sexta-feira, 18 de março de 2011

No limite do silêncio

no limite do silencio ASSUNTO
Relação terapêutica, relações familiares, sociais, afetivas, abuso, violência doméstica, incesto.


SINOPSE
2001 - Michael Hunter (Andy Garcia) é um psiquiatra que fica arrasado quando seu filho adolescente, Kyle (Trevor Blumas), se suicida. Este fato provocou a separação do casal, pois Penny (Chelsea Field), sua ex-mulher, o culpou pelo acontecido e na verdade ele também se considerava responsável pelo fato. Três anos após o suicídio, Michael não dá mais consultas e só dá palestras e escreve livros. Até que Barbara Wagner (Teri Polo), uma ex-aluna, lhe pede para examinar o caso de Thomas Caffey (Vincent Kartheiser), um garoto que foi marcado por uma tragédia familiar. Com a mãe morta e o pai preso Tommy foi para um orfanato, mas agora, quando ele está prestes para completar dezoito anos, será liberado, sendo que Barbara sente que ele ainda não está pronto. Inicialmente Michael se recusa a tratar do caso, mas gradativamente se interessa e vai conversar com Tommy. Logo que Tommy e Michael se encontram as barreiras entre médico e paciente ficam confusas, pois entre eles há mais alguém e este alguém é Kyle.

TRAILER
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
No Limite do Silêncio conta duas histórias sobre pedofilia que levam suas vítimas a estados psicopatológicos, cujos desfechos são: tentativa de suicídio, o ato consumado em si e homicídios. Contrário a tratamento com psicotrópicos, Michael encaminha o adolescente deprimido a um amigo de confiança, para psicoterapia. Aproveitando uma saída da família, Kyle comete suicídio em casa - ato aparentemente explicado pela depressão. Na verdade, o adolescente foi vítima de abuso sexual, o que o pai vem saber três meses após o suicídio. Descoberto por Michael, o responsável pelo crime de pedofilia também se mata. O filme mostra difícil momento a que chegou o psicólogo Michael Hunter, que é abordado pela ex-aluna Barbara Wagner, para ajudá-la em um caso difícil. Assim como Kyle, Thomas também foi vítima de pedofilia, trauma que desencadeia no jovem um comportamento agressivo e violento, beirando a fobia social e a psicopatia. Tommy defende-se de qualquer aproximação íntima feminina, chegando a matar, ante o percebido como ameaça. Mas, há muita ambivalência aí. Ao aceitar o trabalho, o psicólogo voltará a ter contato com as mais doloridas e profundas lembranças que ele mesmo gostaria de ter esquecido. A relação entre psicólogo e paciente se torna um difícil jogo de manipulação de sentimentos. A história, que de início promete um enredo linear, dá várias reviravoltas, como se fosse a condução de uma fala (Tommy) em terapia, cujo psicólogo conduz, ao facilitar o “dar-se conta” do cliente – posterior percepção do que há por trás dos mecanismos de defesa do paciente. “No limite do silêncio”, portanto, apresenta os sintomas do cliente como formas de buscar seu equilíbrio, formas de evitar o contato com os acontecimentos dolorosos que não suporta lembrar. Interessante constatar que o psicólogo foca no não verbal, no que não é dito - respiração, olhar, expressões faciais, para auxiliar o cliente. A exemplo do trabalho em Gestalt-terapia, o filme apresenta a visão humanista do trabalho terapêutico, sem esquecer do humano que há no terapeuta. 
Lins sobre outros olhares na rede: Link 1 Link 2 Link 3

