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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coisas de família

coisas de família ASSUNTO
Relações familiares e afetivas, segredos.
Sam Kleinman é um sujeito cheio de pequenas manias, um pequeno empreendedor que começou do nada e construiu uma sólida empresa de venda de material de construção em Nova Jersey, que sempre se dedicou muito mais a sustentar a família do que a dar atenção e afeto a ela. Trata-se de um filme simpático, que fala sobre relações familiares, enfatizando a atualização da relação pai-filho, num processo de reconstrução de vínculo. Sem aprofundar muito, o filme apresenta alguns pequenos segredos e formas “cristalizadas” de ver o outro, principalmente quando esse outro nos é “familiar”. Nesse aspecto, vale a pena refletir sobre o quanto acreditamos “conhecer” aqueles que fazem parte de nossa família.
SINOPSE
2005 - Uma trama familiar divertida que revela a crise em que pai (Falk) e filho (Reiser) vivem e as maneiras que encontram de sair dela e permanecerem juntos. O filho é um escritor beberão que precisa partir, ao lado de seu pai, para uma viagem inesperada. Dessa forma, vários segredos de família antigos são revelados, assim ambos vão cada vez descobrindo mais um sobre o outro, e diminuindo o distanciamento que existia entre eles. Juntos, mais do que nunca, os dois se tornarão grandes amigos e vão se divertir muito nessa viagem.
TRAILER

O filho da noiva

o filho da noiva ASSUNTO
Relações familiares, Mal de Alzheimer, relações afetivas, conflito de gerações, terceira idade.
O filme consegue falar de muitos dos dramas comuns a muitas famílias sul-americanas. Fala também sobre a possibilidade de existir um novo olhar sobre todas as coisas que já estavam “naturalizadas”, percebidas como única forma de existir. É também sobre o exercício de “desacelerar” e permitir novas percepções, deixar acontecer, sentir como é apenas. É sair do lugar de “sabermos como é” e descobrir como se tornou, ou melhor, como está sendo, então. É sobre perceber o óbvio.
“O Filho da Noiva” conta à transformação na vida de um homem após um grave problema cardíaco. Rafael Belvedere (interpretado por Ricardo Darín) administra o restaurante do pai, carrega consigo o sentimento de nunca ter sido capaz de agradar a mãe (Norma Aleandro de “A História Oficial”) que sofre de Alzheimer; ele tem um relacionamento amoroso de pouca profundidade com uma bela jovem e mal consegue tempo para inteirar-se da vida da filha. Esse cenário de pressão, de tempo escasso e de instabilidade emocional é o ideal para um ataque de nervos. Rafael não consegue escapar do apelo de seu corpo, e seu espírito atingido pelo baque, pelo sinal de alerta, começa a reavaliar suas prioridades e escolhas. Leia mais clicando aqui
Há o conflito de gerações, há o conflito amoroso, há o conflito entre os excessos do egoísmo e estar aberto aos outros. Mas, são todos equalizados para funcionar nas chaves mais diversas de dramaticidade, e nunca se tornam os únicos conflitos em cena, pois assim é a vida: temos várias bolas no ar, e elas não podem cair. Leia mais...
O segredo da trama de Campanella está no tratamento delicado das relações humanas.(...) Mal de Alzeheimer: (...)A história se baseia na experiência real do diretor, cuja mãe realmente sofre da doença. Quando convidou Norma Aleandro para o difícil papel, a atriz temia não alcançar o ponto certo da interpretação. Campanella levou Norma a um passeio de carro, juntamente com sua mãe. Escondida no banco de trás do automóvel, bastou à atriz alguns momentos para entender a situação. Na tela, o desempenho de Norma surpreende pela segurança. Leia mais...
É da sensibilidade na natureza humana e nossa capacidade de viver o dia a dia que se faz o filme. Como todos os filmes de Campanella traz o problema da crise econômica e a situação atual da Argentina. Mais aqui.
SINOPSE
2002 -Aos 42 anos Rafael Belvedere (Ricardo Darín) está em crise, pois assumiu muitas responsabilidades e não tem mais tempo para qualquer tipo de diversão. Boa parte de seu tempo é gasto no gerenciamento do restaurante fundado por seu pai. Rafael é um quarentão que separou-se da esposa há três anos, e agora tem uma nova namorada. Também possui uma filha, a quem vai ver sempre que possível, com toda liberdade. O restaurante está passando por uma crise, devido à situação econômica na Argentina. Seu pai, um sujeito engraçado, de bem com a vida, tem um único arrependimento: não ter se permitido casar-se na igreja, por questão de crença (ou falta dela). E ele decide que já está na hora de fazer isso. O problema é que sua esposa tem Mal de Alzheimer, e mal pode reconhecer sua família. Junto com seu filho, eles devem apressar-se para realizar a cerimônia antes que a doença avance mais ainda. Por fora, ainda há um velho amigo de infância de Rafael, que reencontra-o depois de muito tempo, e começa a demonstrar interesse em sua namorada....
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Aurora Boreal

aurora boreal ASSUNTO
Luto, terceira idade, Mal de Parkinson
Falando da dificuldade de elaboração do luto, conhecemos perspectivas diversas sobre a perda de pai e de um filho. Logo percebemos que a adolescência tardia de Duncan é muito mais uma reação ao luto, do que apenas falta de perspectiva de sua geração. No encontro com seus avôs, o jovem inicia seu processo de reencontro com sua história, enfrentando seu luto conquista o amadurecimento e um novo lugar. Passamos, então, a acompanhar seu encontro com o processo de envelhecimento de seus avós. As angústias do Mal de Parkinson, doença que se agrava em seu avô, são compartilhadas na relação. Neste mágico reencontro aonde ele assiste o inevitável perecimento do avô, o jovem Duncan acorda de seu hibernar juvenil, se apaixona e amadurece.
SINOPSE
Um jovem leva uma vida desregrada depois da morte de seus pais. Ele vive se divertindo nas madrugadas e enchendo a cara ao lado de seus amigos, além de sempre trabalhar em empregos de segunda categoria, e ainda assim poucas vezes consegue se manter muito tempo neles. A saúde de seus avós é precária, e ele não tem muitas perspectivas na vida. Porém tudo pode mudar de figura a partir do momento em que ele conhece uma jovem séria, madura, responsável e que sabe o que quer da vida. Os dois logo se apaixonam e se vêem envolvidos em um grande caso de amor. Mas ela está prestes a mudar para a Califórnia. Para seguir sua vida ao lado dela, ele terá de provar que amadureceu e que a vida pode oferecer muito mais do que bebedeiras com amigos.
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ensina-me a viver

