terça-feira, 26 de abril de 2011

Simple Simon

simple simon

ASSUNTO


Síndrome de Asperger, Relações familiares, afetivas e de casal.

SINOPSE

Dirigido por Andreas Öhman, o filme conta a história de Simon, um jovem de 18 anos que sofre da síndrome de Asperger. Ele gosta do espaço, de ciência e de círculos, mas não consegue entender sentimentos. Ao ver sua vida transformada em caos após seu irmão entrar em depressão após o término de um namoro, Simon embarca em uma missão para conseguir a namorada perfeita pro seu irmão. Simon não entende nada de amor, mas tem um plano cientificamente perfeito. Mas, vítima da Síndrome de Asperger, Simon percebe que a busca é muito mais complicada do que poderia imaginar e fica em dúvida se realmente poderá ajudar Sam.

TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA

Filme sueco, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, é uma comédia leve que fala, principalmente, de relações afetivas e as diferenças. Simon tem dificuldade de compreender sentimentos, é portador da síndrome de Asperger. Seu irmão, Sam, é o único a conseguir contatá-lo em seu mundo particular. Seu carinho, sua dedicação fazem com que fale a mesma língua, entrando em sua órbita e se relacionando de forma satisfatória. Para todos os outros não é tão fácil. Os pais não têm a mesma disponibilidade, o que faz com que Simon vá morar como irmão. A namorada não consegue conviver com a diferença e parte, Sam fica deprimido, Simon se desespera. Na tentativa “científica” de solucionar o problema do irmão, Simon “esbarra” em uma garota que não tem o menor problema em lidar com suas limitações. É a partir da compreensão da diferença e da aceitação de Simon como é, que a personagem se torna candidata em potencial a ser namorada do irmão. No desdobrar de seus planos é que Simon descobre que não é somente o irmão que é capaz de ir ao seu encontro, e, que sua estatística “afetiva” não corresponde ao mundo dos afetos.
O filme, como bem lembrado por Thamires, é pouco reconhecido ou conhecido pelo público em geral. Entretanto, sua forma delicada e esclarecedora sobre as diferentes formas da existência faz da experiência uma necessidade para qualquer público. Mais do que esclarecer sobre as possibilidades do Transtorno do Espectro Autista, o filme nos fala sobre relações sociais e afetivas, e, sua riqueza nas diferenças. Desconstruir um saber sobre a ideia de normal ou ideal jeito de ser  é um dos melhores trunfos do longa. Procure, vale conferir!

Divinos segredos

divinos segredos ASSUNTO
Relação de casal & família, segredos familiares, relação mãe e filha, repetições, saúde mental, perdas.
Tema Universal, o conflito entre mãe e filha é abordado nesta fita. As amizades irão trabalhar no sentido de desvendar segredos familiares, tudo com o objetivo de promover o reencontro. O filme apresenta um ritual infantil que fortalece a amizade de longa data da mãe e suas companheiras de infância. “Tal mãe, tal filha”, as repetições que ocorrem sem que nos demos conta é o que afasta ainda mais as duas. Mas, as amigas sabem que, por trás dos humores de Vivi, há uma mulher gentil, uma pessoa adorável que se machuca facilmente. Sem grandes pretensões, o filme fala de amizade, segredos familiares, relações familiares, relação de casal, perdas, conflitos psicológicos e saúde mental. Por trás do aparente abandono, há uma história de sofrimento, conflitos psicológicos, internação psiquiátrica. Nada é muito aprofundado, mas “Divinos Segredos” nos apresenta uma perspectiva bastante comum em qualquer família. É no momento de iniciar uma nova família que Sidda se questiona a respeito de sua capacidade de não repetir os erros de sua mãe. Momento complexo, entre separação e repetição, sua busca por contorno (fronteira) individual e familiar (nova) esbarra em sua família de origem, disparando seus medos e inseguranças. O “passado” que impede o desdobramento do presente, que é obstáculo para o fluir, é revisto através de flashbacks, sentido e resignificado, permitindo ir para seu lugar, que é na lembrança, no passado. Assim, como já é previsto em filme do gênero, chegamos ao final feliz.
SINOPSE
Siddalee Walker é uma jovem e proeminente dramaturga que mora em Nova York, bem longe de sua cidade Natal, na Lousiana. Mas para ela, bem mais importante do que estar nas proximidades da Broadway é estar longe do “perigo”, personificado na adorável, mas dramática e excêntrica Vivi, sua mãe. Sidda maldiz o dia em que concedeu uma entrevista à revista Time. Sem perceber, com as informações que passa à repórter, Sidda dá a entender que Vivi não foi uma boa mãe. E assim, profundamente ofendida, Vivi declara contra Sidda a mais antiga de todas as guerras: a batalha entre mães e filhos Para tentar colocar tudo em seu devido lugar, amigas de infância de Vivi resolvem intervir à força no conflito. As irmãs “YA-YA”, membros de uma fraternidade inventada por elas quando crianças, reso lvem mostrar a Sidda quem sua mãe realmente é. E para tanto terão que permitir que ela revire o livro de fotos e registros dos “Divinos Segredos da Irmandade YA-YA”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cisne negro