Simples como amar

simples como amar ASSUNTO
Relações familiares, afetivas, sociais, sexualidade, deficiência.
Carla Tate é a "outra irmã" ,do título original de Simples Como Amar . O filme trata de questões corriqueiras na vida e de pessoas especiais (em todos os sentidos da palavra), fala de preconceito, de relações entre pais e filhos, de super-proteção da família, de sexualidade, de diferenças... Somos sim todos diferentes. Mas também temos muita coisa em comum. A Carla quer as mesmas coisas que todos os jovens querem. Quer autonomia, quer independência, quer se descobrir, quer superar seus limites. E todos têm limitações, cada um tem a sua. Há uma ligação entre a super-proteção da mãe e o preconceito dela em relação às filhas. Ela não aprova nem concorda com as escolhas das filhas, é preconceito? Elas estão recebendo críticas exatamente de onde deveria vir suporte. Ela sufoca a filha porque acha que ela é incapaz, não acredita no potencial da filha. E o que dizer da filha homossexual...
A mãe Elizabeth se martiriza por ter afastado Carla por tanto tempo da família, mas insiste em adequá-la às convenções da alta sociedade. Torna-se uma presença insuportável (também para o espectador), tentando histericamente proteger a filha dos males do mundo, enquanto o pai Bradley (tenta conciliar as coisas. As outras irmãs são estereótipos bem marcados, a bem casada, acomodada e a lésbica, sempre prontas a defender a irmã contra a rigidez materna. Carla enfrenta a mão, não aceita seus moldes e se constitui como ser em sua singularidade. O filme nos toca como filhos e pais de uma forma leve, nos fazendo refletir sobre amor e seus limites na relação com o outro, independente do quão especial esse outro é. Afinal, a singularidade de cada um é que o torna especial!
SINOPSE
1999 - Após passar alguns anos em uma escola especial, Carla Tate (Juliette Lewis) foi "graduada" e poderá voltar para casa de seus pais em São Francisco. Carla voltou para casa, cheia de planos e sonhos. O problema é sua superprotetora mãe (Keaton), que é incapaz de aceitar a sua liberdade. E mesmo que Carla tenha crescido e superado as dificuldades, sua mãe entra em estado de choque quando a garota conhece Danny (Ribisi) e se apaixona pela primeira vez! Mas, apesar de ser intelectualmente limitada, Carla planeja morar sozinha, ter uma vida independente e também se libertar da presença da mãe, que a vigia de forma sufocante. Este desejo de ter seu próprio apartamento é aumentado quando conhece Danny McMann (Giovanni Ribisi), um jovem que como ela é mentalmente "lento", mas mora sozinho. Em pouco tempo Carla e Danny estão namorando e já pensam em se casar.
TRECHOS DO FILME
O inicio do namoro
O primeiro encontro

Perfeitos no amor

perfeitos no amor ASSUNTO
Esquizofrenia, relações afetivas, relações familiares.
Comédia leve não aprovada pela crítica, o filme é uma comédia romântica. Considerada superficial, no que tange aos aspectos enfrentados pela doença mental, o filme se torna fantasioso, considerado até utópico. Utopias a parte, quem não gosta de um conto de fadas? De que forma elaborar nossas questões do dia a dia, se não tivermos sonhos, desejos e fantasias? Entre a fantasia e a realidade, o filme é água com açúcar, mamão com mel, porque não, sonhos dos sonhos dentre o que é normal ou não? Eu gostei!
SINOPSE
Mark é um rapaz rico e rebelde que se envolve num grave acidente ao dirigir bêbado. Dori é uma aspirante a atriz e cantora que se vê aos poucos mergulhada num quadro de esquizofrenia, perdendo todo o contato com o mundo ao seu redor. Pressionados por suas famílias, Mark se alista na Marinha e Dori é admitida num hospital psiquiátrico. Embora os pais de ambos proíbam que os jovens se vejam, Mark e Dori continuam se encontrando, contra tudo e contra todos, experimentando um sentimento que poderá tanto lhes trazer dificuldades insuperáveis, quanto proporcionar uma alucinante fuga da realidade árida em que vivem.
TRECHO DO FILME

Minha vida sem mim

minha vida sem mim ASSUNTO
Relações familiares, afetivas, sociais, auto-descoberta, morte/vida
Sem perder tempo com futilidades, Ann dedica toda a energia que lhe resta para resolver as questões de sua vida. A reflexão é muito válida, porque, afinal de contas, “para morrer basta estar vivo”. Todos vão morrer um dia, é uma questão de tempo, sabemos. No entanto, mesmo assim, muitos de nós deixamos sonhos às margens da vida, enquanto acumulamos mágoas nos porões da memória. Através da descoberta da morte eminente, a personagem nos convida a refletir sobre a vida, nossas escolhas, nossa forma de estar no mundo. O filme brinda a vida através de um assunto tão pouco encarado por todos nós, a morte.
Lidar com a possibilidade da morte não é uma coisa fácil, seja na vida real ou no cinema a perda é sempre brutal e dolorosa. Sempre relacionada a algo assustador e soturno, em “Minha Vida Sem Mim”, a diretora Isabel Coixet reveste a morte com uma áurea mais suave e até mesmo romântica, sem esquecer a realidade.É um filme que acorda, que desestabiliza, que nos diz o quanto somos impotentes e um pouco paranóicos com relação a muitas coisas na vida. Desmistifica um pouco a morte e mostra que a vida não precisa ser tão cheia de seriedade ou tão cheia de comédia para ser vivida. O interessante é que todas as reflexões são passadas de forma comovente, às vezes triste, sem lições de moral, sem sermões infinitos, às vezes metaforicamente, outras não. E enquanto a protagonista vai morrendo, ela vai descobrindo a vida, assim como o espectador. Tudo nos leva a uma jornada de questionamentos, a uma revisão de nossas prioridades e a perceber, que mesmo com ou sem a nossa presença, a vida continua. Leia mais clicando aqui
SINOPSE
Tendo apenas 23 anos, Ann (Sarah Polley) é mãe de duas garotinhas, Penny (Jessica Amlee) e Patsy (Kenya Jo Kennedy), e é casada com Don (Scott Speedman), que constrói piscinas. Ela trabalha todas as noites na limpeza de uma universidade, onde nunca terá condições de estudar, e mora com sua família em um trailer, que fica no quintal da casa da sua mãe (Deborah Harry), uma mãe com um coração partido que se transformou numa mulher amargurada. Ann mantém uma distância obrigatória do pai, pois ele há dez anos está na prisão. Após passar mal, Ann descobre que tem câncer nos ovários. A doença alcançou o estômago e logo estará chegando no fígado, assim ela terá no máximo três meses de vida. Sem contar a ninguém seu problema e dizendo que está com anemia, Ann faz uma lista de tudo que sempre quis realizar, mas nunca teve tempo ou oportunidade. Ela começa uma trajetória em busca de seus sonhos, desejos e fantasias, mas imaginando como será a vida sem ela e um pai que está há dez anos na cadeia.
TRAILER

