sexta-feira, 8 de abril de 2016

Arthur e o infinito, um olhar sobre o Autismo.

ASSUNTO
Autismo, relações familiares e afetivas.

SINOPSE
O filme conta a história de Marina e César, pais de duas crianças: Sofia de dez anos e Arthur(Eric Schon) de seis . Quando tinha um ano e meio de idade, ele começou a apresentar um comportamento diferente das outras crianças, como por exemplo a sua comunicação era precária, parecia não ouvir quando seus pais o chamavam e quase não tinha contato visual. Essas características levaram os pais a procurarem médicos e especialistas. A longa busca dos pais só terminou quando Arthur completou seis anos, e foi diagnosticado como autista. Marina sente maior responsabilidade sobre o menino e decide se dedicar unicamente a tentar desenvolve-lo o máximo possível. A família passará por momentos difíceis onde Marina colocará em questão a sua capacidade de lidar com seu filho.

TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA
Diante do pouco incentivo financeiro, o curta-metragem foi um projeto audacioso. O resultado não pode ser uma mega produção, no entanto, seu alcance superou qualquer expectativa. Trata-se de um relato sobre as dificuldades enfrentadas no cotidiano da família do autista. A família procura respostas diante do comportamento da criança.
Gostei muito da resposta do médico, quando perguntado sobre qual seria a doença do filho. Em uma atitude bastante holística, que vê um sujeito em sua totalidade, o médico responde que não poderia considerar o caso como doença, pois o que ele tinha era apenas outra forma de pensar, uma mente diferente, não podendo ser comparado com doenças como o diabetes. Diante do diagnóstico de autismo, começa, então, o processo, que é difícil para qualquer família: a aceitação. O filme não esconde os momentos de angústia, nem daquela sensação de incapacidade diante do que é incompreensível. A rotina para os que cuidam do autista não é fácil, principalmente quando não há informação. Muitos familiares irão se identificar com tudo que é apresentado através de palavras, gestos e silêncios. Não “final feliz”, soluções fáceis ou foco no desenvolvimento da criança autista. O filme é um recorte da rotina familiar, trazendo bons e maus dias, numa perspectiva relacional, particularmente focada na relação mãe e filho. E é através dessa relação que a melhor mensagem do filme é explicitada. Acontece quando a mãe diz: “Athur, Arthur, estou com você”. Então, independente do tipo de relação afetiva do ser humano, o que desejamos não é tão somente alguém que esteja lá, presente, conosco em nossa caminhada?!?!? “Estar com” se torna a mais forte ferramenta para o desenvolvimento do ser. Sendo assim, o filme se faz obra de arte, arte de funcionar no mundo, arte de existir, pois é através deste processo de “estar com” que aprendemos sobre nossa existência.

4 comentários:

  1. Maravilhoso o filme ..gostaria de assistir-lo completo ..pois só o encontro vídeos curtos ..parabéns

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    1. É um curta-metragem, foi relançado no youtube https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE
      Volte sempre!

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  2. Sou professora de uma linda garota autista ..e me sinto angustiada por não conseguir penetrar em seu mundo ...já conseguir alguns avanços, mas preciso de muito mais ...por isso assisto vídeos , leio artigos no objetivo de poder ajuda-lá em sem desenvolvimento

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    1. O curta metragem está disponivel no youtube, no link https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE . Bem vinda, volte sempre!

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