segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O outro lado da rua

o outro lado da rua ASSUNTO
Transtorno bipolar de humor, terceira idade, sexualidade
A narrativa mantém a estrutura policial, mas se concentra no relacionamento deles, desenvolve aspectos relativos à idade e à sexualidade. Os dois são bastante solitários (isso é desenvolvido sem pieguismo), possuem filhos, mas são relacionamentos complicados (que o filme também aborda sem melodrama, dando uma solução legal com restabelecimento de laços). Quando ela liga para seu próprio cachorro para contar que salvou uma senhora de um assalto, abismada, é triste ver que aquela senhora, cheia de energia e determinação, simplesmente não tinha mais ninguém com quem compartilhar o fato. Regina parte para uma aproximação com Camargo, o suposto assassino. Com o desenrolar da história, Regina encontra-se em uma encruzilhada: entregar o homem com quem mais teve relações nos últimos tempos e voltar para a solidão ou continuar a desenvolver esse relacionamento que vai ganhando mais dimensão a cada dia que passa?
SINOPSE
Regina, 65 anos de sinceridade excessiva e ironia incontida, vive em Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Como paliativo para a solidão, ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que lhe parece ser um homem matando sua mulher com uma injeção letal. Chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino. Desse encontro tardio cheio de contradições, acontecido quando a maior parte das pessoas se contenta em esperar o tempo passar inexoravelmente, os dois irão reavaliar suas vidas de um modo que nunca poderiam imaginar.
Trecho do filme:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O lenhador

o lenhador ASSUNTO
Pedofilia, inserção social, preconceito
(...)os fantasmas do seu “pecado” o perseguem no seu recomeço. (...) Precisava lidar com a sua “doença” e ao mesmo tempo lidar com as pressões sociais daqueles que esperavam que a qualquer momento Walter fosse cometer os mesmos erros. Considerado por todos um monstro, ele precisava estabelecer uma confiança acerca de suas potencialidades realizadoras e inatas. Durante todo o filme é perceptível a constante luta de Walter para se tornar uma pessoa “normal” que para ele era ser capaz “de olhar para menininhas, até conversar com elas, e não pensar em...” abusar delas. (...)crescimento em direção a completude só acontece quando se dá condições para isso, no caso do personagem do filme as condições não eram as mais propicias nem na sua relação com terapeuta, nem em suas relações sociais. Na pessoa da namorada Vicki surge a possibilidade de um recomeço e na efêmera relação existente entre ele e uma desconhecida menina ele percebe que tem sim capacidade de auto-construção. Essa cena é uma peça chave do filme, onde Walter demonstra profunda empatia pela menina que é abusada sexualmente pelo pai. Neste momento, percebe-se que ele pode sim deixar o papel de monstro (...) No que se refere à relação terapêutica estabelecida no filme, a personagem não encontra condições básicas (compreensão empática, consideração positiva incondicional, congruência, etc) para a reorganização de sua personalidade. O estado de congruência do terapeuta delimita uma maneira de ser da pessoa na relação.... Uma análise da psicologia humanista, clique aqui
SINOPSE
Depois de muitos anos recluso na prisão por conta de abuso a menores, ato violento e injustificável, Walter consegue a condicional. Após 12 anos na prisão por molestar garotas menores de idade, Walter (Kevin Bacon) se muda para uma pequena cidade. Ele vai viver num pequeno apartamento, que fica defronte de uma escola de ensino básico, que está cheia de crianças. Walter arruma emprego em uma madeireira e se mantém o mais reservado possível, mas isto não o impede de se envolver com Vicki (Kyra Sedgwick), uma extrovertida colega de trabalho que promete não fazer nenhum julgamento dele. Porém ele não pode escapar do seu passado e, quando os colegas de trabalho descobrem, se mostram quase nada compreensivos.
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Mr. Jones

