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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Mais forte que bombas

ASSUNTO

Relações familiares, segredo, luto, aparências, fobia social, suicídio, depressão, conflitos familiares e existenciais.

SINOPSE

Uma exposição celebrando a fotógrafa Isabelle Reed (Isabelle Huppert) três anos após sua morte prematura traz seu filho mais velho Jonah (Jesse Eisenberg) de volta para a casa da família – forçando-o a passar mais tempo com seu pai Gene (Gabriel Byrne) e com seu recluso irmão mais novo Conrad (Devin Druid) do que ele passou em anos. Com os três sob o mesmo teto, Gene tenta desesperadamente conectar-se com seus dois filhos, mas eles lutam para reconciliar seus sentimentos em relação à mulher que eles se lembram de maneira tão diferente.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA


O título pode nos remeter a diferentes perspectivas do drama, como a explosão que causa em cada personagem ou  no espectador. A fotógrafa falecida é o elo entre os personagens.  O ofício de retratar situações de guerra, envolvendo os afetados, inaugura uma questão pertinente, ao revelar uma linha tênue entre o que é e o que pode aparentar. Tal questionamento nos remete a outras guerras do cotidiano, seja com os semelhantes, ou, consigo mesmo. Afinal, entre o que aparentamos e o que somos pode haver uma distância considerável.  É exatamente aí que identificamos um sentimento comum a muitos personagens contemporâneos, reais, que não compreendem as aparências comumente retratadas, sentem-se particularmente deslocados.  A lembrança da falecida é retratada por diferentes pontos de vista. As diferentes formas de lidar com o luto e suas complicações são evocadas no momento de reunir material para a exposição dos trabalhos. O  marido, que tem problemas como filho adolescente, convida o filho casado não só para ajudá-lo a separar o material, mas principalmente para ajudá-lo na comunicação com o mais novo.  As diferentes formas de lidar com a falta que aquela mulher faz se desdobra.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Meu nome é Ray (About Ray)


ASSUNTO

Relações afetivas, sociais e familiares, transexualidade, homossexualidade, crise existencial e segredos.

SINOPSE

Três gerações de mulheres de uma família que vive sob um mesmo teto em Nova York precisam lidar com uma grande transformação de uma delas que vai afetar a todas. Ray (Elle Fanning) é uma adolescente que decidiu mudar de sexo. Sua mãe solteira, Maggie (Naomi Watts) precisa rastrear o pai biológico de Ray (Tate Donovan) para obter seu consentimento legal para a mudança. Dolly (Susan Sarandon), avó lésbica de Ray, está com dificuldade em aceitar que agora tem um neto. Cada um deles precisa confrontar sua própria identidade, aprender a aceitar a mudança e sua força como família para finalmente encontrar compreensão e harmonia.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Embora, apresente e discuta a transexualidade, o foco maior é na crise existencial da mãe de Ray. Sim, Mag está em crise. Não há porque desmerecer tal enfoque, afinal, Ray se reconhece como menino em corpo de menina, não há crise de identidade para ele. E, no final das contas, a família sempre terá dificuldade para lidar com a situação. Certamente, para Mag é mais do que isso, ela tem seu segredo em relação à paternidade de Ray e uma dificuldade tremenda em lidar com as próprias responsabilidades de mulher, adulta e mãe, sem falar na dificuldade imposta pelas necessidades de Ray. Aliás, o ponto de partida da trama está exatamente nessas necessidades. Aos 16 anos, Ray precisa da autorização do pai para realizar procedimentos médicos que favoreçam sua existência. As relações familiares são colocadas em foco a partir de então. Três gerações se encontram morando no mesmo espaço, a mãe homossexual e sua companheira, Mag e Ray. As críticas não pouparam alfinetadas, por uma simples razão, o tom pastelão da comédia tira a chance dos temas abordados serem apresentados com maior seriedade. Ainda assim, temos uma perspectiva interessante quando olhamos a interpretação de Elle Fanning, que em diferentes momentos dá espaço para os conflitos possíveis da sua condição, seja quando esconde seu peito ou quando trabalha incansavelmente para desenvolver sua versão feminina. Há clara indicação de sua necessidade primordial de encontrar uma vida mais autêntica. Sua avó homossexual não compreende as angústias da neta. Em seu universo, o desejo pelo mesmo sexo pode ser resolvido apenas assumindo a homossexualidade, sem que seja necessário trocar de sexo. Ela não percebe que para a neta (o), o maior problema não é a orientação do seu desejo, mas viver em um corpo que não reconhece como seu. Desde os 4 anos, ela percebe que aquele corpo não lhe pertence, que não é livre para ser ele mesmo, enquanto habita um corpo que lhe aprisiona.

domingo, 28 de agosto de 2016

Amizades Improváveis

ASSUNTO
Luto, separação, distrofia muscular, isolamento, adolescência.

