quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Meia noite em Paris

meia noite em paris ASSUNTO
Relações afetivas, sociais, familiares, auto-suporte, sonhos
Mas no decorrer da história, percebi que esse filme é uma arte experimentada. Arte essa que não é só o conhecer como o "expert" Paul falava e sabia sobre tudo. É uma arte de sentir, assim como o protagonista Gil sentia. Sentia cada detalhe... Como o prazer em caminhar na chuva nas ruas de Paris, sentia a música, sentia de maneira sensível a vida por meio da arte. E por isso, talvez quisesse voltar ao tempo, pois, a sua vida atual, a sua noiva, não permitiam que ele vivesse todos os seus instintos de criatividade, sensibilidade. Leia mais..
É então que se percebe que Meia Noite em Paris não quer ser simbólico, metafórico, surrealista ou cheio de leituras (como eu já citei), mas sim só contar essa história, juntar esses personagens nessa história de amor e, no final das contas, ter a certeza de que o presente sempre parece insuficiente para quem não tem limites para sonhar e às vezes perceber que a única coisa necessária é esse momento de chuva sobre Paris que (realmente) acaba deixando-a muito mais bonita. Leia mais, clicando aqui
Enquanto a família é o típico retrato do conservadorismo e do consumismo norte-americano o futuro genro manifesta inquietações com relação a seu trabalho. É um escritor de roteiros para Hollywood, mas sente-se confuso e busca, não necessariamente o sucesso financeiro, mas algo mais denso e com significado em seus escritos. (...) Não se trata, simplesmente, de rejeitar a vida atual e perder-se em um passado supostamente glorioso, trata-se mais de, diante das atribulações do presente, buscar no passado algum tipo de suporte que ofereça inspiração, segurança e simplicidade. É isto que buscamos em nossas fantasias de revivência do passado. (..) Ou corremos atrás de nossos desejos e, portanto, construímos nosso destino, ou continuaremos a nos contentar com marcas e grifes. É um pouco disto do que nos fala o filme de Allen. Clique aqui.
Em resumo, Meia-Noite em Paris é mais uma análise psicológica do ser humano e sua falsa concepção do ideal, sua eterna busca por uma perfeição inalcançável. A diferença, é que nesta nova produção, a percepção de que sempre ambicionaremos algo avulso à nossa realidade (seja a Renascença, os anos 20, La Bella Epóque) enquanto esta, posteriormente, será alvo de desejo de outras gerações, é feita de maneira otimista provando ainda haver no genioso diretor/roteirista/derivados um resquício de amor e admiração por essa irreverente metamorfose que chamamos de vida. Mais aqui
SINOPSE
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.
TRAILER

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