domingo, 16 de abril de 2017
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Os 13 Porquês – 13 Reasons Why
ASSUNTO
Depressão,
bullying, estupro, assédio, violência, omissão, homofobia, sexualidade, suicídio,
relações sociais, afetivas e familiares.
SINOPSE
Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan
Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica
secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah
acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida -
além de instruções para elas serem passadas entre os demais
envolvidos.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Febre
do momento, “OS 13 Porquês” foi baseado no livro homônimo de Jay Asher. Provocando
diferentes críticas, algumas favoráveis e muitas contrárias, a série está
levantando o assunto em diferentes segmentos da sociedade. Há quem diga que
pode se tornar um gatilho para aqueles que se encontram vulneráveis, outros
tantos afirmam que os assuntos abordados na trama podem e devem ser discutidos.
Indico abaixo links com diferentes opiniões. Por agora, prefiro destacar a
importância de falarmos sobre o tema, ou, sobre os temas levantados. Aliás,
acho que o aspecto mais positivo da proposta é, de fato, colocar os assuntos
abordados em discussão, é o que está acontecendo. As polêmicas estimuladas por
sua forma explícita ou pela fraqueza dos argumentos, cenas, etc., aqui não
serão discutidos ou julgados. Queremos dividir algumas reflexões motivadas pelo
contato com a série. A primeira coisa que chama a atenção foi o tom vingativo
apresentado pelo projeto de Hanah, que dilui a responsabilidade entre os
colegas (colegas??). Tudo bem, os relatos nos fazem pensar nas possíveis relações
tóxicas que enfrentamos, não só na adolescência. Por esse prisma, pode servir
como um alerta, um ponto de reflexão para aqueles que funcionam de determinada
forma agressiva ou abusiva, sem se dar conta do quanto podem estar machucando o
outro. Por outro lado, muitos suicídios cometidos por algum adolescente são por
si só motivadores de culpa nos colegas, que se perguntam o que poderiam ter
feito, ou deixado de fazer para evitar o desfecho trágico. Há também muito sofrimento
para os que ficam, sem que seja necessária uma acusação gravada em fitas
cassetes. Ok, a licença poética nos permite considerar a proposta como uma
perspectiva possível, para dar voz a quem partiu e promover uma possível
reflexão. Entretanto, é preciso refletir como o suicídio de um adolescente pode
afetar seu entorno, causando sofrimento e dor aos familiares, amigos e colegas.
Concordo com algo que li sobre o assunto, que afirma que o suicídio não é
opção, muito menos para vingança.
domingo, 9 de abril de 2017
Simple Simon / No espaço não existem sentimentos
ASSUNTO
Síndrome de Asperger, Relações familiares, afetivas e de casal.SINOPSE
Dirigido por Andreas Öhman, o filme conta a história de Simon, um jovem de 18 anos que sofre da síndrome de Asperger. Ele gosta do espaço, de ciência e de círculos, mas não consegue entender sentimentos. Ao ver sua vida transformada em caos após seu irmão entrar em depressão após o término de um namoro, Simon embarca em uma missão para conseguir a namorada perfeita pro seu irmão. Simon não entende nada de amor, mas tem um plano cientificamente perfeito. Mas, vítima da Síndrome de Asperger, Simon percebe que a busca é muito mais complicada do que poderia imaginar e fica em dúvida se realmente poderá ajudar Sam.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Repetição da postagem de 26 de abril de 2014. Filme sueco, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, é uma comédia leve que fala, principalmente, de relações afetivas e as diferenças. Simon tem dificuldade de compreender sentimentos, é portador da síndrome de Asperger. Seu irmão, Sam, é o único a conseguir contatá-lo em seu mundo particular. Seu carinho, sua dedicação fazem com que fale a mesma língua, entrando em sua órbita e se relacionando de forma satisfatória. Para todos os outros não é tão fácil. Os pais não têm a mesma disponibilidade, o que faz com que Simon vá morar como irmão. A namorada não consegue conviver com a diferença e parte, Sam fica deprimido, Simon se desespera. Na tentativa “científica” de solucionar o problema do irmão, Simon “esbarra” em uma garota que não tem o menor problema em lidar com suas limitações. É a partir da compreensão da diferença e da aceitação de Simon como é, que a personagem se torna candidata em potencial a ser namorada do irmão. No desdobrar de seus planos é que Simon descobre que não é somente o irmão que é capaz de ir ao seu encontro, e, que sua estatística “afetiva” não corresponde ao mundo dos afetos. O filme, como bem lembrado por Thamires, é pouco reconhecido ou conhecido pelo público em geral. Entretanto, sua forma delicada e esclarecedora sobre as diferentes formas da existência faz da experiência uma necessidade para qualquer público. Mais do que esclarecer sobre as possibilidades do Transtorno do Espectro Autista, o filme nos fala sobre relações sociais e afetivas, e, sua riqueza nas diferenças. Desconstruir um saber sobre a ideia de normal ou ideal jeito de ser é um dos melhores trunfos do longa. Procure, vale conferir!