ensina-me a viver ASSUNTO
Relações familiares, afetivas e sociais, auto-suporte, adolescência, terceira idade.
Uma colega me chama no face book, ainda extasiada com o filme que tinha visto na véspera. Recomendando “Ensina-me a viver”, relata a experiência deliciosa de contatar a película. Imediatamente assisto e sou tomada por diversas emoções. Ela tinha razão, o filme é imperdível, extremamente atual, ainda que seja de 1971. O filme fala de pessoas, relações, vida e morte, de uma maneira humana e profundamente real. Contrastando Morbidez X vivacidade, Burguesia x anarquia, dependência e liberdade, vida, identidade, e muito mais. O filme nos agracia com perspectivas divertidas e emocionadas provocando-nos questionamentos sobre nossas certezas, conceitos e pré-conceitos. Vale a pena conferir!
O contraste é a marca principal do filme. Afinal, a abordagem da vida e da morte é feita de uma maneira diferente, apresentando comicamente o drama psicológico através do relacionamento entre gerações normalmente conflitantes. Maude acredita que pode lhe mostrar seu direito à liberdade, tão prejudicado pelo autoritarismo da mãe. A rebeldia de Harold é demonstrada por sua hilária obsessão pela morbidez. Impregnando-se de um inconfundível humor-negro, o jovem termina por fazer coisas inusitadas
Na época foi considerado uma comédia de humor negro. Porém, é um filme existencialista, meio sartreano, considerado cult pelos críticos: Harold é a morte, Maude é a vida – simples assim. Como pano de fundo, a guerra do Vietnã, que já era considerada sem sentido, contrastando com a 2ª Grande Guerra representada pela personagem de Maude – intenção do diretor.Uma comédia romântica que não tem pieguice nem grandes arroubos de paixão – ao contrário: os personagens vão se desenvolvendo com a naturalidade dos esquecidos, dos que não se encaixam na “normalidade”, dos párias que se juntam, se aquecem, se auxiliam e a ligação está feita. Para quem gosta de humor negro, é diversão garantida. Entretanto, é um filme que fala da alteridade de cada um – e sua unicidade consequente. Pura ternura, puro aprendizado, delicadeza na mão de um diretor que sabia o que estava fazendo.Leia mais clicando aqui
"Ensina-me a viver" é uma cativante lição de vida, narrada com a alegria bizarra de uma comédia negra. Harold é um jovem de vinte anos que tem uma paixão macabra pela morte e todas as suas formas de manifestação. Diverte-se fingindo suicídios cujas encenações não conseguem atrair a atenção de uma mãe distante. Gosta de assistir a funerais bem como a outras formas terminais de destruição, como a demolição de prédios. (...) A cena de abertura é hilariante, quando a mãe entra na sala e, com uma indiferença perturbadora, ignora o filho que jazia suspenso no ar, enforcado, fazendo o seu telefonema sem alterar a postura. Ela já conhecia a arte do filho, mas nós não, era o nosso primeiro encontro e todo aquele ritual de preparação do suicídio parecia-nos demasiado real, para ser interrompido assim, tão levianamente. (...). No psiquiatra, Harold deita-se no divã como um morto no seu caixão, a ouvir as palavras inconsequentes do especialista. (...). A solução da carreira militar ficou comprometida após a encenação com a cúmplice, Maude, de uma peça em que ele demonstrava perante o tio todo o seu desejo entusiasta de combater para poder dar largas à sua veia de carrasco inquisitorial. O tio assustou-se com tanta dedicação. Mas, falta falar de Maude... Maude é uma velha senhora de 79 anos que, ao contrário de Harold, nutria uma paixão sem limites pela vida. As suas histórias cruzaram-se durante uma das cerimónias fúnebres que os dois frequentavam assiduamente, embora por motivos diferentes. (...) Para ela, a morte era encarada com a alegria natural de quem já gozou o máximo. É esta alegria que ela vai transmitir a Harold, o desejo de viver, de ganhar asas e aproveitar a curta passagem por este mundo... Estas duas excêntricas personagens vão acabar por cimentar uma forte amizade. Maude ensina a Harold a ver a vida através dos seus olhos apaixonados e ele acaba por descobrir que a amava (à vida e a Maude). (...) No dia em que completava 80 anos, Maude decide concretizar o que um dia se propusera: a vida tem beleza enquanto há energia para desfrutá-la; 80 anos era uma bonita idade para completar em glória esta aventura. Tomou comprimidos suficientes para não voltar a acordar e partiu... Harold guia o carro descontrolado em direcção a um precipício. Um carro num mergulho mortal caicom estrondo pelas encostas escarpadas. Lá em cima uma silhueta toma forma até vermos Harold que, pela última vez, simulou um suicídio. Ele abandona a cena a tocar o banjo que Maude lhe dera.
Fonte: Leia mais clicando aqui
Outra qualidade de Ensina-me a viver: o filme não é apenas uma comédia, também consegue fazer um painel social muito eficiente, principalmente da sede de sangue do tio, do passeio no hospital (reparem o doente caindo, sem ninguém socorrê-lo), dos conselhos imbecis, do psiquiatra (que afinal faz a piada inevitável –“nesta sociedade freudiana espera-se que os rapazes se apaixonem pela mãe, mas você foi apaixonar-se por sua avó”) e principalmente de um grande momento de estupidez - o discurso do padre (em que o ator consegue passar toda a hipocrisia). Como comédia social, o filme está somente a um passo de Pequenos Assassinatos (Little Murders, 1971, de Alan Arkin, baseado em peça de Jules Feiffer). Como psicológica, é igualmente funcional. Explica o comportamento suicida de Harold apenas com discrição, sem exageros ou clichês. Leia mais clicando aqui
CRÍTICA

