ASSUNTO
Jogos de poder
da realeza, relações sociais e afetivas.
SINOPSE.
Na Inglaterra do século XVIII, Sarah Churchill,
a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz) exerce sua influência na corte como
confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana (Olivia Colman). Seu
posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail (Emma
Stone), nova criada que logo se torna a queridinha da majestade e agarra com
unhas e dentes à oportunidade única.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Fofocas
e intrigas da corte habitam a trama, que baseada em fatos reais, passeia pelo
mundo dos detentores do poder, em uma época em que a realeza decidia o rumo da
história, mesmo sem a menor condição de fazê-lo. Um jogo cruel e manipulador de
interesses políticos e pessoais são explorados no filme, evidenciando a força
da influência feminina. Falamos da disputa entre duas mulheres que servem a
rainha, através da amizade e de favores sexuais, ambas manipulam suas decisões,
seja por interesse pessoal ou político. Em forma de sátira, o Longa faz uma
crítica aos jogos sórdidos do poder, explorando as possibilidades e
impossibilidades dessas relações. A rainha, louca e com tendências
homossexuais, é, por sua vez, retratada como mimada. É possível perceber que
ela é falha, humanamente imperfeita, como todos podem ser. Apesar de ocupar um
cargo de liderança, tudo que ela quer é o lado bom da vida. Usufruir de todas
as possibilidades prazerosas, sem que seja necessário tomar decisões e ser
julgada por isso, que é desejável. Abrir mão da responsabilidade por suas
escolhas é um desejo comum nos mais diversos quadros patológicos. Por isso, ela se tornava alvo para a disputa daquelas
mulheres, a estrategista e a alpinista social, que rápido aprende a usar as
mesmas armas.
As três mulheres se envolvem em um jogo cruel, de comportamentos
questionáveis, numa sátira provocante e incômoda. Por outro lado, o sistema e
as ferramentas disponíveis, convidam o espectador a se perguntar sobre semelhanças
e diferenças de atitude, em diferentes situações de poder. A sátira sobre a
realeza evidencia a podridão dos poderosos, passeando entre os túneis escuros e
passagens secretas do castelo, ou da mente. Riqueza, ostentação e poder contrastam
com a pobreza de espírito e o comportamento doente, fisicamente evidenciado no
corpo contaminado. Retratando a decadência da realeza, a sátira pode desagradar
a muitos, mas, sem dúvida, tem seu aspecto cinematográfico impecável, razão
pela qual é forte candidato ao Oscar.
Pois assisti o filme pela segunda vez, agora com olhar mais crítico. Fui atrás para saber mais sobre a rainha. No entanto, observam que de fato a rainha, não era tão frágil, como no filé. Também sua sexualidade não é tão clara. Havia de fato mera suspeita. Sem prova robusta. Importa destacar que ela foi casada com homem e teve filhos. Além do mais era umabgovernante firme em suas decisões, ao contrário do que o filme demonstra.
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