domingo, 1 de abril de 2012

A Separação

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ASSUNTO
Separação, relações familiares, afetivas e sociais, costumes, religião, sociedade.



SINOPSE
Após se divorciar da esposa Simin (Leila Hatami), Nader (Peyman Moaadi) é obrigado a contratar uma jovem para tomar conta de seu pai idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado. Porém a diarista está grávida, e trabalhando sem o consentimento de seu marido, condições que junto a um terrível incidente, levará as duas famílias a um julgamento de cunho moral e religioso.
TRAILER


Drama moral e social aclamado pela crítica, levou a estatueta do Oscar na categoria de filme estrangeiro. A separação provoca reflexões sobre os vários temas apresentados. A mãe escolhe a separação por desejar educar a filha fora de seu país, considerando que assim poderia oferecer para ela um futuro melhor. Para tanto, ela ignora a condição do sogro, que tem Alzheimer e necessita de cuidados especiais. A separação acontece, gerando a disputa pela guarda da filha. Entre outros, a trama desenvolverá temas como os costumes fundamentalistas da sociedade iraniana, e a transformação de valores em uma sociedade. O filme trata de uma história universal - o marido que se vê sozinho e, por orgulho, não reconhece que precisa da mulher -, a crise do patriarcado não respeita fronteiras, mas obviamente no Irã isso tem uma dimensão distinta. Vale a pena conferir!
Sem propor soluções, o filme deixa no ar mais questões do que respostas, levando à reflexão sobre os vários temas abordados, inclusive se uma criança, seja lá onde for, terá um futuro melhor no seu próprio país ou fora dele. Em última análise, A separação é um filme honesto e que, em nenhum momento, tenta induzir ou manipular.  Por isso, termina em aberto, marcado pela premência social, mas também pela riqueza de coerência da realização. Leia mais, clicando aqui.
A história versa sobre maridos e esposas, pais e filhos, justiça e religião no Irã da atualidade, mas seu embasamento está em dualidades básicas e identificáveis por todos nós, independentemente do continente em que se vive. Um filme que nos ajuda a lembrar que povos como iraniano, por mais distantes que possam parecer de nossa realidade, partilham alegrias, tristezas, decepções, esperanças e problemas básicos com a vida como nós. Clique aqui para ler mais
A Separação (Jodaeiye Nader az Simin, 2011) é um filme sobre os problemas de uma família que têm como base o processo de divórcio do casal Nader e Simin e que ganham intensidade através de uma reação em cadeia, isto é, de fatos que reverberam e proporcionam outros acontecimentos. Leia mais...
Há um acontecimento no filme que catalisa o julgamento que mencionei e que serve para mostrar a natureza humana (pouco importa se é um humano do Irã ou de um outro país) e as várias versões da verdade. Talvez seja o melhor trabalho nesse sentido depois de Rashomon, de Kurosawa. Quando Farhadi entra no aspecto religioso (novamente, sem julgar), ele o faz de maneira natural, sem chamar atenção para o fato e isso, de certa maneira, é que capaz de assombrar a nós, membros de sociedades em que a separação entre religião e estado é a norma (apesar de não haver a separação absoluta na prática). Eu, particularmente, fiquei de queixo caído com o quanto o "juramento sobre o Corão" é levado à sério. Tente contrastar isso com "juramentos sobre a Bíblia" para vocês perceberem o que estou falando. Leia mais...
Fechando seu foco naquilo que é essencial à natureza humana, acima das diferenças sociais, econômicas e culturais, “A Separação” torna-se aflitivamente universal. Leia mais...
Uma Separação (como foi traduzido no inglês) mostra que qualquer iraniano é capaz de, apesar de viver no Irã, ser digno dos mais nobres atos. A separação separa, na verdade, a opressão estatal da liberdade das pessoas. Mesmo no Irã que analistas internacionais tentam entender, existem pessoas justas, e de boa índole, que nada têm a ver com o seu governo. A separação mostra isso, sem mostrá-lo! Leia mais, clique aqui.

2 comentários:

  1. olá!
    fiz um comentário em outro post seu e comecei a ler outros posts que você fez.
    quero parabenizá-la pelo blog e por sua iniciativa.
    vou atrás de vários filmes que você citou, tem mta coisa interessante para ver. mtos que eu ainda não tive oportunidade ou q ainda não conhecia...e olha q isso não é uma coisa comum, pq cinema faz parte da minha vida completamente.
    bom, é isso! parabéns novamente.
    att
    juliana matias.

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    Respostas
    1. Juliana,
      Obrigada por seu comentário, procuro sempre reunir o máximo de informações, reunindo diversos olhares sobre a trama. Volte sempre, comente, sua sugestão será bem vinda!
      Abçs
      Patrícia Simone

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