domingo, 29 de julho de 2012

A beira da loucura/Clube dos suicidas

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ASSUNTO
Suicídio, depressão, borderline, relações familiares, afetivas e sociais, psicodiagnóstico, relação terapêutica.
SINOPSE
Jonathan, é um rapaz que tem tudo para vencer na vida. Dinheiro, saúde, juventude, beleza... Não foi à toa que todos se surpreenderam quando ele pegou seu carro e se atirou do alto de um penhasco. Jonathan escapou da morte por um milagre, e agora recebe ajuda do Dr. Figure, um homem experiente, capaz de enxergar além das aparências do jovem revoltado. Ao entrar em contato com suas próprias angústias, Jonathan agora precisa desesperadamente compreender a si mesmo. Mas não sem antes se apaixonar pela enigmática Rachel. O drama mostra momentos limítrofes na vida de diferentes personagens. Todos são pacientes suicidas em recuperação, que chegaram próximos da morte e que agora tentam achar um novo rumo na vida. Entre eles está Jonathan, vivido por Cillian Murphy, que não quer facilitar em nada o trabalho de recuperação. Ele tentou se matar jogando o carro de um precipício logo após a morte do pai alcoólatra. A trilha sonora traz uma coletânea de músicas melancólicas, sobre a tristeza de viver, interpretadas por bandas famosas como The Jam e Pixies. Exibido na TV com o título "Clube dos Suicidas".
TRECHO DO FILME LEGENDADO
O OLHAR DA PSICOLOGIA
2001 - Jonathan perdeu a mãe aos 10 anos e seu pai alcoólatra acaba de falecer. O filme começa no enterro, quando o rapaz já apresenta um comportamento alterado. Depois da tentativa de suicídio, ele é levado a uma instituição psiquiátrica e se junta a um grupo de suicidas. Resistente à terapia no início, o paciente inicia um processo de vínculos com os outros e aos poucos vai conhecendo outros sofrimentos que podem também levar ao suicídio. O psiquiatra ou terapeuta conduz o grupo, evitando medicação, com o objetivo de recuperar o interesse deles pela vida. Através desses vínculos, Jonathan desperta para além de suas questões, se encantando por Rachel, que além de suicida, se autoflagela na sua presença.

E aí, comeu?

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ASSUNTO
Relações afetivas, sociais e familiares, solidão,  crise no casamento, separação.
SINOPSE
Recém separado, Fernando (Bruno Mazzeo) não se conforma com o fracasso de seu casamento com Vitória (Tainá Muller), enquanto seu amigo Honório (Marcos Palmeira), um jornalista machão casado com Leila (Dira Paes), não para de desconfiar que a esposa está traindo ele. Também amigo da dupla, Afonsinho (Emilio Orciollo Netto) sonha em ser um escritor de sucesso, tira onda de intelectual e se relaciona com prostitutas. Juntos, eles vão debater e descobrir qual é o papel deles nesse mundo povoado por mulheres, sejam elas interesses amorosos ou não.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Fui assistir sem muito entusiasmo e me surpreendi. O diálogo inicial é desencorajador para qualquer mulher, trata-se de filosofia barata que faz questão de denegrir a imagem feminina. Aos poucos, nos damos conta que o assunto é semelhante a papo de pescador, pois, ainda que existam as tais “ariranhas”, são apenas amigos jogando conversa fora e afogando suas mágoas no botequim. Não é indicado para qualquer público, pois retrata uma realidade comum aos frequentadores de botequim, que debatem sobre diversos assuntos, incluindo sexo, filosofia chinfrim e muitos palavrões.

Confiança

 
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A adolescência, aborto, relações familiares e afetivas.
SINOPSE
Maria é uma jovem estudante que descobre que está grávida, quando conta aos pais a notícia, seu pai sofre um ataque e morre que faz com que sua mãe a expulse de casa ao mesmo tempo em que seu namorado a abandona. Ela descobre que só poderá contar com Matthew, um rapaz educado, porém introvertido e desprezado pelo próprio pai, Matthew tem problemas em manter um emprego devido aos seus princípios, quando Maria aceita sua ajuda, ambos começam uma relação que mudará seus jeitos.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Confiança é um filme de 1990 de Hal Hartley, que retrata um encontro verdadeiro, onde as trocas favorecem o crescimento de ambos. Simples, assim. Afinal, o verdadeiro encontro só é possível na diferença, e não faltam diferenças entre os dois personagens. Mathew é inteligente, submisso ao pai e contrário ao sistema. Maria não é fã das letras, é contrária a família e aparentemente condizente com o padrão social das garotas de sua idade. Logo no início, é possível perceber alguma semelhança: há conflito familiar e existencial, ambos são alvos de marginalização por motivos distintos.

