sexta-feira, 8 de abril de 2016

White Frog

ASSUNTO
Autismo, homossexualidade, homofobia, perdas, luto, relações familiares, sociais e afetivas.

SINOPSE
O filme apresenta a história de uma família obcecada com a ideia de parecer perfeita. O único problema aparente dos Young é o filho mais novo, Nick, que nasceu com Síndrome de Asperger, que faz com que a pessoa tenha dificuldades para se socializar. Quando Chaz, o filho mais velho, morre em um acidente, a família cai em pedaços e Nick então precisa juntar as peças para seguir em frente.







TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA
Logo somos tocados pela linda relação construída pelos irmãos Chaz e Nick. A paciência, o carinho, a dedicação do irmão mais velho tornam o mundo de Nick mais rico, sua autoestima mais elevada, e, claro, seu desejo de desenvolver habilidades para compreender melhor o mundo são também ampliadas. Não há qualquer proximidade entre o autista e seu pai, que não compreende sua forma de estar no mundo. Sua mãe, apesar de interessada, não consegue acessar o mundo do caçula. Infelizmente, Chaz sofre um acidente fatal e deixa os familiares perdidos em seu luto. Nick, que tinha no irmão seu único elo com o mundo, se vê desamparado, perdido. Acompanhamos o luto familiar e a dificuldade daquela família lidar não só com a perda, mas também de encarar a condição autista do filho. Sem Chaz como intermediário, tudo fica mais difícil, tanto para Nick, como para os familiares. Na busca de elaborar o próprio luto e restaurar a si mesmo, Nick caminha através das dicas deixadas pelo irmão. Se aproximar de seus amigos é um bom começo, o que nos brinda com cenas emocionantes, ora delicadas, ora bem humoradas. Desconstruir a imagem de perfeição do irmão mais velho se torna um aprendizado ímpar, não só para Nick, mas também para toda a família. Fica evidente a dificuldade de perceber a imperfeição de cada um, trazendo até o homossexualismo para pauta, o que evidencia a homofobia no seio familiar.
A inocência, a autenticidade e sutileza com que o Nick se revela, ilustra bem o comportamento possível de um portador do transtorno do Espectro Autista, chamado “Síndrome de Asperguer”. Ainda que exista uma dificuldade com as relações sociais, o “Aspie” pode aprender a se relacionar dentro de certo limite. Nick quer continuar o aprendizado que o irmão havia iniciado, e, parte para o mundo tentando aprender cada momento um pouco mais. Seguindo os passos do irmão, ele esbarra em algumas dificuldades impostas por sua condição, como por exemplo, a dificuldade de compreender metáforas, expressões emocionais ou quebra de “regras” pré-estabelecidas. Romper com julgamentos e compreender as exceções se torna a “chave” para seu crescimento emocional, contaminando a família com a melhor de todas as lições, a diferença não é reprovável, ao contrário, a diferença é condição para o crescimento do ser humano, só assim podem ocorrer trocas. Vale a pena conferir!

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