cisne negro ASSUNTO
Desenvolvimento, sexualidade, neurose, psicose, polaridades, relações afetivas, familiares, sociais.
Demorei muito a postar esse filme devido à quantidade e diversidade de conteúdos possíveis apresentados. Muitos já conhecem o enredo do famoso balé Cisne Negro e suas particularidades. Já é conhecida a representação do cisne Branco como inocência, pureza e douçura, em oposição ao negro que simboliza sexualidade, sedução e o mal. Pois bem, o filme sai do balé e traz uma protagonista angustiada, perfeccionista, filha de mãe possessiva, controladora, ex bailarina frustrada. A busca pela perfeição, ao se candidatar ao papel, nos convida a acompanhar a psique já pertubada da candidata ao papel principal. Sua dedicação e disciplina beiram a perfeição, mas não atendem a proposta. È preciso unir os opostos em uma só atuação, o diretor quer apenas uma bailarina, uma que seja capaz de unir essas polaridades e representar ambas. O público, então, acompanha a mente atormentada e doente de Nina durante essa viagem onde todas as fronteiras entre realidade e imaginação, sanidade e loucura são transpostas. Em determinado momento não é possível distinguir o que é real do que é mera alucinação.
Entre os conceitos Junguianos que podem ser encontrados estão as polaridades. Além do que pode ser encontrado nos sites abaixo, chamo a atenção para algumas peculiaridades desses conceitos, de acordo com cada perspectiva. No balé temos Odette, a ingênua e romântica, em oposição a sua irmã gêmea Odile, a maliciosa, sedutora e malvada. Inseridas na psique feminina, esses são aspectos potenciais das polaridades internas que todos possuímos durante o desenvolvimento. Particularmente no desenvolvimento feminino, há a menina sonhadora que desperta para o desejo e a competitividade, durante o processo de enfrentar novos e novos desafios. E assim segue o curso do desenvolvimento saudável, entre uma e outra concepção, buscando integrar os opostos. O controle exacerbado do corpo, que é tratado como instrumento, e de sua alimentação ilustra sua busca pela perfeição. Mas, perfeição não é apenas um lado, perfeição é inteireza, é ser o que se é completamente. Só podemos crescer para o lado que não fomos. É isso que podemos acompanhar no filme.
O filme mostra logo a relação mãe-filha de uma forma misturada, manipuladora, obsessiva, castradora, possessiva. A mãe bailarina-frustrada parece querer se realizar através da filha, e para tanto é exigente, disciplinadora, repressora.
Gosto do olhar sobre a metáfora da sexualidade. Rui Ferreira Nunes fala da sexualidade Feminina e o Cisne Negro, acentuando como metáfora perfeita o controle castrador do corpo. Falamos aqui de uma visão de sexualidade que ainda perdura: a mulher pura e casta que é punida pela mulher sexualizada, destruidora de amor. Nina, cativada na relação com uma mãe psicótica, constrói uma estrutura mental rígida. As exigências do diretor, representante do poder do homem, da sexualidade e do perfeccionismo da dança, provocam um conflito extremo, potenciador de sintomas psicóticos que acabarão por destruí-la. A mãe controladora procura cristalizar a relação com a filha e impedi-la de crescer, sexualizar-se e, talvez, se tornar rival. Nina, que não tinha reconhecimento de si, de tanta mistura que havia com a mãe, se angustia com sua imperfeição e persegue a busca de ser perfeita, para obter o reconhecimento de si mesma através dos outros. Mas, sente-se inadequada perante os outros, que estranham a falta de desejo e de competências sociais da bailarina. Para sentir o prazer ou ultrapassar seus medos, Nina precisa se descontrolar, transgredir a sua estrutura, transformando o real em suas fantasias e alucinações. Quando tenta explorar a sexualidade, ela o faz de forma desorganizada, quase infantil. A repressão de seu desenvolvimento sexual pode ser o gatilho para o surgimento de seu lado auto-destrutivo, principalmente quando é colocada a frente da colega, rival aparente, a que possui sexualidade integrada, um objeto de inveja e fascinação. O filme, assim, inverte a representação clássica da sexualidade da mulher destruidora do bem. O cisne Branco acaba por ser vítima da sua assexualidade, da sua desconexão com o real. Nina não está muito longe do que muitas mulheres sentem em relação à sexualidade: o terrível medo de perder o controle.
