Mostrando postagens com marcador segredo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador segredo. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de novembro de 2017

MONSIEUR & MADAME ADELMAN

ASSUNTO

Relação afetiva, familiar e social, família disfuncional, segredo, traição, feminismo, suicídio e alcoolismo.

SINOPSE

Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos.

TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA


A trama nos convida a desconstruir os ideais de felicidade nas relações afetivas de longa data. Não, o filme está longe de se tornar “receita” de boa relação amorosa. Ao contrário, a trama está repleta de alternativas pouco recomendadas em qualquer relação. É isso que faz do filme um relato possível, verdadeiro, recheado de erros e acertos de uma relação amorosa de 45 anos. Partindo do relato da viúva, acompanhamos a história do casal desde o primeiro encontro, revelando os sabores e dissabores da relação. A perspectiva, que desnuda a intimidade do casal, revela a força da personagem feminina, que desde o início busca o que deseja sem perder o foco . Tudo é contado sem menosprezar o contexto. A cada momento, a trama alinhava a vida social, religiosa e política, apontando possíveis influências do entorno de cada época, na relação que é construída pelo casal. Temos uma mulher à frente de seu tempo, determinada, empenhada e apaixonada, que se torna o pilar da família em construção.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Mais forte que bombas

ASSUNTO

Relações familiares, segredo, luto, aparências, fobia social, suicídio, depressão, conflitos familiares e existenciais.

SINOPSE

Uma exposição celebrando a fotógrafa Isabelle Reed (Isabelle Huppert) três anos após sua morte prematura traz seu filho mais velho Jonah (Jesse Eisenberg) de volta para a casa da família – forçando-o a passar mais tempo com seu pai Gene (Gabriel Byrne) e com seu recluso irmão mais novo Conrad (Devin Druid) do que ele passou em anos. Com os três sob o mesmo teto, Gene tenta desesperadamente conectar-se com seus dois filhos, mas eles lutam para reconciliar seus sentimentos em relação à mulher que eles se lembram de maneira tão diferente.

TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA


O título pode nos remeter a diferentes perspectivas do drama, como a explosão que causa em cada personagem ou  no espectador. A fotógrafa falecida é o elo entre os personagens.  O ofício de retratar situações de guerra, envolvendo os afetados, inaugura uma questão pertinente, ao revelar uma linha tênue entre o que é e o que pode aparentar. Tal questionamento nos remete a outras guerras do cotidiano, seja com os semelhantes, ou, consigo mesmo. Afinal, entre o que aparentamos e o que somos pode haver uma distância considerável.  É exatamente aí que identificamos um sentimento comum a muitos personagens contemporâneos, reais, que não compreendem as aparências comumente retratadas, sentem-se particularmente deslocados.  A lembrança da falecida é retratada por diferentes pontos de vista. As diferentes formas de lidar com o luto e suas complicações são evocadas no momento de reunir material para a exposição dos trabalhos. O  marido, que tem problemas como filho adolescente, convida o filho casado não só para ajudá-lo a separar o material, mas principalmente para ajudá-lo na comunicação com o mais novo.  As diferentes formas de lidar com a falta que aquela mulher faz se desdobra.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Burn Burn Burn


ASSUNTO

Perdas, morte, relações sociais, afetivas e familiares, segredo, aceitação, autoconhecimento.

SINOPSE

Seph (Laura Carmichael) e Alex (Chloe Pirrie) são duas garotas com seus vinte e poucos anos que acabaram de perder o seu melhor amigo Dan (Jack Farthing). Ele era engraçado, charmoso e elas o amavam como um irmão. Dan, em um flashback revela, era a vida e a alma do partido. O que ele não mencionou a suas amigas é que ele tinha câncer pancreático terminal. Em seu funeral, são entregues a Seph e Alex  um pendrive contendo o testemunho filmado de seu último desejo - a ser espalhados em quatro locais em todo o Reino Unido, todos especiais para ele. Agora, a única coisa que elas possuem é um pedido: espalhar as cinzas de Dan pelos locais que fizeram dele a pessoa que era.

TRAILER



O OLHAR DA PSICOLOGIA


Uma comédia dramática sobre a morte, assunto difícil, e ainda traz de quebra uma jornada emocional de autoconhecimento para as amigas do falecido. Mas, falar de morte nos remete a vida, aos dias que passam rápido, ao agora, instante que se esvai enquanto nos preocupamos com tempos idos ou nos pré-ocupamos com impossibilidades. Tudo acontece tendo a Grã Bretanha como “fundo”, pois Dan escolhe lugares inesquecíveis para que as amigas espalhem suas cinzas. O Road movie inicia no velório de Dan, situação confusa, que mistura dor, decepção e tristeza. O luto das amigas irá se misturar com o processo de autoconhecimento de ambas, sem perder de vista a perspectiva de Dan, que também descobre algo sobre si mesmo antes do fim.

sábado, 17 de setembro de 2016

O nosso ultimo verão na Escócia / O que nós fizemos no nosso feriado (Netflix)

ASSUNTO

Relações familiares, afetivas e sociais, doença terminal. depressão, separação e morte.

