam a se
aproximar. O contraste entre os dois mundos, logo fica evidenciado. Matteo é a
própria euforia, vivendo num estado ilusório de sucesso e prazer permanentes.
De fato, ele é um jovem empreendedor bem-sucedido, que transita bem em seu meio
profissional e social. Entretanto, o distanciamento afetivo não parece somente acontecer com o irmão. Ettore, por sua vez, seguiu outro caminho, se manteve na cidade onde
nasceu, é professor, leva uma vida simples e retornou para casa da mãe após a
separação recente. <span></span></span></p><a name='more'></a><div style="text-align: justify;">A oportunidade de se reaproximarem surge diante do
diagnóstico de Ettore, que pode encontrar melhor tratamento onde o irmão caçula
mora. O filme trabalha as questões não resolvidas entre os irmãos, que aos
poucos encontram a oportunidade de “passar a limpo” a relação, reconstruindo o vínculo afetivo. É um filme delicado, que nos faz refletir sobre
diferentes questões. Como cada um lida com as adversidades? Qual o mecanismo de
defesa de cada um? O que somos ou aparentamos ser? Aos poucos, vamos conhecendo
como cada irmão lida com as situações, como a diferença entre eles pode ser a
ponte para o autoconhecimento, para a aceitação de si mesmo, para compreensão e
construção de novos vínculos. O dilema “Ter e ser” está na trama, que
evidencia a exposição, desmedida de Matteo, em contraste com o silêncio e introspecção de Ettore,
personagem que pode demonstrar uma ligação mais sensível e presente em cada momento.
Vínculos familiares são temas de diversos filmes, poucas vezes explorando a reconstrução
de laços afetivos entre irmãos, como o longa propõe. Muito próximo dos conflitos existências
comuns em diferentes famílias, o filme promove reflexões sobre laços e nós
constituídos nas relações familiares, que afetam a singularidade de cada ser.
Confira!</div><o:p></o:p><p></p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-82312192719227451552021-03-07T14:43:00.003-08:002021-03-07T14:47:22.452-08:00Sociedade literária e a torta de casca de batata<p><b> </b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKmUOY7EoqdjvI602izQ4Q58zCes0uTyIDjQ7eDclobm0-dow6lD-7AKrRfnCTHcOJXNTFV_6hPvLtq0drkF-OaRMNc4Ufc3mto8UkhpIffP0aM-B2oVVVJZgZjsb-mPRvzIOoYziADSK8/s241/1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="241" data-original-width="170" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKmUOY7EoqdjvI602izQ4Q58zCes0uTyIDjQ7eDclobm0-dow6lD-7AKrRfnCTHcOJXNTFV_6hPvLtq0drkF-OaRMNc4Ufc3mto8UkhpIffP0aM-B2oVVVJZgZjsb-mPRvzIOoYziADSK8/w226-h320/1.jpg" width="226" /></a></b></div><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">ASSUNTO</span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: red;"><b>Ajustamento criativo, autossuporte,
pertencimento, fronteira, contato, identificação, gestalt-terapia, perdas,
luto, relações sociais, familiares e afetivas.</b></span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: red;"><b><br /></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>SINOPSE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Juliet Ashton (Lily
James) é uma escritora na Londres de 1946 que decide visitar Guernsey, uma das
Ilhas do Canal invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, depois
que ela recebe uma carta de um fazendeiro contando sobre como um clube do livro
local foi fundado durante a guerra. Lá ela constrói profundos relacionamentos
com os moradores da ilha e decide escrever um livro sobre as experiências deles
na guerra.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>TRAILER</b><o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4GVLkxvG8lU" width="320" youtube-src-id="4GVLkxvG8lU"></iframe></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>O OLHAR DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para lá de curioso, o título
nos remete ao processo de adaptação às circunstâncias adversas. No filme, um
grupo de amigos é flagrado nas ruas após o toque de recolher imposto, durante a
ocupação nazista da Ilha </span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Helvetica;">de Guernsey</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Para evitar consequências perigosas,
surge a ideia de informar que saíam de um clube literário, rapidamente nomeando
como uma SOCIEDADE LITERÁRIA, título complementado com o que veio em mente,
naquele momento ameaçador, e, de acordo com o que era permitido. A alternativa
criativa, resposta urgente ao momento ameaçador, torna oficial os encontros
periódicos daquele grupo, fortalecendo o vínculo dos envolvidos durante o
período da ocupação e no pós-guerra. A literatura se torna ponte, conectando os
personagens, seja consigo mesmo, com os outros, e, até mesmo com o público.
Longe daquela ilha, acompanhamos a jovem escritora ser capturada pelas cartas
de um dos membros do grupo. Logo, é possível perceber que seu momento de
aparente sucesso profissional e pessoal, ela camufla o vazio deixado pela
guerra. Em busca de inspiração para seu artigo, Juliet é atraída pelas cartas e
se lança na aventura de conhecer de perto o clube de literatura. Daí em diante,
o público acompanha diferentes perspectivas do pós-guerra, que sendo
descortinadas, emocionam, encantam e surpreendem. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>São abordados diferentes conflitos sociais e
pessoais, com elegância, delicadeza e competência, fazendo com que o espectador
não consiga desgrudar os olhos da tela. Ajustamento criativo, autossuporte,
pertencimento, contato, identificação, dentre outros, são conceitos abordados
no filme, que alterna passagens do passado e do presente, equilibrando momentos
de mistério, romance, comédia e drama. Recomendamos continuar a leitura,
somente após assistir ao filme.<span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao longo da fita, vamos
compreendendo que após o confisco dos meios de sobrevivência dos moradores, uma
das sugestões e permissões para os moradores eram as benditas batatas. Desde
então, para continuarem atendendo a necessidade urgente de romper o isolamento
e se nutrirem através do contato com o outro, o grupo registra e perpetua
encontros periódicos de leitura, que são abastecidos com a tal torta. De fato,
a torta não parecia ser saborosa, o que era compensado com diferentes gins produzidos
por um dos membros. Impossível não pensar, de pronto, em pelo menos duas
vertentes. A primeira nos remete ao momento de pandemia e isolamento que
vivemos, gerando reações distintas, algumas irresponsáveis, outras bastante
rígidas. Tal qual o período das grandes guerras, a sociedade precisa lidar com a
imposição do isolamento, o que provoca distintas reações, muitas vezes afetando
a saúde mental de pessoas. Não há como não refletir sobre o quanto o contato é
necessário para a saúde do ser humano, entretanto, como enfrentar as
impossibilidades e criar alternativas capazes de não trazer consequências desastrosas?
A segunda vertente nos remete ao “ajustamento criativo”, conceito caro à
Abordagem Gestáltica, usado para “descrever a natureza do contato que o
indivíduo mantém na fronteira do campo organismo/ambiente, visando à sua
autorregulação sob condições diversas”, conforme descrito no livro “Dicionário
de Gestalt-terapia - GETSALTÊS’. O ajustamento criativo daquele grupo, diante
das adversidades, é o ponto de partida para o desenvolvimento da trama, que tem
como pano de fundo os horrores da guerra e suas consequências. Obviamente, é
possível identificar diferentes ajustes criativos nos personagens diante dos
conflitos sociais e pessoais gerados pela guerra. Vale destacar a abordagem
sutil do filme em relação ao conceito de fronteira de contato (gestalt-terapia).
Por exemplo, diante das diferenças, reações drásticas, críticas,
desconsiderando outras possibilidades, senão a própria. Alguns personagens
exibem claras dificuldades em compreender outra perspectiva, seja a dona da
casa de hospedagem, que se escondia por trás da religião para criticar, ou, outros
personagens que não acreditavam na possibilidade de um adversário da guerra ser
também uma boa pessoa. A trama escolhe um olhar suave e terno, focando mais nas
alternativas de reconstrução do que nas destruições e perdas deixadas pela
guerra. A curiosidade da escritora a faz mergulhar numa pesquisa para
descortinar os mistérios que rodeavam aquelas pessoas. Ao mesmo tempo, ela vai
constituindo novos laços, que vão revelando uma sensação de pertencimento, bem diferente
do que experimentara depois do pós-guerra. Tal perspectiva motiva reflexões a
respeito recomendações e “receitas de sucesso”, generalizadas, moldadas e
divulgadas em diferentes mídias. A ditadura do ideal de felicidade desconsidera
a singularidade do ser, muitas vezes afetando a saúde mental daqueles que
tentam seguir um padrão externo. Quando a protagonista inicia um processo de
investigação e contato com aquelas pessoas, ela também tem a chance de elaborar
suas questões. É inevitável perceber a diferença entre o contato que faz com
aquelas pessoas, que despertam sua totalidade de ser, daqueles que estava
vivendo antes. Particularmente, fica evidente em sua reação de insatisfação diante
do glamour e luxo experimentado em Londres. As pessoas, a paisagem pitoresca, a
natureza, a simplicidade e, principalmente, a espontaneidade, a tocam, afetando
e transformam a sua forma de ser. Curioso notar a ênfase dos olhares,
movimentos corporais, gestos e expressões, na construção do romance entre <span style="background: white; color: #242424;">Juliet</span></span> e <span style="background: white; color: #242424;">Adams</span>. Fica latente a energia
presente entre eles, desde o primeiro encontro. A profissional das letras
vivencia experiências através dos sentidos. Ela se disponibiliza a investigar
as peças que faltavam ao quebra-cabeça daquele grupo, tendo empatia, dedicação
e cuidado. No entanto, foi preciso se afastar, para que se dar conta da própria
necessidade. Depois de alguns dias de
apatia e recolhimento, ela descobre que não é possível retornar para a “zona de
conforto”, que não encaixa mais naquele modelo de vida. Tal qual um processo
terapêutico, ao enfrentar a sua dor, separando o que era seu do que era dos
outros, ela pode romper com o que não era dela e integrar as peças de seu
próprio quebra-cabeça. Só então, inteira, pode buscar o amor. Lindo filme, super
recomendamos!</div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-10903572405326479462021-03-06T19:45:00.002-08:002021-03-06T19:45:42.012-08:00Moxie: Quando as Garotas vão à Luta<p><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg9fOa4YWtTf0Zzr1KJZwdsKrYU3oKl8iv7zGINsw1LXgH3B7PVE1Bp2LjYRHwM6_LUNRK3AZqkexUbmK15QEWfnacDrkbxE7-juvzczM4C2D5Z_L1JTt5q_wlWUyRtvPx5HoTvfHS-7XE/s1026/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1026" data-original-width="734" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg9fOa4YWtTf0Zzr1KJZwdsKrYU3oKl8iv7zGINsw1LXgH3B7PVE1Bp2LjYRHwM6_LUNRK3AZqkexUbmK15QEWfnacDrkbxE7-juvzczM4C2D5Z_L1JTt5q_wlWUyRtvPx5HoTvfHS-7XE/s320/1.jpg" /></a></b></div><b><br />ASSUNTO</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="color: red;">Adolescência, preconceito, racismo,
feminismo, relações sociais e afetivas.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>SINOPSE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #333333; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A trama acompanha Vivian (</span><strong style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; orphans: 2; text-align: start; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Hadley Robinson</span></strong><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">), uma jovem que começa a despertar o desejo de
lutar contra as coisas erradas que acontecem em sua escola - desde um “ranking
de garotas” feito pelos rapazes, até a vista grossa dos professores e diretoras
diante de assédio e discriminação. Sua maior inspiração são os zines antigos de
sua mãe, Lisa (</span><strong style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; orphans: 2; text-align: start; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Amy Poehler</span></strong><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">, também diretora do longa), que a fazem criar o Moxie, um
jornal independente da escola que começa a expor tudo o que acontece por lá.</span>
</i><span style="background: white; color: #737373; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Adaptação do livro </span><em style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: inherit; orphans: 2; outline: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; color: #1a1d24; font-size: 12pt; line-height: 115%; padding: 0cm;">best-seller</span></em><span style="background: white; color: #737373; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"> da autora </span></span><strong style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: inherit; orphans: 2; outline: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; color: #1a1d24; font-size: 12pt; line-height: 115%; padding: 0cm;">Jennifer
Mathieu<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">. Disponível na netflix,</span></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">TRAILER<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/tCPRe-FyuTc" width="320" youtube-src-id="tCPRe-FyuTc"></iframe></div><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>O OLHAR DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando você não quer pensar
muito, escolhe um filme leve, uma comédia adolescente, como Moxie, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tudo que espera é um leve entretenimento. Aí,
você se depara com uma comédia adolescente capaz de pincelar assuntos
importantes, de uma forma leve, divertida e inspiradora. No mês em que é
comemorado o dia internacional da mulher, nada mais agradável do que acompanhar
jovens debatendo o feminismo com leveza. Focado na luta por igualdade de
gênero, o filme aborda questões importantes, sem perder o tom de comédia. A
transformação da protagonista é visível em sua expressão, que de alienada passa
a revelar revolta e inconformismo, diante do que sempre esteve lá, já normatizado,
oprimindo e sufocando as vozes femininas. Velhos movimentos de roupagem nova,
os jovens utilizam novas ferramentas, não só para divulgação, mas para
realização de protestos pacíficos e orquestrados. É o frescor da juventude
encontrando novas soluções! A protagonista convida o espectador a despertar,
ousar sair da mesmice, da tela do computador, ou telefone, e, partir para ação.