Percebe-se, em alguns momentos, que Nina quer se desvencilhar da mãe, mas como a relação é baseada na culpa, ela acaba cedendo ou se auto-punindo. A Nina é perfeita pra o papel, pois foi treinada e ensinada pela mãe a seguir regras rígidas. Mas, o Cisne Negro é seu oposto, pois representa rebeldia, sedução, força – todas as características que Nina tinha bloqueadas em seu interior. O surto psicótico surge quando ela sente-se ameaçada de perder o papel, disparando seus delírios, que já são confundidos com a realidade. A rival de Nina é o antônimo da protagonista, representando tudo que ela precisava/queria ser: confiante, feliz, livre. Assistimos a metamorfose de Nina, que passa de princesinha da mamãe à uma mulher de sentimentos a flor da pele, podendo se competitiva, impiedosa e até violenta. Então, seja pelo viés loucura-sanidade, bem-mal, patologia, saúde, ou qualquer outro tipo de polaridade, o filme representa as polaridades presentes em todos nós, saudável ou não. Bom e mau, saudável e doente, verdade e mentira, tantas outras polaridades que nos parecem extremos incompatíveis. Costumo falar de nossas necessidades neuróticas do ou isso ou aquilo. Meus clientes já conhecem bem esse discurso, pois sempre saliento a necessidade de usarmos mais “e” no lugar de “ou”. Pois, os dois lados fazem parte de uma só coisa, se ignorarmos nossas limitações, nossas imperfeições, nossos defeitos, não poderemos nos desenvolver. Pois bem, o filme propõe essa integração. Ainda que o resultado não seja aparentemente feliz, atente para a dança que transcende o humano, se torna sublime!
Por mais difícil e angustiante que seja a experiência de assistir Cisne Negro, é impossível sentir qualquer vestígio de arrependimento quando o filme chega ao fim.” Leia mais clicando aqui
Olhar Junguiano 1, clique aqui                               Olhar Junguiano 2
Olhar psicanalítico                                                      Cognitivo comportamental, clique aqui
SINOPSE
‘Cisne Negro’ é um thriller psicológico ambientado no mundo do balé da Cidade de Nova York. Natalie Portman interpreta uma bailarina de destaque que se encontra presa a uma teia de intrigas e competição com uma nova rival interpreta por Mila Kunis. Dirigido por Darren Aronofsky (O Lutador, Fonte da Vida), Cisne Negro faz uma viagem emocionante e às vezes aterrorizante à psique de uma jovem bailarina, cujo papel principal como a Rainha dos Cisnes acaba sendo uma peça fundamental para que ela se torne uma dançarina assustadoramente perfeita.
A trama começa com Nina competindo com outras bailarinas do corpo de balé de Nova York pelo papel principal da peça “O Lago dos Cisnes”. Metódica e disciplinada, ela tem tudo para ser o Cisne Branco, mas falta-lhe malícia e poder de sedução para encarnar seu duplo, o Cisne Negro, responsável por roubar o príncipe da irmã e levá-la ao suicídio. Pressionada por Thomas Leroy, o diretor da companhia, ela precisa mostrar que pode ser a grande estrela do show, ainda que esteja sendo seguida de perto por Lily, uma bailarina nova que se junta ao grupo. Enquanto Nina é descrita por seu tutor como fraca e covarde, Lily tem a personalidade sedutora necessária se tornar o Cisne Negro. O Lago dos Cisnes requer uma bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco com inocência e graça, quanto o Cisne Negro, que representa malícia e sensualidade.. As duas desenvolvem uma amizade conflituosa, repleta de rivalidade, e Nina começa a entrar em contato com seu lado mais sombrio, com uma inconseqüência que ameaça destruí-la.
TRAILER