SINOPSE

Doug e Abi decidem viajar até à Escócia com os três filhos pequenos, para comemorar o aniversário de Gordie, o pai de Doug, que celebra 75 anos. No entanto, os dois têm um segredo que gostariam de esconder do resto da família, mas não será nada fácil ocultar o divórcio com as crianças por perto… E o que prometia ser uma harmoniosa reunião familiar acaba por trazer à superfície ressentimentos passados, quando um dia na praia se transforma em tragédia e as crianças põem mãos-à-obra para resolver o assunto.

TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA


Os pais (Doug e Abbi) estão em processo de divórcio, não se ouvem mais, discutem o tempo todo e fazem uma viagem juntos para comemorar o aniversário do pai de Doug, na Escócia. As crianças, visivelmente afetadas pela separação e brigas constantes dos pais, prometem não contar ao restante da família, que os pais já moram em casas separadas. Elas sabem que o aniversariante está doente, entretanto não sabem que a doença é terminal. A família, como qualquer outra, tem lá seus segredos e problemas. Aos poucos, as questões emergem, revelando o avesso do mundo adulto. Mas é o olhar das crianças que nos permite vislumbrar a obviedade da vida. Temas como separação, depressão e morte são apresentados com suavidade, sem que o peso e a complicação do mundo adulto, que usa o raciocínio lógico para se afastar dos “sentidos”. É assim mesmo, as crianças mantém os sentidos aguçados, vivem em plenitude as percepções de mundo, sem que qualquer obstáculo racional impeça a experiência. E, são esses personagens graciosos os responsáveis pelo encantamento e delicadeza da trama. Temos, de fato, muito que aprender com as crianças! O avô, prestes a fazer 75 anos e enfrentando a doença terminal, tem uma relação emocionante com os netos. Os diálogos são impregnados de doçura e clareza, não há regra social capaz de obstruir a comunicação entre eles.

domingo, 19 de junho de 2016

Mothers and Daughters 2016 (Mães e filhas?)



ASSUNTO
Relações familiares e afetivas, segredo familiar, adoção, perdas

SINOPSE
A fotógrafa Rigby Gray (Selma Blair) deseja produzir um ensaio sobre o papel da Mãe em diferentes famílias.Desde então, inicia um projeto que a faz refletir sobre sua relação com a mãe e outras possibilidades de relação semelhante. Buscando modelos, ela irá conhecer diferentes histórias que a ajudarão a rever seu papel de filha, ao mesmo tempo que se percebe grávida, e questiona sua possibilidade de tornar-se mãe.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

Rigby reflete sobre sua forma de olhar o mundo e o papel de sua mãe em seu viver. Diante das cenas capturadas por sua lente de fotógrafa, o filme segue apresentando outras histórias, que depois farão parte do seu projeto. De forma dinâmica, o espectador é convidado a conhecer diferentes situações que se desdobrarão durante o longa. Aos poucos, conhecemos diferentes mães e filhas, cada qual com suas particularidades.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Chocolate

ASSUNTO
Mitos familiares, herança transgeracional, segredo, questões de gênero, relação familiar, terapêutica e social, preconceito, amizade e psicodiagnóstico.

SINOPSE
Em 1959, Vianne (Juliette Binoche) se muda com a filha para uma pequena cidade francesa e abre uma loja de bombons e chocolates com guloseimas de dar água na boca. Mas ela enfrenta oposição: é mãe solteira, trabalha aos domingos e prepara doces que fazem qualquer um ceder à tentação da gula. Alguns moradores planejam expulsar Vianne da cidade, temendo que ela perturbe a moral do lugar. Tem início um confronto entre os conservadores e os que desejam o sabor recém-descoberto.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

Quase 6 anos depois de ter assistido, tive a oportunidade de rever CHOCOLATE, filme de 2000 repleto de assuntos, um prato cheio para discussão. Podemos começar pelo uso do chocolate como “remédio para alma”, servindo para libertar os desejos de quem o consome. Ainda que em menor proporção, o chocolate era indicado pelos povos antigos como afrodisíaco, por despertar a sensação de prazer. Vianne herdou dos seus antepassados as receitas mágicas de chocolate. Ao chegar à Cidade, ela abre uma loja para encantar os consumidores. A cada cliente que chega, ela aguça sua percepção para o que pode ser revelado, encontrando a indicação necessária para cada um. Mas, ela não é a única a seguir tradições, o conde também é guardião de tradição, só que de forma opressora, influenciado por outras normas (religiosas, sociais e acadêmicas). Aqui temos o encontro das diferentes perspectivas, o lugar da tensão, do conflito, espaço onde a trama se desenvolve. Enquanto a dona da doceria representa movimento, o conde é a personificação da tranquilidade, da rotina, da suposta segurança. As mudanças não são bem vindas. Ele controla uma sociedade fechada em si mesma, com pessoas escravizadas pela norma ditadas pela tradição familiar do nobre. Os valores estagnados são ameaçados pela transgressora, que é mãe solteira. Logo, é possível perceber as cores alegres das estrangeiras, o que destoa do cinzento e aparentemente pacato vilarejo. Desde então, já é possível refletir sobre a dificuldade que há em qualquer mudança, seja em sistemas familiares ou neuroses pessoais, que insistem estagnar em nome de uma suposta segurança. O novo pode ser percebido como ameaça. Não se trata de olhar a tradição como algo negativo, ao contrário, tradição pode ser o suporte necessário para nos adaptarmos às mudanças, desde que estejamos abertos para atualizações. A tradição do Conde era controladora, opressora, fechada, aparentemente tranquila e segura. Os existencialistas já sinalizaram a respeito do que é considerado um “dilema humano”, ou seja, segurança versus liberdade - quanto maior a liberdade, menor a segurança, e, vice-versa.  Aí está apenas a premissa inicial da trama, que apresentará os diferentes conflitos nas relações familiares e/ou sociais.  Vianne utiliza as diferentes formas do chocolate para destravar cadeados que aprisionavam os cidadãos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A Garota Dinamarquesa


ASSUNTO
Relações afetivas e sociais, sexualidade, transsexualidade, transtorno de identidade de gênero.