MR Jones ASSUN|TO
Transtornoo bipolar de humor
A história é sobre um homem que é bipolar - vai do êxtase à depressão com o estalar de dedos. Quando está “high”, ele é eufórico, hiper-ativo, alegre e incrivelmente cheio de vida. Isso não significa que ele está no paraíso, no entanto. Ataques de fúria, comportamentos altamente excêntricos e uma megalomania exagerada fazem a interação com o mundo “normal” extremamente problemática. Por outro lado, os problemas reais iniciam com a depressão. Como a maioria dos maníaco-depressivos, a depressão é debilitante, profundamente dolorosa e potencialmente suicida. O filme levantou algumas questões interessantes sobre identidade e como os diferentes estados de ânimo que enfrentamos são determinados por desequilíbrios químicos do cérebro. Até que ponto somos determinados pela nossa neuroquímica? Se tomássemos uma pílula que modificasse os nossos estados de ânimo completamente, deixaríamos de ser nós mesmos? O personagem do filme confronta sua psiquiatra diversas vezes no filme, afirmando que ele não é doente. A "doença" é parte de quem ele é.
SINOPSE
Richard Gere, Lena Olin e Anne Bancroft estrelam esta emocionante história sobre um homem á beira da autodestruição que é salvo pelo amor. Gere é um show de interpretação como Mr. Jones, um maníaco depressivo que, durante suas crises emocionais, é divertido, criativo e envolvente. Chocando a platéia esnobe de uma orquestra subindo ao palco para reger uma sinfonia de Beethoven, ou impulsivamente tomando uma caixa de banco e uma fuga romântica, Mr. Jones é um homem irresistível para qualquer mulher, incluindo a Dra. Libbie Bowen (Olin), a preocupa terapeuta designada para seu caso.
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Meu pé esquerdo

Ameu pé esquerdo SSUNTO
Deficiência física, superação, preconceito, inclusão.
Não há como deixar de aprender com histórias como a de Brown, que as condições de adversidade representadas por uma paralisia cerebral ou pelo atrofiamento de um dos membros são impedimentos apenas em nossa própria cabeça e que, esforço, dedicação e solidariedade são elementos que podem promover autênticos milagres. O filme não é só mais uma história de auto-superação, é um clássico desses que ensinam e ao mesmo tempo constrangem, pois que dotados de alta dose de sensibilidade, verdade e genialidade. Entretanto, com muito esforço e persistência, unindo a vontade de viver com necessidade de se expressar, ele consegue atingir seu principal objetivo, ser visto e tratado com igualdade.A arte foi para ele, a forma mais coerente de se expressar, de transmitir seus sentimentos e de provar sua autonomia para todos que o viam como um “pobre vegetal”, pois foi através da literatura e da pintura, principalmente dessa última, que ele se revelou e conseguiu atingir o interior das pessoas, conseguiu também, transpor preconceitos, propalar seu drama e além de conquistar o respeito da comunidade encontrou um meio para sobreviver financeiramente.
SINOPSE
No papel em que merecidamente ganhou o Oscar® , Daniel Day-Lewis* tem uma interpretação "inteligente, engraçada e leve" (Los Angeles Times) no papel de Christy Brown, escritor, poeta, pintor... e vítima de paralisia cerebral. Em uma história que "explode com paixão, humildade e vida", Meu Pé Esquerdo revela-se uma "conquista de enormes proporções" (Rex Reed)!
O 10º de um total de 22 filhos de uma família pobre irlandesa, Christy sofre de paralisia cerebral tão grave que por vários anos ele é considerado um "tonto". Mas em uma luta apaixonada, ele utiliza o único membro sobre o qual conseguiu algum controle - seu pé esquerdo - para escrever um apelo para a única pessoa que pode ajudá-lo a conseguir desenvolver seu potencial: "Mãe". Essa é a primeira de muitas palavras - e trabalhos - que Christy irá utilizar para superar sua amarga solidão, raiva e sexualidade reprimida para assombrar o mundo com o talento sem paralelo - e felizmente revelado - de um verdadeiro artista. .
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Meu nome é Rádio

