sábado, 16 de novembro de 2013

Marie Kroyer

 
clip_image001ASSUNTO
Saúde mental, disfunção familiar, traição, esquizofrenia.
SINOPSE
2012 - Marie Kroyer vive um casamento infeliz com o famoso pintor dinamarquês P.S. Kroyer, no final do século XIX. Ele divide-se entre as funções de artista, mãe e esposa, e ainda é obrigada a conviver com uma doença mental do marido. Com o tempo, ela se sente cada vez mais sozinha e angustiada. Decide, então, fugir da rotina e sair de férias. No período, conhece o compositor sueco Hugo Alfvén, por quem se apaixona loucamente.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Baseado em fatos reais o filme conta a história de Marie, artista, esposa de um renomado artista, que é portador de transtorno mental. Logo percebemos o amor e cuidado que ela tem com o marido, que apesar de muito amá-la, ele não consegue retribuir seu carinho. A dedicação da esposa não é suficiente para conquistar a reciprocidade, principalmente porque a doença afeta o comportamento do marido, que além de apresentar delírios e alucinações, traz a franqueza cruel como marca. Acompanhamos algumas crises do marido e os esforços da Marie para manter seu casamento. A família é afetada pela doença, que torna cada dia mais difícil sua manutenção. Apesar da dedicação da esposa, os surtos psicóticos do pintor tornam a esposa extremamente infeliz. Após longo período de internação, o artista passa um tempo lúcido até que explode em novo surto, afetando diretamente a filha. É cruel a forma com que ele obriga a criança a se comportar como um cachorro, que segundo ele, seria bem mais bonito que ela. Mesmo  tendo superado ameaça à própria vida, a cena é a gota d’água para a esposa. Sendo assim, Marie aceita o convite de sua amiga e parte para a Suécia, levando a filha. Lá conhece o compositor que será pai de sua segunda filha. A trama se desenrola focando a luta de Marie, sua força diante dos obstáculos de sua época. O amor do artista por Marie é indiscutível, mas sua doença prejudica não só a relação com a esposa, mas também afeta a filha Vibeke, que demonstra evidente carência afetiva. Em seus poucos momentos de lucidez, Kroyer assume total responsabilidade pela consequente traição sofrida, mas em nenhum momento se dá conta da forma que assustava a própria filha. O filme não tem a proposta de aprofundar a doença mental, no entanto faz um recorte interessante sobre o tamanho do sofrimento dos familiares de um portador de doença mental, especialmente quando não haviam recursos terapêuticos eficientes para o tratamento de transtornos psicóticos.



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