Apesar de a trama retratar uma escola americana, as questões dos adolescentes
em sua singularidade, o preconceito de gênero e o racismo são assuntos já
globalizados, muito próximos do que pode ser experimentado em qualquer lugar do
mundo. A proposta não foi aprofundar nenhum dos conflitos, as soluções se
revelaram fáceis e rápidas, mas nada que pudesse prejudicar o todo, afinal,
trata-se de uma comédia. Feita com e para adolescentes, o filme traz temas espinhosos
com frescor e jovialidade, transbordando energia, empatia, aceitação e criatividade.
Vale conferir!<o:p></o:p></span></p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-28261594665016845392021-03-05T10:01:00.002-08:002021-03-05T10:01:42.390-08:00Loucura de amor/Louco por ella<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibHStvLQNzKDg1Br3fVOR9vwfKsLZLg00xlORDqHbgPnGfKxIndBxgO377wmGrNxUYUTbuLa7P-sjkgvIvKnO99mGuoKeLbjQW1Ln9UT3dzhuidorCFAeR-4Q8GaY11guRk50rV4FrPvNQ/s515/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="515" data-original-width="344" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibHStvLQNzKDg1Br3fVOR9vwfKsLZLg00xlORDqHbgPnGfKxIndBxgO377wmGrNxUYUTbuLa7P-sjkgvIvKnO99mGuoKeLbjQW1Ln9UT3dzhuidorCFAeR-4Q8GaY11guRk50rV4FrPvNQ/s320/1.jpg" /></a></b></span></div><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><b><br />ASSUNTO</b></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;">Relações social, afetivas e de
casal, saúde mental.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>SINOPSE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Adri (Álvaro
Cervantes) é o típico homem bem-sucedido na vida, garanhão, que não se prende a
ninguém. Certa noite, ele faz uma aposta com os amigos de que consegue seduzir
uma loira que está no bar, porém, quando estava a caminho da moça, Carla (Susana
Abaiatua) esbarra nele. Encantado pela energia eufórica da moça à sua
frente, Adri se sente hipnotizado e segue aquela enigmática moça em
todos os seus mirabolantes planos – e, com ela, tem a melhor noite de sua vida.
Porém, com o nascer do sol, a misteriosa moça sai correndo, deixando Adri sem
nenhuma informação sobre ela e com um enorme vazio no peito.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>TRAILER</b><o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/tMtd79u4wTM" width="320" youtube-src-id="tMtd79u4wTM"></iframe></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>O OLHAR DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Que grata surpresa! Há muito
tempo que não assistíamos a um filme assim, leve, encantador e interessante.
Sim, interessante, pois a comédia romântica escolheu pincelar assuntos sérios e
necessários, de forma leve e provocante. Obviamente, loucura e amor são
assuntos já debatidos em diferentes contextos, pois sempre foram considerados parentes.
No filme, a loucura não se restringe ao estado da paixão enlouquecedora, mas
vai além, ao percorrer o caminho delicado da saúde mental. Sim, estamos diante
de Adri, personagem que se considera normal, e, após compartilhar a aventura de
uma noite inesquecível, se percebe capturado pela garota misteriosa. Carla,
personagem que lhe proporcionou a noite mais alucinante, prazerosa e inusitada
de sua vida, avisou que seria uma única noite, mas não bastava, ele queria
mais. Entorpecido, busca pistas para encontrar a mocinha. Até então, é
inevitável pensar na cinderela e o sapatinho dos contos de fadas... <span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na jaqueta, esquecida pela moça,
havia sinais que apontavam um caminho. Ainda
na ilusão de ser o príncipe salvador, Adri encontra e traça planos para salvar
a mocinha, que estaria “presa” em uma instituição psiquiátrica. Só que não, a
mocinha não queria ser salva! O que ele não sabia era que ela não estava trancafiada
contra a vontade, nem tão pouco era princesa. Carla era uma paciente com
transtorno bipolar, que nos episódios de mania, conseguia sair e se arriscar em
aventuras extasiantes. Sem perder o charme das comédias românticas, e, apesar das
linhas pouco críveis que costuram a trama, a forma que a saúde mental emerge
foge aos estereótipos, revelando personagens reais, humanos e portadores de
diferentes transtornos mentais. Pensar “fora
da caixinha” é difícil para Adri e pode ser também para o público, que é
surpreendido pela forma em que saúde mental é retratada. O protagonista pode
ser avaliado como pretensioso, daquele tipo que consegue tudo que quer, sendo
conquistado pela ruptura abrupta de algo intenso e apaixonante que acredita ter
vivido. Ele acredita que o amor será suficiente para fazê-la acreditar na
própria cura, revelando a ‘normalidade’ da moça. Entre o “normal” e o “patológico”,
público e personagens caminham, desconstruindo a visão distorcida sobre saúde
mental, num convite implícito para “sair da caixinha”, aquela repleta de
verdades equivocadas. A entrada de Adri afeta o sistema, tanto quanto ele é também
afetado, resultando em transformações mútuas durante a experiência.
Esquizofrenia, bipolaridade, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Síndrome de <span style="background: white;">Tourette são transtornos que podem ser identificados
na trama. Saul, personagem que divide o quarto com Adri, é coadjuvante, mas carrega
a humanidade necessária para comover e provocar o público. Ele é responsável
por levantar questões sobre a dita “normalidade”. Além de revelar no encontro o
quanto o desejo de melhorar não é suficiente, nos casos de transtornos mentais
graves. A portadora de síndrome de Tourette (</span></span><i><span style="background: white; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Helvetica;">doença neurológica que leva a
pessoa a realizar atos impulsivos, frequentes e repetidos, também conhecidos
como tiques</span>, como piscar os olhos ou movimentar as mãos e
os braços, que depois se agravam, surgindo palavras repetidas, movimentos
bruscos e sons como latir, grunhir, gritar ou falar palavrões, por exemplo) </i><span style="background: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">emociona, ela revela sua dificuldade
de auto estima, que prejudica o desenrolar de sua relação afetiva. Vamos
combinar, não deixam de ser dificuldades comumente encontrada em alguma fase da
vida de qualquer um. Aliás, qual é o limite de cada um? O filme provoca questões
sobre os limites necessários em qualquer relação afetiva. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O protagonista,
por exemplo, exibe um “saber” equivocado sobre o tema, acreditando que frases
positivas, ou, premissas, facilmente encontradas em livros de autoajuda, serão
suficientes para transformar ou curar. A convivência dele com os pacientes
revela sua incapacidade de respeitar o outro como ele é, o que,
definitivamente, não se restringe as relações com pacientes. Amar, gostar,
desejar não pode ser sinônimo de transformar o outro naquilo que convencionamos
como adequado, todo ser tem sua singularidade que precisa ser respeitada. Diante
do momento delicado do nosso país,
considerando os retrocessos no trato com saúde mental, o filme traz um olhar
humanizado muito bem-vindo. Apesar de
descrever uma instituição que está longe da realidade brasileira, e, em alguns
momentos “escorregar” no viés cômico, a personagem médica também dá seu recado.
Ela destaca a insuficiência, ou, até o
risco no tipo de apoio que leigos podem oferecer, mesmo sendo carregado de
afeto, Outro aspecto que pode ser estendido para qualquer tipo de relação
afetiva. Saber quando procurar ajuda profissional, se informar sobre como
ajudar, vai além dos transtornos graves, pode ser simplesmente por acreditar em
soluções próprias para a necessidade do outro, sem que haja conhecimento real
sobre o que acontece. De fato, o filme pode ser mais do que um entretenimento,
um colírio em momentos de isolamento, um afago na alma, confira!</span></div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-25990145946096404112020-07-26T10:23:00.001-07:002020-07-26T10:23:24.556-07:00Sexy por acidente<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrxRpmnNdWjXN9lAnAifUxVNQBSfEDOojb8jokTtGX8ybKKI5xQpPJ49jB_ux9YQUnVtSIs5t1vlQmN8osz89KwSObKIRANTyZ1LnMSUA2-wt_Mg3onPgB0tMbIsFyACpOHUA6g930U8GD/s1600/1+hp.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="529" data-original-width="361" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrxRpmnNdWjXN9lAnAifUxVNQBSfEDOojb8jokTtGX8ybKKI5xQpPJ49jB_ux9YQUnVtSIs5t1vlQmN8osz89KwSObKIRANTyZ1LnMSUA2-wt_Mg3onPgB0tMbIsFyACpOHUA6g930U8GD/s400/1+hp.jpg" width="272" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: Georgia, serif;">ASSUNTO</span></h3>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="color: red;">Autossuporte, aceitação, r</span><span style="color: red;">elações afetivas e sociais.</span></span></b><br />
<br />
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">SINOPSE</span></h3>
<br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 91.4pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Renee (Amy Schumer) convive diariamente com insegurança e
baixa autoestima por conta de suas formas físicas. Depois de cair e bater
a cabeça numa aula de spinning, ela volta a si acreditando ter o corpo que
sempre sonhou e assim começa uma nova vida cheia de confiança e sem medo de
seguir seus desejos.</span> <o:p></o:p></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">TRAILER</span></b></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/AYksu_Sv26o/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/AYksu_Sv26o?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<h3 style="tab-stops: 91.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">O OLHAR DA PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<em style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: none; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">I</span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Feel Pretty</span></em><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: none; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">, a tradução
literal seria "eu me sinto bonita"</span>, o título em português: “Sexy
por acidente”. Gosto mais do titulo original, que prioriza o “sentir”, processo
mais importante apresentado no filme. Sim, Renne, como muitos, é vítima de uma
pressão cruel, midiática e social, que teima em apresentar corpos e pessoas
perfeitas como modelo. Daí, um pulo fácil para a baixa autoestima e insegurança
gerada pela sensação de inadequação. Numa luta
diária com a busca da perfeição, ela vai se distanciando de si mesma, em
busca de lugar num mundo restrito de “aparências perfeitas”, onde tudo é
felicidade. Será? Bom, apesar de clichê, a comédia nos mostra um desejo
compartilhado por mulheres e homens do mundo todo, que ainda estão “contaminados”
pelo universo mágico da aparência perfeita. Renne tem dificuldade de emagrecer,
mas sonha com um corpo perfeito. Após diferentes tentativas, ela tem a ilusão
de que conseguiu realizar seu sonho. Ao acreditar ter o corpo sonhado, a
protagonista inaugura uma nova etapa de vida, onde o amor próprio e a
autoconfiança ditam seu novo comportamento. <span style="color: #151316; letter-spacing: -0.25pt;">Daí, a trama se desenvolve como tantos outros filmes clichês, que
apresentam soluções fáceis e finais felizes, sem deixar de passar uma mensagem
interessante. </span></span></div>
<a name='more'></a><span style="color: #151316; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; letter-spacing: -0.25pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="letter-spacing: -0.25pt;">Obviamente, a ilusão de ter a aparência tão sonhada, transforma
sua forma de estar no mundo, nem sempre de forma positiva, pois Renee também
adota atitudes desagradáveis, até mesmo com suas amigas. Ser “aceita” na “sala
secreta”, disponível apenas para os VIPS, faz com que ela sinta-se como </span><span style="letter-spacing: -0.25pt;"> </span><span style="letter-spacing: -0.25pt;">parte de um mundo de glamour, onde suas amigas
“normais” não podem fazer parte. Ainda que consiga guardar algo de sua autenticidade,
a protagonista afasta-se de seus contatos mais caros. Apesar das soluções
fáceis e transformações mágicas apresentadas na trama, não podemos deixar de
observar que o tema central é relevante e necessário. </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="letter-spacing: -0.25pt;">Aqui, o </span></span>dilema é outro, deixa de ser entre o ser e o ter, para figurar entre o ser e o “parecer”.No mundo das aparências, escolhemos, para as redes sociais, as melhores imagens, é preciso aparentar o que estiver mais perto da perfeição. Preenchimentos, botox, cirurgias estéticas, dentre outros tantos procedimentos, são o sonho de consumo desenfreado de novas aparências. Tudo em busca da aceitação do outro. A magreza é parte do corpo desejado, não pela saúde ou bem estar, mas para ser aceita neste universo de glamour e perfeição.<span style="letter-spacing: -0.25pt;">Apesar de vários
movimentos destacarem a singularidade do ser, a sociedade ainda dita e
contamina nossas formas de estar no mundo, muitas vezes, desqualificando quem
realmente somos. Nós colaboramos muito com isso, quando não aceitamos descobrir
quem nós somos. Na trama, tudo acontece num “passe de mágica”, até mesmo o “dar-se
conta” e a aceitação quase instantânea. A epartir da ilusão, a protagonista "sentiu" como se fosse real, o que promoveu mudança de comportamento, nem sempre tão adequado. Mas, de outro jeito, a trama mostra que a aceitação é um processo de integração, não de faz de conta. Trata-se de uma comédia despretensiosa, que torna
tudo muito fácil. Entretanto, </span><span style="letter-spacing: -0.25pt;"> </span><span style="letter-spacing: -0.25pt;">não
podemos esquecer que conhecer a si mesmo - se aceitando, permitindo se
descortinar-, é processo, está acontecendo a cada momento. Vale conferir!</span></div>
</span><br />
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-54213331828603041762020-07-18T12:58:00.000-07:002020-07-18T12:58:04.686-07:00Maudie – Sua vida e sua arte<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKwDDuKF0nySAmHM0KQnccoRBL70XfG3MiDlOtAX3oP5rONTS_52rWgTtjVG6Vuc-Pp6Y-2G7TtwddF08-UV6ARsnwb1qF8bfBLfkgNHRpjovf2FBPq1VU03-w_InPkFEwTslfZGxKI86_/s1600/maudie.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKwDDuKF0nySAmHM0KQnccoRBL70XfG3MiDlOtAX3oP5rONTS_52rWgTtjVG6Vuc-Pp6Y-2G7TtwddF08-UV6ARsnwb1qF8bfBLfkgNHRpjovf2FBPq1VU03-w_InPkFEwTslfZGxKI86_/s400/maudie.jpg" width="266" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">ASSUNTO</span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: red;">Superação, auto-suporte, relações sociais, afetivas e familiares</span></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 91.4pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Maud Lewis (Sally Hawkins) tem problemas de artrite
reumatoide, que causa inflamações e deformações nas articulações do seu corpo.