SINOPSE
Não recomendado para menores de 14 anos 

Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

O filme é a cinebiografia de Lili Elbe, nascido Einar Mogens Wegener, um artista plástico dinamarquês que teria sido a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. A década de 20 era um momento em que a medicina ainda não estava preparada para lidar com as possíveis complicações daquela intervenção. É preciso considerar que o filme foi baseado em um livro, que por sua vez foi baseado em uma história real, um marco na história da medicina e uma porta que se abria para os transexuais. Na adaptação para o cinema, importantes detalhes foram omitidos ou modificados. Por exemplo, Lili foi submetida a 4 cirurgias, pois encontrou o amor e pretendia constituir família, ter filhos. Segundo diversos relatos, na ocasião de sua morte, Gerda já não convivia com Lili, que estava acompanhada de seu novo amor, um curador de artes. Gerda, por sua vez, bissexual assumida, após se divorciar do segundo marido, não obteve sucesso profissional e se tornou alcoólatra, encerrando sua passagem pela vida no anonimato. Embora não haja qualquer menção à bissexualidade de Gerdra na trama, é possível considerar algumas pistas, seja no roteiro ou na interpretação da atriz. A trama foca o relacionamento do artista com sua esposa Gerda,  sua descoberta como mulher e a reação de ambos durante o processo. Não há exposição sobre as reações da sociedade. As críticas não foram favoráveis nem ao desfecho do filme, nem a forma, sendo considerada por muitos como rasa na abordagem do assunto. Fato é que o enredo abre uma brecha para discussão e melhor compreensão do que é ser transexual. Esclarecendo: Diferente da homossexualidade, que é caracterizada apenas pela atração sexual e afetiva entre indivíduos do mesmo sexo, sem que haja incômodo com o próprio corpo, a transexualidade traz uma pessoa que não se identifica com o seu corpo, seu gênero psicológico não corresponde ao físico.  Independente da ficção, a trama denuncia algumas questões reais. Por exemplo, na procura de solução para seu incômodo, Lili encontra até o diagnóstico de esquizofrenia. Dentre outras intervenções que tentavam "resolver" a questão, o choque também foi utilizado,

sábado, 22 de agosto de 2015

A dama dourada

clip_image001ASSUNTO
História, Artes, holocausto, relações sociais, familiares e afetivas, atualização.
SINOPSE
A Dama Dourada narra a excepcional jornada, baseada em fatos reais, de uma mulher para reinvidicar sua herança e procurar justiça para o que aconteceu com sua família. Sessenta anos depois de fugir de avião de Viena, durante a Segunda Guerra Mundial, uma senhora judia, Maria Altmann (Helen Mirren), começa a sua jornada para recuperar os bens de sua família apreendidos pelos nazistas, entre eles a obra-prima do pintor Gustav Klimt `Retrato de Adele Bloch-Bauer´. Na companhia de seu inexperiente, mas valente jovem advogado Randy Schoenberg (Ryan Reynolds), Maria embarca numa grande batalha que os leva diretamente ao coração do governo austríaco e também à Suprema Corte Americana, o que obriga a destemida e determinada velha dama a confrontar difíceis revelações e inesperadas verdades ao longo do percurso.
TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA
Indicado por Selma Ciornai, o filme encanta em sua forma delicada de contar fatos históricos. Ao contrário de alguns críticos, que consideraram o filme superficial, principalmente diante da perspectiva de narrar episódios do holocausto, considerei o drama sensível, sem se tornar melodramático. Impossível acompanhar as lembranças de Maria e não ser tocado na alma. Fiquei me perguntando, em diferentes momentos, como pode ter sido tão retente o pesadelo vivenciado por muitos. Maria se viu obrigada a enfrentar o passado que quis esquecer. A dor evitada precisou ser encarada, revisitada, assim oferecendo a possibilidade ser atualizada. A história de Maria é também de todos nós, seja por seu aspecto individual ou não. Cada um de nós já foi desafiado pela vida para enfrentar um fantasma do passado, algo que foi evitado a todo custo. No entanto, o passado que está nos assombrando no presente, nem que seja apenas por um movimento repetido de negação, não é mais passado, torna-se obstáculo para vivenciarmos o agora. Diante disso, visitar nossa história é também colocar o passado em seu lugar, nos permitindo a vivência do momento presente em sua plenitude. Por outro lado, somos produto também da história da humanidade, que ao longo de séculos apresentou dolorosos e vergonhosos episódios, como o holocausto, um passado mais recente do que queremos admitir. Ler sobre ou assistir a um filme que conta sobre os horrores do holocausto nos coloca no lugar de expectadores, afastados e em certo ponto alienados daquela realidade narrada. A DAMA DOURADA costura passado e presente, através da memória de Maria, durante o embate jurídico, para a recuperação das obras de arte da família. Entretanto, os não ditos e a superficialidade apontada pelos críticos foram os aspectos que favoreceram a minha aproximação daquela realidade. O seu tom raso, sem tender para excessos, - seja no maior aprofundamento dos dados jurídicos, artísticos ou históricos,- oferece maior intimidade do expectador. Talvez, o responsável por esse envolvimento seja o humor, que desarma as defesas, aguçando os sentidos e promovendo ricas reflexões.