O discurso do rei

o discurso do rei ASSUNTO
Relações familiares, afetivas e terapêuticas, gagueira.
O “terapeuta” em questão não é psicólogo, não tem título, não é certificado. No entanto, durante todo o processo, podemos identificar uma relação terapêutica, tal qual a psicoterapia. Aos poucos o cliente é levado a se dar conta de que sua gagueira é uma impossibilidade de se expressar, de se expor. “O tom da voz do pai o fazia tremer”, sua infância foi repleta de “sintomas” (crises estomacais crônicas) apresentados após as correções e formatações a que fora submetido (escrever com a mão direita, mesmo sendo canhoto, correção das pernas tortas,etc.). George buscava apenas o equilíbrio quando assombrado por seus medos infantis, diante de situações ameaçadoras, desenvolvida algum sintoma na busca de sobrevivência.
Especialistas afirmam que há dois tipos de gagueira, a adquirida e a de desenvolvimento. Quando identificada como genética, profissionais afirmam não ser psicológica, ainda que afirmem que não se podem desprezar os fatores ambientais. Pois, algumas situações podem disparar o gatilho da gagueira em pessoas que tem predisposição genética. Embora, no filme a gagueira seja abordada como resultado de um trauma de infância, diversos especialistas discordam.
Importante, é perceber que o filme mostra como a gagueira era entendida na época. O trabalho do terapeuta do rei, autodidata e heterodoxo foi pioneiro. Há que se destacar o quanto fenomenológico ele se apresenta, pois foi a partir da experiência vivida nos de vários casos anteriores é que desenvolveu seu método de trabalho. Além do trabalho da oratória do seu tempo, ele usava técnicas de relaxamento e suavização da fala que ainda hoje são usados. Lionel se coloca de igual para igual, servindo-se de instrumento, de ferramenta para auxiliar George a se dar conta de suas questões. É através desse vínculo terapêutico que o Rei vai qualificando suas potencialidades. Sua história está repleta de perdas, violência física e psíquica, manipulações, desqualificações, e, principalmente, falta de vínculo que qualificasse sua forma de ser. Como Gestalt-terapeuta, o que mais me chamou a atenção no filme foi esse vínculo Terapeuta-cliente, que para nós é tão caro. Nosso trabalho é na relação, pois somos constituídos a partir delas. É através desse vínculo terapêutico que percebemos a forma de funcionamento do cliente no mundo e suas interrupções. E é essa relação, esse vínculo, essa quase “matriz” que dará suporte para o desenvolvimento das próprias potencialidades, ampliando-as, revelando novas formas de funcionamento singulares. Isso tudo sem contar com a interpretação e produção estupenda que conquistou o Oscar. Amei o filme, recomendo!
SINOPSE
O Discurso do Rei  conta a história de George, personagem de Colin Firth, que é gago desde os quatro anos de idade.  Mas este problema comum ganha muita seriedade, pois George pertence a realeza britânica, e por isso precisa fazer discursos com grande freqüência.  Apesar de já ter passado por diversos médicos, ele nunca conseguiu encontrar resultados eficazes. A situação fica pior quando George se vê obrigado a ocupar o trono de rei da Inglaterra depois que seu irmão Edward, vivido por Guy Pearce, abdica do posto em 1936. A história de George começa a mudar quando sua esposa Elizabeth, personagem de Helena Bonham Carter, o leva até um terapeuta chamado Lionel Logue, interpretado por Geoffrey Rush. Lionel  usa métodos diferentes dos convencionais, por isso no começo George perde um pouco da esperança de que este novo tratamento possa realmente lhe ajudar. No entanto, o terapeuta se coloca em uma posição de igual para igual com George e passa a ocupar um lugar de “psicólogo”, até se tornar seu amigo.
A estratégia de Lionel é fazer com que fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir os maiores desafios da sua vida. Através dos seus exercícios e métodos, ele consegue ajudar George a assumir a coroa e mudar a sua concepção de que é incapaz de governar a Inglaterra por conta de uma gagueira nervosa.
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Meu Pai, uma Lição de Vida