meu nome e radio ASSUNTO
Deficiência mental, intelectual, inclusão
O filme retrata as dificuldades que um portador de deficiência passa no seu dia a dia, na tentativa de integração ao meio social. O autor denuncia antes de tudo a exclusão social que faz com que as pessoas que apresentam necessidades especiais fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que tem uma doença contagiosa, ou que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. A trama expõe o lado discriminador de todos nós. A abordagem ocorre em torno da incapacidade humana de compreender o seu próximo, respeitá-lo e verdadeiramente apoiá-lo para que consiga ter uma convivência saudável com aqueles que o rodeiam. Este é um filme que trata da questão da diversidade, com o foco não da tolerância – que implica em uma postura de cima para baixo, mas da convivência respeitosa, que acaba por enriquecer a todos. O filme faz-nos refletir sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes apesar das diferenças, dificuldades e deficiências que todos temos.Mostra-nos também que através da compreensão, da ajuda, da amizade incondicional e da aceitação as pessoas podem se tornar melhores e serão plenamente capazes de se desenvolverem. O filme também aborda a necessidade de estabelecer prioridades na vida e de perceber que aqueles que nos cercam, principalmente a nossa família, devem vir em primeiro lugar, antes da busca pelo sucesso, pelo poder; a nossa dedicação primeira deve ser o SER e não o TER, isso faz-se presente na tomada de consciência do técnico Jones quando o mesmo percebe que estava deixando as pessoas que amava em segundo plano e através do desenvolvimento de RÁDIO o técnico pode concluir que vale a pena se dedicar a quem amamos. Indicado para pais, jovens e educadores. É uma história sensível e edificante.
SINOPSE
Anderson, Carolina do Sul, 1976, na escola secundária T. L. Hanna. Harold é o treinador local de futebol americano, que fica tão envolvido em preparar o time que raramente passa algum tempo com sua filha, Mary Helen, ou sua esposa, Linda. Jones conhece um jovem "lento", James Robert Kennedy, mas Jones nem ninguém sabiam o nome dele, pois ele não falava e só perambulava em volta do campo de treinamento. Jones se preocupa com o jovem quando alguns dos jogadores da equipe fazem uma "brincadeira" de péssimo gosto, que deixou James apavorado. Tentando compensar o que tinham feito com o jovem, Jones o coloca sob sua proteção, além de lhe dar uma ocupação. Como ainda não sabia o nome dele e pelo fato dele gostar de rádios, passou a se chamá-lo de Radio. Mas ninguém sabia que, pelo menos em parte, a razão da preocupação de Jones é que tentava não repetir uma omissão que cometera, quando era um garoto.
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Loucos de amor

loucos de amor ASSUNTO
Síndrome de Asperguer, Autismo, sexualidade

SINOPSE
Comédia romântica inspirada na vida de duas pessoas com a Síndrome de Asperger, uma forma de autismo, cujas disfunções emocionais ameaçam sabotar seu recém-iniciado romance. Donald é um cara legal, mas um motorista de táxi sem sorte que ama os pássaros e tem uma habilidade fora do comum com os números. Como muitos portadores da Síndrome, ele gosta de padrões e rotinas. Mas quando a bela, mas complicada Isabelle se junta ao seu grupo de ajuda aos autistas, sua vida - e seu coração - ficam de cabeça para baixo.



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Donald lidera um grupo de ajuda com pessoas com perturbações semelhantes como forma de não sentir-se só. Isabelle aceita sua doença e suas dês (vantagens), ao contrário de Donald. Surge o romance tumultuado, que desafia seu próprio desejo de ser “normal”. Flertes, ciúme, rompimentos românticos, mal-entendidos, timidez, reaproximações, e todo um continuum de situações comuns a qualquer casal, acontecem de forma interessante.Somos atraídos para o território pessoal de pessoas que, tendo que viver com dificuldades de comunicação, com timidez e inseguranças, com agressividades e descontroles, condicionados a padrões e rotinas, esforçam-se continuamente por serem independentes. É um conto a respeito do poder do amor incondicional, da aceitação da diferença, do apoio mútuo.