SINOPSE
Após sofrer com uma tragédia, Ben se torna um cuidador para conseguir dinheiro. Seu primeiro cliente, Trevor, é um divertido jovem de 18 anos com distrofia muscular. Um paralisado emocionalmente, outro paralisado fisicamente, Ben e Trevor saem pela estrada para encontrar esperança, amizades, e Dot neste engraçado e emocionante conto. Jennifer Ehle, Megan Ferguson, e Frederick Weller completam o elenco ao lado do trio principal.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Amizades improváveis é uma produção da Netflix despretensiosa, foi baseada em um livro homônimo e desenvolvida como um Road Movie. Ainda que toque em temas de conflitos existenciais, o longa não aprofunda, o que o torna leve, sem tons excessivamente dramáticos. Ben está em processo de luto, com dificuldade de lidar com a perda do filho e o divórcio eminente. O escritor se afasta do próprio ofício e mergulha no curso de Cuidador, esta foi a forma encontrada para evitar seu luto. Aqui, abro parênteses, pois ainda que apresentado de forma superficial, sua estratégia é bastante usada em momentos de perdas ou crises existenciais. É comum ver pessoas mergulhadas em projetos, investindo energia, “ocupando” todo o tempo em algo que substitua a vivência da dor eminente. Evitar a dor é um mecanismo de defesa muito comum, que nem sempre se desdobra de forma favorável. Algumas vezes, o a fuga da elaboração do luto pode ser apenas uma forma de adiar, podendo resultar em um quadro depressivo devido ao acumulo de dor não elaborada. Não é o caso de Ben, pois sua intenção é frustrada, a escolha dele se desdobra em situações que tenta evitar: o enfrentamento de seu luto. Trevor surge como possibilidade de seu primeiro trabalho , se tornando parte importante do caminho de retorno de Ben. O rapaz não é nada simpático, tem distrofia muscular, isolamento social, é implicante e provocador. Logo, percebemos que as provocações farão parte da relação, impossibilitando que ambos permaneçam na zona de conforto. Assim, iniciam uma viagem, na qual poderão conhecer mais sobre o outro e sobre si mesmos.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

White Frog

ASSUNTO
Autismo, homossexualidade, homofobia, perdas, luto, relações familiares, sociais e afetivas.

SINOPSE
O filme apresenta a história de uma família obcecada com a ideia de parecer perfeita. O único problema aparente dos Young é o filho mais novo, Nick, que nasceu com Síndrome de Asperger, que faz com que a pessoa tenha dificuldades para se socializar. Quando Chaz, o filho mais velho, morre em um acidente, a família cai em pedaços e Nick então precisa juntar as peças para seguir em frente.







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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Logo somos tocados pela linda relação construída pelos irmãos Chaz e Nick. A paciência, o carinho, a dedicação do irmão mais velho tornam o mundo de Nick mais rico, sua autoestima mais elevada, e, claro, seu desejo de desenvolver habilidades para compreender melhor o mundo são também ampliadas. Não há qualquer proximidade entre o autista e seu pai, que não compreende sua forma de estar no mundo. Sua mãe, apesar de interessada, não consegue acessar o mundo do caçula. Infelizmente, Chaz sofre um acidente fatal e deixa os familiares perdidos em seu luto. Nick, que tinha no irmão seu único elo com o mundo, se vê desamparado, perdido. Acompanhamos o luto familiar e a dificuldade daquela família lidar não só com a perda, mas também de encarar a condição autista do filho. Sem Chaz como intermediário, tudo fica mais difícil, tanto para Nick, como para os familiares. Na busca de elaborar o próprio luto e restaurar a si mesmo, Nick caminha através das dicas deixadas pelo irmão. Se aproximar de seus amigos é um bom começo, o que nos brinda com cenas emocionantes, ora delicadas, ora bem humoradas. Desconstruir a imagem de perfeição do irmão mais velho se torna um aprendizado ímpar, não só para Nick, mas também para toda a família. Fica evidente a dificuldade de perceber a imperfeição de cada um, trazendo até o homossexualismo para pauta, o que evidencia a homofobia no seio familiar.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Se eu ficar

ASSUNTO
Adolescência, escolha, perda, música, relações afetivas e familiares.