sábado, 28 de março de 2015

Copenhagen 2015

ASSISTIR COPENHAGEN 2015 LEGENDADO FILME ONLINE
ASSUNTO
Relações sociais, afetivas, terapêuticas e familiares, segredo, história familiar.
SINOPSE
Depois de semanas viajando pela Europa, o William imaturo é descoberto em uma encruzilhada em Copenhagen, que para ele não é qualquer cidade europeia é o local de nascimento de seu pai. Quando o jovem amigo dinamarquês de William Effy torna-se tanto embarcar na aventura de encontrar o avô de William. A mistura de frescor e sabedoria de Effy suposto William um desafio como nenhuma outra esposa alegou. Enquanto a atração está em ascensão e William começa a realmente se conectar com alguém pela primeira vez em sua vida, ele deve assimilar as descobertas chocantes sobre o passado sórdido de sua família.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O homem se descobre a partir do contorno que o outro dá, desenvolvendo a própria identidade, que às vezes está encoberta por tantas defesas construídas ao longo da vida. O filme, ainda que seja considerado drama romântico, se revela superior a isso, pois mais do que um romance, a estória nos brinda com uma trajetória do ser em busca de si mesmo. Por muitos momentos, o filme me lembrou uma ferramenta muito utilizada no processo terapêutico denominada GENOGRAMA. Seu uso está entrelaçado com o processo de reconhecimento da própria história e a capacidade de escolha do indivíduo. A construção do genograma, que funciona como uma árvore genealógica, serve para que o cliente participe e se conscientize sobre elementos que contribuíram para torná-lo quem é. A partir dos dados, que são aos poucos elaborados junto ao cliente, é possível descobrir as heranças familiares, os segredos, mitos, legados, crenças e valores, que podem ser repetidos ou negados, sem que a pessoa tenha consciência. A capacidade de escolha emerge daí, fazendo com que tudo fique mais claro e o indivíduo possa pegar as rédeas da própria vida. A pessoa desenvolve a capacidade de perceber o que é e o que não é seu, favorecendo a escolha do próprio caminho. Assim também acontece com Willian ao conhecer Effy, que representa um papel quase terapêutico na vida dele, ao dar suporte no enfrentamento da própria história.

domingo, 22 de junho de 2014

Toda forma de amor

clip_image001
ASSUNTO
Relações familiares, sociais e afetivas, dificuldade em relações afetivas estáveis, luto, doença terminal, depressão e homossexualidade. 

SINOPSE
Oliver Fields (Ewan McGregor) é um sujeito de vida pacata como artista gráfico que perdeu a mãe há cinco anos. Ele sofre um novo abalo ao receber duas notícias vindas de seu pai, Hal (Christopher Plummer), que anuncia ter câncer e ser homossexual. Oliver embarca em um relacionamento com a atriz francesa Anna (Mélanie Laurent) e espera que as experiências passadas em seu núcleo familiar, ainda que inusitadas, o auxiliem na construção de sua vida amorosa.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA
Estamos diante de um tema bastante atual que atinge pessoas de diversas idades: A dificuldade em estabelecer uma relação afetiva estável. A trama acompanha as reflexões e enfrentamentos de Oliver, um sujeito deprimido que se encontra em momento de luto, vagando em pensamentos que insistem em prendê-lo ao passado. As lembranças de Oliver surgem em flashbacks e vão costurando a trama, retratando momentos de sua vida. Em suas lembranças de infância há somente a presença mãe, indicando a ausência paterna durante longo tempo. O pai se torna mais presente após a morte da mãe, quando se revela gay aos 75 anos, momento em que revela também ter câncer – situação pouco compreendida pelo filho. O título original Begginers já sugere a ideia central, que pretende mostrar o quanto somos todos iniciantes em matéria de relacionamentos afetivos.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Qual é o nome do bebê?