TRAILER
Marcadores:
Autismo,
potencialidades,
preconceito.,
Psicodiagnóstico,
Relações afetivas,
Relações sociais
sábado, 8 de abril de 2017
Léo e Bia
ASSUNTO
Relações
sociais, afetivas e familiares.
SINOPSE
Brasilia, 1973. No auge da ditadura
militar, sete amigos, jovens como a cidade em que moram, sonham viver de
teatro. Liderado pelo diretor Léo (Emílio Dantas), o grupo leva adiante
os ensaios de uma peça que tece comparações entre Jesus Cristo e o cangaceiro
Lampião. Enquanto a repressão política rola solta na capital federal e a
liberdade sexual ainda é tabu, Bia (Fernanda Nobre) se mostra cada vez mais
prisioneira da obsessão de sua mãe (Françoise Forton), fazendo com que todos
questionem, cada vez mais, os conceitos e valores da sociedade. (RC)
TRAILER
O OLHAR DA
PSICOLOGIA
Pegando carona com a
minissérie DE SONHOS E SEGREDOS, resolvi procurar outras obras de Osvaldo Montenegro.
Gostei do que encontrei. A relação entre o teatro e o cinema é o ponto de
partida do autor, que abusa da arte em sua totalidade para contar uma estória
(ou história?). Não se trata de um teatro filmado, há linguagem cinematográfica
costurando as cenas teatrais. Depois de assistir, fiquei com a impressão de que
a mensagem mais forte do filme se resume no pensamento “Um sonho sonhado sozinho
é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade”. Mas não é seu único
recado. Temos um grupo que troca afetos, que se une em prol de um projeto, há
presença física, contatos reais, eles compartilham experiências. A força do
grupo está na intimidade revelada na tela. Foi resultado de muito ensaio e
cumplicidade, parceria, durante um tempo de convivência. Por ser um cenário
único, a interpretação é o ponto chave, capaz de tocar o espectador.
Entretanto, não podemos deixar de lado o texto, que dá voz a uma geração, através
de frases e citações impactantes.
De Sonhos e Segredos (Minissérie)
ASSUNTO
Psicoterapia de grupo, arte e psicologia,
teatro e psicoterapia, relações sociais, afetivas e familiares.
SINOPSE
Minissérie
em 13 capítulos. O projeto de Osvaldo Montenegro criou enredos de vida para 6
personagens, buscou atores que interpretassem a cada um deles em sessões de
terapia para uma psicóloga real, Joana Amaral. “São três dimensões: a dos
personagens vivendo o que escrevi para eles, a da terapeuta reagindo àquilo no
padrão profissional, e a dos atores tentando
interpretar aquilo que é pedido” — conta Montenegro em entrevista ao Jornal O
Globo. Os personagens criados são: Mariana, que nasceu
Mariano; Paulo, (homem que se culpa pelo suicídio da esposa; Manuela, bailarina
que sofre com dores na coxa durante suas apresentações; Cláudio, artista
plástico que se sente inferior por necessitar de terapia; Lucia, que sempre
sofreu com a educação rígida recebida do pai e tem grande trauma ao vê-lo
beijando outro homem; e Julia, uma socióloga frustrada por descobrir que
seu namorado peruano místico é uma farsa. Os pacientes não conhecem a
vida nem os dramas uns dos outros. A cada novo episódio, o diretor explica ao
elenco o que acontecerá durante a sessão, e os atores precisam colocar em
prática a arte do improviso.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Osvaldo Montenegro fez uma homenagem aos profissionais envolvidos, ao
realizar um “casamento” entre o teatro e a psicologia. Não há como não se
encantar com o resultado da experiência. A interpretação de alguns atores torna
o drama do personagem quase real, e porque não dizer, verdadeiro. O diretor salientou:
atores tentando interpretar aquilo que é
pedido. A arte da interpretação tem contorno flexível do diretor, não é
limitada. Não é diferente do lugar do Terapeuta, que oferece contorno, ou
suporte, para o desabrochar do cliente. O ofício da dramatização envolve um
pouco da experiência pessoal com a história do personagem, um exercício de empatia
muito parecido com aquele do terapeuta com o cliente. Um aspecto encantador da
proposta é a mistura que faz da arte da interpretação com a perspectiva
terapêutica. Muitas vezes, a improvisação de uma cena é utilizada como
ferramenta terapêutica, uma possibilidade para o cliente ampliar sua visão de
mundo. Os atores aceitam a proposta, mas cada qual vive a experiência com sua singularidade. As questões apresentadas pelos pacientes são particulares e universais, tocam o espectador em seus desdobramentos. Impossível não se emocionar com cada revelação do drama pessoal, que poderá encontrar eco no espectador. A equipe do projeto, envolvendo atores, profissionais distintos, incluindo a psicóloga, e, também o público podem ser tocados pelo projeto do autor, que rompe barreiras e apresenta um resultado tocante, encantador, reflexivo e único.
