sábado, 27 de abril de 2013

A guerra dos botões

clip_image002 ASSUNTO

Relações familiares e afetivas, imaginação, universo infantil, ética.

SINOPSE

Nos anos 1960, numa aldeia no sul da França, um grupo de meninos de sete a 14 anos enfrenta uma guerra contra as crianças da aldeia vizinha, liderados por William Lebrac (Vincent Bres). Mas essa é uma batalha sem piedade que já dura por gerações. Os garotos lutam pela honra e lealdade, utilizando todos os meios necessários para vencer, até aceitar a ajuda de uma menina. Mas não é fácil ser um pequeno exército de homens sem ser pego pelos pais. Ao voltar para casa, após um dia de batalha com as roupas rasgadas e botões a menos, o maior desafio é ser discreto para fugir do castigo.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

O filme é sobre ingenuidade, brincadeiras e ética. Isso mesmo, uma lição de ética oferecida por crianças. Sensacional e pode parecer muito estranho para as crianças contemporâneas, que estão habituadas a tecnologia da vida moderna. Em tempo de guerra, as brincadeiras dão uma lição nos adultos sobre a vida e formas enfrentar divergências. Nos anos 60 era comum encontrar crianças brincando ao ar livre, fosse subindo em árvores, ou mesmo na rua. Lembro-me de brincadeiras como amarelinha, pique-bandeira, garrafão, roda, queimado, bola de gude, bafo-bafo, pique-cola, carniça e tantas outras, que vão sendo guardadas apenas na memória. Para os adultos é um retorno à própria infância, pois o filme traz de volta aquilo que não vemos mais em nossos dias. O Universo infantil nos é apresentado de forma pura, com direito a xingamentos rimados e muito mais.

A rivalidade entre dois grupos tem regras particulares, onde a humilhação encontra limites, sendo a maior ofensa o ato de arrancar os botões da camisa do inimigo. Claro, assim, a briga ou bronca continuará na própria casa com seus pais. A glória de impor tal situação ao inimigo é o maior troféu. Além da pureza, beleza e diversão, o filme retrata também o conflito interno daquele que se divide entre responsabilidades de adulto e sua sede de brincar. A busca por autonomia é representada pelo personagem do menino Lebrac, que se encontra no dilema de querer brincar e ter que administrar a própria liberdade, ou seja, precisa fazer escolhas. Enfrentando dificuldades na família e as constantes oposições entre “ser adulto” ou “ser criança”, ele encontra o professor, que já viveu nos dois universos. Revoltado com as exigências da vida, o menino cumpre sua parte e foge, buscando seu direito de ser criança. O filme equilibra realidade e sonho, apresentando aspectos sociais universais através de um olhar sincero, de forma graciosa, emocionante e inteligente. A trama atinge adultos e crianças com sua simplicidade e autenticidade. Seja por sua crítica aos conflitos bélicos do mundo adulto ou por retratar alguns conflitos internos, que em algum momento da vida afligem todos nós, a trama elabora assuntos como afeto, orgulho, rejeição e socialização. Brincadeira é coisa séria, abra as portas para a imaginação e embarque nesta aventura. O filme é para a família toda.

Para assistir completo no YouTube clique aqui.

Um comentário:

  1. Cheguei a seu site pesquisando, inspirado e assistindo "Fugindo às tentações" com frases instigantes como: " Não sou bom o bastante, mas ele me ama", "Não importa o que eu faça, numca será o bastante", "Ame seus inimigos, vai deixá-los doidos" e a frase a seguir tirada do filme, numca descrição livre foi "As pessoas más são como lixas, arranham, lixam, mas deixam você mais liso e polido.Entretanto o estado delas gastas e amassadas dizem bem o que ganham com isto" Um bom final de semana!!!!!!!!!!!

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