ASSUNTO
Relações afetivas e familiares, segredo, Casal e família e preconceito.
SINOPSE
Com mais de quarenta anos de idade, Vincent (Patrick Bruel) vai ser pai pela primeira vez. Radiante, ele é convidado pela irmã e o cunhado para jantar, em companhia de sua esposa e de um amigo de infância. Enquanto a esposa não chega, os amigos começam a fazer perguntas sobre a paternidade, até chegar à inevitável questão sobre o nome do bebê. Quando Vincent finalmente anuncia o nome escolhido, o caos se instala na família.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme foi indicado por Jeff, seguidor da página do “Facebook”, na ocasião em que eu fazia comentários sobre o longa “Álbum de família”. De fato, a recomendação foi uma grata surpresa. Tal qual “O Deus da Carnificina”, ele foi inspirado numa peça de teatro e também discute conflitos das relações afetivas, revelando aspectos constrangedores da “natureza humana”. Embora o outro seja um filme mais denso e aprofundado, confesso que gostei muito mais de QUAL É O NOME DO BEBÊ (Le Prénom), principalmente por sua leveza e bom humor, que não deixam de provocar sérias reflexões. Em Portugal, o título foi traduzido para “O nome da discórdia”, por sinal bastante apropriado. O assunto é pertinente e bastante considerado pela psicologia devido à importância do nome na consituição do ser. O “significado do nome”, “quem escolheu”, “como foi escolhido” e “o que inspirou tal escolha” podem ser parte significativa do processo terapêutico, pois se revela como boa ferramenta de apropriação identidade. Confesso que hesitei, antes de considerar os conflitos apresentados como “familiares”. Principalmente, por conta do amigo de infância fazer parte do encontro. Entretanto,  já que novas configurações familiares estão considerando  “agregados” como parte efetiva no sistema familiar, assim também o consideramos, pois ele foi acolhido desde a infância no seio familiar. Além disso, o desenrolar da trama revelará um segredo que só o confirmará como membro. Não, não posso contar o segredo, mesmo porque muita água vai passar por baixo dessa ponte antes desta revelação. Então, o jantar é na casa da professora Babu (Elisabeth), mãe, dona de casa e esposa do professor Pierre, intelectual engajado no meio acadêmico, que é sempre convidado a fazer palestras. Os primeiros a chegar são: Claude, o músico “agregado”, e Vincent, o irmão quarentão de Babu, que é casado com Anna. Logo, eles iniciam um diálogo ameno, recheado de brincadeiras íntimas, aquelas tão comuns nos meios familiares.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Álbum de família

imageASSUNTO
Relações familiares, segredo, alcoolismo, suicídio, câncer, dependência química, adultério, pedofilia, divórcio e incesto.
SINOPSE
Barbara (Julia Roberts), Ivy (Julianne Nicholson) e Karen (Juliette Lewis) são três irmãs que são obrigadas a voltar para casa e cuidar da mãe viciada em medicamentos e com câncer (Meryl Streep), após o desaparecimento do pai delas (Sam Shepard). O encontro provoca diversos conflitos e mostra que nenhum segredo estará protegido. Enquanto tenta lidar com a mãe, Barbara ainda terá que conviver com os problemas pessoais, com difíceis relações com o ex-marido (Ewan McGregor) e com a filha adolescente (Abigail Breslin).
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Que família é essa? Pergunta apropriada diante do encontro com personagens tão densos. Beverly é o pai, um professor, escritor aposentado e alcoólatra. Sua mulher é Violet, portadora de câncer, ela é viciada em medicamentos e tem a língua bastante afiada. De acordo com o próprio marido, o câncer na boca é uma ironia, tendo em vista a quantidade de veneno destilado por ela. Somos apresentados a ambos, no momento em que o mesmo contrata a índia Johnna, nos fazendo crer que seria para cuidar da casa e de Violet, devido à doença. O diálogo ilustra bem o quanto agressões verbais estão naturalizadas no convívio do casal. Violet já dá pistas sobre suas crenças, valores e sua forma de enfrentar não só a doença, mas também o envelhecimento. Ivy é a filha que está próxima, suportando o mau humor, a indiferença e o veneno mãe, que deixa clara a sua preferência pela filha Bárbara. A irmã tagarela de Violet é Mattie Fae, esposa autoritária de Charlie, um sujeito tranquilo, que de acordo com a cunhada, suporta há anos a esposa devido a quantidade de maconha que consome. O “pequeno Charles” é o filho do casal, que apesar de claramente desconsiderado pela mãe, conta com apoio e proteção do pai. Barb chega com Bill, pai da filha adolescente do casal. Logo, percebemos que há algo errado, também, na relação deste casal. Em repetidos momentos, Violet expressa seu incômodo com o distanciamento da família, principalmente em relação à Bárbara, que é considerada a “preferida” do pai. A batalha cruel de Violet tem munição de “culpa” suficiente para atingir Barb, que por sua vez, enfrenta a mãe de forma bem semelhante. Há cobranças de ambos os lados, embora Violet seja a que sempre cobra de todos de forma cínica, agressiva e cruel. O desaparecimento de Beverly promove o reencontro da maior parte dos familiares, só incluindo a filha Karen e seu atual parceiro após a morte do patriarca. Após o funeral, “pequeno Charles” se une a família, num jantar de luto. Aí, então, começam a emergir muitos conflitos familiares, entre segredos e revelações que irão tornar o jantar de funeral um verdadeiro caos.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Philomena

