quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tempo de despertar

ASSUNTO
Neuropsicologia, reabilitação, relação terapêutica
Mount Carmel era um hospital para doentes crônicos, onde estavam confinados aproximadamente 80 pacientes pós-encefalíticos que teriam sobrevivido à grande epidemia de doença do sono (encefalite letárgica) que ocorreu após a I Guerra. Sacks esteve pela primeira vez em Mount Carmel em 1966 e, nessa época, os médicos consideravam que hospitais ou asilos para doentes crônicos eram lugares desinteressantes, onde breves visitas aos doentes confinados nestes hospitais eram mais do que suficientes. Clinicar em Mount Carmel foi uma decisão autentica tomada por Sacks, conforme cita em seu livro "Tempo de despertar" (que forneceu material para o filme), onde revela porque decidiu estudar a doença do sono: “O que me instigou na época foi o espetáculo de uma doença que nunca era a mesma em dois pacientes, uma doença que podia assumir qualquer forma possível — denominada corretamente fantasmagoria pelos que primeiro a estudaram”. Em 1969, Sacks começou a ministrar a droga que teria permitido o despertar de seus pacientes e resultado numa experiência fascinante, reveladora de efeitos e comportamentos absolutamente inesperados. Na época, a L-dopa (levodihidroxifenilalanina), um medicamento desenvolvido para sanar a carência do neuro transmissor dopamina, era considerada uma droga experimental e a sua utilização estava condicionada a supervisão do FDA (Food and Drug Administration). A experiência que Sacks teve com os seus pacientes foi critica para o desenvolvimento de uma nova visão sobre a medicina. A questão não se resume a uma elaboração conceitual: Sacks experimentou uma profunda empatia com seus pacientes e foi capaz de observar e reconhecer que os efeitos provocados pela dosagem da L-dopa eram complexos e imprevisíveis.
SINOPSE
Bronx, 1969. Malcolm Sayer (Robin Williams) é um neurologista que conseguiu emprego em um hospital psiquiátrico. Lá ele encontra vários pacientes que aparentemente estão catatônicos, mas Sayer sente que eles estão só "adormecidos" e que se forem medicados da maneira certa poderão ser despertados. Assim pesquisa bem o assunto e chega à conclusão de que a L-DOPA, uma nova droga que já estava sendo usada para pacientes com o Mal de Parkinson, deve ser o medicamento ideal para este casos. No entanto, ao levar o assunto para o diretor, ele autoriza que apenas um paciente seja submetido ao tratamento. Imediatamente Sayer escolhe Leonard Lowe (Robert De Niro), que há décadas estava "adormecido". Gradualmente Lowe se recupera e isto encoraja Sayer em administrar L-DOPA nos outros pacientes, sob sua supervisão. Logo os pacientes mostram sinais de melhora e também mostram-se ansiosos em recuperar o tempo perdido. Mas, infelizmente, Lowe começa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais.
“Infelizmente os resultados do remédio duram pouco tempo, mas o suficiente para o médico descobrir que, atrás daqueles corpos aparentemente vazios, continuava a existir seres humanos completos, com sentimentos, alegrias e paixões.”  Trecho dos comentários de Pedro, um menino muito especial que vocês vão amar Leia mais Clicando aqui

8 comentários:

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    1. Lamento a demora, só recentemente, descobri que existiam varios comentários numa caixa de spam, que ignorava a existência. Obrigada!

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  2. Amo filmes e amo ler sobre psicologia. Seu site é maravilhoso!!!!!

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  3. Filme-verdade, bem contata a história, e também vale ressaltar que catatonia não suga o "eu" de quem dela é acometido. E quando o personagem de Robert de Niro desperta ele está empolgado, valorizando as mínimas coisas da vida, que outros nem sequer percebem. Uma lição. Pena que o efeito da droga é temporário.

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    1. Lamento a demora, só recentemente, descobri que existiam varios comentários numa caixa de spam, que ignorava a existência. Grata por sua participação, volte sempre!

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  4. Este é um filne baseado em fatos reais, que relata que sim, há patologias altamente catatonizadoras, que imobilizam corpo e mente de indivíduos. Comovente como a nova droga aurte e efeitos, e o mais afetado por ela, interpretado por Robert de Niro de forma magistral, sem ser caricato , extremamente feliz tenta fazer as pessoas verem o que é tão aparentemente corriqueiro tem valor, muito valor, não devemos nos ater em grandes coisas mas sim saborear o doce viver. Consegui tocar um braço no outro, se locomover, sorrir amigavelmente. Parece pieguice, mas é verdade. Ele (s) queria (m) de fato viver, mas acordar depois de tanto tempo, e os efeitos limitados da droga tornaram isso um equívoco

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  5. Lamento a demora, só recentemente, descobri que existiam varios comentários numa caixa de spam, que ignorava a existência. Gratidão!

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