Adolescência, abuso sexual, rejeição, homossexualidade, drogas, depressão, suicídio, consumo de drogas por menor.
SINOPSE
Na trama conhecemos Charlie, um rapaz pacato e solitário que sofre por não ter amigos. Com o início do ano letivo ele tem mais uma chance de conseguir aumentar seu número de amizades (que basicamente se restringe a seus irmãos). Após algumas situações constrangedoras e o início de uma amizade com seu professor de literatura, Charlie conhece Patrick (Ezra Miller) e Sam (a ex- Hermione, Emma Watson), um casal de meio irmãos que fazem parte da turma dos descolados. Logo, Charlie se sente muito bem aceito por esses novos amigos e assim uma grande amizade vai nascendo. Leia mais clicandoa aqui.
O filme narra a história de Charlie (Logan Lerman), um garoto introvertido que acaba de entrar para o high school -- o equivalente ao ensino médio nos Estados Unidos -- e tem de lidar com um dos maiores temores da adolescência: não ser aceito em nenhum grupo. No entanto, logo nos primeiros dias de aula, o menino é acolhido por uma turma de veteranos desajustados. O grupo inclui o gay Patrick (o brilhante Ezra Miller, de Precisamos Falar Sobre o Kevin) e sua meia-irmã Sam (Emma Watson, a Hermione de Harry Potter em seu primeiro ótimo papel após a franquia), uma menina bonita, mas ingênua, que já beijou toda a escola. Para ler mais, clique aqui.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ambientado no começo da década de 90, quando as pessoas trocam fitas cassete com suas músicas favoritas e podiam reclamar de não ter nada pra ver na TV, o filme foi aclamado pela crítica, que em sua maioria o considera como o “filme adolescente” do ano. Trata-se de um drama que não se restringe a retratar as crises previsíveis dos adolescentes, ele vai além e costura outras questões.
Charlie hesita em relação aos dias de calouro que o aguardam. O rapaz, inteligente, solitário e assombrado pelo suicídio recente do melhor amigo e por traumas obscuros do passado, logo se confirma como uma vítima fácil dos valentões do colégio. Empenhado em mudar a própria vida, Charlie cria novos e importantes vínculos pessoais com o grupo que o aceita. Patrick namora um valentão do time da escola cujo pai não aceita a homossexualidade e se recusa a admitir a própria opção sexual aos amigos; A riquinha Mary Elizabeth não sabe se quer ser punk ou budista – a típica controvérsia ambulante que são os jovens adultos; Sam já teve momentos desastrosos e agora procura um novo rumo para sua vida. Charlie se encanta com Sam, que não aparenta se interessar por rapazes novos. Durante o processo de socialização de Charilie, somos apresentados a suas lembranças, às vezes confusas, às vezes dolorosas. Logo ficamos sabendo o quanto o garoto amava sua tia, que sofreu um acidente e veio a falecer quando ele ainda era menor. Entre a culpa e a falta de significado para suas perdas, Charlie vai se adaptando ao ritmo adolescente do grupo, se descobrindo e desenvolvendo melhor suas capacidades. Entretanto, diante da frustração amorosa, ele se vê novamente sem suporte, ao ser afastado do grupo. A distância não demora, pois Charlie se vê obrigado a agir em defesa de seu amigo Patrick, quando um grupo agride o amigo. No entanto, durante a briga, sua consciência fica ausente até o desfecho da situação. A partir de então, junto ao menino, vamos reconstituindo sua história e integrando sua existência.
O interesse de Charlie pela garota é fundamental para as discussões sobre felicidade e amor próprio que o roteiro propõe, rendendo diálogos ricos. A frase "Nós aceitamos o amor que pensamos merecer", é a que abre caminho para ele, que só enfrenta seus maiores demônios quando se vê sem o suporte do grupo. Só então, o rapaz é internado novamente e tem o suporte profissional para enfrentar suas lembranças dolorosas de um abuso sofrido na infância. Ao encarar seus medos, assumindo para seus familiares suas dores, Charlie abre caminho para novas e vibrantes emoções que estão por vir. Ainda que fale de sérias questões, o filme tem uma leveza adolescente, e nos convida a resgatar essa ousadia e disposição para vivenciar emoções. Divirta-se, reflita e aproveite esse drama encantador.
Patrícia Simone de Araújo Santos
acabei de assistir o filme,fiquei super surpresa quando,descobri que ele foi abusado na fase da infância, traumas ficam recalcados, e isto só me reforça a gostar mais da psicanalise. filme muito bom agora vou ler o livro
ResponderExcluirMichelle, obrigada por seu olhar psicanalítico, a proposta é esta, fazermos trocas entre as diferentes percepções. Volte sempre, sua participação será sempre bem vinda!!!
ExcluirAssisti inúmeras vezes o filme é li e reli o livros muitas vezes também ! As vantagens de ser invisível me emociona é me choca ao mesmo tempo, a dureza é clareza como o autor trata desse assunto me fascina e não me enjôo de ver essa obra. Dentre tantos clichês, um filme que retrata os anos 90 de uma forma tão real e particular, com certeza é minha história preferida ! Adorei a interpretação psicológica ❤
ResponderExcluirPatrícia, Obrigada por sua participação! O filme é mesmo um retrato de muitas vidas, em algumas perspectivas ainda é atualíssimo. Volte sempre, comente, sugira, sua participação será sempre bem vinda!
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