ASSUNTO
Amizade, relações afetivas, sociais e familiares, autoestima, amor.
SINOPSE
Filme espanhol, escrito e dirigido por Leticia Dolera, a qual também atua
como personagem central do longa, Maria de las Montañas. Maria
tem 30 anos, é uma pessoa peculiar e tem um objetivo: se tornar uma pessoa
normal. Mas antes de tudo ela deve descobrir o que é exatamente isso. Que tipo
de pessoa que ela é? Ela é uma pessoa normal? O que exatamente isso significa?
Essa questão é mais profunda em sua mente. Depois que ela lista todos os
requisitos, ela se propõe alcançá-los. Nesse percurso ela vai encontrar a ajuda
de seu irmão, Alex, um rapaz de 25 anos com problemas mentais e que atinge
todas as necessidades da lista. Ela conhece Borja, um garoto obcecado com dietas
e perder peso. Eles vão fazer um pacto curioso: ela o ajuda a viver uma vida
ativa e saudável, e ele a ajuda a encontrar seu objetivo: se tornar uma pessoa
normal.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Conquistando o prêmio de fotografia do
Festival de Málaga do cinema espanhol, o filme supera as expectativas, se
revelando uma comédia encantadora e charmosa, que não deixa de apontar alguns
temas para reflexão. Sucintamente falando, REQUISITOS PARA SER UMA PESSOA
NORMAL conta a estória de duas pessoas deslocadas, que não se encaixando nos
padrões, tentam encontrar seu lugar. Durante uma entrevista de emprego, Maria
percebe que não atende aos requisitos de normalidade, de uma lista que ela
mesma criou, a saber; ter emprego, casa, namorado, vida social, vida familiar,
hobbies e ser feliz. Na busca por atender tais requisitos, ela encontra Borja,
um gordinho fofo, que tem buscado emagrecer sem sucesso. Eles combinam de
ajudar um ao outro, tornando hilárias as situações entre ambos. Alex, o irmão de
Maria é seu oposto, portador de síndrome de Down, desde cedo assumiu ser gay,
tem um emprego e não tem a menor pretensão de ser “normal”. Afinal, o que é ser
normal?
Durante o processo de ajuda mútua, ambos irão descobrir muito mais
sobre as próprias necessidades, sobre a dificuldade de tentar “caber” na
caixinha imaginada ou supostamente imposta pela sociedade e a respeito de como
é complicado seguir “receitas”. Sim, muitos adolescentes da contemporaneidade não aceitam
sua forma de ser, imaginando seguir alguma lista grandiosa para se chegar ao
caminho, que alguém teria trilhado para ser feliz. Geralmente, são autocríticos, embora não se
encaixem no padrão imaginado. Sentem-se desajustados e sofrem tentando seguir alguma
“receita” de comportamento para ser feliz. Os conceitos de “normal”, os
rótulos, ajustes, desajustes, felicidade, aceitação e idealização são temas
sutilmente discutidos na comédia. O desenrolar da trama é leve e inesperado,
permitindo ainda tocar e temas mais delicados, como as relações familiares, a
violência doméstica e sobre a importância da autoestima. Afinal, qual a necessidade
de nos “moldarmos” ao que achamos que os outros esperam de nósAssim seríamos aceitos? Aceitos por quem, tendo em vista que não descobrimos quem
de fato somos, desejamos e precisamos? Gracioso, sensível, leve e encantador, o
filme atende a quem procura um programa divertido e atual, que tanmbém tem
algo mais a transmitir. Trata-se de um filme sobre o difícil processo de buscar a si mesmo, sobre aceitação e busca de autosuporte. Destaque para a cena doa balões, que além de colorir o céu, nos remete a um momento de leve reflexão. Recomendo.👏
Boa proposta para discussão, mas sem uma história, um fio condutor. Infantil demais para um público adulto e sem enquadramento para um público juvenil. Roteiro ruim. Não recomendo.
ResponderExcluirMuito bom ter outras perspectivas, sempre. Eu me diverti, e, acabei refletindo sobre os temas apontados. Provavelmente, naquele momento, as questões eram muito presente em mim, por isso foi possível pensar nos assuntos.Obrigada por sua participação!
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