SINOPSE
O relacionamento entre um rapaz de 20 anos com obsessão pela morte, que passa seu tempo indo a funerais ou simulando suicídios, e uma senhora de 79 anos encantada com a vida. Eles passam muito tempo juntos e, durante esta convivência, ela expõe a beleza da vida. Ele decide se casar com ela, mas no entanto uma surpresa o aguarda, que mudará sua vida para sempre.
Órfão de pai, Harold tem 19 anos, uma mãe controladora ao extremo, um tio no exército e pertence a uma família americana rica e tradicional. Faz análise, é católico, já tentou o suicídio 15 vezes. Como diversão, vai a funerais e até dirige um carro funerário. Faz tudo isto para chamar a atenção da mãe, que é uma socialite fútil, mas só consegue fazê-la reagir com impaciência ou indiferença. Harold é parte de uma sociedade onde não tem lá muita importância e existencialmente não tem muito significado.Maude é uma senhorinha de 79 anos, austríaca, sobrevivente de um campo de concentração, viúva, que mora atualmente na América e adora funerais. Diz que 80 anos é a idade ideal para morrer – “75 é ainda muito jovem e 85 é perda de tempo”. Acredita que a vida deve ser vivida dia a dia por inteiro, sem restrições, sem tristezas. Vive uma vida cheia de significado e faz suas escolhas deliberadamente. Ela fará 80 anos na próxima semana.Esses dois seres se encontram em um funeral e daí nasce um relacionamento importante: ela o ensina a apreciar a vida e a ser liberto, a usar o tempo para fazer o melhor para si, o prazer da música e de cantar, a tocar banjo, a apreciar a arte. Enquanto isto, sua mãe o coloca em um programa nacional para arranjar-lhe uma noiva.Tornar-se mais próximo de Maude o faz querer casar-se com ela. Prepara então uma festa surpresa para o seu aniversário, quando pretende pedir-lhe em casamento. Enquanto dançam, Maude diz que tomou uma overdose de pílulas e que, por volta de meia noite, estará morta, reafirmando que 80 anos é a idade ideal para morrer. Leia mais clicando aqui
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Diário de uma paixão

o diario de uma paixão ASSUNTO
Alzheimer, relações de casal e família, relações afetivas e sociais
O filme conta a linda história de um casal, em que, ela atingida pelo Mal de Alzheimer é convencida através da leitura do seu diário- por ele, a relembrar ou recordar a história de amor vivida pelos dois. A perseverança está na ida dele diariamente a clínica onde ela está internada para tratar da doença e ele ler para ela, relatando tudo que foi vivido por. É uma amor que transpõe obstáculos diários, onde o reconhecimento chega em poucos segundos e num estalo quando ele consegue com ela uma conexão com o presente, tudo volta ao esquecimento, pois ela se assusta por não reconhecê-lo e apavora-se diante do desconhecido.O amor é abnegado tanto pelo marido quanto pelos filhos e os netos que sabem que nunca serão reconhecidos, mesmo assim a visitam. Diário de uma Paixão retrata de forma bastante romântica a vida de uma pessoa com demência e de sua família. Como em muitos outros filmes que abordam o tema, a perda de memória é um dos poucos sintomas mostrados, e a reação da família à doença é sempre muito boa. O personagem de Duke, que fica pacientemente ao lado de Allie com a esperança de que ela recupere a memória,é bastante diferente dos familiares da vida real. Alguns estudos mostram que a família ou o cuidador, normalmente, se cansa e/ou perde a paciência com a pessoa doente, já que é preciso responder muitas vezes as mesmas perguntas e, às vezes, ainda ser acusado de mentiroso. “... Às vezes ela acabou de almoçar e ela diz que ninguém deu comida pra ela”, reclama um familiar. Um dos aspectos da perda de memória que é abordado no filme é o triste e comum fato de a pessoa doente não reconhecer os familiares próximos. A cena em que Allie não reconhece os filhos é muito tocante, e de forma sutil, mostra uma maior realidade com relação ao sofrimento dos familiares. “Ela não se lembra de nada, de nada, de nada, só do passado. Se você conversar com ela agora, nem dois minutos ela já esqueceu. Além disso, a cena mostra como os filhos de Allie discordam da atitude de Duke de morar na instituição só para ficar com ela, já que ela sequer lembra-se deles. Vemos nesse filme uma linda e emocionante história de amor, mesclada com uma triste realidade, mesmo que contada de forma romântica. Além do tema corriqueiro de amor impossível entre pessoas de classes sociais diferentes, e da distância da realidade quando o tema da demência é abordado, esse é um filme realmente emocionante, e sem dúvida vale a pena ser visto.
SINOPSE
Baseado no romance best-seller The Notebook de Nicholas Sparks, o filme Diário de Uma Paixão é uma história sobre oportunidades perdidas, amadurecimento e a força de um amor duradouro.
Quando a adolescente Allie Hamilton (RACHEL McADAMS) vai passar o verão com a família na cidade litorânea de Seabrook, na Carolina do Norte, nos anos 40, conhece o garoto Noah Calhoun (RYAN GOSLING), que mora na cidade. Noah sente que é amor à primeira vista. Embora a menina seja de uma família rica e ele seja um operário, os dois se apaixonam profundamente durante um verão repleto de emoção e liberdade.Eles são separados pelas circunstâncias - e pela súbita eclosão da Segunda Guerrra Mundial -, mas ambos permanecem assombrados pelas lembranças um do outro. Quando Noah volta para casa após a guerra, Allie se foi para sempre de sua vida, mas não do seu coração. Embora Noah ainda não saiba, Allie voltou a Seabrook, onde eles se apaixonaram. Ocorre que agora Allie está noiva de Lon (JAMES MARSDEN), um soldado abastado que conheceu quando foi voluntária num hospital. Décadas mais tarde, um homem (JAMES GARNER) lê um caderno antigo para uma mulher (GENA ROWLANDS) que visita regularmente no asilo. Embora a memória dela esteja prejudicada, ela se deixa envolver pela emocionante história de Allie e Noah - e por alguns breves momentos consegue reviver uma época de paixão e turbulência, em que eles juraram que ficariam juntos para sempre.
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Divinos segredos