Apesar disso, possui incríveis habilidades artísticas. Passada para trás pelo
irmão e incomodada com a vigilância exagerada da tia, ela busca independência
trabalhando para um rabugento e pobre vendedor de peixes (Ethan Hawke).</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 91.4pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">TRAILER</span></b></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/l8X3T1HAFTs/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/l8X3T1HAFTs?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Somos convidados
a partilhar de um olhar único, através da janela, de onde Maudie observa as
transformações contínuas, que revelam “toda a vida já representada”. Em tempos
de pandemia, quando para muitos de nós, a janela tem sido ‘a perspectiva’, o
convite se faz único, encantador e necessário. O filme é baseado na história
real de Maudie, uma mulher decepcionada com a família, que decide sair de sua
zona de conforto e enfrentar o mundo, a partir de suas possibilidades. Para
além da superação dos próprios limites, da importância da vida e obra da
artista, escolhemos desenvolver a perspectiva relacional da personagem, que entre
pequenos gestos, em cenas sensíveis e delicadas, alinhavam a relação do casal.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Frustrada com as
atitudes dos familiares, Maudie escolhe o caminho mais difícil, se candidatando
a uma vaga de emprego pouco convidativa. Everet, o empregador, é um homem
desagradável, grosseiro e até estúpido. Ele precisa de alguém que possa manter
sua casa limpa e vigiada, enquanto sai para trabalhar. Fugindo de um ambiente repleto
de mentiras, fantasiadas de proteção, ela adentra num universo recheado de
verdade nua e crua, o que beira a insensatez, a grosseria e até agressão
física. Ainda assim, ela insiste em enfrentar as impossibilidades, na
construção difícil de um novo vínculo com o outro, consigo e com o mundo. A
narrativa desenvolve a relação entre Maud, e Everet, dois opostos. Ela se
revela uma mistura de ternura, timidez e ousadia. Ele é um homem calado, áspero
e pouco comunicativo. A sensibilidade e inteligência dela, aos poucos, vão alinhavando
um vínculo repleto de amor, as palavras se fazem desnecessárias. Vindos de
ambientes familiares pouco funcionais, ambos foram afetados de formas distintas.
Encontrar o ritmo, para que se tornem casal, é um processo lento, difícil, até
doloroso. A relação deles é pouco convencional, pouco compreensível, tendo em
vista seus contrastes, mas é impossível não ser afetado pela construção
silenciosa, sensível e delicada nas cenas de amor entre ambos. Aos poucos, os
papéis se invertem, a superação de Maud através de sua arte, dá espaço para
Everet se permitir outros papéis. E, mesmo quando se acha pequeno, diante da
grandeza e importância da obra de sua esposa, reagindo agressivamente, se
perdendo em si mesmo, é por e com ela, que ele descobre a si mesmo. Sem usarem,
em nenhum momento a palavra amor, eles imprimem na tela e no coração do
espectador a grandiosidade do sentimento que os uniu: é amor, sem dúvida. Entre
segredos familiares, que emergem, e os discursos agressivos, muitas vezes
desconectados dos pequenos atos reveladores, vamos percebendo a visão de mundo
de Maudie. Através da janela, é possível vislumbrar vida para além do que pode
ser visto. È preciso ultrapassar o óbvio, sentir as pequenas mudanças que
ocorrem a cada momento, atualizar e ampliar a infinita capacidade de vislumbrar
o mundo, a simplicidade e a totalidade daquilo que chamamos vida. Que filme lindo!!
Está disponível na netflix, não perca!</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-52507754172873291442020-07-10T22:04:00.001-07:002020-07-10T22:07:13.835-07:00O Homem perfeito<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg32V74yz6ba6AS0X7uirOzEfEJbFPeXJCoOlaapB_TjAS6fj7Cor7miR3c7PJuZc9QwRZcwGlOeVMYKADa28KgKqT9CLDMnSW2gVZHeStg8vvDHE4MB94IfT_h7q8e1G7pklPB8vZbK7_a/s1600/1+hp.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1083" data-original-width="845" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg32V74yz6ba6AS0X7uirOzEfEJbFPeXJCoOlaapB_TjAS6fj7Cor7miR3c7PJuZc9QwRZcwGlOeVMYKADa28KgKqT9CLDMnSW2gVZHeStg8vvDHE4MB94IfT_h7q8e1G7pklPB8vZbK7_a/s320/1+hp.jpg" width="249" /></a></div>
<h2>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;"><br /></span></h2>
<h2>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">ASSUNTO</span></h2>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: red; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Relações afetivas e virtuais, gestalt-terapia, machismo e polaridades.</b></span></div>
<h2>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">SINOPSE</span></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="background: white; color: #333333; line-height: 115%;"><i>Diana (Luana Piovani), aos
42 anos, é uma mulher bem-sucedida, com uma carreira estruturada, culta e que
mantém um casamento feliz com seu marido (Marco Luque). A protagonista trabalha
como uma escritora fantasma, escrevendo bibliografias de celebridades, na maior
parte das vezes reinventando a vida daquelas pessoas que não tem muito para
contar, nem qualquer aptidão para a escrita.</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></span></div>
<h2 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></b></h2>
<h2 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">TRAILER</span></span></b></h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/_EIwjNv61yE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_EIwjNv61yE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 91.4pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></b></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O
filme foi pouco apreciado pela crítica, que apontou falhas no desenvolvimento da
trama, nos personagens pouco verossímeis, além da forma rasa com a qual abordou
os assuntos propostos. De fato, é uma comédia romântica rasa, sem qualquer
conteúdo profundo que possa ser tema de debates ou grande reflexão. Entretanto,
em tempos de isolamento, pode ser um entretenimento leve e até divertido. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma
mulher inteligente e independente, como a personagem principal, seria mesmo
capaz de viver com um homem tão diferente por tanto tempo? Uns dizem que não,
mas, convenhamos, quem sabe do que o coração é capaz? Quem não conhece alguém
que investiu toda sua energia em uma carreira de sucesso, ou, na construção de
seu patrimônio, esquecendo-se de suas necessidades emocionais básicas? Não sei
se Diana seria um personagem tão distante da realidade como apontam alguns
críticos.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> Todos os dias, esbarramos em figuras parecidas, não só com a Diana,
mas também como seu marido, que na trama é retratado como crítico ao sistema
vigente, mas sem qualquer responsabilidade pela própria vida adulta. Opostos se
atraindo, cada qual dando conta do que no outro é pouco desenvolvido, parecendo
um acordo confortável, não? O conceito de polaridade, tão caro à gestalt-terapia, pode ser evidenciado nas relações apresentadas na comédia, não só pelo casal em questão, mas também na relação entre Diana e o Cantor de Rock. O conceito mostra que </span><i><span style="background-color: white;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">",,,todo o evento tem dois pólos que permitem que o diferenciemos. “… se quisermos ficar no centro do nosso mundo,… seremos ambidestros – então veremos os dois pólos de todo evento. Veremos que a luz não pode existir sem a não-luz." <a href="https://terapiando.com.br/principais-conceitos-da-gestalt-terapia/" target="_blank">(para saber mais, clique aqui)</a></span></span></i><span style="background-color: white; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> Sendo assim, as polaridades não podem ser vistas como opostos, uma coisa ou outra, mas como partes de uma totalidade, ou seja, uma coisa e outra. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O
Homem perfeito não existe, mas para a escritora, que transforma pessoas pouco
interessantes em heróis de suas vidas, ele também pode ser inventado. Na
intenção de afastar o ex-marido da “novinha”, ela inicia um processo da construção
de um perfil fake, criando um homem capaz de dizer tudo que uma mulher quer
ouvir, ameaçando a harmonia do novo casal. Ao mesmo tempo, a proposta de
escrever a bibliografia de um cantor de rock machista, que representa valores antagônicos
aos seus princípios, atravessa seu caminho. è no encontro com seu oposto que Diana pode se perceber controladora, por outro lado, sua oposição pode também ajudar o cantor a descobrir outras partes de sua totalidade, até então, escondidas.Apesar de ter uma premissa
interessante, o desdobramento da trama escolhe o caminho mais curto, trazendo
soluções fáceis e rápidas demais para questões que poderiam ter sido
exploradas. Ainda assim, é possível pensar na integração das polaridades, num movimento em direção a integração. Tentando sugar o máximo de aproveitamento da comédia romântica, não podemos esquecer do “homem perfeito”, inventado por Diana. O tema pode provocar
questionamentos e até uma alguma reflexão sobre as relações virtuais em tempo
de pandemia. Durante o isolamento, as relações são reinventadas, podendo até
trazer mais comprometimento e sensibilidade para as relações intermediadas pela
internet. Por outro lado, a solidão, a carência e a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mudança brusca da rotina conhecida, podem alimentar
fantasias inocentes, tanto quanto maldosas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Afinal, como dizia Cazuza, “O nosso amor a
gente inventa, para nos distrair”! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-62058365189240378542019-06-09T11:14:00.000-07:002019-12-01T07:54:15.833-08:00Capitã Marvel<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielx2fUesWZfTF_3j2CFF8Yk6X0W5hiq_iIPl1KNgt6cAwWf3S8QJZkHQWU8lQQJI_ml579_FXzMmJy77AStIY1YxEV_veMmvmrclDnO4OgNDtBQNMrrynwZlgsAli3Y98RHYiwrT24gH9/s1600/a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="516" data-original-width="432" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielx2fUesWZfTF_3j2CFF8Yk6X0W5hiq_iIPl1KNgt6cAwWf3S8QJZkHQWU8lQQJI_ml579_FXzMmJy77AStIY1YxEV_veMmvmrclDnO4OgNDtBQNMrrynwZlgsAli3Y98RHYiwrT24gH9/s320/a.png" width="267" /></a></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;">Jornada
de autoconhecimento, relações sociais e afetivas, polaridades, relação parte e
todo, resiliência.</span><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da
Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é
recrutada pelos Kree para fazer parte de seu exército de elite. Inimiga
declarada dos Skrull, ela acaba voltando ao seu planeta de origem para impedir
uma invasão dos metaformos, e assim vai acabar descobrindo a verdade sobre si,
com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson) e da gata Goose.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></b></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JhY6Yy4wtb4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JhY6Yy4wtb4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O
OLHAR DA PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Não
se engane, Capitã Marvel não se limita a um filme sobre a heroína perfeita. Ao contrário,
vamos conhecer a imperfeição humana por trás dela. Somos convidados a
acompanhar sua jornada de autodescoberta. É interessante notar que seu momento
perfeito traz em si algumas lacunas, há uma percepção de situações inacabadas
em suas lembranças em flashes. Seu momento presente é invadido por imagens do
passado que parecem não ter sentido. Diante da pressão de seu entorno e a
necessidade pessoal de superar conflitos em busca da tão sonhada paz, ela
inicia um processo de questionamento sobre si mesma. Do ponto de vista dos filmes da Marvel, a trama ajuda a ligar pontos relevantes da história dos Vingadores, destacando sua importância no processo. Algo falta no quebra-cabeça daquela vida. Há falhas entre as informações e a falta de clareza em suas lembranças. Na busca de integração de
