domingo, 21 de setembro de 2014

Hoje eu quero voltar sozinho

clip_image001ASSUNTO
Adolescência, Deficiência visual, sexualidade, homossexualidade, autoconhecimento, amor, relações afetivas e familiares.
SINOPSE
Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
TRAILER
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme ultrapassa os temas homossexualidade e deficiência visual, ao tratar de um assunto comum ao ser humano: o primeiro amor. Entretanto, a adolescência já é um momento difícil, no qual os conflitos estão presentes nas pequenas coisas. Assim, como qualquer adolescente, que sente a necessidade de se autoafirmar, Leonardo encontra obstáculos dentro e fora de casa. Os afetos e desafetos são retratados com suavidade, clareza e naturalidade. Poucos adolescentes não sentem, em algum momento, o peso da diferença (ou diferenciação) em confronto com a necessidade de “pares”, durante o processo de construção da própria identidade. Sua mãe é superprotetora, seu desejo é evitar o sofrimento do filho. Quantas mães fazem o mesmo, muitas vezes prejudicando a autonomia do filho? Muitas vezes, por diversas razões, os pais limitam ou tentam limitar o desenvolvimento dos filhos, sem que percebam onde, de fato, é o limite. Não é preciso ter uma deficiência física. Faz parte do processo, o filho descobrir onde é seu limite no conflito, na tensão. Não há crescimento sem confronto. A descoberta da própria sexualidade de Leo acontece naturalmente, junto a outras situações previstas neste rito de passagem. O mais interessante, é a capacidade que a trama tem de tratar de tabus como a deficiência visual e a homossexualidade, sem ceder lugar ao preconceito. Até o bullying é mostrado sem alarde, o foco continua a ser a descoberta do amor, da amizade, das emoções que emergem nas relações. De forma simples, gentil, delicada e terna, a trama encanta aos espectadores de todas as idades. A suavidade com que trata dos temas propostos é encantadora, sem polemizar nenhum dos assuntos, as coisas apenas são o que são, simples assim! Não se trata de um drama, nenhuma polêmica, apenas a vida como ela é, sendo vista através de um olhar terno. Talvez, uma das peculiaridades mais charmosas do filme, esteja na descoberta do amor sem a visão, há apenas o sentir. É inegável a intensidade do contato com as próprias sensações. É claro que Gabriel também faz contato com suas sensações de forma intensa. E a cena que evidencia o inicio para ele acontece através da visão. Ele se contém ao ver seu amigo com outros olhos, ele se afasta e talvez fique aliviado por não ser visto. Doce, confuso, inseguro, ambíguo. No final das contas, é apenas amor, o amor é o que importa, toda e qualquer forma de amor.







8 comentários:

  1. Extremamente equivocada ao usar o termo "hossexualismo"

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    1. Lamento a demora, só recentemente, descobri que existiam varios comentários numa caixa de spam, que ignorava a existência. Obrigada pela observação, volte sempre!

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  2. Muito bom o posicionamento, mas devo lembrar que o termo homossexualismo está em desuso, é homossexualidade. O sufixo ismo vem de doença.

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