domingo, 15 de julho de 2012

Menos que nada

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Saúde mental, esquizofrenia, luta antimanicomial, segredo, relação terapêutica, imaginação, relações familiares, sociais e afetivas.
O filme estreia dia 20 de julho e terá lançamento diferenciado, sendo multi-plataforma (salas de cinema, internet, TV e DVD). Na internet, o filme estará disponível gratuitamente, na íntegra, em alta definição, no Sunday TV (sundaytv.terra.com.br). Na TV, o filme passa no Canal Brasil (rede nacional) e na TV-COM (Rio Grande do Sul), às 22h. Nas salas de cinema, o filme estará nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Curitiba e Salvador. A proposta da produção é facilitar o acesso do público ao cinema nacional e ampliar a discussão sobre o sistema manicomial e a saúde pública no Brasil,  abordados no longa-metragem. Para movimentar essa discussão e fazer as pessoas refletirem sobre o filme e o assunto, “Menos que Nada” promoverá uma forte interação com o público na internet por meio das suas redes sociais, no Facebook e no Twitter.  
SINOPSE
Menos que Nada é a história de Dante, um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico. Ele é considerado um caso perdido, até que uma jovem médica decide tratar dele e estudá-lo. Ao investigar o passado de Dante, surgem três personagens importantes – seu pai, uma amiga de infância e uma importante cientista. Nem todos eles querem revelar o que sabem.
TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA
Em um filme da sessão da tarde, escutei a frase “tudo que existe ou existiu foi um dia sonho (imaginação)”. Concordo, a imaginação é o que nos permite criar novas realidades. Desenvolver nosso potencial criativo é condição necessária para uma vida saudável. Mas, quando nossa criatividade nos desconecta de uma realidade, por mais que nos pareça insuportável, ainda que nos conforte, também pode nos adoecer. Como disse Jerome Lawrence: "O normal sonha com castelos no ar. O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele...". Esta face patológica da imaginação serviu de inspiração para o diretor Carlos Gerbase desenvolver a trama de MENOS QUE NADA. Fui convidada para pré-estreia do filme, que foi inspirado no texto de Arthur Schnitzler: O diário de Redegonda. Na última terça-feira, atendi ao convite com empolgação, não só pelo interesse do site, mas principalmente por explorar a saúde mental, tema tão caro a minha profissão. Devo dizer que ao final, o público aplaudiu de pé, tamanha qualidade da obra. O desenvolvimento da trama oferece a oportunidade de refletirmos sobre muitos temas relacionados à saúde mental e a falência do sistema público de saúde no Brasil. O desdobramento do enredo se dá de forma delicada, proporcionado uma experiência às vezes incômoda, outras vezes prazerosa para qualquer público. A trama supera o tema da doença, nos remetendo a um aspecto comum a todo ser humano: nossa imaginação.

Para Roma com amor

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Adultério, identidade, culpa, escolhas, relações afetivas, familiares e sociais, polaridades, “sociedade do espetáculo”.
O filme proporciona boas gargalhadas, mas não é só isso. Claro que não, falamos de Woody Allen, portanto há sempre um toque crítico e mágico que nos faz refletir. Roma é palco de quatro diferentes tramas, que exploram alguns dramas existenciais contemporâneos, de forma bem humorada.
SINOPSE
O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O embate entre o pensamento americano e europeu pode ser visto na estória em que Allen faz o papel do sogro paranoico. Diante daquela família Italiana que tanto lhe desagrada, o profissional (como sempre: neurótico e fracassado) encontra uma possibilidade de passar a limpo suas frustrações profissionais. Por acaso, escuta o pai da noiva cantando no chuveiro e se encanta com a voz do indivíduo. Até então, ele não tinha ideia de que o chuveiro era contexto necessário para que o canto existisse. Interessante notar que o pai do noivo trabalha com a morte, ou seja, é dono de funerária e que no momento em que está debaixo do chuveiro solta sua voz. Para realizar um espetáculo grandioso e manter o espaço seguro do cantor, é necessário adaptar o cenário à necessidade do artista. As cenas que garantem boas gargalhadas me fizeram refletir. Nesse mundo do espetáculo, onde há necessidade de nos adaptarmos às transformações sucessivas, como seria possível acontecer o contrário, ou seja, fazer com que o mundo se adapte às minhas neuroses. A proposta fantasiosa da trama nos convida a pensar em um ponto de equilíbrio mais flexível.

domingo, 1 de julho de 2012

Vincent quer ver o mar

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Anorexia, Síndrome de Tourette, TOC, luto, relações afetivas e familiares.



SINOPSE
Vincent, um rapaz que sofre de síndrome de Tourette, foge de uma instituição junto com outras duas pessoas, uma moça anoréxica e um rapaz com TOC, para viajar à Itália e realizar o último desejo de sua mãe.


TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Trata-se de um filme alemão de 2010, que apresenta a aventura de três pessoas com diferentes transtornos psiquiátricos. Ainda que retrate fielmente os comportamentos correspondentes a cada um dos transtornos, a trama nos presenteia com um olhar diferenciado e bem humorado. A viagem, que para Vincent tem a finalidade de atender ao desejo da mãe falecida, se torna um aprendizado para todos. Fora dos muros da instituição, as relações vão sendo desenvolvidas de forma surpreendente. Com humor e fotografias belíssimas, o enredo revela o desenvolvimento de novos sentidos para conceitos como respeito, amizade e solidariedade, sem que seja omitido o sofrimento e os conflitos pessoais de cada um.