SINOPSE
Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) é uma prodigiosa musicista que vive a dúvida de ter que decidir entre a dedicação integral à carreira na famosa escola Julliard e aquele que tem tudo para ser o grande amor de sua vida, Adam (Jamie Blackley). Após sofrer um grave acidente de carro, a jovem perde a família e fica à beira da morte. Em coma, ela reflete sobre o passado e sobre o futuro que pode ter, caso sobreviva.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Durante a madrugada, fui surpreendida com o filme exibido na TV. Baseado em um Best Seller, o enredo aborda o romance de um casal (adolescente) que é interrompido por um acidente. Mia, que fica em coma no hospital, repassa momentos da vida, durante a luta pela sobrevivência. A história se desenvolve em duas linhas paralelas. Através de flashbacks, passamos a conhecer a menina tímida dedicada ao violoncelo, que se apaixona pelo guitarrista popular mais velho. Ao mesmo tempo, acompanhamos a luta de Mia pela sobrevivência, circulando “literalmente” pelos corredores do hospital, pesando se vale a pena continuar a viver depois da tragédia. Prepare o lenço, difícil não se emocionar. Os bons diálogos ficam por conta dos pais, que são responsáveis por tiradas espetaculares, como o momento em que o pai convence a filha, afirmando que: “culpas e subornos são aspectos que unem as famílias por séculos”. O filme parte de uma tragédia para discutir relações familiares, perdas, escolhas. O longa lida com questões pertinentes ao universo juvenil, ou seja, dúvidas em relação ao amor, às escolhas e o medo de arriscar. A diferença dos estilos musicais revela aspectos importantes para o crescimento de ambos, e ainda, presenteiam o público com extremo bom gosto. Trata-se de um entretenimento, melodramático e capaz de tocar o coração do espectador. Pode ser usado como ponto de partida para discutir perdas, escolhas, medos e paixões experimentadas pelo adolescente. E, como nada é definitivo, o desfecho sugerido (final feliz), em sua continuação, sofre um revez. E novas questões são colocadas em “Para onde ela foi”, onde o resultado de suas escolhas são o foco, trazendo novos questionamentos.


sábado, 30 de janeiro de 2016

Cinco Graças


ASSUNTO

Relações sociais, familiares e afetivas, crenças e valores, cultura, religião.

SINOPSE
No início do verão em um vilarejo turco, Lale e suas 4 irmãs brincam de forma debochada com os meninos, o que acarreta em um escândalo de consequências muito fortes: a casa delas se torna praticamente uma prisão, elas aprendem a limpar ao invés de ir para a escola e seus casamentos começam a ser arranjados. As cinco não deixam de desejar a liberdade, e tentam resistir aos limites que lhes são impostos.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Viajar o mundo e conhecer outras culturas é uma forma de ampliar nosso olhar. Se de um lado, algumas culturas são capazes de flexibilizar nossos conceitos, outros nos oportunizam a gratidão pelos conceitos e pré-conceitos de nosso universo cultural. Ainda assim, como qualquer experiência, prazerosa ou não, saímos enriquecidos da experiência. “Cinco graças” provoca diferentes reflexões, revelando conceitos particulares daquela cultura, que escolhe oprimir as adolescentes, para que possam cumprir as regras morais. Ainda que não haja o desejo sincero de exercer atos punitivos, seguindo os preceitos da religião muçulmana conservadora, todos estão condicionados a regras tão poderosas, que já se reproduzem sozinhas (sem que seja necessária uma intervenção explícita dos representantes da igreja). As regras morais fazem parte do que foi apreendido como “receita do bom viver”. Isso nos fez pensar naquilo que Ângelo Gaiarsa alertava na relação mãe e filho. De fato, independente das regras morais e sociais, cada mãe apreende uma “receita pronta” sobre ser “boa mãe”. Muitas se esforçam tanto para exercer tal receita apreendida durante o próprio desenvolvimento, que acabam por esquecer-se de ver e ouvir o próprio filho, que traz outros olhares, novas linguagens e necessidades.

sábado, 11 de julho de 2015

Gatos não têm vertigens

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ASSUNTO
Terceira idade, solidão, família disfuncional, adolescência, luto, relações afetivas, familiares e sociais.
SINOPSE
Rosa (Maria do Céu Guerra), uma professora reformada de 73 anos, recusa admitir que o seu marido (Nicolau Breyner) morreu e continua a vê-lo e a conversar com ele. Jó, que acabou de fazer 18 anos, foi expulso de casa. Os dois vão encontrar-se e iniciar uma improvável e terna história de amor. Um filme que fala sobre a solidão, do luto, da velhice e do encontro de duas pessoas de mundos tão diferentes. Jó vive com uma turminha que faz pequenos furtos, tem um pai alcoólatra e violento e sua mãe o abandonou. Ele está fazendo 18 anos e ninguém liga para ele. Rosa perdeu seu marido, seu grande companheiro e agora tem que enfrentar o genro que está de olho em seu apartamento para vendê-lo e sua filha que pensa que ela não pode mais viver sozinha, que precisa ir para um lar de idosos. É quando o destino vai unir estes dois e tudo pode ser diferente. Um belo filme.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Jó é um delinquente, proveniente de uma família disfuncional, abandonado pela mãe e sem suporte adequado do pai, que é alcoólatra. Rosa está em processo de luto, acaba de perder o marido e continua a dialogar com a imagem dele, que para ela permanece nos cômodos de sua casa. O jovem, ao fazer 18 anos, espera que alguém se lembre, lhe preparando algum tipo de surpresa ou dando-lhe algum presente. Rosa, na terceira idade, enfrenta o luto e a solidão. Como muitos em situações semelhantes, ela também precisa reafirmar sua autonomia, pois sua filha e genro programam vender seu apartamento e mandá-la para um lar de idosos. Se Jó se frustra com a pouca sensibilidade de seus pais no dia do seu aniversário, Rosa se decepciona ao perceber as intenções do genro em anular sua capacidade de decisão. O improvável encontro deles acaba por inaugurar um campo de suporte para o momento conturbado vivenciado por ambos. As diferenças permitem que ambos tenham a oportunidade de se deslocar daquele lugar, no qual estão neuroticamente aprisionados. Repleto de clichês, o filme não chega a ser uma obra prima, que aprofunde qualquer dos assuntos propostos. Entretanto, nos oferece, sim, boas oportunidades de reflexão.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Boyhood