divinos segredos ASSUNTO
Relação de casal & família, segredos familiares, relação mãe e filha, repetições, saúde mental, perdas.
Tema Universal, o conflito entre mãe e filha é abordado nesta fita. As amizades irão trabalhar no sentido de desvendar segredos familiares, tudo com o objetivo de promover o reencontro. O filme apresenta um ritual infantil que fortalece a amizade de longa data da mãe e suas companheiras de infância. “Tal mãe, tal filha”, as repetições que ocorrem sem que nos demos conta é o que afasta ainda mais as duas. Mas, as amigas sabem que, por trás dos humores de Vivi, há uma mulher gentil, uma pessoa adorável que se machuca facilmente. Sem grandes pretensões, o filme fala de amizade, segredos familiares, relações familiares, relação de casal, perdas, conflitos psicológicos e saúde mental. Por trás do aparente abandono, há uma história de sofrimento, conflitos psicológicos, internação psiquiátrica. Nada é muito aprofundado, mas “Divinos Segredos” nos apresenta uma perspectiva bastante comum em qualquer família. É no momento de iniciar uma nova família que Sidda se questiona a respeito de sua capacidade de não repetir os erros de sua mãe. Momento complexo, entre separação e repetição, sua busca por contorno (fronteira) individual e familiar (nova) esbarra em sua família de origem, disparando seus medos e inseguranças. O “passado” que impede o desdobramento do presente, que é obstáculo para o fluir, é revisto através de flashbacks, sentido e resignificado, permitindo ir para seu lugar, que é na lembrança, no passado. Assim, como já é previsto em filme do gênero, chegamos ao final feliz.
SINOPSE
Siddalee Walker é uma jovem e proeminente dramaturga que mora em Nova York, bem longe de sua cidade Natal, na Lousiana. Mas para ela, bem mais importante do que estar nas proximidades da Broadway é estar longe do “perigo”, personificado na adorável, mas dramática e excêntrica Vivi, sua mãe. Sidda maldiz o dia em que concedeu uma entrevista à revista Time. Sem perceber, com as informações que passa à repórter, Sidda dá a entender que Vivi não foi uma boa mãe. E assim, profundamente ofendida, Vivi declara contra Sidda a mais antiga de todas as guerras: a batalha entre mães e filhos Para tentar colocar tudo em seu devido lugar, amigas de infância de Vivi resolvem intervir à força no conflito. As irmãs “YA-YA”, membros de uma fraternidade inventada por elas quando crianças, reso lvem mostrar a Sidda quem sua mãe realmente é. E para tanto terão que permitir que ela revire o livro de fotos e registros dos “Divinos Segredos da Irmandade YA-YA”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Meu Pai, uma Lição de Vida

meu pai uma lição de vida ASSUNTO
Terceira idade, relações familiares, afetivas, casal.
O filme aborda temas importantes como a relação familiar, os cuidados com o idoso, o acolhimento residencial ao invés da inclusão em instituição asilar  e deixa grandes lições sobre a importância família, sobre a vida, o amor, o respeito, a renúncia, a amizade, o zelo e proximidade entre pessoas num período tão delicado como o estágio do envelhecimento.
“A doença da esposa faz o filme fluir como uma parodoxal lição de vida – porque o que seria apenas uma crepuscular, trágica e asfixiante história de velhos em doenças terminais, num universo terrível, adquire um sentido de esperança a medida que se descobre que é preciso estar atento aos sentimentos e as sensações.” …leia mais clicando aqui
Dentre as muitas cenas imperdíveis, podemos ver sua inquietação quando percebe conflito em família, momento em que os abraça e reforça a importância do amor em família, acima de tudo. Depois, ao tentar explicar seu novo entusiasmo pela vida no caminho da morte, ele diz a esposa: - “Morrer não é pecado. Pecado é não viver!". Então, acho que isso resume que o filme é uma lição para todos nós, não é? Vale a pena, procure na locadora, na Internet, onde quiser. Mas, não perca essa fita de 1989, mas extremamente atual!
SINOPSE
1989 -John (Ted Dansen) é um empresário apegado à rotina de seu trabalho e que se vê em uma situação delicada com o adoecimento de sua mãe Beth (Olympia Dukakis), uma mulher racional, controladora, autoritária que não permitia que o marido fizesse quase nada, todas as decisões parecia lhe pertencer. Ela e Jack (Lemmon) estão casados a muito tempo e tiveram dois filhos: John (Dansen) e Annie (Kathy Baker) que são independentes, cada um com sua vida e seu ritmo. A partir da hospitalização da mãe, o filme mostra uma realidade muito difícil: o marido Jack é totalmente dependente de sua mulher e agora seu filho precisa ajudá-lo na redescoberta de sua própria individualidade, seus gostos etc. Embora a vida profissional de John, o filho, seja uma estressante loucura, ele abre mão de tudo para ficar mais tempo ajudando seu pai nessa nova etapa da vida, sua nova rotina, onde tudo era um desafio, do vestir-se sozinho aos cuidados domésticos, ainda mais  que a mãe ainda permaneceria mais alguns dias hospitalizada. Infelizmente, após a saída da mãe a família descobre que o pai está com câncer e a forma como ele, o pai, foi informado do diagnóstico, levou-o a um choque perturbador e seu filho John, antes tão distante de tudo e de todos, agora reúne forças para cuidar de seu pai no afã de vê-lo recuperado. Em meio a tudo isso, John percebe o quanto distanciou-se não apenas de seus pais, mas também de seu filho Billy (Ethan Hawke)  que morava então no México e quase não tinha contato, tornando-se estranho um para o outro. Essa relação distante fica visível quando o seu filho visita os avós e então John tenta resgatar os laços perdidos dessa relação e inicia uma conversa com uma série de questionamentos no intuito de conhecer melhor a vida de seu filho que a princípio não entende o propósito e até estranha muito, mas permite essa tentativa de proximidade através do diálogo sincero.
Trailer em inglês Clique aqui