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Manchester à beira-mar
ASSUNTO
Perda, luto, relações
familiares, sociais e afetivas.
SINOPSE
Lee Chandler é uma espécie
de faz-tudo do pequeno complexo de apartamento onde vive, no subúrbio de
Boston. Ele passa seus dias tirando neve das portas, consertando vazamentos e
fazendo o possível para ignorar a conversa de seus vizinhos. Em suas noites
vazias, Lee bebe cerveja no bar local e arruma confusão com qualquer um que lhe
lançar um olhar. Quando seu irmão mais velho morre, ele recebe a desagradável
surpresa de sua nomeação como tutor de seu sobrinho. De volta a sua cidade
natal, ele terá que lidar com memórias queridas e dolorosas.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O
filme é um retrato da realidade, razão pela qual, talvez, não tenha
agradado aos que se acostumaram com a “receita pronta” de felicidade, comumente exibida nas telonas. É desconcertante assistir ao comportamento
insensato no qual Lee, entre silêncios, repletos de expressões angustiantes e agressões
gratuitas, transita pela vida. O drama surpreende por sua narrativa realista e
de fácil identificação com as possíveis perdas em nosso cotidiano. O assunto é
conhecido, mas pouco explorado em uma vertente tão sincera, aflitiva, afetuosa
e até engraçada. Todos nós temos alguma dificuldade em lidar com diferentes momentos
de perda e luto, principalmente quando se trata de alguém afetivamente
conectado com nossa existência. Em algumas situações, a perda pode ser
devastadora. Comovente, sem ser apelativo, às vezes cômico, sem virar comédia, o
filme é uma injeção de vida, apesar de falar de morte. É isso mesmo, você corre
o sério risco de sair da sala de cinema mais revigorado. A simplicidade em que
trata de assuntos tão complexos, traz um diferencial para o longa, que não
deixa de provocar algumas reflexões.
Marcadores:
Auto-suporte,
luto,
Relações afetivas,
Relações familiares,
Relações sociais
quarta-feira, 5 de abril de 2017
Estrelas além do tempo
ASSUNTO
Relações
sociais, familiares e afetivas, racismo, preconceito.
SINOPSE
1961. Em plena
Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida
espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma
profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também
na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É
lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia
Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua
competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que
consigam ascender na hierarquia da NASA.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ser mulher nos anos 60
não era fácil, muito menos quando se for negra. O foco do longa está na trajetória
de 3 mulheres negras, que conseguiram conquistar um espaço profissional dentro
da NASA. Obviamente, precisaram lutar para isso. A segregação era explícita,
até os banheiros e locais de alimentação eram separados, independente do cargo
que ocupassem. Elas tiveram que enfrentar preconceitos sociais, raciais e de
gênero. O filme não as coloca no lugar de vítimas, pelo contrário, temos a
apresentação de verdadeiras heroínas, que precisaram suportar diversas pressões
para mostrar sua competência. O que nos faz refletir sobre quantos potenciais
gênios foram e ainda são perdidos por puro preconceito, das mais diferentes
formas. Ainda vemos pessoas competentes serem discriminadas, pouco ou nada
aproveitadas, e, quem perde é a humanidade. Acompanhar a luta dessas mulheres
durante uma época em que o preconceito racial era explícito nos remete ao
momento atual, como se tudo tivesse mudado o bastante. Não, não é o suficiente.
Qualquer diferença da massa é alvo de preconceito, estigmas, rótulos de todas
as espécies. Ainda é possível, por exemplo, encontrarmos dependência de
empregadas em imóveis das grandes metrópoles. O diagnóstico físico nos mostra o
quanto ainda estamos longe de permitir direitos iguais a todos os seres
humanos. A luta está longe de acabar, seja para negros, para mulheres, para
pobres, doentes mentais, homossexuais, etc.
Marcadores:
potencialidades,
preconceito.,
Relações familiares,
Relações sociais
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