terça-feira, 22 de abril de 2014

Final de semana em família

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ASSUNTO
Relações familiares, família disfuncional, relação terapêutica.
SINOPSE
2013 - Emily Smith-Dungy, de 16 anos, incrivelmente motivada e aluna exemplar, cresceu cada vez mais frustrada com a falta de apoio e orientação de seus pais. Quando a mamãe Samantha (uma racional e poderosa executiva, sem nenhum tempo para a família) e o papai Duncan (um artista otimista, que não se importa em ganhar salário) perdem a importante competição de pular corda de sua filha, Emily chega ao limite. Furiosa com mais uma negligência, Em pede ajuda de seus irmãos para prender seus pais e ensiná-los a ser uma família “normal”. FINAL DE SEMANA EM FAMÍLIA (descrito como uma fusão de “Pequena Miss Sunshine” com “Eleição”) é uma hilariante e sempre decepcionante visão do que é ser uma família.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme é comédia e é drama, tem algo mais original do que ambiguidade ao considerarmos o que é família? Claro que não, e, certamente o enredo nos brinda com tudo que podemos encontrar de mais ambíguo em uma família, amor e ódio, prazer e dor, alegrias e tristezas. Obviamente, estamos falando de uma família disfuncional que a partir do movimento de uma adolescente, irá retratar muitas questões de famílias contemporâneas. Muitos irão se identificar com trechos da trama, nem por isso deixarão de também se divertir. Emily é uma adolescente extremamente comprometida com o esporte que pratica. Mesmo que seja considerado por muitos um esporte sem graça, “pular corda” é para Emily um orgulho, ela coleciona troféus. Fica claro que há certa obsessão da menina, ela busca pela perfeição ou talvez aprovação? Ela quer se destacar, ser vista ou percebida pela família? Talvez. O fato é que quando ninguém da família comparece a uma competição de suma importância para ela, sua frustração ultrapassa todos os limites. Ela decide, então, mudar toda estratégia para recuperar a família que tinha em sua memória. Durante a execução de seu plano, os irmãos são convocados e se unem para buscar solução para uma questão, que até então era só dela. No entanto, durante o processo muito será revelado sobre o que vinha sendo “varrido para debaixo do tapete”.
Encontraremos situações hilárias e outras dramáticas, principalmente nas soluções pessoais encontradas por cada membro para sobreviver naquele lar. Emily iniciou um processo que não tem mais volta, tudo poderá emergir, a vida desta família será passada a limpo! Logo, percebemos que os filhos não têm qualquer suporte, o que torna o comportamento de cada um reativo, ou melhor dizendo, como forma de chamar a atenção e ter a aceitação dos pais. Chamo a atenção para o filho “gay”, ele chega a verbalizar sua escolha como forma de ser “aceito” pelo próprio pai. Não para por aí, no final das contas, a cena com a avó, a mãe do pai “Artista” é tudo de bom. Ela se faz “terapeuta” daquela família, e, usa marionetes para cada um ter um veículo de comunicação com os outros membros da família. Preparem-se, é um dos pontos mais altos do filme. Para quem trabalha ou faz terapia familiar, vai ser um prato cheio. Para qualquer um, aliás, o filme será para rir, pensar, talvez se identificar ou não, mas certamente provocará algumas reflexões sobre nossas novas formas de vivenciar em família. Ainda que tenha um final previsível, tipo “água com açúcar”, a trama pode provocar novos debates sobre, por exemplo, o isolamento que bens matérias como a tal TV em cada quarto, celulares, jogos, etc., tem nos roubado o convívio em família. Ou apenas nos fará refletir sobre o quanto é importante para cada um de nós a sensação de pertencimento e aprovação de nossos familiares. Até mesmo com simples entretenimento, o filme vale ser visto, confira!






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