domingo, 9 de fevereiro de 2014

Última Viagem a Vegas

clip_image001ASSUNTO
Psicologia do desenvolvimento, terceira idade, amizade, relações afetivas, sociais e familiares.
SINOPSE
Billy (Michael Douglas), Paddy (Robert De Niro), Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline) são amigos desde a infância e hoje são senhores de idade. Quando Billy, o solteirão do grupo, decide enfim pedir em casamento sua namorada de trinta e poucos anos, ele e os amigos resolvem viajar até Las Vegas para reviver a juventude e curtir uma tremenda despedida de solteiro. O que eles não imaginavam é que a Las Vegas atual seria bem diferente da cidade que eles conheceram décadas atrás.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Não é novidade a recente enxurrada de filmes com foco em personagens da “terceira idade” ou “Idade adulta”. Não é por menos, o aumento significativo da população de idosos vem compondo um público alvo cada vez maior. Em “Última Viagem a Vegas” o olhar é mais leve, e, vem trazendo uma versão simpática e divertida de um reencontro de velhos amigos. Uma das grandes sacadas do filme é a sede de viver que cada qual traz consigo. Tal viagem os oportuniza o resgate daquela juventude que habita no interior deles. Ainda que o corpo não acompanhe, logo fica claro que, no íntimo, todos permanecem jovens. O processo de envelhecimento não é encarado da mesma forma, o que fica evidente no filme.
Billy é o eterno bom vivant, dentre os amigos, o único que nunca casou. Ele usa o dinheiro que tem para se manter eternamente jovem. Só agora, na casa dos 70, ele decide casar. Depois de várias plásticas e tinturas no cabelo, a futura jovem esposa pode ser o seu novo “elixir da juventude”. Paddy, ainda de luto após um ano da morte de sua esposa, tem o isolamento e mau humor como companheiros de sua rotina. Como se não bastasse isso, ele também carrega uma mágoa em relação ao noivo. Archie tem uma vida familiar razoavelmente aprazível, exceto pela superproteção do filho, que o tem sufocado. Já Sam, que já não se conforma com os limites impostos pela idade, vive também a crise de rotina em seu casamento. A viagem não só promove a atualização e fortalecimento da amizade do grupo, mas proporciona aos amigos o resgate daquele brilho de vida que andava esquecido. O filme retrata alguns problemas típicos da idade, como disfunções sexuais ou outras limitações físicas, tudo com humor leve. Há também um olhar sobre as perdas e outras situações inerentes ao processo de envelhecimento. No todo, sem grandes aprofundamentos, o filme é um retrato do encontro de diferenças. Ainda que tenha a “melhor idade” como ponto comum, são as diferentes formas de vivê-la que levam para a tela um bom entretenimento. É um filme sobre amizade e amor, mas principalmente sobre aceitação. O processo de envelhecimento pode ir além das limitações impostas pelo corpo ou pela sociedade. Romper com a “ditadura” dos rótulos parece ser a mensagem do filme. O envelhecimento é um processo natural, entretanto, não precisa sufocar o que há de mais precioso em cada um: o brilho transgressor de estar vivo! Gostei muito do olhar da Larissa em manicomioseries (clique aqui para ler a crítica completa) - Ela afirma: Então, nossos quatro protagonistas entram em uma viagem psicológica e descobrem que nem precisam ter medo de envelhecer e nem precisam parar de curtir o que a vida pode oferecer. Eles aprendem que nunca é tarde para fazer mudanças, encarar novos desafios, ter novas experiências. Concordo com sua visão, principalmente quando faz uma crítica ao aprisionamento da vida, ditados por regras prontas do comportamento adequado para a “Terceira idade”.




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