suas partes alienadas, Verls encontra Carol Danvers, sua origem humana, uma
mulher normal, que além de oprimida e desafiada constantemente, se revela como
exemplo claro de resiliência. Explico: Resiliência é a capacidade <span style="background: white;">de se adaptar em relação a situações adversas que se apresentam na vida</span><span style="background: white; color: #222222; line-height: 115%;">, </span><span style="background: white;">superar obstáculos ou resistir à
pressão de situações adversas</span>. Temos claras referências ao processo de
opressão e empoderamento feminino, como pode ser observado. Entretanto, penso que a proposta
da trama vai além da luta constante do gênero feminino, em busca de
reconhecimento do seu espaço.</span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> A maior força da Capitã está em sua capacidade de
levantar, depois de qualquer tombo. É sua capacidade de enfrentar falhas,
perdas, pressões. Não há como não se referir aos conceitos psicológicos
exibidos na trama. Em Gestalt-terapia, chamamos de Teoria Paradoxal da Mudança,
o processo de aceitação de como estamos, ou, o que estamos sendo ou podendo ser
- nossas imperfeições e limites, para nos permitir a verdadeira mudança, para a
pessoa se tornar quem é. O filme revela um processo semelhante, quando a heroína
busca força em sua imperfeição. Ao aceitar suas falhas, limites,
impossibilidades, ela abre espaço para se revelar outras dimensões de ser. Quantas vezes
alienamos parte de nós mesmos, por não aceitar erros e falhas, buscando melhor aparência,
assim, criando um conflito interno. Não aceitar experiências, erros,
imperfeições, é criar conflitos internos capazes de impedir o desenvolvimento
do nosso potencial. È quando Carol descobre e aceita sua fraqueza ou imperfeição, que a trama chega ao ápice, ampliando suas possibilidades. Ela não é mais guiada por seu entorno, pelas pressões, por pré-definições, ela consegue pensar por si mesma, fazer escolhas conscientes, ampliando todo seu potencial. Fantástico! Outros conceitos, como polaridades, totalidade, parte-todo
e awareness podem ser identificados. Nesse aspecto, o filme
surpreende, superando a categoria de simples entretenimento, o que favorece a identificação de diferentes tipos
de público. Vale conferir!</span></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-34656405494807013492019-03-10T20:24:00.001-07:002020-03-22T12:49:01.381-07:00Marguerite<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2NR0wQtxL2u_CrIbYrAxTBhUkBYlut1S2LRHmcLj91JgJdcrGkb0Jyr3d_qd8D98xHCuhJRr9wdFjZ4sgmDr9ZGSmokfbVnLzogVG2bOtF5wAYVST5e-eWDMVDRDSof6kgpTcyeZVDsth/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2NR0wQtxL2u_CrIbYrAxTBhUkBYlut1S2LRHmcLj91JgJdcrGkb0Jyr3d_qd8D98xHCuhJRr9wdFjZ4sgmDr9ZGSmokfbVnLzogVG2bOtF5wAYVST5e-eWDMVDRDSof6kgpTcyeZVDsth/s1600/a.jpg" /></a></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></h3>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;">Sexualidade,
terceira idade, relação afetiva, social e profissional.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: black; font-family: "georgia" , "serif";">Curta-metragem indicado ao
Oscar de 23019. Uma mulher idosa e sua enfermeira desenvolvem uma amizade que a
inspira a descobrir desejos não reconhecidos e, assim, ajudá-la a fazer as
pazes com seu passado.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "georgia" , "serif"; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: black; font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></b></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/XnHFm16V7Sg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/XnHFm16V7Sg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O
OLHAR DA PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O
curta-metragem encanta, ao apresentar a relação entre profissional e paciente,
de uma forma delicada e poética. Diferentes profissionais convivem com
pacientes terminais, em um processo delicado de fechamento de um ciclo. Não é
um trabalho fácil, considerando ao vínculo construído na relação, que sabemos, está
se aproximando do fim. Marguerite é uma senhora que escolhe não mais se submeter
aos tratamentos que exigem internação, ela quer seguir de seu modo, em sua casa,
enquanto seu corpo aguentar. Assim sendo, sua acompanhante faz o possível para
mantê-la confortável. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Mais do que palavras, as trocas de olhares e os pequenos
gestos preenchem a telona e o coração do expectador. Impossível não ser afetado
na e pela delicadeza do encontro delas. É no convívio próximo, que Marguerite
descobre o amor n a vida pessoal de sua acompanhante. O amor livre de
preconceitos a remete ao passado, numa época em que não era tão fácil
enfrentar, aceitar, assumir qualquer forma de amor. No lugar de se espantar, se
chocar, estranhar a relação homossexual de sua acompanhante, a ternura se faz
presente, atualizando suas histórias de vida e de amor. O amor que tem
diferentes faces, e, pode ser experimentado em sua plenitude. Não há regras, há
uma lição de amor. <o:p></o:p></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-40281170091072192942019-02-22T22:52:00.004-08:002019-02-24T09:02:47.411-08:00A favorita<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK6KMjEozNMyCzgl8yZOjG45VX2FzCDxUFkZqWTIHoD1zHV5-MKU8VzAGaXdkGI01PnkOoLMdaqAtiRYmqsPhcPTZX07UslEKi4R76W37e7edubqoNYFe5f5pgHaLyp8a2j8h3s-JdsXaT/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="653" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK6KMjEozNMyCzgl8yZOjG45VX2FzCDxUFkZqWTIHoD1zHV5-MKU8VzAGaXdkGI01PnkOoLMdaqAtiRYmqsPhcPTZX07UslEKi4R76W37e7edubqoNYFe5f5pgHaLyp8a2j8h3s-JdsXaT/s320/a.jpg" width="217" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;">Jogos de poder
da realeza, relações sociais e afetivas.</span><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif";">.</span></i></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">Na Inglaterra do século XVIII, Sarah Churchill,
a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz) exerce sua influência na corte como
confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana (Olivia Colman). Seu
posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail (Emma
Stone), nova criada que logo se torna a queridinha da majestade e agarra com
unhas e dentes à oportunidade única.</span><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , serif;">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/et_9k6BU_is/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/et_9k6BU_is?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">Fofocas
e intrigas da corte habitam a trama, que baseada em fatos reais, passeia pelo
mundo dos detentores do poder, em uma época em que a realeza decidia o rumo da
história, mesmo sem a menor condição de fazê-lo. Um jogo cruel e manipulador de
interesses políticos e pessoais são explorados no filme, evidenciando a força
da influência feminina. Falamos da disputa entre duas mulheres que servem a
rainha, através da amizade e de favores sexuais, ambas manipulam suas decisões,
seja por interesse pessoal ou político. Em forma de sátira, o Longa faz uma
crítica aos jogos sórdidos do poder, explorando as possibilidades e
impossibilidades dessas relações. A rainha, louca e com tendências
homossexuais, é, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por sua vez, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>retratada como mimada. É possível perceber que
ela é falha, humanamente imperfeita, como todos podem ser. Apesar de ocupar um
cargo de liderança, tudo que ela quer é o lado bom da vida. Usufruir de todas
as possibilidades prazerosas, sem que seja necessário tomar decisões e ser
julgada por isso, que é desejável. Abrir mão da responsabilidade por suas
escolhas é um desejo comum nos mais diversos quadros patológicos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por isso, ela se tornava alvo para a disputa daquelas
mulheres, a estrategista e a alpinista social, que rápido aprende a usar as
mesmas armas. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
As três mulheres se envolvem em um jogo cruel, de comportamentos
questionáveis, numa sátira provocante e incômoda. Por outro lado, o sistema e
as ferramentas disponíveis, convidam o espectador a se perguntar sobre semelhanças
e diferenças de atitude, em diferentes situações de poder. A sátira sobre a
realeza evidencia a podridão dos poderosos, passeando entre os túneis escuros e
passagens secretas do castelo, ou da mente. Riqueza, ostentação e poder contrastam
com a pobreza de espírito e o comportamento doente, fisicamente evidenciado no
corpo contaminado. Retratando a decadência da realeza, a sátira pode desagradar
a muitos, mas, sem dúvida, tem seu aspecto cinematográfico impecável, razão
pela qual é forte candidato ao Oscar.<o:p></o:p></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-83876784549404621962019-02-22T20:40:00.000-08:002019-02-22T20:54:10.076-08:00Green Book: O Guia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAO_Fy93-B5fD1oi3FVDRswqAEjDiNFSoObm4UukxFuoXqaSc5T1DNlfXT_f56-scTFsN8g5mUVI0fEWSLnt2_6OXA7nQlHkHwk7hX_6tIHDbpWHKGfrW47tV4wcEn80RAhZbFwOZrRk1m/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAO_Fy93-B5fD1oi3FVDRswqAEjDiNFSoObm4UukxFuoXqaSc5T1DNlfXT_f56-scTFsN8g5mUVI0fEWSLnt2_6OXA7nQlHkHwk7hX_6tIHDbpWHKGfrW47tV4wcEn80RAhZbFwOZrRk1m/s1600/a.jpg" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;">Racismo, preconceito,
homofobia, relações sociais, familiares e afetivas.</span><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif";">1962.
Tony Lip (Viggo Mortensen), um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de
trabalho após sua discoteca, o Copacabana, fechar as portas. Ele conhece um um
pianista e quer que Lip faça uma turnê com ele. Enquanto os dois se chocam no
início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/QxXJ7vkFk48/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/QxXJ7vkFk48?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<h3 style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></div>
</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O
racismo aqui é apresentado com uma dinâmica invertida, onde um negro contrata
um branco e racista para ser seu motorista e assistente. Apesar de branco, Lip
é também vítima de preconceito, tendo em vista sua classe social e ser ítalo-americano,
ou seja, pertencente a uma família de imigrantes italianos. Além da troca de
papéis, a comédia dramática apresenta personalidades antagônicas. Don Shirley,
além de ser um conceituado pianista, tem uma formação cultural refinada,
enquanto Tony Lip é bronco, grosseiro e de pouco estudo. É exatamente sua característica
grotesca, que o qualifica para a vaga de motorista, assistente e segurança. O músico
tem uma turnê marcada no sul dos Estados Unidos, o que nos anos 60 representava
um risco para ele, tendo em vista o racismo que marca a época e o lugar. Logo
no início, percebemos o comportamento racista do motorista, o que é prenúncio
de um difícil processo. Ao longo da trama, o público pode ser surpreendido. A
forma delicada que o contato dessas diferenças pode produzir grandes
transformações, contribuindo muito para o crescimento de ambos. Chamamos de
contato, em Gestalt-terapia, o encontro genuíno entre diferentes, que se afetam
mutuamente, gerando desenvolvimento do ser. Nesse aspecto, o filme nos brinda
com passagens espetaculares, promovendo uma clara demonstração de humanidade.
Sim, porque apesar das pré-definições que temos sobre o que nos parece
estranho, tais preconceitos só afastam as possibilidades de trocas necessárias
ao ser humano. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Emocionante, o filme acompanha a evolução dessa relação, dos
conflitos e possibilidades que vão sendo costuradas, durante o processo de convivência.
