ASSUNTO
Relações
sociais, familiares e afetivas, racismo, preconceito.
SINOPSE
1961. Em plena
Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida
espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma
profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também
na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É
lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia
Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua
competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que
consigam ascender na hierarquia da NASA.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ser mulher nos anos 60
não era fácil, muito menos quando se for negra. O foco do longa está na trajetória
de 3 mulheres negras, que conseguiram conquistar um espaço profissional dentro
da NASA. Obviamente, precisaram lutar para isso. A segregação era explícita,
até os banheiros e locais de alimentação eram separados, independente do cargo
que ocupassem. Elas tiveram que enfrentar preconceitos sociais, raciais e de
gênero. O filme não as coloca no lugar de vítimas, pelo contrário, temos a
apresentação de verdadeiras heroínas, que precisaram suportar diversas pressões
para mostrar sua competência. O que nos faz refletir sobre quantos potenciais
gênios foram e ainda são perdidos por puro preconceito, das mais diferentes
formas. Ainda vemos pessoas competentes serem discriminadas, pouco ou nada
aproveitadas, e, quem perde é a humanidade. Acompanhar a luta dessas mulheres
durante uma época em que o preconceito racial era explícito nos remete ao
momento atual, como se tudo tivesse mudado o bastante. Não, não é o suficiente.
Qualquer diferença da massa é alvo de preconceito, estigmas, rótulos de todas
as espécies. Ainda é possível, por exemplo, encontrarmos dependência de
empregadas em imóveis das grandes metrópoles. O diagnóstico físico nos mostra o
quanto ainda estamos longe de permitir direitos iguais a todos os seres
humanos. A luta está longe de acabar, seja para negros, para mulheres, para
pobres, doentes mentais, homossexuais, etc.
A força das personagens está na
capacidade intelectual, o que não foi suficiente, tinham que se destacar no que
faziam. Elas lutaram para provar o quanto eram necessárias, o que abriu portas para
outras. Na verdade, a dificuldade pode ser um obstáculo difícil de ser
superado, entretanto, pode ser também o responsável por tornar fortes as
pessoas que enfrentam e descobrem o próprio potencial. O filme fala disso, de
pessoas que não se intimidaram frente às dificuldades e humilhações possíveis.
Ao contrário, cada novo impedimento as tornavam mais fortes e decididas a
superar a si e aos empecilhos. O filme nos fala de garra, de vontade, de
coragem, de determinação e fé em si mesmo. Tudo é retratado de forma leve,
prestando homenagem às personagens anônimas de uma época.
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