clip_image001
ASSUNTO
Relações familiares, afetivas e sociais, pecado-religião, perdas, história, adoção ilegal, homossexualidade, sexualidade, segredo.
SINOPSE
Irlanda, 1952. Philomena Lee (Judi Dench) é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança, ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo. Após sair do convento, Philomena começa uma busca pelo seu filho, junto com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan), um jornalista de temperamento forte. Ao viajar para os Estados Unidos, eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Qualquer estilo de arte tem em sua construção algo do próprio autor, assim como aquele que entra em contato com a obra projeta seus conteúdos em sua forma de percebê-la. Assim, o encontro com a arte nos convida a produzir novos sentidos a cada momento. Há algum tempo, ando refletindo bastante sobre nossos “encontros autênticos” e sua importância, seja com a arte ou com as pessoas. De fato, estas formas de contatar nos permitem afetar e ser afetado. Quanto maior a diferença, maior a possibilidade de trocas que poderão transformar os envolvidos. Philomena é um filme que ilustra bem o fato. O encontro da religiosa e gentil senhora com o jornalista cético, de temperamento explosivo, irão de fato afetar a ambos em suas formas de funcionar no mundo. Philomena, apesar do sofrimento, manteve sua fé e ingenuidade, sem em nenhum momento parecer tola. Sua doçura contrasta com o humor seco e arrogante de Martin, o que não permite que a trama atinja um tom melodramático. Philomena dará a Martin uma grandiosa história jornalística e Martin proporcionará a Philomena o conhecimento que lhe falta. Ele é ateu, cético, sarcástico, irônico. Ela é religiosa, e, mesmo tendo motivos para questionar a igreja, não larga em momento algum sua crença; é ingênua, aparenta inocência, mas é guerreira e possui uma capacidade enorme de compreensão de mundo.

domingo, 17 de novembro de 2013

O último amor de Mr. Morgan

clip_image001ASSUNTO
Terceira idade, solidão, luto, segredos, relações afetivas, sociais e familiares.
SINOPSE
No dia em que a jovem Pauline lhe estendeu a mão para ajudá-lo a entrar em um ônibus, o viúvo inglês Matthew Morgan reencontrou a felicidade. Professor teimoso e de natureza ranzinza, ele repentinamente resgata sua curiosidade pela vida durante seus passeios em parques e viagens ao campo, sempre ao lado da bela Pauline. A nova relação renova em Matthew sua noção de família. Com isto, ele se reaproxima do filho Miles, que logo se sensibiliza com as mudanças visíveis no pai. Mas as consequências deste reencontro são imprevisíveis.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme reúne alguns temas familiares, ao retratar a história solitária de um viúvo ranzinza que segue em processo de luto. Conflitos familiares, processo de envelhecimento, solidão e segredo famíliar estão presentes no longa. Desde a morte da esposa, Mathew, como tantos outros viúvos, sobrevive à perda de forma solitária e depressiva. Ele se isola do mundo, seguindo sua rotina. Seus olhos carregam tristeza, resta pouco ou quase nada do brilho de vida de outrora. Pauline, por sua vez, traz luz em sua forma de ser. No encontro de ambos, logo fica claro o quanto é possível trocar na diferença. Já de cara, a moça diz que aquele senhor faz lembrar o pai dela. Ele enxerga nela a figura da esposa que se foi, mas não necessariamente uma substituta. Eles compartilham a dor de terem e não terem uma família. Muitos viúvos e viúvas sentem-se perdidos no mundo depois da perda de seu ente querido. Após anos de compartilhamento de vida, é difícil sobreviver sem aquele que fazia parte do próprio universo. É comum ouvirmos relatos de companheiros que partem pouco tempo depois. Mathew já não conseguia ver sentido na vida, principalmente pela imensidão do único amor que conheceu e a quem dedicou todo afeto que pensava ter: sua esposa. Ele mesmo afirma não entender o que a amada esposa teria visto nele.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O Exótico Hotel Marigold

imageASSUNTO

Luto, terceira idade, autodescoberta, homossexualidade, recomeço, amizade

SINOPSE

Já aposentados, sete ingleses, até então desconhecidos (Bill Nighy, Maggie Smith, Judi Dench, Tom Wilkinson, Penelope Wilton, Celia Imrie e Ronald Pickup), são aliciados a viver o resto dos seus dias num suntuoso hotel na Índia. Uma vida luxuosa a um preço acessível, segundo a agência que lhes vende o pacote. Porém, lá chegando, descobrem que o antigo palácio, agora transformado Hotel Marigol, já não tem o esplendor do passado. Desiludidos e sentindo-se enganados, os sete revelam algumas dificuldades em adaptar-se a uma cultura totalmente diferente da sua. Porém, será ali mesmo, com a preciosa ajuda do jovem indiano Sonny (Dev Patel), que cada um descobrirá que não existe idade limite para redescobrir a alegria de viver.

(...) eles serão transformados por suas experiências compartilhadas, descobrindo que a vida e o amor pode começar de novo quando você deixar de viver no passado. Cinema 10 - leia mais clicando aqui.