O racismo, o preconceito, o classismo e a segregação são apresentados com
leveza, tornando a trama graciosa e bem-humorada, o que pode ter sido mal considerado
pelos críticos. Entretanto, é esse aspecto delicado, que agrada e encanta ao
espectador. Além do racismo, social e individual, e, a trama aborda diferentes
tipos de preconceito, tocando sutilmente no tema da homossexualidade. Dos filmes
indicados ao Oscar, por sua perspectiva encantadora, quase utópica, GREEN BOOK:O
GUIA (de recomendações para o convívio racista sulista) se destaca. Com o desfecho
clichê, tão desejável em nossas guerras permanentes (com tudo que é estranho ou
diferente), a comédia dramática supera qualquer expectativa, ao tratar de temas
tão discutidos e necessários de forma inusitada. Mais do que indicado ao Oscar,
o filme é indicado para todos. Vale conferir!<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-54052997494122388932019-02-22T17:55:00.000-08:002019-02-22T20:55:39.025-08:00Roma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK6aDjBrnXACh3N2wqp2fyU_kOPCJsdCmFZt9mxgqHtIcrHwzj00t3FehV4mqb1_Qywh4MtylxM3SKzB_PmZxgDhfIuzVlDm21rCH7tPg1wyHQ8zZ9oJmbITThjaR05i9FjKEnUxNUlwIy/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1081" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK6aDjBrnXACh3N2wqp2fyU_kOPCJsdCmFZt9mxgqHtIcrHwzj00t3FehV4mqb1_Qywh4MtylxM3SKzB_PmZxgDhfIuzVlDm21rCH7tPg1wyHQ8zZ9oJmbITThjaR05i9FjKEnUxNUlwIy/s320/a.jpg" width="216" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;"><b>Racismo,
classismo, relações afetivas, familiares e sociais.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">Cidade do México, 1970. A rotina de uma família
de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher
(Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante
um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os
moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/6BS27ngZtxg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/6BS27ngZtxg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">Aclamado
pela crítica, o filme é um retrato da sociedade mexicana em uma época não muito
longínqua, está repleto de metáforas sociais e de fácil identificação com outras
culturas. Roma é o nome de um bairro mexicano de classe alta e não dá cidade
italiana. O luxuoso bairro contrasta com outros locais frequentados pelos menos
privilegiados. Assim como em outros países da América Latina, a empregada
doméstica e babá é a personagem central do meio familiar. Ao mesmo tempo em que
é invisível aos integrantes da família, ela é a peça central que dá suporte e
movimento ao enredo. O diretor escolheu retratar, com carinho, momentos de sua
vida. Não perdeu, nem mesmo a oportunidade de exibir os constantes aviões cruzando
o céu. Uma perspectiva que vai além de sua memória, pois serve também como uma
forma de transmitir a ideia de transitoriedade, o que nos remete às situações pelas
quais os personagens passam. Além da metalinguagem, que rende homenagens a
outros filmes, o longa aproveita a oportunidade para retratar acontecimentos trágicos
e marcantes dos anos 70. Cléo transita entre os seus dramas pessoais e os da
família, que se torna parte de sua trajetória de vida. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sendo assim, num momento ela está aconchegada
com os patrões vendo filme, em outro, cumprindo ordens específicas e urgentes. Carinho
e frieza, presença e ausência, consideração e desprezo, são algumas polaridades
marcadas na relação empregada/patrão. Se, por um lado inclui a babá como parte
da família, por outro, a mantém no “seu lugar”, ou seja, na classe social a
qual pertence, e, na qual deve permanecer.</span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Além do classismo (discriminação por
classe social), o racismo também é abordado na trama, representado aqui pela
origem indígena de Cléo, o que poderia ser igualmente representado por uma personagem
negra, em outra cultura. Qualquer deles pode expor as desigualdades sociais e
raciais, plantadas historicamente, com requícios ainda em nosso século. Roma
nos força a refletir sobre as poucas mudanças das estruturas sociais nas
últimas décadas. Curioso notar, que apesar das diferenças sociais marcadas na
trama, acompanhamos duas mulheres que estão “presas”, seja em sua condição
social de empregada doméstica, ou, por sua condição feminina, em uma época em
que pouco era permitido às mulheres (Sofia). Os costumes e conflitos políticos
apresentados evidenciam lugares físicos, sociais e psicológicos ocupados, não
só por personagens fictícios. A família patriarcal define papéis,
hierarquicamente engessados, origem da vida contemporânea, portanto, ainda
contaminando e atravessando as relações de nosso século. O filme não pretende
fazer qualquer lição moralista, ou, explicitar qualquer crítica. É apenas o
retrato de uma época e lugar, comum a diferentes culturas. Essa perspectiva nos
faz perceber o quão pouco avançamos em nossas formas de convivência com
semelhantes. Isso é o mínimo de reflexão motivada por Roma, um filme necessário!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-76443699619870977082018-12-02T12:09:00.000-08:002020-03-22T16:56:25.133-07:00Margarita de canudinho<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZKEVuSA_rdoVgOIByY0qhwT_L-Hh8iEvkxFP8zGUQS3Mva0VNB1zOGQf-gc7A7-8wEGra1hu8l1I3mvBg39bjpg5kUxXZ-3wtNOrdLgacS96w7WBacEEQotjZv9DL_1foxlZcE30V-PYq/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="709" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZKEVuSA_rdoVgOIByY0qhwT_L-Hh8iEvkxFP8zGUQS3Mva0VNB1zOGQf-gc7A7-8wEGra1hu8l1I3mvBg39bjpg5kUxXZ-3wtNOrdLgacS96w7WBacEEQotjZv9DL_1foxlZcE30V-PYq/s320/a.jpg" width="221" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="color: red;"><b>Paralisia
cerebral, deficiência visual, descoberta da sexualidade, bissexualidade,
relações afetivas, familiares e sociais.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i><span style="background: white;">Laila (Kalki Koechelin) é uma adolescente
indiana que tem paralisia cerebral. </span><span style="background: white;">Ela estuda na Universidade de Delhi, escreve
poesias e cria sons eletrônicos para uma banda indie da universidade. Laila se
apaixona pelo vocalista e fica de coração partido quando é rejeitada. </span><span style="background: white;">Ao lado
de sua mãe (Revathy), ela deixa seu país para estudar na Universidade de Nova
York, onde aproveita a oportunidade para exercitar sua independência. Lá, ela
conhece uma jovem ativista (Sayani Gupta) em Manhattan e embarca em uma jornada
de descobertas.</span></i><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JDh7n6bte-c/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JDh7n6bte-c?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<h3 style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><div style="text-align: left;">
O OLHAR DA
PSICOLOGIA</div>
</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Que
filme delicado, verdadeiro, esclarecedor, simples e inclusivo. A trama não
pretende focar nas dificuldades da protagonista ou de outros personagens.
Apesar dos obstáculos impostos por sua paralisia cerebral, ou pela deficiência
visual da outra personagem, o foco está nas possibilidades de vida, apesar das
adversidades. Como qualquer adolescente, Laila enfrenta questões muito comuns
aos seus pares. Ela se apaixona, tem desejos, dúvidas, paixões e decepções. As
experiências dela são verdadeiras, simplesmente acontecem e ela faz novas
descobertas. A sutileza das cenas é incrível, transformando suas descobertas
sexuais, desde a masturbação ao ato, em acontecimentos naturais. Não há
classificação, exploração ou crítica, eles simplesmente fazem parte da vida.
Simples assim. O espectador acompanha gestos sutis, ouve sons, descortina seu desabrochar,
sem que sua privacidade seja desrespeitada. Um olhar delicados sobre as
questões dela, sejam afetivas ou sexuais, é uma constante no longa, que encanta
em sua simplicidade. Outros mundos se revelam para Laila, a cada novo encontro,
novos vínculos, novas experiências. Preconceitos e tabus são desnudados na
telona, com uma leveza sedutora, delicada e única. Seu encontro com Khanum, uma
deficiente visual, ampliam seu mundo. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em nenhum momento, as deficiências se
tornam alvo ou justificativas, ao contrário, a vivacidade e as possibilidades
são tema do filme, apesar das frustrações e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>impossibilidades enfrentadas. A família de
Laila, funcional, amorosa, alegre é parte fundamental do seu jeito leve de ser. Laços e nós fazem parte da vida, ela se decepciona, ganha, perde, sofre, cai e levanta. Uma decepção amorosa aqui, uma nova conquista ali, quem nunca? Não há crescimento sem dor, todas as experiências colaboram para quem somos agora, evitar sentir não nos poupa da dor, mas pode nos tirar possibilidades de crescimento e conquistas. O conjunto de ganhos e perdas oferecem a aprendizados singulares sobre a nossa própria capacidade de desfrutar e saborear a vida. Assim, somos convidados a sair da zona de conforto para nos questionar sobre
tantas desculpas que usamos para não experimentar a vida em sua amplitude</span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">, onde quer que se
revele. A jornada de auto-descoberta de Laila é comovente, enriquecedora,
inspiradora e nos convida a transgredir limites impostos por nós mesmos,
promovendo novas possibilidades em nosso viver. Vale conferir!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-35862129293875150702018-11-06T19:10:00.000-08:002019-12-01T10:04:11.446-08:00 Felicidade por um fio<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqS7Twb3nEbryQwo0G1_wLjTZ2PkL9WHSpkcfa3quwT4vxb0A7e4NeFdInxrUWCsk80MhimshxeF09jx7lXu5US2TzxlIBzRqhToimA8wmOn3n4Tb5I4i_E6-75kLQnTLvLd2zo25CirEQ/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqS7Twb3nEbryQwo0G1_wLjTZ2PkL9WHSpkcfa3quwT4vxb0A7e4NeFdInxrUWCsk80MhimshxeF09jx7lXu5US2TzxlIBzRqhToimA8wmOn3n4Tb5I4i_E6-75kLQnTLvLd2zo25CirEQ/s320/a.jpg" width="216" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;"><b>Preconceito, relações
afetivas, familiares e sociais.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">Violet Jones (Sanaa Lathan) é uma publicitária
bem-sucedida que considera sua vida perfeita, tendo um ótimo namorado e uma
rotina organizada meticulosamente para conseguir estar sempre impecável. Após
uma enorme desilusão, ela resolve repaginar o visual e o caminho de aceitação
de seu cabelo está intrinsecamente ligado à sua reformulação como mulher,
superando traumas que vêm desde a infância e pela primeira vez se colocando
acima da opinião alheia.</span></i><i><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/PCF56D10sIs/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/PCF56D10sIs?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">“Felicidade
por um fio” é uma comédia leve sobre a construção do amor próprio. O
preconceito internalizado na infância é parte do que faz Violet buscar a
perfeição em sua forma de funcionar no mundo. Alguma receita pronta de “vida
perfeita” tornou-se o norteador de seu viver, oprimindo sua autenticidade e a
aceitação de si mesma. Ainda que seja uma comédia despretensiosa, a trama
apresenta um tema interessante, que pode encontrar identificação em diferentes
espectadores. O preconceito, de qualquer espécie, pode ser internalizado ainda
na infância, tornando a aceitação de si mesmo um processo longo e doloroso.