Impulsividade

impulsividade ASSUNTO
Compulsão, relações familiares, sociais, afetivas, psicodiagnóstico
O título original é Thumbsucker, que significa chupador de dedo. O pai, identificado com aquele ato regressivo do filho, agia com brutalidade tentando coibi-lo, simplesmente, através de repreensões e pressões. São reações consideradas inadequadas que inibem aquilo que ele está tentando comunicar através do ato, suas ansiedades e conflitos. A escola, por sua vez, também se apressa em diagnosticar a dificuldade do menino em se concentrar, como TDAH, déficit de atenção e hiperatividade. É prescrito, então, Ritalina, um medicamento usado para esses casos. A pílula mágica encobre, então, a angústia que aquele menino revelava, e que não se reduzia de forma alguma a um problema de atenção e concentração, sinais que estavam presentes. Manter atenção a coisas do mundo externo é algo que fica prejudicado, quando alguém está às voltas com conflitos, temores ou depressões. Tratar isso como um simples problema de atenção, ou então como hiperatividade, pode ser um erro grave e injusto, o que tem ocorrido com grande freqüência na atualidade. O contato com o outro é experiência essencial para o ser humano, pois é através dela que constituímos a identidade. Em toda relação, desde a que acontece com a mãe, até todas as outras que se estabelecem durante a vida, há que se buscar um espaço suficiente para contato e separação. O filme nos convida a refletir sobre as relações humanas.O processo de construção de sua identidade se desenrola no filme. Algo se descortina quando se atravessa o espaço propiciado pela fase da adolescência. Um leque de possibilidades se abre e junto, um medo de vivê-los. Após instalado, despertado o conflito através da negação, da recusa em refazer os dentes de seu paciente, Perry Lyman (funcionando como terapeuta?!?!?), frustrou o adolescente e a si mesmo. E, a partir da frustração, outra solução há de ser buscada. Nosso leque de opções se revela, encontramos outras formas de estar no mundo, diferente daquele mecanismo automático de defesa, que nos paralisava até então. Algumas mudanças começam a acontecer, processo de tornar-se quem é.
Este é o mundo de Justin: a transição entre (os conceitos) normalidade e anormalidade. E o grande ganho da história é justamente ir subvertendo esses parâmetros. Seja com o dentista em busca de redenção, a mãe em busca de futilidade e sonhos, um irmão em busca de atenção, um pai lidando com a frustração diária e a garota "certinha e gostosa" do colégio, correndo riscos e experimentando sensações fora do "normal". O filme mostra como cada um é único em suas complexidades. Ao acreditar - por ter sido diagnosticado - ser doente, Justin começa a tomar um remédio (Speed), dito como uma droga que se diferencia da cocaína apenas por 3 tipos de moléculas. A base de estimulantes Justin se torna ativo, falante e desenvolve sua capacidade de raciocÍnio.. E é ai que mora o mérito do filme. Na transição desta passagem Justin começa a compreender e questionar sua família e os que o rodeiam. Entra em choque com o pai, dúvida da mãe, experimenta drogas, prática sexo, bebe álcool e dialoga com o irmão. Um pós-adolescente normal, com todos os problemas básicos pertinentes a essa faixa etária. " (...) Quando Justin começa a encarar sua vida "de frente" surge uma oportunidade que o fará mudar de vida. Nesse momento o filme toca fundo, porque ás vezes quando nos tocamos do que temos - ou tivemos - ao redor, já não há mais tempo para aproveitar. Perdemos o momento da descoberta do outro. Cada um segue seu caminho e embora resida nessa confirmação muita tristeza e solidão é justamente nela que se encontra a grande magia da vida: a visualização de sua própria estrada. Leia mais clicando aqui
SINOPSE
Justin Cobb (Lou Taylor Pucci) seria um adolescente comum se não fosse o fato de que nunca conseguiu parar de chupar o dedo. Aos 17 anos, após ter tentado de tudo para se livrar do vício, ele finalmente resolve o problema através da hipnose feita pelo seu dentista, que tem ambições a psicólogo. O verdadeiro problema, porém, está apenas começando. Justin continua compensando suas frustrações pela boca, consumindo todo e qualquer tipo de droga, de maconha a remédios antidepressivos. Filho de pais que nunca saíram da adolescência, ele vai ter de aprender a crescer sozinho, nem que seja à força.
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Its kind of funny story SE ENLOUQUECER NÃO SE APAIXONE