A chegada à Índia fará com que cada personagem se aproxime cada vez mais, enfrentando – ou se refugiando – de todas as diferenças que envolvem as díspares culturas: caos, pobreza, fé, culinária, poluição, clima, entre tantos outros. E o convívio dos acolhedores e solidários indianos será capaz de quebrar a barreira dos reservados britânicos em um filme que toca de forma delicada e sincera em temas como morte, solidão e amizade, além da chegada à velhice aliada ao confronto direto com o próprio passado, presente e futuro. Politicamente falando, o longa ganha ainda mais créditos ao nos colocar diante de britânicos e indianos convivendo em harmonia. Afinal, o passado recente da colonização britânica na Índia, que durou quase um século de conflitos. A ideia de mostrar personagens diferentes que acabam por descobrir mais um sobre o outro já rendeu numerosas obras, mas “O Exótico Hotel Marigold” faz isso com uma qualidade acima da média. Cinema com rapadura, crítica completa aqui.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

A falta de perspectiva ou as questões inerentes à idade desses aposentados são a motivação necessária para que realizem essa viagem para um luxuoso hotel com custo baixo. Suas expectativas giram em torno de tudo aquilo que era oposto ao que viviam, ou seja, conforto, luxo e lazer. Entretanto, encontram um hotel decadente e precário. Foram seduzidos com visões de uma vida de lazer, mas chegam para encontrar no palácio um espelho de suas vidas. É exatamente este o ponto que dará início à jornada pessoal de cada um dos personagens.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Vida que segue

clip_image001 ASSUNTO
Luto, relações afetivas, sociais e familiares.
SINOPSE
Nos meses anteriores ao seu casamento com Diana Floss (Careena Melia), Joe Nast (Jack Gyllenhaal) está morando com os pais daquela que foi sua noiva. Quando Diana é assassinada, ele se vê em uma situação estranha sua relação aos pais dela, Ben (Dustin Hoffman) e Jojo (Susan Sarandon). Todos os três têm de lidar com a tragédia e, junto com a procuradora do Estado, discutir ações legais sobre o caso. Joe faz o que pode para atender a expectativa de todos, lutando contra o sofrimento da perda e lidando com o novo relacionamento que terá pela frente com seus sogros. O casal Floss adora Joe, mas a tristeza e o luto de todos prejudicam a conexão natural que poderia existir entre eles. Quando Joe se apaixona por outra mulher, ele terá de encontrar uma fórmula para seguir o seu coração e não magoar os pais de sua ex-noiva.
CENAS DO FILME
OLHAR DA PSICOLOGIA
O luto já foi tema de diversos filmes. Neste caso, o foco está na elaboração do luto dos pais, que evitam enfrentar a perda da filha, quando resolvem “adotar” o suposto genro como filho. O filme nos trás diversas situações possíveis em dramas semelhantes. Enfrentar a perda de um filho é sempre mais doloroso do que o contrário, a perda dos pais. De fato, ainda que qualquer perda de entes queridos provoque reações inimagináveis, o filho, partir antes dos seus genitores, é um acontecimento inesperado. Ainda assim, Ben e Jojo decidem adotar um comportamento racional, se distanciando da dor profunda que a tragédia provocou. O suposto noivo, por sua vez, além de viver seu próprio luto, se deixa envolver no estranho jogo, tentando viver de acordo com as expectativas do casal. Os três se relacionam de forma artificial, tentando camuflar culpas, dores e segredos. Fugir da realidade transforma a rotina de todos em sucessivas cenas artificiais que não podem durar para sempre. Novos acontecimentos acabam provocando mudanças na situação, fazendo com que cada um precise enfrentar a própria realidade.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Monge

Poster de O Monge ASSUNTO
Dogmas religiosos, dualidade, incesto, culpa, segredo, relações sociais e sexualidade.
SINOPSE
2012 - Adaptação do famoso romance gótico por Matthew G. Lewis, publicado em 1796. “The Monk” conta a história trágica da scensão e queda de um monge capuchinho na Madri do século XVII. Abandonado ainda bebê nas escadarias de um monastério e criado segundo a rígida ordem dos capuchinhos, Ambrósio se tornou o pregador mais famoso do país. Enquanto grandes multidões vêm de todo os cantos para ouvir seus sermões impressionantes, o sucesso dele é amargamente invejado por outros monges do monastério. Convencido de sua virtude e retidão, o irmão Ambrósio acredita ser imune à tentação... Até que eventos misteriosos começam a aterrorizar o monastério. Seguro quanto as tentações e os poderes do Diabo, ele enfrenta a discordância para acolher Valério (Déborah François), vítima de um acidente, na instituição. Enquanto eventos misteriosos começam a acontecer no local, ele descobre que o jovem, que protege o rosto mutilado com uma máscara, tem o dom de aliviar a dor. Juntos, eles acabam formando uma sinistra parceria que mudará para sempre as suas vidas.
  TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Não é o estilo de filme que eu gosto e devo confessar que tentei assistir duas vezes antes de conseguir completar a façanha. Indicado por uma colega, que relatou como uma experiência fascinante, esforcei-me para apreciar algo no filme. Ainda que não tenha me causado nada próximo ao fascínio, compartilho alguns aspectos  percebidos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Keith

ASSUNTO
Adolescência, diferenças, doença terminal, relações familiares, afetivas e sociais.
SINOPSE
Natalie Anderson  é uma garota de dezessete anos com a vida aparentemente perfeita, que passa a maior parte de seu tempo jogando tênis para ingressar na Duke, uma faculdade bem conceituada, mas a bola de cristal que Natalie vive se quebra, quando ela conhece seu parceiro de laboratório Keith um rapaz problemático que vive com uma caminhonete amarela e tem uma vida bem diferente da dela. Sua mãe morreu e ele vive sozinho com o pai, por isso Keith criou um mundo de fantasia para fugir do real o que vai deixar Natalie e todos a sua volta muito atormentados.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Embora Keith e Natalie sejam de Universos diferentes, ela já fazia parte do mundo dele desde a peça encenada na escola quando eram menores. Ele nos é apresentado na cena com o aquele que aparenta ser terapeuta, quando se despede anunciando que irá se divertir com a moça. Considerado “esquisito” pelos colegas, ele se aproxima de forma inusitada, se tornando seu parceiro na aula de química. Aos poucos, ele vai invadindo o mundo de Natalie, transformando aos poucos o universo dela.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O homem sem face