Aliás, doloroso é viver em um formato diferente da própria naturalidade de ser,
entretanto, isso é mais comum do que podemos imaginar. A preocupação em se
adequar ao que é apreendido como desejável, como forma de ser aceito e bem
visto pela sociedade, pode distanciar a pessoa de quem é de fato. A vida
neurótica, aparentemente perfeita, pode ser bastante sofrida. Escrava da
aparência, Violet representa outros tantos que não estão satisfeitos consigo,
devido a um modelo do que é considerado “normal”, socialmente aceito, ou,
imposto pela “ditadura da beleza”. Em um momento de decepção amorosa, de
sofrimento e dor, a protagonista encontra
o caminho de volta para si, resgatando sua espontaneidade e o orgulho por ser
quem é: mulher, negra, com opinião
própria. Desfazer-se de seu cabelo é como despir-se, sentir-se nua em público. Trata-se de um processo semelhante ao
terapêutico, que nos coloca frente a frente com o que somos, nos revelando aos
poucos, descortinando as aparências para revelação do ser. A desconstrução de um modelo automático,
pré-fabricado, dá lugar a novas descobertas sobre desejos e objetivos,
inaugurando um novo caminho, resgatando os sentidos em sua totalidade do ser. Fritz
Perls, considerado o pai da Abordagem psicológica conhecida como
Gestalt-terapia, nos alertava sobre o perigo dessa busca pela perfeição, ao
afirmar; <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "georgia" , serif;"><i>“Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma
maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Você é
perfeito, se se permitir, ser. Amigo, não tenha medo de erros. Erros não são
pecados. Erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez
criativamente nova. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles. Você teve
coragem de dar algo de si.” </i></span></span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span class="MsoSubtleEmphasis"><span style="font-family: "georgia" , serif;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "georgia" , serif; line-height: 115%;">Adaptação do livro de mesmo título, escrito
por Trisha Thomas, o longa transita pelo universo do preconceito racial, mas
podemos pensar em qualquer outro preconceito, por exemplo, com as mulheres,
(machismo, misoginia ou sexismo), com os homens (misandria), os judeus
(antissemitismo), os deficientes físicos, a faixa etária, a aparência
(estereótipos), o peso (gordofobia), com os homossexuais (homofobia), dentre
outros. O <span style="background: white;">preconceito não existe apenas contra
as diferenças do próximo, ele pode se estabelecer contra a própria pessoa, como
Violet demonstra. As pessoas não se mostram satisfeitas consigo próprias,
tonando o preconceito contra si mesmo uma questão existencial arriscada. Não aceitam o cabelo, a sexualidade, sua altura,
suas formas físicas, brigam com a balança, entre inúmeras outras autocríticas,
tudo lhes causa uma verdadeira guerra contra si, sempre criando um mal estar,
fazendo de tudo para superar a situação, inclusive, com risco à saúde e da própria
vida. </span>Apesar de leve e despretensiosa, a comédia dramática nos
convida a pensar sobre a necessidade de autoaceitação para uma vida plena. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-8602637633103688192018-03-25T16:01:00.001-07:002018-03-25T16:11:27.768-07:00CORA CORALINA - TODAS AS VIDAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYk6Xs6mHiH7kkhdOJlFUBh-JRXG5ANQ93m5rYedW72NGnf8c8yVCDKPqS0cUR24LhaYeqkyyNQOF6zjQN3A86EgehyxOLulSCyovMF11jlxOmhpyVYPnXhdaUr5MoEMKnFykLcYmCE-_X/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1065" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYk6Xs6mHiH7kkhdOJlFUBh-JRXG5ANQ93m5rYedW72NGnf8c8yVCDKPqS0cUR24LhaYeqkyyNQOF6zjQN3A86EgehyxOLulSCyovMF11jlxOmhpyVYPnXhdaUr5MoEMKnFykLcYmCE-_X/s320/1.jpg" width="213" /></a></div>
<br />
<br />
<h3>
ASSUNTO</h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Literatura, poesia, relações familiares, afetivas e sociais, biografia, sensibilidade, multiplicidade da vida. Relação parte-todo da Abordagem Gestáltica.</b></span></div>
<h3>
SINOPSE</h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>O longa apresenta aspectos pouco conhecidos da vida de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos. Em emocionantes 75 minutos, o filme revela a trajetória de Cora Coralina dos anos de infância até se casar e sair de Goiás; do largo tempo de 45 anos vividos em diferentes cidades no estado de São Paulo; e de seu retorno à Cidade de Goiás, quando se revelou ao Brasil com a força de sua poesia.</i></span></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="background-color: white;">TRAILER</span></span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/WhFjzxLeThg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WhFjzxLeThg?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="background-color: white;">O OLHAR DA PSICOLOGIA</span></span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="background-color: white;">Ah, Cora Coralina, a multiplicidade do ser, pessoa, mulher, poeta, doceira, e, tantas outras. Aninha, sua versão infantil, é resgatada na poesia, integrando a pessoa. Um filme bibliográfico e poético, tendo em vista sua costura entre a subjetividade e o material documentado. Como não podia deixar de ser, a arte é o fio condutor, que revela a força da mulher que foi Cora Coralina. Solidária, corajosa, crítica, guerreira, frágil e forte, sensível, sensível e sensível. Costumamos dizer, em psicologia, que percebemos no mundo aquilo que nos é conhecido. Somos sensíveis frente a situações que já experimentamos. O que torna difícil compreendermos o que está fora de nosso repertório pessoal. Obviamente, algumas situações inusitadas nos despertam para o novo, o que colabora para nosso crescimento pessoal. O filme retrata uma particularidade de Cora invejável, sua sensibilidade diante do mundo. Desde cedo, ela foi e se manteve muito aberta para o novo, se integrando a cada instante ao meio circundante. Sua percepção abrange a natureza das coisas e pessoas, todo tempo revelando-se parte e todo, um movimento extremamente sensível e delicado. Para a Gestalt-terapia, a relação parte e todo, movimento explícito na obra, é o movimento saudável do ser humano, em direção a totalidade do ser. Dentre outros conceitos, caros à abordagem, é possível percebê-lo em detaque na trama, em diferentes momentos poéticos. Se num momento, ela se identifica com a natureza como parte de si mesma, no outro, acolhe a diferença do outro como possibilidade, sem conceito pré concebido. O filme é um presente para os amantes da arte, da literatura e da vida.</span></span></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-46679367214729283692018-03-18T14:12:00.003-07:002019-12-01T10:16:52.009-08:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGr81OXfJBkFdzfhuE5PLlU97Frw62iRdHAfeaQzBnKdCD8rWFiKA2pdVscHoMHkyNcTiSedIAaBQjNcAP9cYidknBbRa4OQ-cqSHRLOmNdpNjWnbIM3GQoAEjpYA2r_OBuodMoIN2JX2u/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="660" data-original-width="450" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGr81OXfJBkFdzfhuE5PLlU97Frw62iRdHAfeaQzBnKdCD8rWFiKA2pdVscHoMHkyNcTiSedIAaBQjNcAP9cYidknBbRa4OQ-cqSHRLOmNdpNjWnbIM3GQoAEjpYA2r_OBuodMoIN2JX2u/s400/1.jpg" width="272" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></h3>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b><span style="color: red;">Relações familiares, sociais e afetivas, suicídio, psicodiagnóstico, saúde mental e arte.</span></b><o:p></o:p></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van
Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão
Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que
era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a
correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança
de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma
investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar
se ele realmente se matou.</span></i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 9.5pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3tslxWf9t5w/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/3tslxWf9t5w?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 375.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">A animação é uma obra prima, trazendo
para a telona a arte de Van Gogh em movimentos, tão tocantes quanto suas obras.
Como qualquer obra prima, inspira diferentes percepções no espectador. A
animação quase documental, não se furta de evidenciar conflitos existenciais de
sua história, traduzidos em suas obras. Tal qual Armand, personagem que
investiga a vida do artista, somos conquistados aos poucos, pela riqueza de situações emocionantes e curiosas em torno do mestre. Alguns elementos históricos foram incluídos na
trama, de forma tão sensível, que o filme se torna magnífico. Um dos aspectos
que mais me tocou, tem a ver com repetidas angústias que chegam diariamente ao
consultório de psicologia. Falamos da dificuldade daqueles que não se “encaixam”
no que a família ou a sociedade espera dele. Encontrar a própria vocação, em
meio às pressões familiares e sociais, pode ser dilacerante. Família e sociedade
funcionam com seus padrões de exigência, muitas vezes desestimulando,
reprovando, sufocando a singularidade do ser. A adolescência, momento de ENEM, de
pressão versus sensações intensas, podem desencadear frustrações insuportáveis.
A ausência de suporte pode agravar a situação. A crítica, a reprovação, afeta o
processo de identidade da pessoa, sua auto estima pode ser prejudicada. A
depressão, mal do século, pode ser considerada como a melhor alternativa, que o
sujeito encontra para lidar com a situação. Longe de apontar uma relação causal
para a depressão, estamos partilhando uma reflexão provocada pela trama. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Não há
conclusão alguma sobre o que de fato aconteceu com Van Gogh. Ao contrário,
outras questões são suscitadas. Uma delas se refere aos padrões exigidos para os
jovens, muitas vezes, sem terem a chance de descobrir a si mesmos. Lembramos do
Antonio Gaiarsa, em seu alerta às mães, que precisavam ouvir mais seus filhos,
no lugar de seguir “receitas prontas” sobre a boa educação. Não temos como
saber ao certo como tudo poderia ter sido diferente, mas é um aspecto
possível para reflexão. O diagnóstico de Van Gogh tem sido um desafio para a
psiquiatria, que aponta diferentes possibilidades.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele viveu atormentado por desequilíbrios
emocionais, por sua incapacidade de estabelecer relações duradouras, por seus
episódios irracionais, pela impulsividade e a oscilações de humor. Há indicações
de epilepsia, intoxicação, abuso de absinto, além da sugestão de diferentes
transtornos, desde a esquizofrenia ao transtorno bipolar. Fato é que sua obra
só foi reconhecida após a sua morte, revelando a falta de reconhecimento de si
mesmo, não só como artista, mas, principalmente, como pessoa pertencente ao
mundo que habita. Independente de seu diagnóstico, suas obras são evidências de
um dom espetacular, capaz de capturar o público em suas formas e cores, que já
sugeriam movimento, muito antes da animação existir. Suas relações consigo e com o mundo podem ser apreciadas no filme, num entrelaçamento constante entre fatos e diferentes obras produzidas por ele. Por se tratar de um tipo inédito, repleto de possibilidades, recomendamos o filme, um lindo convite para cada espectador vivenciar a
própria experiência. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-80887268924692635162018-03-18T10:09:00.000-07:002018-11-08T06:46:35.127-08:00Viva - A vida é uma festa!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX6rRfd1Lbu265AG2QezaDtQFvu8HnWbLgEyTDe9xCQzXQmWhMuYjONZ-GBX6UYunQG328H2LuAWrSlF7EnTK_UwKaOi1QgEqDrgx8NC1zVE6odyCJciN3Aolk88yvJ_CROixH0bQSn7zq/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="660" data-original-width="450" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX6rRfd1Lbu265AG2QezaDtQFvu8HnWbLgEyTDe9xCQzXQmWhMuYjONZ-GBX6UYunQG328H2LuAWrSlF7EnTK_UwKaOi1QgEqDrgx8NC1zVE6odyCJciN3Aolk88yvJ_CROixH0bQSn7zq/s400/1.jpg" width="272" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b><span style="color: red;">Relações afetivas e familiares, perdas, luto, morte, memória afetiva, Constelação Familiar, autoconhecimento, totalidade, campo, contato (conceitos gestalticos).</span></b></span><br />
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span><span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">Miguel é um menino de 12 anos que quer muito
ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu
sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos
ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado
mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/iLmZZV-Nkuk/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/iLmZZV-Nkuk?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 262.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">Animação
encantadora que ousa falar de morte, real ou simbólica, através de música, cores,
poesia e afeto familiar. É impossível permanecer indiferente diante de questões
que podem ser tanto singulares, quanto comuns. Ainda, que o enredo tenha como
pano de fundo a cultura mexicana, ou, que explore questões particulares da
família de Miguel, estamos diante de temas comuns a qualquer família. Sendo
assim, há na trama o encontro, ou embate, entre a tradição familiar e os
desafios da nova geração. Toda família tem suas próprias regras. Suas crenças e
valores são, muitas vezes, desafiados pela nova geração. Miguel não foge a
regra, deseja transgredir os limites impostos pela família, pois a música é a
arte que já faz parte de quem ele é. É no “dia de muertos”, feriado celebrado
pelos mexicanos de um jeito especial, que ele decide ir atrás de seu sonho. No
processo de individuação, ou, na busca por sua identidade, Miguel se depara com
uma parte que falta na foto da família. Essa parte faltante o leva para o mundo
dos mortos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A morte, ou, os mortos,
ganham outra perspectiva, sendo suavizados através da expressão repleta de sons, cores e o clima festivo. Aqui, a chave mestre é o afeto, aquele capaz de manter na memória a
lembrança do familiar que partiu. A dor não é o único caminho. Para os mexicanos,
é dia de festa, com direito a oferendas diante das fotos dos entes e a família
reunida, é um encontro de gerações. Na celebração, o caminho é decorado com
pétalas de flores, para que os entes queridos possam visitar suas famílias (o
que só é permitido no referido feriado).<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Além de homenagear a cultura mexicana, a animação convida o expectador a
entrar em contato com seu campo familiar, o que pode promover boas reflexões.
</span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Para quem conhece ou vivenciou uma Constelação Familiar, o filme pode ser uma
oportunidade de rever alguns princípios propostos por Hellinger, como lealdade
familiar, exclusão, sensação de pertencimento e ancestralidade. Na abordagem da
Literatura e mitologia, o herói tem que descer aos infernos, a fim de libertar
alguém ou cumprir uma etapa necessária na busca do seu autoconhecimento. Sua
luta, travada com monstros assustadores, pode representar a luta consigo mesmo,
na busca de integração de seu mundo. Miguel está nessa jornada. Na abordagem
gestáltica, as partes alienadas, ou situações inacabadas, são sinalizadas
através de sintomas ou conflitos. A necessidade de elaboração, enfrentamento ou
aceitação é busca pela totalidade do ser, o caminho da autorrealização. Miguel
enfrenta sua própria jornada, aprendendo mais sobre si mesmo, afetando e sendo
afetado no mundo, seja dos mortos ou dos vivos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Campo,
parte-todo, ciclo de contato e teoria organísmica são alguns dos conceitos que
podem ser observados na trama. Entretanto, na perspectiva da Gestalt-terapia, a
riqueza da animação está no fato possibilitar ao espectador o contato com seu
mundo próprio, ou, seus tantos mundos possíveis. As sensações despertadas pela
trama permitem uma experiência única. A mesma magia que possibilita ao Miguel
uma nova perspectiva, também encanta o espectador, que pode ser “tocado” de
forma surpreendente. Cativante, a animação emociona o público, de qualquer
idade, tirando gargalhadas e lágrimas naturalmente, sem apelações.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Resumindo em uma única palavra, é espetacular,
não perca!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #111111; font-family: "georgia" , "serif";">.</span><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-17036788946410812372018-02-25T13:21:00.002-08:002018-02-25T13:40:19.157-08:00Me chame pelo seu nome<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqWqxOV8VuqyiWR2vMqvKHspG6EDsK2foE58RevdxpN1tCOej2bxIHLr1yL3P6YGDOP5-Yi2hZwQHOkzd4JtwvSG0EHCKfBgq1pYbK3AGGbMCp2YUw3mUQyQ4YGzs4zElJ1EnoJQUKNjpg/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqWqxOV8VuqyiWR2vMqvKHspG6EDsK2foE58RevdxpN1tCOej2bxIHLr1yL3P6YGDOP5-Yi2hZwQHOkzd4JtwvSG0EHCKfBgq1pYbK3AGGbMCp2YUw3mUQyQ4YGzs4zElJ1EnoJQUKNjpg/s1600/1.jpg" /></a></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , serif;"><span style="color: red;"><b>Adolescência, despertar da sexualidade, Homossexualidade, diferenças, relações familiares, sociais e afetivas.</b></span></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #444444; font-family: "georgia" , "serif";">Verão de 1983, norte da Itália. Elio Perlman,
um jovem ítalo-americano de 17 anos, passa seus dias na vila de sua família, um
antigo casarão do século XVII. Seus dias são repletos de composições ao piano e
flertes com sua amiga Marzia. Um dia, Oliver, um charmoso homem de 24 anos, que
está fazendo doutorado, chega para ajudar o pai de Elio, um renomado professor,
em sua pesquisa sobre cultura greco-romana. Sob o sol do verão italiano, Elio e
Oliver descobrem a beleza do despertar de novos desejos que irão mudar as suas
vidas para sempre. <o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7yCwv8FjidU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7yCwv8FjidU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O
OLHAR DA PSICOLOGIA</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">Pode
não agradar, não só pelo tema delicado, mas pelo ritmo lento, principalmente na
primeira parte. No entanto, é exatamente pelo ritmo, que o longa proporciona o
envolvimento do público no sensível processo de contato entre os protagonistas.