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Relações familiares, afetivas e sociais, desenvolvimento, ciclos familiares, bullying, alcoolismo, violência doméstica.
SINOPSE
As alegrias e as armadilhas de crescer são vistos através dos olhos de uma criança chamada Mason (Ellar Coltrane), seus pais (Patricia Arquette, Ethan Hawke) e sua irmã (Lorelei Linklater). Vinhetas, filmadas com o mesmo elenco ao longo de 12 anos, capturar as refeições em família, viagens por estrada, festas de aniversário , Formaturas e outros marcos importantes. O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.
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As mudanças de Mason
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Boyhood poderia chamar A VIDA COMO ELA É, pois a trama acompanha o desenvolvimento de Mason, da infância à juventude, retratando mudanças cíclicas que ocorrem na família durante o período. Como tantos outros, Mason é filho de pais divorciados, ele enfrenta as mudanças do entorno e as que ocorrem com ele próprio. Assim, ser e ambiente se influenciam mutuamente, e, transformam-se ao longo desse período, simples assim, exatamente como a vida é. Não é difícil para o espectador se identificar com alguma passagem do filme. A trama inicia quando o menino tem 6 anos e os pais já estão separados. Fruto de pais imaturos, ele e a irmã vivem as turras, sem que o amor deixe de existir. A mãe, por sua vez, tenta administrar seu lugar de mãe e de mulher, pois sem o suporte do ex-marido, torna-se a única responsável pela administração do lar. Difícil dar conta de cuidar dos filhos e buscar relacionamentos saudáveis.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Eu, mamãe e os meninos

clip_image002ASSUNTO
Relações familiares, afetivas e sociais, sexualidade, homossexualidade, autodescoberta, identidade, gênero, construção de personagem do ator.
SINOPSE
Concebido, dirigido e protagonizado pelo comediante francês Guillaume Gallienne, o filme autobiográfico tem início num palco de teatro, onde a ideia ganhou espaço pela primeira vez numa peça de sucesso na França. Guillaume tem uma história de vida curiosa: quando era criança, sua mãe autoritária sempre pensou que ele fosse diferente dos irmãos, e decidiu criá-lo como uma garota. Anos depois, já adulto, ele relata a relação complicada que tinha com o pai, os maus-tratos dos colegas de escola e seus primeiros amores. Depois de várias confusões e histórias engraçadas, Guillaume decide fazer uma peça de teatro para contar como consegui finalmente fazer as pazes com a sua sexualidade.
TRAILER
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ah, como “EU, MAMÃE E OS MENINOS” é divertido, sem deixar de provocar diversas reflexões sobre diferentes perspectivas do desenvolvimento humano e a importância das relações familiares em nossa constituição. Trata-se de uma comédia dramática, que escolhe uma abordagem, que não se esgota no tema “homossexualidade” ou “sexualidade”. O filme fala sobre autoconhecimento, intolerância homofóbica, gênero, definição da identidade, julgamento, e, obviamente, relações familiares. Há diferentes formas de olhar os temas desenvolvidos na trama, de tão rica que é. Por exemplo, os que são atores encontrarão um verdadeiro laboratório de expressão artística, o que é uma deliciosa homenagem ao processo de formação de ator. Já dentro das abordagens psicológicas, é possível encontrar também diferentes olhares, o que pode confirmar o merecimento de seus prêmios. Para a abordagem gestáltica, a visão de homem é a que considera a totalidade organísmica, ou seja, o homem em relação com o meio ambiente (pessoas/mundo). Não há como olhar o ser, sem que seu contexto seja incluído. Sendo assim, o desenvolvimento do ser humano acontece durante os contatos que realiza desde o nascimento. Obviamente, os pais, sendo os primeiros contatos relacionais do ser, fazem parte da construção primária da identidade. O titulo do filme é justificado na frase que a mãe usa ao chamar os filhos: “Os meninos e Guillaume, à mesa”. O que retrata clara diferenciação do olhar da mãe, que o exclui da categoria “meninos”. A mãe se revela dominadora, sem com isso deixar de ser admirada, idolatrada e bastante imitada pelo filho, que aceita de bom grado o lugar destinado a ele pela mãe. A trama sugere que a mãe projeta nele o desejo ser mãe de uma menina.