its kind of funny sotory ASSUNTO
Adolescência, Saúde mental, depressão, realações sociais, familiares e afetivas
Na ala psiquiátrica do hospital encontramos de tudo um pouco: Esquizofrênicos, depressivos e sociopatas. Está no elenco o coadjuvante. Zach Galifianakis, conhecido por filmes como Se Beber, Não Case e Um Parto de Viagem. É possível observar a evolução do protagonista, que entende o quanto imatura é a sua atitude diante seus problemas, ao conviver com pessoas muito mais problemáticas do que ele. Galifianakis, por exemplo, já tentou suicídio seis vezes. O impulso do personagem em acabar com a própria vida é tão grande que ele nem se lembra da falta que faria à filha. Sua esposa não aguenta mais suas atitudes e parece odiá-lo, preferindo que ele morra de uma vez. Isso é algo bastante complexo, nos faz pensar. Muitos outros personagens estão presentes no filme. Temos um egípcio que vive na cama e só se sente atiçado a sair caso uma música de seu país seja tocada. Um judeu que tem sensibilidade auditiva e passa o filme inteiro pedindo às pessoas que estão no telefone do corredor para falarem mais baixo. Um idoso que não larga a raquete de ping pong, mas que quando o colocam para jogar fica imóvel. Aliás, ele fica imóvel em qualquer situação. É uma comédia, que apresenta os casos de forma superficial, mas de suma importância, seja para rir ou refletir sobre tudo isso. As crises da adolescência, depressão ou sobre os cuidados com psicóticos são parte de um “mundo” que o personagem não conhecia. E é a partir de todos os acontecimentos que estão fora de sua rotina que o personagem segue no processo de auto-conhecimento. O filme já pode ser encontrado na rede, vale a pena conferir!
SINOPSE
Sem título em português ainda, o filme retrata, com comédia, a realidade que é a transição da adolescência para a vida adulta. Conta a história de “Cool” Crag (Keir Gilchrist) um garoto de 16 anos que devido a pressão de entrar em boa faculdade para que no futuro possa conseguir um bom emprego e ser o presidente dos EUA, pensa em cometer suicídio. No caminho até a ponte aonde ia se matar, ele resolve passar primeiro em um hospital psiquiátrico e se internar por conta própria. Chegado lá, ele conta o porque de querer cometer suicídio, dramas adolescentes como, querer ter, e não poder, a namorada do seu melhor amigo, entrar para uma boa faculdade e conseguir um bom emprego (que pague bem).Ele consegue entrar. Vai para a ala de adultos, já que a de adolescentes esta em reforma. De cara ele conhece Bobby (Zack Galifianakis) que lhe apresenta o local. Nessa apresentação ele avista a bela Noelle (Emma Roberts) (de cara da pra ver q vão ter um romance) e depois vai conhecer seu quarto, onde se encontra o paciente Muqtada, não sai do quarto a muuito tempo. (guarde isso) Depois ela vai ao encontro de uma psiquiatra onde conversam sobre os problemas dele, como, a preocupação de não conseguir entrar na faculdade (algo bem americano), e fica sabendo que ficara internado durante 5 dias, sabendo disso fica preocupado com a escola (algo pequeno em relação ao problema). O filme apresenta situações nas quais é evidente a necessidade de um psicólogo ou psiquiatra, ou ter alguém para conversar tudo; conforme o personagem fala: Se não se abrir, nunca vai se curar. It’s Kind of a Funny Story é um filme baseado no livro de Ned Vizzini, de mesmo nome, que fala um pouco das pressões por quais passam os adolescentes.
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