“Me chame pelo seu nome” traz em seu título o anúncio do tema que será
desdobrado na tela: A entrega no encontro com o outro, tão intensa e
arrebatadora, que promoverá autoconhecimento. Elio é maduro para sua idade
e conhecedor de diversos assuntos, mas não deixa de ser adolescente. Como tal,
seu corpo e mente sofrem transformações, ele está desabrochando. A chegada de
Oliver afeta seu mundo de diferentes formas, o que o deixa confuso. O despertar de sua sexualidade começa em
momentos de tensão, que aos poucos se transformam. A experiência intensa e
arrebatadora irá afetar a ambos para sempre. Não é sobre homossexualidade, é
uma história de amor, do primeiro amor, simplesmente, amor. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
O belo preenche a
telona em todas as formas, começando pelo belo visitante, continuando pela
paisagem, cenário, etc. O tempo deixa de ser aquele que escraviza o cotidiano,
para tornar-se preguiçoso na maior parte das cenas. Torna-se urgente apenas
quando Elio e Oliver transbordam o desejo contido e mergulham em um turbilhão
de sentidos. Não é sobre sexo apenas, é sobre descobrir a si mesmo através do
outro. É sobre estar despido de corpo e alma, vivenciando a experiência em sua
plenitude. A excitação, que vai além do corpo, explora e supera os sentidos,
agregando arte e cultura. Na casa de Élio, diferentes línguas são faladas com
naturalidade. Aliás, as diferenças são parte do todo, vivenciadas com
simplicidade. As cenas de sexo priorizam
a sensualidade, explorando com sensibilidade e naturalidade o desejo humano. Na
reta final, temos um diálogo de peso entre pai e filho. Alguns podem considerar
que a cena pode definir a trama com uma temática homossexual. Sim, é dito algo
sobre não abrir mão da própria identidade, apesar das dificuldades na
homossexualidade. Uma boa mensagem para aqueles que não se aceitam. Por outro
lado, a urgência de uma definição concreta de ser, seja homo ou heterossexual,
também pode se tornar um rótulo que aprisiona. O filme não define o rumo dos
personagens, apenas deixa clara a importância da experiência para ambos. Toda
experiência humana de afeto – contato pleno onde afetamos e somos afetados – será
parte do que somos. O outro é experimentado como parte do que sou. Daí, a
inesquecível definição do título, “Me chame pelo seu nome” deixa de ser apenas
um ato de entrega, mas uma declaração de amor a si mesmo. O outro nos revela o
melhor de nós, cada um leva um tanto do outro.
O primeiro ou mais intenso amor poderá nos habitar para sempre, ajudando
a definir quem somos. Entretanto, não é preciso aprisionar a qualquer rótulo. O
filme provoca, questiona padrões e encanta com sua delicadeza. Recomendo!<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-64132911233472514022018-01-31T13:33:00.000-08:002018-01-31T13:33:09.746-08:00Três anúncios para um crime<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtnJrc53t9s4L4stsIYH9dXLJTHWLch0czJ2HrTV0-tHTGl2itOWmiNuwZaAYavG4aCewZanL0c1ifhJSaBwVphjxDzN6TcG95KqWAp3w2CZMbfIPWQr5dCTY_PGijf09LkeLZsUaBFFxi/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="130" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtnJrc53t9s4L4stsIYH9dXLJTHWLch0czJ2HrTV0-tHTGl2itOWmiNuwZaAYavG4aCewZanL0c1ifhJSaBwVphjxDzN6TcG95KqWAp3w2CZMbfIPWQr5dCTY_PGijf09LkeLZsUaBFFxi/s320/1.jpg" width="208" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: Georgia, serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Relações
familiares, sociais e afetivas; abuso de poder, violência, racismo e família
disfuncional.<o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Georgia","serif";">SINOPSE</span></i></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">Inconformada com a ineficácia da polícia em
encontrar o culpado pelo brutal assassinato de sua filha, Mildred Hayes
(Frances McDormand) decide chamar atenção para o caso não solucionado alugando
três outdoors em uma estrada raramente usada. A inesperada atitude repercute em
toda a cidade e suas consequências afetam várias pessoas, especialmente a
própria Mildred e o Delegado Willoughby (Woody Harrelson), responsável pela
investigação. </span></i><i><span style="font-family: "Georgia","serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">.</span></i><i><span style="font-family: "Georgia","serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/DaG5ICpyGDM/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/DaG5ICpyGDM?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Não
existe nada óbvio no longa, ainda que tenha como tema central algo que assim
possa parecer. Entre o absurdo e a crueldade da vida, o filme transita entre os
acontecimentos e personagens peculiares. Com humor negro surpreendente, recheado
de personagens complexos, a trama perpassa entre o bem e o mal, sem escolher
lado. Não há herói, nem vilão. A mãe, inconformada com a lentidão das
investigações, age de acordo com suas convicções. A cidade é pequena, a lei tem
suas particularidades e seus agentes a aplicam de acordo com as próprias
convicções. Por outro lado, a culpa é um peso a ser carregado, pois ninguém
está livre de cometer erros em ações promovidas pela própria noção de justiça.
É bom ressaltar que o crime brutal, tema central da trama, não é a única
injustiça retratada. Temos um retrato particular e universal, quando observamos
as diferentes reações, ou a falta dela, diante do fato que pode afetar a vida
dos personagens. A raiva está nos pequenos e grandes movimentos dos personagens,
em diversos momentos da trama. As relações sociais e familiares não estão ausentes,
ao contrário, são exploradas. A pacata
cidade do interior se transforma num cenário doente, onde todos têm seus anjos
e demônios expostos. Não é sobre a solução de um crime, nem sobre lição de
moral. Com humor ácido, o filme denuncia mais do que um crime, provoca o
próprio julgamento, confronta tudo que é politicamente correto, incomoda. Um
episódio abominável altera a rotina de várias pessoas, desencadeando reações
inesperadas. Racismo, abuso de poder, culpa, manipulações afetivas, doenças
físicas e/ou mentais, relações familiares disfuncionais são temas que podem
provocar diferentes reações no espectador, pela forma que são apresentados. A crueldade, as motivações, os encontros e desencontros, as diferentes provocações e reações suscitadas, nos personagens ou no espectador, podem provocar diferentes reflexões. alvez, muito necessárias, diante das atrocidades e inversão de valores que cada vez mais fazem parte do nosso cotidiano. Confira!<o:p></o:p></span></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-62484100108469418952018-01-28T11:45:00.003-08:002019-11-29T11:27:07.710-08:00A forma da água<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-WS_9z_TKfUDTNNsDUXH7KJ5kbozeWNQPfIarU07UyvKPmFJUjSrbIvBOQSZDspPWSM6mH0k9WcwwrU-op4NR_oJ3x3r1qXCicNX16RoWtQXAALQDHmxtdcOq_ZV7x0-tgO8dMA9JJlD-/s1600/1+agua%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="215" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-WS_9z_TKfUDTNNsDUXH7KJ5kbozeWNQPfIarU07UyvKPmFJUjSrbIvBOQSZDspPWSM6mH0k9WcwwrU-op4NR_oJ3x3r1qXCicNX16RoWtQXAALQDHmxtdcOq_ZV7x0-tgO8dMA9JJlD-/s400/1+agua%255D.jpg" width="296" /></a></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><span style="color: red; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Xenofobia, racismo, sexismo, homofobia, preconceito, solidão, sexualidade, relações afetivas e sociais</b>.</span></span></div>
</div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; letter-spacing: 0.05pt;"><i>Década de 60. Em meio aos
grandes conflitos políticos e bélicos e as grandes transformações sociais
ocorridas nos Estados Unidos, Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório
experimental secreto do governo, conhece e se afeiçoa a uma criatura fantástica
mantida presa no local. Para elaborar um arriscado plano de fuga ela recorre a
um vizinho (Richard Jenkins) e à colega de trabalho Zelda (Octavia Spencer).</i></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></h3>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">TRAILER </span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/-DTVuQTZr3E/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-DTVuQTZr3E?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">O OLHAR
DA PSICOLOGIA</span></div>
</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Existem filmes que são capazes de
nos deixar atônitas em seu desfecho. “A forma da água” não é apenas um deles,
pois o suspiro emocionado ainda transbordava, após a conclusão do longa,
reverberando por algum tempo. Talvez, tenha sido por sua linguagem poética,
delicada, encantadora, que costura fantasia e realidade para falar de sentimentos
tão existenciais e necessários ao ser humano. O filme fala, de forma singela,
sobre o encontro de diferenças, desnuda a empatia, denuncia diferentes faces da
desemboca no amor, simples assim. Da masturbação ao sexo entre seres distintos, o enredo possibilita desconstruções. Para os
que se percebem deslocados no mundo, é um poema. Com delicadeza, em contraste
com a estupidez humana, a trama desdobra o amor, sem pudor. A água, fonte da
vida, não podia estar em melhor lugar para falar e espelhar diferentes emoções
do humano, que podem ser refletidas na “criatura”, diante das diferentes
conexões, conforme declarado por Guillermo Del Toro:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #1f1f1f; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“A água toma a forma do que quer que a esteja
contendo, e embora possa ser tão suave, é também a força mais poderosa e
maleável do universo. Isso também é amor, não é?! Não importa em que fôrma
colocamos o amor, ele se molda a ela, seja homem, mulher ou criatura”.</span></blockquote>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; text-align: justify;"> O filme é uma fábula encantadora sobre amor,
que dispensa palavras, priorizando os sentidos através das diferentes formas de
amar, amor ao próximo, à ciência, à amizade, ao estranho, ao diferente,
singular e puro amor. Para os que são incapazes de lidar com as diferenças, que
abusam da violência, do sadismo, da moralidade falsa, fica a questão: quem é o
monstro? Quem é a criatura que nos ameaça, o desconhecido ou a repressão
cotidiana e sádica capaz de sufocar? Cada personagem tem seu próprio espaço,
contados através de linguagem verbais e não verbais. O contexto, a guerra fria,
a tensão em um mundo dividido, nos lembra outras tantas divisões promovidas em
diferentes momentos históricos, em qualquer lugar. O abuso de poder, o
machismo, a homofobia, o racismo, o moralismo hipócrita são os “nós” da trama. Elisa (sexismo), Zelda (racismo), Giles (preconceito) e a criatura (xenofobia) representam vítimas do sistema</span><span style="background: white; color: #0a0a0a; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> capazes de </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; text-align: justify;">alinhavar laços afetivos.</span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Elisa e a criatura podem
representar uma forma de relação peculiar, daquela capaz de identificação, apesar
e pela diferença. Por outro lado, as relações conflituosas são retratadas sem
forma, através de embates sem sentido, sem objetivo algum, além de uma vitória
esvaziada. Dentre os inúmeros detalhes que podem ser percebidos no filme, nos
chamou a atenção à mudança das cores, tão caras ao Gestalt-terapeuta atento.