domingo, 20 de julho de 2014

Confissões de adolescente

 
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Adolescência, sexualidade, escolha profissional, relações afetivas, sociais e familiares, bullying.
SINOPSE
Baseado no livro homônimo de Maria Mariana, que também originou a peça teatral e a série televisiva. O filme mostra em 2013, as confissões e confusões de irmãs adolescentes que vivem os amores, dúvidas, decisões e aventuras de sua geração. O difícil rito de passagem dos 13 aos 19 anos. 
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Adolescência é um marco de transformação já bastante discutido, entretanto a trama tem como ponto de partida de outra mudança, a da realidade desta família, o que provoca boas oportunidades de novas descobertas para todos. O choque de realidade dá lugar para novas necessidades, tornando possível que novos valores sejam conhecidos. Diante da nova situação, Tina, Bianca e Karina passam o olhar o mundo por outro ângulo. O filme abre um diálogo claro com a garotada jovem, preenchendo uma lacuna onde diversas dúvidas surgem e comumente não encontram espaço para discussão. Sendo assim, temas como sexualidade, busca da profissão, gravidez, aborto, bullying, relações familiares e sociais são explorados na trama. Não há qualquer pretensão de responder às inúmeras questões dos jovens espectadores, ou esclarecer algo para pais e familiares. No entanto, a trama acompanha os ritos de passagem vividos por três irmãs, focando principalmente as escolhas que fazem parte da vida e desenvolvimento do ser humano. O primeiro beijo, o primeiro emprego, a primeira desilusão, o primeiro contato com novas realidades... O filme é mesmo endereçado para jovens, mas não custa nada que adultos abram um pouco sua visão de mundo, podendo encontrar na trama uma forma de aceitar a possibilidade de seus “protegidos” estarem passando por crises semelhantes. Recomendo!






domingo, 15 de junho de 2014

Disconnect

 
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ASSUNTO

Relações familiares, afetivas, sociais e virtuais. Luto, relação terapêutica, abordagem gestáltica, fobia social, adolescência, crimes virtuais, cyberbullying, casal e família.

SINOPSE

Este drama mostra várias histórias pessoais, tendo em comum os efeitos perversos do uso excessivo de tecnologia, Internet e telefones celulares. A vida de um casal entra em perigo quando sua vida privada é exposta online, uma viúva e antiga policial descobre que seu filho humilha um garoto da escola pela Internet, um advogado obcecado por seu telefone não consegue se comunicar com a própria família, e uma jornalista vê sua vida se transformar quando ela pesquisa a história de um adolescente que faz atuações eróticas pela webcam.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Não é o primeiro filme que discute o tema. “Rede Social” explorou as dificuldades de relacionamento do autor do facebook. Recentemente, “Ela” entrou no Universo afetivo entre o real e o virtual, revelando angústias e carências contemporâneas. Em “Disconnect”, a trama retrata alguns dos principais riscos das relações que estão sendo construídas nas redes sociais, a partir de três histórias que vão se conectando ao longo do filme. Baseado em fatos reais, o enredo costura a trama partindo de vidas que irão se conectar na rede virtual ou real através de alguns acontecimentos. Diante desta teia virtual, a trama nos apresenta diferentes formas de conexões e desconexões nas relações contemporâneas. Em cada um dos três casos, temos contatos pouco saudáveis, virtuais ou reais sendo pontuados, que podem ou não se desenvolver para um melhor contato ou uma solução saudável. Desta forma, temos bastante para refletir sobre diferentes formas de fazer contato com o outro, seja através do virtual ou não. Em tempos de globalização, as relações virtuais ganham formas humanas, no entanto, por outro lado promovem novos tipos de conflitos e distúrbios emocionais.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os Croods

clip_image002_thumbASSUNTO
Adolescência, relações familiares, medo, terapia familiar, metáfora de uma família disfuncional.
SINOPSE
A comédia pré-histórica “Os Croods” acompanha a família Crood, que tem sua caverna destruída. O clã se vê obrigado a partir em busca de uma nova casa. Liderados por Grug, só não imaginavam que sair das cavernas ia render a maior aventura de suas vidas. Cage emprestará sua voz a Crug, que cautelosamente guia sua família em busca de um lugar seguro, depois que um terremoto destrói sua casa. Ao tentar encontrar um caminho em ambiente perigoso e hostil, ele encontra o personagem de Reynolds, um nômade que encanta o clã de Crug com seus modos modernos – especialmente sua filha mais velha.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Um domingo, com filho e afilhada, me levou a assistir OS CROODS, uma comédia deliciosa que me fez rir muito e também refletir sobre muitas coisas. Pouco tenho postado sobre animações infantis. Mas, nesse caso, o filme é indicado para a família toda, e, também para aqueles que estudam ou trabalham com terapia familiar. Sim, o filme é um prato cheio para quem estuda o tema! Trata-se de uma família que vive isolada, enclausurada, devidamente acomodada em sua zona de conforto. O sistema familiar prioriza a sobrevivência, especialmente após terem assistido as outras famílias serem destruídas. A chama do MEDO é mantida acesa, não é possível enfrentar o NOVO, que deve ser evitado a qualquer custo. Muitas famílias se portam de modo semelhante, especialmente após alguma tragédia ou sofrimento demasiadamente ameaçador. O sistema familiar fechado é sinônimo de família disfuncional. O medo de enfrentar mudanças fica evidenciado. Na realidade, não só as famílias vivem assim, há também indivíduos que se fecham em si mesmos, evitando contato com o novo e alimentando o medo de tudo e de todos, tudo em nome da proteção.