Leolo

leolo ASSUNTO
Esquizofrenia
Léolo passa a maioria de seu tempo lendo o livro L’avalée des Avalés, de Réjean Dumarche, também de origem franco-canadense. E é deste livro em particular, que o garoto tira toda a inspiração para escrever as mais escatológicas poesias e as histórias mais surrealistas dos constantes sonhos nos quais se refugia da vida. Grande parte do tédio que Léolo sente se deve à família. Segundo o garoto, um traço de loucura e esquizofrenia foi passada geneticamente pelo seu avô, pai de sua mãe, para todos os filhos e netos. Desta maneira, Léolo encontra um material espetacular para suas histórias nos tipos encarnados pelos familiares. Seu pai nutre uma obsessão pelo bom funcionamento dos intestinos de toda a família e faz todos os relativos tomarem doses diárias de laxante. O irmão halterofilista não consegue disfarçar sua constante fraqueza interior e o medo das pessoas em geral. Suas irmãs parecem não ter papel algum dentro de casa a não ser reforçar um ambiente assolado pela loucura.Apesar de ver a mãe como a única criatura consciente, terna e amável que vive ao seu redor, Léolo se sente cada vez mais imerso neste mundo de insanidade. Ela é reforçada pelas visitas à enfermaria psiquiátrica que boa parte da família começa a freqüentar. Depois, o garoto tenta matar o avô, o culpado pelo fracasso da família, e fica a um passo de perder os sentidos de vez. Dividido entre a paixão platônica por uma vizinha e a descoberta do próprio corpo, o garoto encontra nos sonhos e na imaginação uma fuga deste aparente buraco negro. Como ele próprio diz: “Porque eu sonho, eu não sou”. Assim, Léolo abre mão de sua liberdade física e começa a criar para si um mundo interior, que provavelmente está muito próximo do que Réjean Dumarche diz em seu livro: “A vida não se passa na terra, mas na minha cabeça”.O filme demonstra ser uma preciosidade rara no cinema, com uma fotografia estupenda e uma narrativa que compõe um retrato de infância baseado em cheiros, timbres, gostos e sensações. O flerte com o bizarro, com o lirismo e com a poesia, faz com que a transição para as memórias e lembranças seja ainda mais fantástica. A música tem papel fundamental aqui, como que por livre associação, a cabeça viaja através do som para os lugares mais longínquos, onde um fiapo de criança e da imaginação ainda resiste, mesmo que um tanto empoeirado.
SINOPSE
Uma família assolada pela loucura. Um pai obcecado com a saúde dos intestinos da família, um irmão cujos exercícios de musculação mal conseguem esconder seu medo das pessoas, duas irmãs que passam cada vez mais tempo em uma enfermaria psiquiátrica, e um avô, o responsável pelo fracasso genético da família. Léolo, o personagem principal, é cada vez mais afundado nessa insanidade. Mas através da liberdade e da imaginação, consegue viver uma vida dentro de si mesmo. O longa do diretor Jean Claude Lauzon conta a história de Léolo, filho de uma família com vários esquizofrênicos que tenta manter a sanidade num ambiente sórdido, no qual a própria biografia é reinventada em um diário. Leolo é o filho mais novo que luta, em meio à desagregação mental familiar, para construir uma identidade própria. Com seus esforços para fugir da loucura social e familiar, acaba se identificando com a possibilidade de expressar os seus sentimentos mais profundos por meio da escrita. Para ele, por coincidência do destino, seu pai é italiano e através de um acidente inusitado com tomates sua mãe foi escolhida ao acaso, o que fez com que o garoto nascesse no lugar errado.
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Kinsey, vamos falar de sexo