Explico: para o psicólogo da abordagem Gestáltica, a percepção da “totalidade”
do cliente envolve perceber nuances, que possam se destacar no encontro. Sem
priorizar a linguagem verbal, esses profissionais ficam atentos a qualquer
outra linguagem: movimentos, sons, cores, etc. O “não-verbal” pode expressar o
que o cliente não consegue verbalizar. Assim, as mudanças na forma e cor das
roupas, podem expressar mudanças, como acontece com Eliza, que aos poucos adota
a cor vermelha, evidenciando seu estado emocional. Em outro momento, a “aparência”
é foco de desconstrução, quando “a família feliz”, digna de propaganda, esconde
um pai inescrupuloso. As tantas possibilidades de reflexão diante da trama não
podem ser reduzidas a um único olhar, portanto, sugiro que assistam e
compartilhem sua percepção. Super recome<span style="font-family: "georgia" , serif;">ndo!!</span></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-50045025800906625122018-01-14T16:26:00.001-08:002019-07-26T14:57:21.440-07:00Lady Bird, é hora de voar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhW_dmDNLc4Gn3uToifGpMqN9oZda9gM-MSCY4EagbKJtFQCqrT3q_BMTQDvaZscFl3ht6ctBxDDG3slPFKefn41Erz0KKc_VisOaMLFp5wPyFoUQxJ4Y-CUMXIyhS1fcSQh7l60NhfpoC/s1600/1+bird.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="130" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhW_dmDNLc4Gn3uToifGpMqN9oZda9gM-MSCY4EagbKJtFQCqrT3q_BMTQDvaZscFl3ht6ctBxDDG3slPFKefn41Erz0KKc_VisOaMLFp5wPyFoUQxJ4Y-CUMXIyhS1fcSQh7l60NhfpoC/s320/1+bird.jpg" width="208" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><span style="color: red;"><b>Adolescência,
ansiedade, sexualidade, puberdade, relações familiares, sociais e afetivas.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></i></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , serif; line-height: 115%;">Christine McPherson
(Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir
fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, ideia firmemente rejeitada por
sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige
ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo
assim. Enquanto sua hora não chega, no entanto, ela se divide entre as
obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais
de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.</span></i><i><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/GuZojySX8HE/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/GuZojySX8HE?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">Indicado
para o Oscar, o longa acompanha Lady Bird da passagem da adolescência para a
maturidade. A jornada de amadurecimento já foi retratada em outros tantos
filmes, o Charme daqui está na forma como acontece. A ansiedade adolescente é evidenciada
no processo, sem que seja necessário qualquer diagnóstico. Afinal, é bastante
comum que a ansiedade acompanhe a adolescência, sem que precise ser considerada
uma patologia. Christine quer voar, é
aventureira, sonhadora, dramática, impetuosa e muito desafiadora. A família não está em uma situação financeira privilegiada, a mãe aponta isso a todo
instante, diferente do pai, que dá “cobertura” para os sonhos da moça. Mãe e filha vivem às turras, diante dos desafios da vida. Não é muito diferente do que acontece com frequencia: o adolescente elege um dos pais para "parceiro" e o outro como inimigo. Se o inimigo é aquele que tem os pés na realidade, frustrando os devaneios adolescentes, ele vira alvo de enfrentamentos, birras, discussões infindáveis.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "georgia" , "serif";"> O processo de adolescer é familiar, cada membro revive um pouco do próprio processo de amadurecimento, de ser e ter, de sonhar e viver. O filme retrata o proceso com muita honestidade, sem tirar nem por. Falar
desse momento, tão complexo em nossas vidas, é falar de intensidade, riscos, desejos,
sonhos e muito mais. O desejo de crescer, de amar e ser amada, de perder a tão
falada “virgindade”, de inaugurar sua autonomia são parte do processo, repleto
de acertos e erros inesquecíveis. Crenças e valores são questionados, passados à limpo, até rejeitados. Verdades próprias são parte de uma busca incansável. A negação de própria história está lá, em
cada mentira contada de um jeito muito adolescente de ser. Simples, assim! Encontros
e desencontros, tensos e intensos, são retratados na trama, que convida pais e
filhos à identificação. Erros, acertos, frustrações e conquistas fazem parte do
processo de crescimento, aliás, de vida. Despretensioso, o filme é simples,
natural, simpático e sincero! Sem mais, a adolescência como </span><span style="font-family: "georgia" , serif;">ela é. </span></div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-75255046344926442162017-12-11T17:55:00.002-08:002017-12-11T18:17:14.594-08:00O Natal dos Coopers<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXS6r0VqjcEaIjh5bQrAEVcGe-BeZRyNkeV1uFeEvYI2qDjDzbqsBOsvQ0PxojAt_6G97ySXzENhbfIDgmTWrT8-yLpzmHaLj4CiWo68Q7KtAidNKcX_aV6KqGLeOTBoVexfAexkBHXV7v/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1095" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXS6r0VqjcEaIjh5bQrAEVcGe-BeZRyNkeV1uFeEvYI2qDjDzbqsBOsvQ0PxojAt_6G97ySXzENhbfIDgmTWrT8-yLpzmHaLj4CiWo68Q7KtAidNKcX_aV6KqGLeOTBoVexfAexkBHXV7v/s320/1.jpg" width="218" /></a></div>
<h3 style="background: white; line-height: 21.6pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; font-family: "georgia" , serif;">ASSUNTO</span></h3>
<div>
<span style="background-color: transparent; font-family: "georgia" , serif;"><span style="color: red;"><b>Relações familiares, afetivas, diferença, valores e crenças.</b></span></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">SINOPSE</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";">O Natal se aproxima e, como acontece em todos
os anos, a família Cooper se prepara para a grande ceia na casa dos patriarcas
Sam (John Goodman) e Charlotte (Diane Keaton). Só que, em meio ao suposto clima
festivo, o casal está prestes a se separar. Seus filhos Hank (Ed Helms) e
Eleanor (Olivia Wilde) também enfrentam problemas, já que ele está desempregado
e ela mantém um caso com um médico casado. Paralelamente, Emma (Marisa Tomei)
tem dificuldade em lidar com a solidão e com a inveja que sente da irmã mais
velha, Charlotte, enquanto que o pai delas, Bucky (Alan Arkin) sente-se cada
vez mais próximo de Ruby (Amanda Seyfried), a garçonete do restaurante que ele
sempre frequenta.</span></i><i><span style="font-family: "georgia" , "serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "georgia" , "serif";"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b>TRAILER<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/hZon8Q9ID28/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/hZon8Q9ID28?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";"><b>OLHAR
DA PSICOLOGIA</b><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "serif";">A
“magia do Natal” é destaque em muitos filmes do gênero, que insistem em mostrar
uma família “perfeita” enfrentando alguma situação ou pessoa do mal, que no
final são “afetadas” pelo encanto da ocasião. Só que não, “</span><span style="font-family: "georgia" , serif;">O Natal dos Coopers” mostra uma família real, com problemas comuns, nos
dias que antecedem o encontro natalino, onde serão omitidas as questões
pessoais de cada membro. Encontros e desencontros antecedem a noite esperada, seja consigo ou com o outro, com verdades e mentiras que podem provocar risos e incômodos na mesma medida. Nem todos acreditam que o evento possa ser mágico,
harmonioso e feliz. Os próprios anfitriões escondem a real situação, pois
omitem o abalo na relação do casal, que está em vias de separação. Cada um dos
familiares enfrenta problemas pessoais, o que pode fazer o reencontro um momento
de pressão, ameaça ou trazer lembranças de situações infelizes, algumas inacabadas. Reunir parentes no natal é momento de infinitas possibilidades, nem sempre tão felizes, como as comumente apresentadas na telona! É momento de atualização, de "fofocas", de "disputas, de encontro de diferenças. O filme apresenta um pouco de cada </span><span style="font-family: "georgia" , serif;">possível </span><span style="font-family: "georgia" , serif;">extremo, da conturbada expectativa ao final feliz, do aparentar ao ser. Falar de família é transitar nos extremos, é explorar aspectos que parecem antagônicos, e, podem se revelar complementares. Algo inesperado, incômodo, frustrante ou constrangedor na noite de natal em família, quem não viveu? </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
A crítica ficou dividida, com alguns considerando a trama inconsistente, com questões
pouco exploradas e um final previsível. Outros, por sua vez, elogiaram a
perspectiva diferenciada do filme, considerando os diálogos ricos, o que
aproxima o público das próprias situações, plausíveis e imperfeitas, tão tal
qual a vida familiar pode ser. Em tempos de distorção da felicidade causada
pelas redes sociais, o filme parece um passo importante em direção as
necessidades individuais, por conseguinte ao significado de felicidade individual
ou familiar, que é particular. Independente do desfecho, fato é que a trama desconstrói
uma ideia distorcida de encantamento, perfeição, ausência de problemas. Famílias
não são perfeitas, natal pode não ser uma data esperada ou feliz. A “Noite
feliz” pode ser uma tragédia para quem busca algo distante da própria realidade.
Entretanto, mesmo que a data tenha um significado triste por conta de uma
experiência infeliz, pode transformar-se ao longo de novas experiências. Sendo
assim, apesar dos problemas de cada dia, de cada pessoa, de cada família, a
noite de natal pode, sim, ser uma oportunidade de compartilhar momentos felizes. A solução pode não ser tão fácil, como os “ajustes”
sugeridos no filme, mas a mudança de perspectiva pode motivar novos pontos de
vista.</div>
Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3310580614975651094.post-83845488314090899702017-11-18T04:47:00.002-08:002017-11-18T04:47:31.195-08:00MONSIEUR & MADAME ADELMAN<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJfduN78sfdW-iVaOmCH7beELUhOSzILLa7NI8UZDU-IXpuHhrIAtqhzf3FmoxrqZlR7gL17CEke8tt1A7SPKzQrUHqrKg97Io9Bn7zGTwhwvNS7Uwr4eQqms_yFj_1bSXpURSOWrPN3h/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="815" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJfduN78sfdW-iVaOmCH7beELUhOSzILLa7NI8UZDU-IXpuHhrIAtqhzf3FmoxrqZlR7gL17CEke8tt1A7SPKzQrUHqrKg97Io9Bn7zGTwhwvNS7Uwr4eQqms_yFj_1bSXpURSOWrPN3h/s320/1.jpg" width="235" /></a></div>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif";">ASSUNTO</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><span style="color: red;"><b>Relação afetiva,
familiar e social, família disfuncional, segredo, traição, feminismo, suicídio e alcoolismo.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Georgia","serif";">SINOPSE</span></i></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos)
estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista
que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do
olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar
as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos.</span></i><i><span style="font-family: "Georgia","serif";"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span></i></div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">TRAILER</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/NjGhit4ohDs/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/NjGhit4ohDs?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<h3>
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O OLHAR DA
PSICOLOGIA</span></h3>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">A
trama nos convida a desconstruir os ideais de felicidade nas relações afetivas
de longa data. Não, o filme está longe de se tornar “receita” de boa relação
amorosa. Ao contrário, a trama está repleta de alternativas pouco recomendadas
em qualquer relação. É isso que faz do filme um relato possível, verdadeiro,
recheado de erros e acertos de uma relação amorosa de 45 anos. Partindo do
relato da viúva, acompanhamos a história do casal desde o primeiro encontro,
revelando os sabores e dissabores da relação. A perspectiva, que desnuda a
intimidade do casal, revela a força da personagem feminina, que desde o início
busca o que deseja sem perder o foco . Tudo é contado sem menosprezar o contexto. A cada momento, a
trama alinhava a vida social, religiosa e política, apontando possíveis
influências do entorno de cada época, na relação que é construída pelo casal.
Temos uma mulher à frente de seu tempo, determinada, empenhada e apaixonada,
que se torna o pilar da família em construção. </span></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Víctor e Sarah trazem influência
de sua família de origem, positiva ou negativamente. O escritor sensível,
“mimado” e inseguro encontra na esposa uma fonte de inspiração, direção e a força
necessária para seguir adiante. Há muito de politicamente incorreto, desde traição,
da rejeição de um filho doente, até o impensável e inusitado desfecho. Temos o
amor “apesar de” tantas imperfeições. Acompanhamos algumas sessões do escritor
com diferentes psicólogos, trazendo em seus diálogos, algumas vezes cômicos, revelações
de seu lado egocêntrico, infiel e inseguro. Se por um lado, temos passagens
reveladoras da menos valia do marido em relação a si mesmo, por outro, temos
uma mulher de auto-estima elevada, muitas vezes fazendo uso de artimanhas pouco
recomendadas. Adelman é o sobrenome adotado pelo marido para obter o sucesso de
renomados escritores judeus, mas é também o que revela a força daquela mulher,
que não está apenas atrás de um grande homem, ela é parte de tudo. O relato
feminino e feminista pode ofuscar aspectos familiares importantes, como a
relação pouco explorada com os filhos, por exemplo. Entretanto, temas como, alcoolismo,
suicídio, religião, segredos, traição e disfunção familiar costuram uma história
complexa de amor, repleta de erros e acertos. No desfecho, qualquer julgamento será desafiado. Confira!</span></div>
<o:p></o:p>Psicologiaecinemahttp://www.blogger.com/profile/16017689816144755465noreply@blogger.com0