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tomates verdes fritos


tomates verdes fritos

ASSUNTO


Relações afetivas, casal e família, terceira idade, auto suporte, preconceito.

SINOPSE

1991 -Evelyn Couch (Kathy Bates) é uma dona de casa emocionalmente reprimida, que habitualmente afoga suas mágoas comendo doces. Ed (Gailard Sartain), o marido dela, quase não nota a existência de Evelyn. Toda semana eles vão visitar uma tia em um hospital, mas a parente nunca permite que Evelyn entre no quarto. Uma semana, enquanto ela espera que Ed termine sua visita, Evelyn conhece Ninny Threadgoode (Jessica Tandy), uma debilitada mas gentil senhora de 83 anos, que ama contar histórias. Através das semanas ela faz relatos que estão centrados em uma parente, Idgie (Mary Stuart Masterson), que desde criança, em 1920, sempre foi muito amiga do irmão, Buddy (Chris O'Donnell). Assim, quando ele morreu atropelado por um trem (o pé ficou preso no trilho), Idgie não conseguia conversar com ninguém, exceto com a garota de Buddy, Ruth Jamison (Mary-Louise Parker). Apesar disto Idgie era bem doce, apesar de nunca levar desaforo para casa. Independente, ela faz seu próprio caminho ao administrar uma lanchonete em Whistle Stop, no Alabama. Elas tinham uma amizade bem sólida, mas Ruth faz a maior besteira da sua vida ao se casar com Frank Bennett (Nick Searcy), um homem estúpido que espanca Ruth, além de ser secretamente membro da Ku Klux Klan. Inicialmente Ruth tentou segurar a situação, mas quando não era mais possível Idgie foi buscá-la, acompanhada por dois empregados. Idgie logo dá a Ruth um emprego em sua lanchonete. Por causa do seu jeito de se sustentar sozinha, enfrentar Frank e servir comida para negros no fundo da lanchonete, Idgie provocou a ira dos cidadãos menos tolerantes de Whistle Stop. Quando Frank desapareceu misteriosamente muitos moradores suspeitaram que Idgie, Ruth e seus amigos poderiam ser os responsáveis.

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O OLHAR DA PSICOLOGIA

Questões como a discriminação racial, a violência doméstica, a liberdade, a terceira idade, e a recuperação da auto-estima, são tratadas sem exageros mas com determinação. O filme aborda o preconceito de gênero de maneira bastante velada, somente com insinuações enquanto que o racial é colocado de forma mais aberta. Porém nenhum destes temas é o foco do filme, que é sobre mulheres e suas transformações vividas. Evelyn é uma mulher de meia-idade, que atravessa uma crise em seu casamento e passa por um momento de transição em sua vida; em um momento do filme ela diz “Sou muito nova para ser velha e muito velha para ser jovem”. Isso explicita o estranhamento em relação a si mesma, muito comum nesta fase de vida, pois as mulheres podem apresentar dificuldades de lidar com as perdas inerentes a este momento de vida. A personalidade de Idgie, irreverente e corajosa, inspira Evelyn a olhar para as coisas de sua vida de uma nova maneira mais criativa. Socialmente, a função da velhice é de lembrar e dar expressão às suas lembranças, sendo o papel da memória valorizado entre os mais velhos, pois suas lembranças constituem patrimônio coletivo, expresso e revivido permanentemente no contato com novas gerações.  Durante o filme fica evidente a importância deste papel social, vemos mudanças significativas que ocorreram nas atitudes de Evelyn, em relação ao seu casamento, às pessoas e a si mesma.



domingo, 21 de novembro de 2010

As 5 pessoas que você encontra no céu

as cinco pessoas q vc encontra no ceu ASSUNTO
Relações afetivas, reflexões sobre escolhas.
As cinco pessoas que você encontra no céu (The five people you meet in heaven, 2004) é um daqueles filmes raros, que nos permitem inúmeras reflexões sobre a vida. Não se trata aqui de um filme que retrata a vida eterna na visão cristã,mas sim, a vida concreta das pessoas retomadas dentro de um contexto imaginativo criado para possibilitar reflexões sobre a vida no aqui e agora.
SINOPSE
Eddie era um jovem que cresceu em meio a guerras, trabalho árduo e uma educação rígida. No dia em que completa 83 anos, ele sofre um acidente no parque de diversões onde trabalhou a vida inteira. Quando ele se dá por si, tudo o que ele sente é que passou uma vida sem propósito, sem rumo....E o que se sucede é uma revisitação de sua vida por 5 pessoas, umas que ele conhece, outras que ele não tinha a menor idéia de quem eram, mas cujas vidas estavam de alguma forma ligadas à dele. Cada uma dessas pessoas revê com Eddie uma passagem de sua vida, resolvendo antigos mistérios, dissolvendo antigas mágoas, revivendo antigos amores. A cada experiência fica mais claro a grande importância de Eddie na vida de milhares de pessoas sem que ele se desse conta, provando que cada vida está ligada a outra de formas que muitas vezes não entendemos.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quincas Berro D’água