sábado, 16 de novembro de 2013

The first time

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Adolescência, virgindade,sexualidade, relações afetivas e sociais.
SINOPSE
2012 - Dave Hodgman, estudante do último ano do ensino médio e romântico incurável, conhece e se apaixona por Aubrey após uma noite de festa. Infelizmente, há alguns obstáculos para essa história ter um final feliz: Dave esteve até então loucamente apaixonado por outra garota, Jane Harmon, enquanto Aubrey mantém um relacionamento com Ronny, um jovem de 20 e poucos anos. Por serem estranhos um para o outro, eles compartilham seus verdadeiros sentimentos a respeito de suas vidas e acabam tendo uma incrível conexão. Ambos inexperientes, eles veem o seu mundo girar de lugares totalmente opostos para si mesmos. Com um forte sentimento, eles terão que arriscar um caminho que nunca percorreram: Sexo.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Virgindade ainda é um assunto polêmico para muitos. Para alguns adolescentes, a primeira vez pode ser um sonho e/ou um pesadelo. Sonhar com o momento único que pode ser com partilhado com uma pessoa especial é comum. Para alguns, o sonho se torna pesadelo muito antes de acontecer, pois pode ocorrer muito cedo ou tarde demais. De fato, este é um dilema comum para adolescentes. Meninas e meninos, independente da perspectiva, passam pela experiência de criar expectativas sobre o momento sonhado. O filme trata do assunto de forma delicada, simples e muito real. Trata-se de uma comédia romântica sensível, que encontra o tom certo para discutir o assunto. Tanto Dave quanto Aubrey já faziam planos sobre a primeira vez antes de se conhecerem. Entretanto, se esbarram ao acaso, e, talvez por isso, constroem uma relação autêntica. Aos poucos vão percebendo o quanto estão atraídos um pelo outro, o que acaba resultando na mudança de planos para ambos. Os conflitos experienciados pelos adolescentes são retratados com honestidade. O mais interessante  é a forma como apresentam a primeira vez. Para não saber detalhes do desfecho da trama, recomendo que não continue .

domingo, 25 de agosto de 2013

Paz, amor e muito mais

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Relações familiares e afetivas, separação, conflitos familiares, adolescência, auto-suporte.
SINOPSE
Diane (Catherine Keener) é uma advogada conservadora, moradora de Nova York e que perdeu o contato com a mãe, Grace (Jane Fonda), há mais de 20 anos. Mas quando seu marido Mark (Kyle MacLachlan) resolve pedir o divórcio, ela acredita que chegou a hora do reencontro com suas raízes e leva com ela os filhos para este contato com a avó durante um fim de semana. Só que a coroa ainda vive em Woodstock e seguindo os mandamentos daquela época e os conflitos começam logo que eles chegam. Mas suas histórias de vida e um bom humor constante parecem ser suficientes para mudar a rotina de todos. E é o que acontece com Diane e seus filhos, pois Zoe (Elizabeth Olsen) acaba se interessando pelo jovem Cole (Chace Crawford), seu irmão Jake (Natt Wolff) também conhece uma garota legal na pequena cidade e o músico Jude (Jeffrey Dean Morgan) aparece para balançar o coração de Diane. Será que tudo dará mesmo certo?
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
"É difícil para os filhos entenderem que os pais são humanos e tem imperfeições".
“Às vezes na vida as coisas não estão dando certo e é preciso aceitar. Porque é quando a transformação pode ocorrer.”
Os críticos afirmam que o filme é uma comédia romântica que aborda conflitos de gerações com uma narrativa repleta de clichês, o que a o torna superficial, visto que não aprofunda nenhum dos temas propostos. De fato, é uma comédia leve, sem muita pretensão, e, politicamente incorreta. Drogas e amor livre são herança de Wodstock, que a avó dos adolescentes insiste em perpetuar. Apesar do politicamente incorreto modo de vida de Grace, avó de Zoe e jake, mãe de Diane, há algumas pinceladas de sabedoria em seus discursos. A sensibilidade parece ser seu forte, enquanto a filha está presa aos costumes “normais” , ou melhor dizendo, “socialmente desejados”. Enquanto mãe e filha parecem viver opostos, a neta Zoe aparenta uma boas doses de ambas, revelando a possibilidade dessas polaridades não serem incompatíveis. Ao contrário, no lugar de estarem opostas, podem ser complementares, transparecendo uma integração, como também pode ser conferida na arte produzida por Jake em seu filme. Uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi mesmo a forma de seguir um “livro de receitas” para a criação dos filhos.

sábado, 27 de abril de 2013

A parte dos anjos

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Relações sociais, familiares e afetivas, delinquência, drogas e reabilitação.

