Racismo, pobreza, injustiça social, violência doméstica, abuso sexual, boderline
O filme é um drama pesado e realista, provavelmente não vai agradar a todos. Não é o tipo de filme que você sai leve do cinema; não, é o tipo de filme que, ao terminar a sessão, você sente que levou um soco no estômago. Preciosa é negra, pobre, morbidamente obesa e disléxica. Adolescente, é maltratada pela mãe, que passa o dia inteiro vendo TV, dependendo da caridade do governo e pouco se importando com a filha, a não ser para manter o seu benefício. Precious é fechada, sem amigos, sendo que seu único escape são alguns sonhos/devaneios, onde ela é famosa, tem um namorado branco e rico, etc. Algumas cenas no filme demonstram a fuga da realidade, um mecanismo de defesa que nega acontecimentos tão traumáticos. Com olhar perdido, voz marcante e ar de quem não sabe o que está fazendo neste mundo, a garota dá à sua personagem um incrível senso de alienação que mais tarde perceberemos não ser exatamente um descaso diante da vida, mas sim um escudo, uma crosta criada pelas feridas do mundo. No decorrer da trama, seu personagem cresce, ganha autoestima. E, nos momentos de sonho, a atriz se transmuta totalmente. Vira outra, bem diante dos nossos olhos. Ao resignificar a sua vida ela conseguiu não naturalizar a violência que sofria, a professora teve uma escuta ativa e a amou, sentimento esse nunca vivenciado por ela. O amor de pais nunca teve, o que teve no lugar deste amor nunca caracterizou algo de bom para Preciosa. Sua mãe com características boderline, traços característicos de psicose, é um destaque.
SINOPSE
Ela tem 16 anos, é uma gorda com obesidade mórbida e negra. Mora no Harlem. Seu pai lhe engravidou duas vezes, na 2ª gravidez é expulsa da escola que não lhe ensinou a escrever nem a se comunicar. Teve sua primeira filha aos 12 anos, ela é chamada de “Mongo” em referência à Síndrome de Donwn da qual é portadora, a criança é criada pela avó. Sua mãe é algo que só vendo para saber, mas recebe os cheques da Assistência Social. Ela sonha ter um namorado mas os meninos a odeiam. Sua vida é um inferno e algo acontece quando vai para uma escola alternativa onde conhece Blu Rain (Paula Patton). Além das estrelas Mariah Carey despida do invólucro de diva glamurosa, de um belo Lenny Kravitz e do show de falta de humor daquela que aprendemos a ver fazendo humor, Mo’Nique (Mary, a mãe infeliz de tanta infelicidade) temos muito o que perceber neste longa de temas indigestos e baseado em história real.
TRAILER
Olaa!! Gostei bastante do seu blog, e da sua idéia, na verdade, tive uma idéia bem parecida com a sua, e estou montando o meu blog tbm, porém com uma abordagem diferente da sua. Gostaria de saber se podemos ser parceiras nisso.
ResponderExcluirSe houver interesse, entra em contato comigo através do meu email: marilianer@gmail.com
Fico no aguardo, um abraço