quinta-feira, 12 de março de 2015

A passagem

                A Passagem                       

ASSUNTO

Relação terapêutica, relações afetivas, alucinações, culpa, medo, dor, suicídio.

SINOPSE

Sam Foster (Ewan McGregor) é um psicólogo que trabalha numa prestigiosa universidade americana. Certo dia um de seus jovens pacientes o procura para dizer que planeja cometer suicídio em breve. À medida que Sam estuda o caso, o rapaz começa a fazer estranhas e terríveis profecias que se realizam. Aterrorizado, Sam tenta ajudar seu paciente e impedir o suicídio de todas as maneiras, mas acaba se envolvendo numa misteriosa jornada da alma.

TRAILER (inglês)

O OLHAR DA PSICOLOGIA

De difícil compreensão, o filme só se explica no final. Até então, consideramos real tudo que se passa na tela. Os conflitos do Terapeuta e do cliente são apresentados como se assim ocorressem de fato. O que é verdade o que é alucinação? A relação terapêutica é apresentada de forma quase “misturada”, quando o terapeuta vive seus conflitos pessoais e os de seu cliente tal quais cartas embaralhadas. O que é real o que é imaginário? O que é do cliente, o que é de si? Assim questionamos durante a fita. Os resgates de cada um são o enredo vivido por Henry em seus últimos suspiros, A passagem fala exatamente desse momento: passagem: e todos os rostos que desfilam ao seu redor passam a fazer parte dele. Vítima de um acidente de carro fatal, para si, para a namorada e para os pais, Henry parece só um corpo, no chão, em meio a metal retorcido, fogo e barulho. As pessoas correm e o cercam, observam, oferecem ajuda. Ele ainda está vivo, mas, por apenas um instante. É nesse instante que ele fita vários olhares, ouve várias frases, sente o contato das pessoas. É o seu instante final, ele sabe disso. Mas, não se desespera. São estes olhares, frases e contatos que o farão reviver seus conflitos, os sentimentos que o dominam. Naquele instante, com aquelas pessoas, ele monta o enredo final de sua vida, tentando, de alguma forma, uma resolução para seus dilemas e sofrimentos. Nesse instante, só lhe vem a culpa. E é essa culpa que, num espaço de três dias (em seu tempo mental) ele vai viver intensamente, com todas as suas dores (depressão, abandono, medo, dor, suicídio). É nesse espaço de tempo mental que o filme se desenrola. Ele sabe que tudo agora é só um instante.

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