sábado, 7 de janeiro de 2012

Borderline, além dos limites

clip_image001ASSUNTO
Transtorno de personalidade borderline, relações afetivas, familiares e sociais, sexualidade.
Trata-se de um filme denso e polêmico. Não é um filme fácil de assistir, pois pode parecer que não tem coerência em seu desenvolvimento. Foi difícil acompanhar e em alguns momentos me pareceu que faltava algo ou fugia ao propósito de mostrar questões de uma pessoa com tal diagnóstico. As cenas de sexo apresentam a falta de limite da personagem. Quero deixar claro que para nós gestalt-terapeutas, o diagnóstico não fala sobre quem é o cliente, ele apenas nos auxilia como fio condutor, para que possamos ter noção de como é seu funcionamento no mundo. Devo esclarecer que dentro de um mesmo diagnóstico existe a particularidade de cada caso, que se apresenta com sua singularidade. Por todas estas razões, hesitei muito antes de decidir postá-lo, até me deparar com alguns sites que comentam o filme. Muitos destes comentários podem ser lidos clicando aqui - onde há identificação e discordância sobre alguns pontos do filme.  Clicando aqui é possível ler a impressão de um borderline. O filme é indicado para profissionais da saúde mental e pessoas interessadas no tema, que podem encontrar facilmente em sites como telona.
SINOPSE
2008 - A história de Kiki é mostrada em diferentes fases de sua vida. Com a mãe internada, ela é criada pela avó, que não se preocupa com ela. Seu refúgio é a escola. Sua vida antes dos 30 está bem longe de ser um conto de fadas. Ela se envolve com diversos homens, um após o outro. Sexo e álcool são suas únicas saídas e sua rotina. Mas aos 30 anos, Kiki enfrenta o maior de todos os desafios: aprender a amar a si mesma. Adaptação dos romances Borderline e La Brèche, da canadense Marie-Sissi Labrèche.
Resenha pode ser encontrada clicando aqui.
TRAILER

8 comentários:

  1. Respostas
    1. Patrícia,
      Obrigada por sua participação, volte sempre!

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  2. Fica a impressão de que o filme retrata muito mais os desvios de outros personagens, incluindo aí o professor de literatura, a mãe e a avó, do que o próprio transtorno de Kiki, que parece não tão limítrofe, mas apenas na fuga dos problemas familiares. Impressão errada?

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    1. Marcelo,
      Há muitas discordâncias quanto ao diagnóstico, mas destaco alguns aspectos para reflexão. O primeiro se refere a sua observação quanto ao contexto de Kiki. De fato, o entorno da moça é altamente comprometido. Mas, não podemos esquecer o quanto o meio ambiente influencia os diferentes quadros patológicos. Talvez, seja essa a direção implícita do enredo, apontar a patologia como produto desse meio ambiente altamente comprometido. Já diante da particularidade de cada caso, devo destacar que até mesmo um borderline conseguiu se reconhecer em alguns aspectos de Kiki, como foi indicado no post. Sua impressão, de fato, nos encaminha para uma reflexão no sobre sintomas e patologias como alternativas encontradas pelo sujeito para lidar com ambientes contaminados. Obrigada por sua participação!

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  3. Gostei muito deste filme, após 10 anos de tratamento somente no final do ano passado, recebi o diagnóstico que fez todo o sentido para as minhas aflições, sou border.
    Identifiquei muito neste filme, principalemnte na dena da festa que ela tira a roupa doueu em minha alma ver tanto sofrimento.

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    1. Nil,
      Obrigada por sua corajosa contribuição! Volte sempre!

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  4. onde posso encontrar o filme??? preciso assistir meu namorado tem o transtorno

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  5. Para encontrar dicas de onde assistir, recomendo ir ao grupo do facebook: https://www.facebook.com/groups/Gestaltterapia.PsicologiaECinema/

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