quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Envelhescência - documentário

ASSUNTO

Terceira idade, processo de envelhescimento, relações sociais, potencialidades, relações familiares

SINOPSE

Dirigido por Gabriel Martinez e com argumento de Ruggero Fiandanese, o longa metragem Envelhescência relata a história de seis pessoas que vivem a vida de maneira plena e nos mostram, através de suas próprias experiências, que os costumes e a rotina após os 60 anos podem ser repletos de atividades e bom humor. Intercalado com comentários de especialistas (Alexandre Kalache, Mirian Goldenberg e Mário Sergio Cortella) o filme sugere uma nova perspectiva sobre o significado do envelhecimento em nossas vidas. Seis pessoas, todas com mais de 60 anos e idade, vivem de maneira plena a sua velhice. Ainda que com limitações físicas e adaptações à sua rotina, os idosos comprovam que os prazeres da vida não se esgotam, mas sim, se renovam.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

A quem pode incomodar ver uma senhora idosa que escolhe tatuagens por todo corpo? Talvez, às pessoas que estão presas a uma imagem congelada sobre o envelhecimento. Ainda há os que espera encontrar as vovós sentadas na cadeira de balanço fazendo croché, esperando a casa encher com os netos, etc. Entretanto, as idosas e os idosos do século XXI estão diferentes, em maior número e realizando diferentes atividades. Envelhecer não mais é sinônimo de esperar a vida acabar, muito pelo contrário, é tempo de se permitir viver, escolher novas formas sem se preocupar em agradar aos outros. A liberdade da terceira idade é exaltada no documentário, que apresenta um olhar atual sobre a vida. Apesar ou por razão dos limites já imposto pelo desgaste físico, a maturidade é também o momento de liberdade, de inaugurar outras formas de vivenciar o agora em sua plenitude, é hora de realizar, o tempo é já! Como dito por Miriam Goldenberg, há beleza na velhice e precisamos prestar atenção!! Os seis personagens entrevistados no documentário dão uma lição de vida, não só para os envelhescentes, para para qualquer ser humano que pretenda escolher viver, e, quem sabe ter o provilégio de chegar lá. Envelhecer com honestidade é olhar para o possível e não usar a velhice como desculpa para desistir da vida. Cada qual com suas experiências e escolhas, os entrevistados mostram diferentes formas de usufluir a plenitude da vida. Portanto, uma aula de vida para aqueles que não se permitem viver o próprio potencial, falamos também de jovens e adultos que ainda não chegaram lá, mas se acomodaram. É lindo assistir personagens reais que estão mudando esteriótipos encontrando novas perspectivas. Eles mostram que as limitações impostas historicamente são irreais, pois tudo é possível, nunca é tarde para mudar, para escolher, para realizar, para viver! Quebrando paradigmas, o documentário retrata novas possibilidades, enfatizando a aceitação da idade, não como um castigo, mas como um momento de liberdade, quando a experiência oferece suporte para novas e belas realizações. Vale muito conferir, recomendado para todas as idades!
Para quem tiver net, está disponível no now para aluguel, divirta-se!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

6 anos

ASSUNTO

Relações afetivas, sociais e familiares, casal adolescente,


SINOPSE

Um jovem casal, Dan (Ben Rosenfield) e Mel (Taissa Farmiga), se conhecem desde a infância e estão namorando há 6 anos. A princípio, eles parecem ter um amor ideal, mas a notícia de uma oportunidade de emprego para Dan pode abalar o romance e mudar o rumo das coisas dependendo da escolha que ele fizer. Talvez o futuro que eles tinham imaginados juntos não se torne mais uma realidade.

TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA


O filme retrata os altos e baixos de um relacionamento, particularmente no que se refere ao primeiro amor, o primeiro sonho de construir uma vida compartilhada. Mas, no fundo, cada amor é único, vivenciado como especial e capaz de ser para sempre... Viver uma paixão é acreditar que será para sempre! Dan e Melanie se conhecem dede a infância, eles partilharam momentos de amor e de dor, vivenciaram diferentes experiências, cresceram juntos. A relação do casal não é possessiva, eles vivem uma relação saudável, respeitam a individualidade, revelam-se como exemplo de “casal perfeito”. Os seis anos se tornam um marco. Os amigos estranham e comentam, alegando que a estabilidade daquela reação poderia roubar outras experiências. O “casal fofo” não aparenta ser afetado, a princípio. Entretanto, logo surge desconforto, carência, descompasso,  descuido. A intimidade construída ao longo do tempo revela outra face, a fronteira individual é invadida de forma inesperada. De forma sutil, a trama revela a violência, o que favorece o debate sobre o perigo das relações amorosas abusivas. Qual é o limite entre uma discussão saudável e o descontrole, o desrespeito, a violência física ou psicológica? O mundo gira, revelando que a perfeição não existe. As mudanças são necessárias, as frustrações fazem parte do desenvolvimento. A capacidade de lidar com as mudanças e frustrações é testada, o que provoca constantemente o encontro com a imperfeição humana. Acontecimentos internos e externos, previsíveis ou não, fazem parte da vida. Nem sempre é possível lidar com as crises, seja por traição ou por uma reação descontrolada capaz romper a barreira do respeito. Existem traições que ajudam ao casal a lidar com a crise, afinal pode ser o sintoma da relação,  capaz de revelar a necessidade do contrato amoroso ser revisado.  Entretanto, a crise de qualquer relação, seja de 6, 7 ou qualquer outro par de anos, pode servir para o fim de um ciclo, um recomeço, ou, pode resultar no rompimento. Tudo vai depender da forma do casal lidar com as mudanças. Aí está o charme do filme, que retrata possíveis transformações rotineiras de qualquer relação amorosa. Assim como uma roupa ou sapato podem deixar de ser confortáveis, a relação pode se transformar a ponto de não ser mais confortável para os envolvidos, buscar ajustes, adaptações ou descartar, romper? Eis a questão. Sair da zona de conforto é sempre difícil, ainda que não seja mais tão confortável assim... O desenrolar da trama não pretende apontar caminhos, nem definir soluções, apenas conta como é possível para eles lidar com aquela crise. Aliás, o amadurecimento individual pode ser um ponto a ser considerado, pois a ‘certeza’ sai nitidamente da pauta do casal, abrindo novas possibilidades, talvez incompatíveis com o status quo.