sábado, 18 de janeiro de 2014

Lola contra o mundo

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ASSUNTO
Relações afetivas, término da relação amorosa, autodescoberta.

SINOPSE
Lola tem 29 anos e está prestes a se casar com Luke. No entanto, três semanas antes de seu casamento, Luke termina tudo, o que deixa Lola devastada. Agora, ela deve se reerguer e partir em busca de sua felicidade, mas isso não será nada fácil.


TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA
“Eu sei que a mudança é inevitável, mas se eu não quiser que as coisas mudem? E se eu gostar da minha vida do jeito que ela é?”. Assim Lola afirma ao completar 29 anos. Como tantas outras, há o desejo de manter o status quo. O medo do desconhecido ou apenas a vontade de eternizar um momento especial fazem com que vislumbremos a possibilidade de fazer o momento presente eterno, ainda que já tenha se tornado passado. Vida é sinônimo de transformação, se apegar ao passado não evita mudanças, elas de fato são inevitáveis. Logo de início percebemos que a protagonista não é uma personagem de conto de fadas, Lola é bem real, imperfeita, humana. Não é difícil se identificar com ela em diversos momentos, pois a “mocinha” sai de seu eixo e comete erros como qualquer ser humano. Seu mundo desaba quando o noivo rompe o compromisso às vésperas do matrimônio. O suporte dos amigos parece não ser suficiente, a dor é sua, de mais ninguém. Dormir, beber ou comer demais, ficar sem ar, se afastar do ex e ao mesmo tempo tentar saber tudo sobre ele, buscá-lo, investir energia em novos projetos ou “chutar o balde” são comportamentos ambíguos que tornam Lola humanamente real.
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É difícil enfrentar uma perda, trata-se de um processo de luto longo e doloroso, principalmente depois do término de um relacionamento longo, que traz a ideia de ser sua outra metade. Há uma sensação de faltar um pedaço de si, o que torna difícil a compreensão do mundo, instaura-se o caos. “Eu sou uma cretina, mas sou uma boa pessoa”, ela diz. Às vezes é preciso chegar ao fundo do poço para que novas descobertas aconteçam. Enfrentar a dor da solidão é o caminho para aprendermos a gostar da própria companhia. “Eu gostaria de dizer que tudo isso foi culpa de outra pessoa, que foi culpa do Luke, ou do Henry ou da Alice, mas não é, a culpa é minha!” Não gosto nada da palavra “culpa”, mas certamente a responsabilidade é algo que tentamos projetar neuroticamente nas outras pessoas. Aceitar a própria responsabilidade é assumir as rédeas da própria vida. Enquanto olhamos para o que o “outro” faz, perdemos a oportunidade de aceitarmos a própria imperfeição, o que é condição necessária para tornar possível a mudança real, o verdadeiro desenvolvimento. Logo, o mundo passa a ser mais compreensível e ela inicia outra etapa de vida. Assim, como ela afirma, talvez tenhamos primeiro que aprender a amar os outros, para encontrarmos nosso amor próprio. De acordo com a experiência de Lola, foi assim que se deu. Cada um encontra o caminho que é compatível com a própria experiência. O mundo próprio se refaz a cada segundo, desde que estejamos presentes no momento. É lindo ouvir Lola dizer que está comprometida consigo. Trata-se de uma comédia romântica realista, que exibe as imperfeições humanas com humor sutil, o que a torna bastante simpática.




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