ASSUNTO
Família monoparental, amizade, relações afetivas e familiares, relação professor-aluno, relação terapêutica e segredo familiar.
SINOPSE
1993 - Em 1968, Chukc Norstad é um menino órfão de pai e que vive com a mãe e duas meio-irmãs, filhas de pais diferentes, num estranho  ninho familiar. Sua mãe (Margaret Whotton) coleciona fracassos conjugais e uma de suas meias-irmãs, Gloria (Fay Masterson), mostra-se agressiva com ele. Ele é angustiado pois não sabe ao certo porque seus pais se separaram e como ele morreu, e deseja ardentemente sair de casa e entrar para uma academia militar e se tornar piloto. Para Chuck, só há uma alternativa: ingressar no colégio militar. O garoto é reprovado no exame preparatório mas ninguém de sua família se importa. Durante o verão, ele conhece o ex-professor Justin McLeod, que foi desfigurado por um acidente automobilístico e vive retirado, evitando os vizinhos,  recluso num lugar apelidado pelos moradores de "ilha do monstro". Após acidente de carro dez anos antes e no qual ficara com parte do corpo com cicatrizes e metade do rosto desfigurado.  O ex-professor rejeita qualquer contato com o menino, mas depois decide ajudá-lo a se preparar para o exame. Ao concordar em lhe dar aulas  os dois iniciam uma amizade que logo será conturbada em função de acontecimentos do passado.  A amizade entre os dois trará a tona fatos do passado de ambos…
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Chukc é um pré-adolescente que sente-se deslocado em seu meio familiar. Considerado “diferente” pelos outros e por si mesmo, ele sonha em se tornar uma figura notória por seus próprios méritos . Talvez, por sentir-se rotulado, seja atraído por outro personagem também considerado diferente em sua comunidade: o professor “monstro”. A evolução dessa amizade

domingo, 15 de julho de 2012

Menos que nada

imageASSUNTO
Saúde mental, esquizofrenia, luta antimanicomial, segredo, relação terapêutica, imaginação, relações familiares, sociais e afetivas.
O filme estreia dia 20 de julho e terá lançamento diferenciado, sendo multi-plataforma (salas de cinema, internet, TV e DVD). Na internet, o filme estará disponível gratuitamente, na íntegra, em alta definição, no Sunday TV (sundaytv.terra.com.br). Na TV, o filme passa no Canal Brasil (rede nacional) e na TV-COM (Rio Grande do Sul), às 22h. Nas salas de cinema, o filme estará nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Curitiba e Salvador. A proposta da produção é facilitar o acesso do público ao cinema nacional e ampliar a discussão sobre o sistema manicomial e a saúde pública no Brasil,  abordados no longa-metragem. Para movimentar essa discussão e fazer as pessoas refletirem sobre o filme e o assunto, “Menos que Nada” promoverá uma forte interação com o público na internet por meio das suas redes sociais, no Facebook e no Twitter.  
SINOPSE
Menos que Nada é a história de Dante, um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico. Ele é considerado um caso perdido, até que uma jovem médica decide tratar dele e estudá-lo. Ao investigar o passado de Dante, surgem três personagens importantes – seu pai, uma amiga de infância e uma importante cientista. Nem todos eles querem revelar o que sabem.
TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA
Em um filme da sessão da tarde, escutei a frase “tudo que existe ou existiu foi um dia sonho (imaginação)”. Concordo, a imaginação é o que nos permite criar novas realidades. Desenvolver nosso potencial criativo é condição necessária para uma vida saudável. Mas, quando nossa criatividade nos desconecta de uma realidade, por mais que nos pareça insuportável, ainda que nos conforte, também pode nos adoecer. Como disse Jerome Lawrence: "O normal sonha com castelos no ar. O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele...". Esta face patológica da imaginação serviu de inspiração para o diretor Carlos Gerbase desenvolver a trama de MENOS QUE NADA. Fui convidada para pré-estreia do filme, que foi inspirado no texto de Arthur Schnitzler: O diário de Redegonda. Na última terça-feira, atendi ao convite com empolgação, não só pelo interesse do site, mas principalmente por explorar a saúde mental, tema tão caro a minha profissão. Devo dizer que ao final, o público aplaudiu de pé, tamanha qualidade da obra. O desenvolvimento da trama oferece a oportunidade de refletirmos sobre muitos temas relacionados à saúde mental e a falência do sistema público de saúde no Brasil. O desdobramento do enredo se dá de forma delicada, proporcionado uma experiência às vezes incômoda, outras vezes prazerosa para qualquer público. A trama supera o tema da doença, nos remetendo a um aspecto comum a todo ser humano: nossa imaginação.