meu pai uma lição de vida ASSUNTO
Terceira idade, relações familiares, afetivas, casal.
O filme aborda temas importantes como a relação familiar, os cuidados com o idoso, o acolhimento residencial ao invés da inclusão em instituição asilar  e deixa grandes lições sobre a importância família, sobre a vida, o amor, o respeito, a renúncia, a amizade, o zelo e proximidade entre pessoas num período tão delicado como o estágio do envelhecimento.
“A doença da esposa faz o filme fluir como uma parodoxal lição de vida – porque o que seria apenas uma crepuscular, trágica e asfixiante história de velhos em doenças terminais, num universo terrível, adquire um sentido de esperança a medida que se descobre que é preciso estar atento aos sentimentos e as sensações.” …leia mais clicando aqui
Dentre as muitas cenas imperdíveis, podemos ver sua inquietação quando percebe conflito em família, momento em que os abraça e reforça a importância do amor em família, acima de tudo. Depois, ao tentar explicar seu novo entusiasmo pela vida no caminho da morte, ele diz a esposa: - “Morrer não é pecado. Pecado é não viver!". Então, acho que isso resume que o filme é uma lição para todos nós, não é? Vale a pena, procure na locadora, na Internet, onde quiser. Mas, não perca essa fita de 1989, mas extremamente atual!
SINOPSE
1989 -John (Ted Dansen) é um empresário apegado à rotina de seu trabalho e que se vê em uma situação delicada com o adoecimento de sua mãe Beth (Olympia Dukakis), uma mulher racional, controladora, autoritária que não permitia que o marido fizesse quase nada, todas as decisões parecia lhe pertencer. Ela e Jack (Lemmon) estão casados a muito tempo e tiveram dois filhos: John (Dansen) e Annie (Kathy Baker) que são independentes, cada um com sua vida e seu ritmo. A partir da hospitalização da mãe, o filme mostra uma realidade muito difícil: o marido Jack é totalmente dependente de sua mulher e agora seu filho precisa ajudá-lo na redescoberta de sua própria individualidade, seus gostos etc. Embora a vida profissional de John, o filho, seja uma estressante loucura, ele abre mão de tudo para ficar mais tempo ajudando seu pai nessa nova etapa da vida, sua nova rotina, onde tudo era um desafio, do vestir-se sozinho aos cuidados domésticos, ainda mais  que a mãe ainda permaneceria mais alguns dias hospitalizada. Infelizmente, após a saída da mãe a família descobre que o pai está com câncer e a forma como ele, o pai, foi informado do diagnóstico, levou-o a um choque perturbador e seu filho John, antes tão distante de tudo e de todos, agora reúne forças para cuidar de seu pai no afã de vê-lo recuperado. Em meio a tudo isso, John percebe o quanto distanciou-se não apenas de seus pais, mas também de seu filho Billy (Ethan Hawke)  que morava então no México e quase não tinha contato, tornando-se estranho um para o outro. Essa relação distante fica visível quando o seu filho visita os avós e então John tenta resgatar os laços perdidos dessa relação e inicia uma conversa com uma série de questionamentos no intuito de conhecer melhor a vida de seu filho que a princípio não entende o propósito e até estranha muito, mas permite essa tentativa de proximidade através do diálogo sincero.
Trailer em inglês Clique aqui