SINOPSE

Neste misto de comédia e crítica social, Robbie é um rapaz de Glasgow perseguido pelo seu passado de delinquente. Ele e os amigos Rhino, Albert e a jovem Mo escapam por pouco de serem presos, mas acabam sendo punidos com uma pena de trabalhos comunitários. Henri, o educador responsável por eles, torna-se então o seu novo mentor, iniciando-os na arte do uísque. De destilarias a sessões de provas selecionadas, Robbie descobre um talento real de provador, conseguindo identificar as colheitas mais excepcionais e mais caras. Com esse novo talento em mãos, Robbie precisa escolher um caminho na vida: continuar a sua vida de pequenos delitos e violência ou investir num futuro mais promissor.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

O filme conta a história de um grupo de delinquentes juvenis que ganharão uma segunda chance. Todos são jovens julgados por pequenos delitos e sem aptidão alguma, nem para o crime. Retrato de uma sociedade em crise, eles são condenados a realizar trabalhos comunitários, ao mesmo tempo em que precisam tirar suas vidas do buraco. (Fonte, clique aqui).

Robbie é um viciado em drogas disposto a se reabilitar devido à gravidez da namorada. O jovem transmite violência, raiva, terror, e também fragilidade, esperteza e amizade. Ele é explosivo, mas está aprendendo a conter suas emoções e pensar primeiramente na namorada e no filho. Ele foge de brigas e repreende outros por atitudes erradas , aceitando os conselhos de seu tutor Harry. Há uma leve crítica social por trás dessa aventura, que retrata uma realidade difícil, enfrentada pela classe operária de uma cidade violenta.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A arte da conquista

A arte da conquista

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Adolescência, fobia social ou depressão, sexualidade e relações familiares.

SINOPSE

George (Freddie Highmore) é um adolescente solitário que não vê sentido na vida e nem na escola. Para ele tudo é uma grande ilusão, não estava preparado para se apaixonar, até que Sally (Emma Roberts) surge em sua vida.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

O filme retrata o rito de passagem da adolescência de dois jovens que se encontram. Ambos têm uma estrutura familiar disfuncional, ele foi abandonado ainda criança e a mãe dela exibe um comportamento sexual pouco convencional. Ele tem uma visão pessimista do mundo, não fala muito, não se conecta aos estudos ou aos colegas e vivencia uma crise existencial. Ela, por outro lado, tem dificuldade de se apegar as pessoas. A trama desenvolve algumas transformações a partir deste encontro, entretanto, não aprofundam nenhum dos temas propostos, sem qualquer encadeamento  que possa provocar reflexão. A ideia do filme é excelente, pena que não desenvolvem de forma coerente e um tanto mais profunda. Um entretenimento razoável, até capaz de provocar algum tipo reconhecimento dos jovens em algumas partes da trama, nada mais.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

As aventuras de Pi

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Vida, adolescência, relações afetivas e familiares, autoconhecimento, criatividade, perdas, fé, autoestima, fantasia, coragem, luta pela sobrevivência.

SINOPSE

Pi Patel (Suraj Sharma) é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Indicado pela colega Sandra Picanço, me senti na obrigação de assistir ao filme que a tinha encantado. Há quem diga que o filme tem um forte apelo religioso, e, também quem diga o contrário, que é uma afronta as religiões, pois ninguém poderia ter três crenças ao mesmo tempo. Pi diz que "A fé é uma casa de muitos quartos", portanto ele escolhe o seu jeito de vivenciar 3 religiões e ponto. O mais importante para ele é ter fé! Pi está na adolescência e enfrenta momentos de acordo com essa fase, está na busca de novos conhecimentos sobre o mundo, questionando tudo e todos, desafiando os perigos da vida e se apaixonando pela primeira vez. Seu mundo é ameaçado quando o pai comunica a decisão da grande mudança que farão. Diante do inevitável, Pi não se conforma com a situação. Dentro do cargueiro que os leva para o Canadá, sua inquietude abre as portas de um novo universo, que mescla fantasia e realidade, em um mundo repleto de sentidos ambíguos na sua existência. Diante do naufrágio, a trama nos apresenta um novo Universo, que pode ser escolhido como fantasioso, simbólico ou apenas como fatos costurados pela lembrança que restou no adulto, de suas desventuras adolescentes. Um novo mundo de sentidos e sensações nos é ofertado, para que cada telespectador faça a sua escolha.

domingo, 6 de janeiro de 2013

As vantagens de ser invisível

clip_image002ASSUNTO

Adolescência, abuso sexual, rejeição, homossexualidade, drogas, depressão, suicídio, consumo de drogas por menor.

SINOPSE

Na trama conhecemos Charlie, um rapaz pacato e solitário que sofre por não ter amigos. Com o início do ano letivo ele tem mais uma chance de conseguir aumentar seu número de amizades (que basicamente se restringe a seus irmãos). Após algumas situações constrangedoras e o início de uma amizade com seu professor de literatura, Charlie conhece Patrick (Ezra Miller) e Sam (a ex- Hermione, Emma Watson), um casal de meio irmãos que fazem parte da turma dos descolados. Logo, Charlie se sente muito bem aceito por esses novos amigos e assim uma grande amizade vai nascendo. Leia mais clicandoa aqui.