quincas Berro dágua ASSUNTO
Morte, relações familiares e afetivas
Morte de Quincas Berro d’Água é uma brincadeira lúdica de Jorge Amado que flerta entre o surreal e a realidade, loucura e racionalidade, amor e desamor, ternura e rancor, de forma envolvente e instigante, uma das características das obras de Jorge Amado. Outra estória que corre em paralelo é a da vida de sua filha, que após a saída de casa do pai resolveu tira-lo da sua vida em definitivo e inventa uma estória que o pai é um comendador importante que foi morar no exterior. Mas com a morte do pai a verdade pode vir à tona. Tudo isso pode fazer com que a família possa refletir e ver o que existe de bom na boêmia, aprendendo com os passos de Quincas.
O filme brinca com a morte, fala de cultura baiana, fala de cada um de nós, brasileiros. Fiquei atraída pelas polaridades apresentadas na trama, o mundo burguês do funcionário público, e o extremo oposto da boemia. A trama exibe vida e morte com bom humor, nos conduzindo a uma viagem prazerosa entre os extremos. Uma comédia inteligente e com momentos de reflexão, mais sobre vida do que morte.
SINOPSE
A trama se desenrola a partir da vida do funcionário público Quincas que, cansado do cotidiano de sua vida, resolve largar a profissão e o título de marido exemplar para revolucionar a rotina, caindo na boemia e passando a ser frequentador assíduo de bordéis e bares da capital baiana. Ele é encontrado morto em sua cama. Os amigos ficam inconformados com a tragédia e resolvem roubar o corpo. O objetivo da ação é oferecer-lhe uma última noite de farra.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Patrik 1.5

patrik1.5 ASSUNTO
Família homoparental, homossexualidade, adoção.
A adoção homoparental ainda é encarada com muita dificuldade pela sociedade ocidental. Muitos são os preconceitos e tabus estabelecidos sobre esse tema, e, aos poucos, alguns países começam a legalizar tal fato. Patrick 1.5 põe em cheque muitos dos nossos tabus em torno do tema, construindo uma linda história, tocante, delicada, e permeada de sutilezas. Não é um filme que ganha por sua fotografia, tampouco por sua trilha sonora, mas por um roteiro dotado de tamanha capacidade de reflexão, com vários toques de humor, que constrói uma narrativa emocionante sobre um casal gay que decide adotar uma criança, sem clichês de lições de moral ou afins. Com atuações de alta performance e em roteiro adaptado da peça homônima de Michael Druker, com direção de Ella Lemhagen, este filme sueco foi lançado em 2008 - experiência imperdível.
SINOPSE
Göran (Gustaf Skarsgård) é um médico e tem o sonho de ser pai. Seu marido Sven (Torkel Petersson), pouco sensível, e alcoólatra no passado, teve um casamento heterossexual e tem uma filha adolescente. Este é o casal que se candidata a adotar uma criança em uma pequena e conservadora cidade sueca.Apesar das dificuldades de conseguir a autorização para a adoção, eles não desistem. Quando recebem uma notificação dizendo que foram aprovados para adotar uma criança, começam a decorar o quarto do filho com muito cuidado. Berço, carrinho e tudo mais que um bebê de um ano e meio precisa.Porém, por um erro de digitação do Serviço Social, que colocou uma vírgula no lugar errado, o filho deles é Patrik  (Thomas Ljungman), um adolescente de 15 anos, homofóbico, órfão e com um passado criminal. A convivência é hostil no princípio, mas, aos poucos, Patrik começa a se aproximar de seus pais adotivos com seus dotes de jardinagem.
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O outro lado da rua

o outro lado da rua ASSUNTO
Transtorno bipolar de humor, terceira idade, sexualidade
A narrativa mantém a estrutura policial, mas se concentra no relacionamento deles, desenvolve aspectos relativos à idade e à sexualidade. Os dois são bastante solitários (isso é desenvolvido sem pieguismo), possuem filhos, mas são relacionamentos complicados (que o filme também aborda sem melodrama, dando uma solução legal com restabelecimento de laços). Quando ela liga para seu próprio cachorro para contar que salvou uma senhora de um assalto, abismada, é triste ver que aquela senhora, cheia de energia e determinação, simplesmente não tinha mais ninguém com quem compartilhar o fato. Regina parte para uma aproximação com Camargo, o suposto assassino. Com o desenrolar da história, Regina encontra-se em uma encruzilhada: entregar o homem com quem mais teve relações nos últimos tempos e voltar para a solidão ou continuar a desenvolver esse relacionamento que vai ganhando mais dimensão a cada dia que passa?
SINOPSE
Regina, 65 anos de sinceridade excessiva e ironia incontida, vive em Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Como paliativo para a solidão, ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que lhe parece ser um homem matando sua mulher com uma injeção letal. Chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino. Desse encontro tardio cheio de contradições, acontecido quando a maior parte das pessoas se contenta em esperar o tempo passar inexoravelmente, os dois irão reavaliar suas vidas de um modo que nunca poderiam imaginar.
Trecho do filme:

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Durval Discos

durval discos ASSUNTO
Psicose, Esquizofrenia
A trama começa mostrando que ali, naquela casa, naquela relação, para aquelas pessoas não há espaço para nada novo. Durval Discos é uma metáfora da vida que parou. Durval Discos tem um enredo que vai muito além do que a princípio se propõe. Tem início o segundo ato de uma história que beira o delírio e a loucura e, se descoberto antes, pode prejudicar totalmente o deleite do espectador. No final temos certeza: estamos diante de um filme que trata sobre a loucura.
Críticas sobre o filme, clique Aqui
SINOPSE
Durval e sua mãe Carmita vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada, sendo que o baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota. Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias. Durval e Carmita ficam surpresos com tal atitude, mas acabam cuidando da garota. Até que, ao assistir o telejornal, mãe e filho ficam cientes da realidade em torno de Célia e Kiki.
TRAILER

