ASSUNTO
Paralisia
cerebral, deficiência visual, descoberta da sexualidade, bissexualidade,
relações afetivas, familiares e sociais.
SINOPSE
Laila (Kalki Koechelin) é uma adolescente
indiana que tem paralisia cerebral. Ela estuda na Universidade de Delhi, escreve
poesias e cria sons eletrônicos para uma banda indie da universidade. Laila se
apaixona pelo vocalista e fica de coração partido quando é rejeitada. Ao lado
de sua mãe (Revathy), ela deixa seu país para estudar na Universidade de Nova
York, onde aproveita a oportunidade para exercitar sua independência. Lá, ela
conhece uma jovem ativista (Sayani Gupta) em Manhattan e embarca em uma jornada
de descobertas.
TRAILER
O OLHAR DA
PSICOLOGIA
Que
filme delicado, verdadeiro, esclarecedor, simples e inclusivo. A trama não
pretende focar nas dificuldades da protagonista ou de outros personagens.
Apesar dos obstáculos impostos por sua paralisia cerebral, ou pela deficiência
visual da outra personagem, o foco está nas possibilidades de vida, apesar das
adversidades. Como qualquer adolescente, Laila enfrenta questões muito comuns
aos seus pares. Ela se apaixona, tem desejos, dúvidas, paixões e decepções. As
experiências dela são verdadeiras, simplesmente acontecem e ela faz novas
descobertas. A sutileza das cenas é incrível, transformando suas descobertas
sexuais, desde a masturbação ao ato, em acontecimentos naturais. Não há
classificação, exploração ou crítica, eles simplesmente fazem parte da vida.
Simples assim. O espectador acompanha gestos sutis, ouve sons, descortina seu desabrochar,
sem que sua privacidade seja desrespeitada. Um olhar delicados sobre as
questões dela, sejam afetivas ou sexuais, é uma constante no longa, que encanta
em sua simplicidade. Outros mundos se revelam para Laila, a cada novo encontro,
novos vínculos, novas experiências. Preconceitos e tabus são desnudados na
telona, com uma leveza sedutora, delicada e única. Seu encontro com Khanum, uma
deficiente visual, ampliam seu mundo.