O filme narra a história de Charlie (Logan Lerman), um garoto introvertido que acaba de entrar para o high school -- o equivalente ao ensino médio nos Estados Unidos -- e tem de lidar com um dos maiores temores da adolescência: não ser aceito em nenhum grupo. No entanto, logo nos primeiros dias de aula, o menino é acolhido por uma turma de veteranos desajustados. O grupo inclui o gay Patrick (o brilhante Ezra Miller, de Precisamos Falar Sobre o Kevin) e sua meia-irmã Sam (Emma Watson, a Hermione de Harry Potter em seu primeiro ótimo papel após a franquia), uma menina bonita, mas ingênua, que já beijou toda a escola. Para ler mais, clique aqui.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Ambientado no começo da década de 90, quando as pessoas trocam fitas cassete com suas músicas favoritas e podiam reclamar de não ter nada pra ver na TV, o filme  foi aclamado pela crítica, que em sua maioria o considera como o “filme adolescente” do ano. Trata-se de um drama que não se restringe a retratar as crises previsíveis dos adolescentes, ele vai além e costura outras questões.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Osama

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Relações familiares, sociais, culturais, identidade feminina, história, regime opressor.
SINOPSE
2003 - Durante o rigoroso regime Talibã, uma menina é obrigada a se disfarçar e agir como menino para sustentar sua família que é composta só de mulheres. Essa medida faz parte de uma lei que pro[ibe as mulheres de sair de casa sem a companhia legalmente aceita, ou seja, de homens da família. Com marido e irmãos mortos, não há ninguém para sustentar a casa. Para isso, ela cortou o cabelo da filha para ela trabalhar com outros homens e meninos. Ela passa a ser chamada de Osama. Tudo corre bem até que Osama é recrutado pelo exército e inicia uma jornada assustadora pelas estradas do Talibã. A farsa é desvendada quando Osama - nome dado por um garoto que tentou proteger a menina da perseguição dos demais colegas de escola - menstrua. A pobre jovem é submetida a castigos físicos e a um julgamento público. Ao que parece a única distração dos afegãos era participar desses julgamentos, nos quais um senhor barbudo (os homens não podiam cortar a barba), idoso, denominado de juiz, ficava deitado emitindo os seus pareceres. Um deles foi o de mandar matar um repórter francês que gravou o protesto público das mulheres afegãs. A punição de "Osama" é a de se tornar esposa de um velho decrépito. Ela chorando, pedindo ao "juiz" que a devolvesse para a sua mãe é o momento mais emocionante do filme. A mulheres eram oprimidas por excelência nas mãos dos talibãs. Filme-denúncia que evidencia em detalhes o atraso em que viviam certas sociedades em pleno século XX. Inspirada numa história real, Osama é a primeira produção depois da queda do regime Talibã.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Assim que pude viajar, não como turista, mais como ‘curiosa’, fiz descobertas sensacionais. O fato de encontrar outras culturas e formas de viver amplia nossa perspectiva de mundo, fazendo com que possamos diversificar nosso repertório existencial. É muito rico, ter contato com outras realidades, que nos permitem maior flexibilidade frente às certezas de outrora. Por isso, adquiri um gosto especial por qualquer ferramenta que nos enriqueça nesse aspecto. “Osama” é uma dessas possibilidades. O filme retrata outra realidade cultural e histórica, muito diversa desse nosso mundo “globalizado”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O bebê de outubro

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ASSUNTO
Aborto, adoção, conflitos familiares, adolescência
SINOPSE
Abrem-se as cortinas, Hannah entra no palco… momentos depois, ela se vê caída ao chão. Todos os exames médicos levam a uma só direção: o difícil nascimento de Hannah. O diagnóstico médico nem se compara à descoberta de quem são seus pais: Hannah foi adotada – após uma tentativa de aborto malsucedida. Perplexa, confusa e irritada, Hannah toma um novo rumo em sua vida na companhia de seu velho amigo Jason. Nessa busca para descobrir seu passado obscuro e encontrar esperança no futuro incerto, ela percebe que a vida pode ir além dos nossos planos e projetos.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Preparem os lenços, o filme emociona bastante. Ainda que seja uma produção Godspel, a trama não se prende a uma visão religiosa. No que tange ao tema adoção, fica claro desde o início a necessidade do filho adotado saber sobre sua condição tão logo possível. A psicologia já nos vem orientando a respeito a muito tempo, indicando livros de estórias a respeito do tema e oferecendo suporte para o assunto. O colapso nervoso de Hanah está relacionado ao fato de não saber quem de fato é. Dados clínicos nos mostram que a “mentira” dentro do contexto familiar, principalmente quando esta encontra-se atuando sobre a negação das origens de uma criança, atua como um fator que leva a situações patológicas.