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As confissões de Schmidt

as confissões de scimidt

ASSUNTO


Depressão, terceira idade, luto, Relações familiares, afetivas e sociais, aposentadoria

SINOPSE

2002 -Warren Schmidt é o típico cidadão classe média americano cuja vida baseia-se em dois pilares: trabalho e família. Funcionário há décadas de uma companhia de seguros e casado há 42 anos, de repente, Schmidt se vê aposentado e viúvo. Para piorar, sua única filha vai se casar com um vendedor de colchões medíocre. Agora, sem trabalho e sem família, Warren se pergunta: o que fazer da vida? Em busca de uma resposta, Schmidt embarca no trailer que comprou para viajar com sua esposa e pega a estrada decidido a impedir que sua filha passe a integrar aquela família estranha com gente esquisita Engraçadas e comoventes são as situações que Warren experimenta nessa sua jornada, todas relatadas em cartas destinadas a um garotinho africano que ele nem conhece, mas decidiu adotar à distância na esperança de dar algum sentido a sua vida. O filme conta a estória de um Homem depressivo, pós morte da esposa, o Homem de meia-idade, ao tentar controlar a vida de sua filha, se dá conta que não tem controle nem sobre sua própria existência.

TRALER



O OLHAR DA PSICOLOGIA

“A visão depressiva da vida de Schmidt é uma das melhores análises da sociedade americana e das relações familiares cada vez mais frágeis. Optou-se por um maior aprofundamento na vida de um único personagem e de suas relações com as outras pessoas. O distanciamento entre pais e filhos, um dos enfoques do filme, é uma reflexão sobre a importância dada ao sucesso individual exaltado pelos americanos. E a busca de Schmidt por um sentido para sua vida é altamente filosófica” .
“As Confissões de Schmidt é um filme sobre personagens com vidas comuns em situações comuns, que nos mostra, de maneira bem depressiva, a busca de Schmidt pelo famoso “sentido da vida”. Schmidt está se aposentando. Vive em um bairro de classe média em uma (mais uma) dessas cidadezinhas pequenas e anônimas do interior dos Estados Unidos. Sua vida é monótona ao extremo. Ele considera seus amigos desinteressantes, mesmo amando eles.(...) A cena inicial é magistral: Schmidt, como um robô, encara o relógio até este apontar o exato segundo para ele ir embora, no último dia de trabalho antes da aposentadoria. Essa cena é a síntese do filme, explicando que o que virá pela frente é uma história de tédio, rotina, e depressão. Não é um filme fácil. Muita gente pode sair do cinema deprimida, como o personagem de Nicholson. A história é apenas um pano-de-fundo para a realização do auto-conhecimento, e da busca pelo tal sentido da vida de Schmidt. Ele está ajudando um garotinho órfão na África, enviando-lhe cheques para comida e cartas para se corresponder com o garotinho. Nessas cartas (que servem também para analisarmos e descobrirmos como funciona a cabeça e os sentimentos de Schmidt) ele solta toda sua raiva e dúvida em relação à vida que está levando e às pessoas que o cercam. Profissional em estatísticas, ele sabe que tem 73% de chance de morrer nos próximos nove anos. Não há mais tempo a perder.”  Clique aqui para ler mais...


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Deu a louca na Chapeuzinho

deu a louca na chapeuzinho ASSUNTO
Autoestima, amizade, inveja, criatividade, vingança, envelhecimento, amadurecimento, relacionamento entre avós x netos
O filme apresenta uma quebra de paradigmas do bom e do mau. Alguns autores criticam essa nova versão, alegando que “As histórias infantis, como eram contadas, na grande maioria das vezes auxiliam no desenvolvimento do discernimento entre o bem e o mal, escolhas que surgem em todos os momentos de nossa vida.” Ainda assim, será essa quebra de paradigma uma oportunidade de integrar essas polaridades, auxiliando a criança a perceber que nada é de todo mau ou de todo bom? Importante perceber que ainda que surjam outras formas de contar estórias, as clássicas não deixarão de existir.
SINOPSE
A tranquilidade da vida na floresta é alterada quando um livro de receitas é roubado. Os suspeitos do crime são Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, o Lenhador e a Vovó, mas cada um deles conta uma história diferente sobre o ocorrido. Policiais do mundo animal investigam o caso As acusações são muitas: roubo de um livro de receitas, invasão de domicílio, distúrbio do silêncio na vizinhança e manuseio de um machado sem licença.
TRAILER

