Auto-suporte, relações afetivas, Transtorno compulsivo.
Este longa exprime, mesmo que, em forma de comédia, um alerta sobre os cuidados que devemos ter dentro de uma sociedade tão consumista, principalmente a norte-americana.Becky Bloom é uma heroína às avessas. Cheia de falhas, fútil, mentirosa, insegura, consumista ao excesso, gasta mais do que ganha, dá foras enormes, não consegue entender muito bem os desejos e anseios dos outros, a menos que digam respeito a ela mesma. Apesar da ser previsível, o filme tem ótimos momentos para quem procura diversão leve e descompromissada. Como na cena em que o pai de Becky, vivido por John Goodman, tenta consolar a filha: "Se a economia americana pode ter bilhões em dívidas, você também pode, e vai sobreviver". Ou como quando a jornalista procura um grupo de auto-ajuda para consumidores compulsivos e deixa os membros ainda mais sedentos para usarem seus cartões de plástico. O filme fala justamente desse excesso. O foco não é moda, apesar da profusão de marcas desejadas, mas como o exagero em comprar atrapalha imensamente a vida de alguém. Afinal, a gente precisa de tanto? Ou deseja realmente tanta coisa?
SINOPSE
2009 - O filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” é uma adaptação de um romance de Sophie Kinsella, “Confessions of a Shopaholic”. O filme ficou bem diferente do livro, como a maioria dos adaptados.Conta a história de uma jovem jornalista (Isla Fisher) que possui um grande vício: comprar! O grande problema é que Rebecca Bloomwood não tem freios e faz dívidas estrondosas! A garota possui doze cartões de créditos! Se uma mulher já é capaz de fazer loucuras com um cartão de crédito, imagine vários cartões! A protagonista perde seu trabalho e em meio ao desespero com suas dívidas começa a trabalhar como colunista em uma revista de finanças. Becky sabe tudo de moda / marca e seu sonho é trabalhar em uma renomada revista de moda, a chamada Alette. Trabalhar em uma revista de finanças é apenas uma solução temporária para pagar as contas e, ao mesmo tempo, tornar-se um caminho para entrar na revista de moda Alette. No desenrolar da história, Becky se apaixona por Luke (Hug Dancy), seu editor.
UM OLHAR GESTÁLTICO
A compulsão por compras pode ser considerada como transtorno grave, quando apresentada de forma severa, então chamada ONIOMANIA, registrada no DSM-IV como doença mental. Entretanto, oneomania é um distúrbio bastante controverso do ponto de vista psiquiátrico e psicológico, sendo discutida em diversas publicações na busca de nova categorização do tipo de transtorno.
A compulsão por compras pode ser considerada como transtorno grave, quando apresentada de forma severa, então chamada ONIOMANIA, registrada no DSM-IV como doença mental. Entretanto, oneomania é um distúrbio bastante controverso do ponto de vista psiquiátrico e psicológico, sendo discutida em diversas publicações na busca de nova categorização do tipo de transtorno.
Sem desconsiderar o olhar psiquiátrico para a doença, nós gestalt-terapeutas consideramos a compulsão como uma busca de satisfação de uma situação inacabada. Portanto, olhamos a pessoa e não a doença. Nos casos mais graves trabalhamos em parceria com a psiquiatria, sendo que o nosso olhar permanece voltado para dar suporte ao cliente, durante o processo de atualização de suas necessidades. Isso ocorre, independente da necessidade de encaminhamento ao psiquiatra, com ou sem medicalização.
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