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tudo sobre minha mãe

ASSUNTO
Gênero, Sexualidade, AIDS, luto, segredo, relações familiares.
Pedro Almodóvar discute situações polêmicas e até mesmo problemáticas no filme "Tudo Sobre Minha Mãe", onde ele não debate apenas, mas vai expondo e mostrando de forma nua e crua, os preconceitos da sociedade espanhola e mesmo mundial, como o homossexualismo, a AIDS, a prostituição, etc. Um filme polêmico, de difícil digestão, mas sensível ao mostrar como uma mãe, que representa todas as mães do mundo, tem o seu amor pelo filho, que leva ela(s) a fazer(em) qualquer coisa pelo(s) seu(s) filho(s), pois o amor materno demonstrado pela mãe do título do filme, Manuela, é extremado, mas com acertos e erros na criação do seu filho, pois todos somos capazes de errar. Todos os personagens que rondam a vida de Manuela trazem algum significado novo, uma reflexão ou dão força para as suas ações. Almodóvar vai costurando todas as pontas dos dramas individuais com seu tradicional modo de nos prender à história, por mais bizarra que sua sinopse possa ser. Os acontecimentos estão lá, mas em nenhum momento soam artificiais ou gratuitos.
SINOPSE
1999 (Espanha) Direção: Pedro Almodóvar
No dia de seu aniversário, Esteban (Eloy Azorín) ganha de presente da mãe, Manuela (Cecilia Roth), uma ida para ver a nova montagem da peça "Um bonde chamado desejo", estrelada por Huma Rojo (Marisa Paredes). Após a peça, ao tentar pegar um autográfo de Huma, Esteban é atropelado e termina por falecer. Na noite em que seu filho morre, Manuela lê as últimas linhas que ele havia escrito, e que falavam do desejo que tinha de conhecer seu pai. A mulher decide ir a Barcelona, em busca do pai biológico do filho, um travesti que sequer sabe tê-la engravidado uma noite, 18 anos antes.. Encontra no caminho o travesti Agrado (Antonia San Juan), a freira Rosa (Penélope Cruz) e a própria Huma Rojo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Colcha de retalhos

“Há um momento no filme em que a avó cobre a neta com a colcha, já pronta. Ali, é como se a jovem estivesse sendo coberta por todas as estórias de amor e feminilidade que representam aquelas mulheres. E, de fato, podemos pensar que, de uma forma ou outra, nós somos cobertos, desde o nosso nascimento pelas colchas tecidas com as experiências, mitos, tradições, permissões e proibições que, ao longo de várias gerações, vão marcando nossos caminhos.”

Crítica 1    Crítica 2


SINOPSE

No ano em que ela está prestes a se casar, Finn resolve passar três meses na casa de suas tias, onde um grupo de mulheres confecciona uma colcha para presenteá-la, e o tema escolhido por todas elas é “onde mora o amor”. No decorrer do filme, Finn fica conhecendo as histórias e segredos de cada uma daquelas senhoras, e isto serve para que ela vá, aos poucos, refletindo sobre o que realmente quer de sua vida. 
Trechos do filme


quarta-feira, 5 de maio de 2010

O ninho vazio

ASSUNTO
Relacionamento casal, Crise conjugal, terceira idade

O filme retrata a dura experiência de um casal quando o filho cresce e sai de casa. As rachaduras de um casamento entre um bem sucedido escritor e sua mulher hiper ativa, escondida há anos por trás do caos diário. O filme radiografa em profundidade ambientes de classe média, enfatizando dilemas pessoais de personagens mais maduros. A personagem feminina redescobre sua sensualidade e capacidade de se reinventar, inclusive intelectualmente, depois de décadas de rotina no casamento. Destaque para os aspectos arquetípicos da psicologia masculina; neste caso, do homem na crise da meia-idade
Resenha crítica                          

SINOPSE
Quando os filhos de Leonardo e Martha saem de casa para o mundo, os dois voltam a conviver de forma intensa, trazendo à tona diferenças antes encobertas. Para ocupar o tempo ela resolve retornar à faculdade e à vida social intensa, enquanto que ele, um escritor renomado, decide por ser cada vez mais introspectivo. Ele sente medo das transformações em seu entorno e vê uma crise de meia-idade se aproximar. Para descobrir como se acomodar à nova configuração de sua vida e salvar o casamento, Leonardo se entrega à imaginação e embarca numa longa viagem interior. Este contraste faz com que a crise no casamento deles se acentue ainda mais.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Alguém tem que ceder






ASSUNTO
Relacionamento Casal,  machismo, relações na maturidade.




Em Alguém Tem Que Ceder, Meyers, aos 60 anos de idade, aposta em uma temática pouco usual no cinema norte-americano: os relacionamentos amorosos de uma mulher madura. O filme mostra como se “recomeça” uma relação amorosa após os 50 anos e os conflitos que podem surgir de dois temperamentos tão diferentes. Grande parte das situações cômicas surgem mesmo ao mostrar esse relacionamento entre duas personagens mais velhas e experientes, mas que carregam aquela euforia típica dos adolescentes quando se trata de um novo amor.




SINOPSE
Harry Sanborn (Jack Nicholson) é um executivo que trabalha no ramo da música e que namora Marin (Amanda Peet), que tem idade para ser sua filha. Harry e Marin decidem ir até a casa de praia da mãe dela, Erica (Diane Keaton), para visitá-la. Lá Harry sofre uma parada cardíaca, ficando sob os cuidados de Erica e de Julian (Keanu Reeves), um jovem médico local. Aos poucos Harry percebe que está se interessando cada vez mais por Erica, mas tenta esconder seus sentimentos. Julian também sente atração por ela, tornando-se um rival de Harry.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Parente é Serpente


ASSUNTO




Segredos, família, dissimulações familiares, 3ª idade, homosexualismo
Separados pela distância e estilos de vida bem diferentes, tudo transcorre em clima de festa, até que as verdadeiras personalidades de cada um dos irmãos vão sendo expostas e minam aos poucos, o clima festivo. Há por exemplo, a irmã hipocondríaca e intrometida, a outra é frustrada por não ter filhos e um dos casais tem uma filha adolescente comilona que sonha em ser bailarina. O que resta da fraternidade familiar vai por água abaixo, quando os avós anunciam que decidiram morar com um dos filhos...

SINOPSE
Durante a tradicionalíssima festa de Natal da família Colapietro, a alegria é interrompida quando a matriarca declara que ela e seu marido estão muito velhos para ficarem sozinhos naquela enorme casa. Comunica, então, uma decisão irrevogável: vai pôr a casa à venda e morar com um dos filhos. Mas, é claro, nenhum deles quer dar abrigo aos pais, e o que era para ser apenas mais uma ceia de Natal acaba se tornando uma grande confusão, de conseqüências tragicômicas.