kinsey ASSUNTO

Sexualidade

Kinsey defendeu que todos os comportamentos sexuais considerados atípicos são na verdade normais, e ao mesmo tempo afirmou que: ser exclusivamente heterossexual é anormal, pois seria fruto de inibições culturais e de condicionamentos sociais, contrários à natureza do homem. Ele juntamente com os seus colaboradores pretendeu mudar os valores morais tradicionais. Dividindo o ocidente em duas fases antes e depois da revolução sexual. A idéia de sexo traz contradições em certos aspectos, demonstrando ainda o dualismo entre a tendência à superação de preconceitos e idéias tradicionais; à valores arcaicos e tabus aliados às questões que envolvem a sexualidade, cuja ignorância em relação ao respeito da compreensão deturpada das funções e das estruturas sexuais, proporcionam um rico solo para o florescimento dos mitos, muitos dos quais sobrevivem até os dias de hoje, onde a sexualidade humana é uma realidade complexa, íntima e pessoal, ao mesmo tempo que envolve, abrange, penetra e dinamiza a pessoa humana como um todo em sua unidade de ser. Sua pesquisa em sexualidade humana influenciou social e culturalmente os valores acerca da sexualidade nos Estados Unidos, especialmente nos anos 60, quando suas idéias foram importantes na chamada “Sexual Revolution”. A grande inovação de Kinsey foi dizer que o comportamento sexual era algo natural, tão natural quanto falar, andar, comer, e como tudo na natureza está passível de variedade.


SINOPSE

Liam Neeson estrela como Kinsey, que mudou a cultura norte-americana de maneira irreversível em 1948 com seu livro Sexual Behavior in the Human Male (O comportamento sexual do homem). Entrevistando milhares de pessoas sobre os aspectos mais pessoais de suas vidas, Kinsey aliviou o peso do silêncio e da vergonha de uma sociedade em que as práticas sexuais eram na maior parte ocultas. O trabalho provocou um dos mais intensos debates culturais do século passado – um debate que se estende até os nossos dias. Utilizando as próprias técnicas das famosas entrevistas sexuais do cientista, Kinsey — Vamos Falar de Sexo descreve sua trajetória extraordinária do anonimato à fama mundial.

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K-pax

k-pax ASSUNTO
Relações terapêuticas, afetivas, sociais, hipnose, psicodiagnóstico.

SINOPSE
Prot (Kevin Spacey) é um homem misterioso, que vive dizendo ter vindo do planeta K-Pax, distante 1000 anos-luz da Terra. Por causa disto ele é internado em um hospício, onde conhece o Dr. Mark Powell (Jeff Bridges), um psiquiatra disposto a provar que ele na verdade sofre de um grave distúrbio de personalidade. Mas as descrições de Prot sobre como é a vida em seu planeta acabam encantando os demais pacientes do hospício, fazendo com que eles queiram ir com Prot quando ele diz que está próximo o dia em que deverá voltar ao seu planeta.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Logo no início da projeção já fica claro que, dentro da representação de mundo desse paciente, ele realmente era um ser de um planeta distante. Como paciente, o Dr. Mark Powell cria uma forte interação e relação de amizade. Aqui vemos um exemplo clássico do movimento humanista, que considera a totalidade do ser, dentro de seu universo. Prot explica que veio de K-Pax, um planeta distante mil anos luz da Terra, viajando através da poderosa energia da luz, e seus conhecimentos em astronomia e supostas contribuições nas curas dos outros pacientes insanos do hospital conseguem confundir o psiquiatra que acaba considerando-o como o mais convincente dos loucos (ou não?). O Dr. Powell recorre então a sessões de hipnose com Prot e consegue descobrir informações importantes sobre seu passado obscuro que podem esclarecer a verdade. A eterna dúvida sobre a real identidade de Prot permanece durante todo o filme, podendo ter uma dupla interpretação no final. De fato, temos a possibilidade de pensar o psicodiagnóstico de esquizofrenia. Entretanto, o filme oferece um deslocamento desse olhar, trazendo uma perspectiva humanista da experiência do paciente. Ainda que seja utilizada a hipnose como suporte, o que fica evidenciado como ferramenta eficaz é o movimento de "estar com". Nesse aspecto, a empatia é fundamental, a realidade do cliente não é confrontada, ao contrário, é o ponto de partida possível para qualquer processo terapêutico. Independente da proporção, todo ser humano enfrenta situações que podem ser insuportáveis, em algum momento da vida. A possibilidade do organismo, diante das adversidades, pode ser acessar um universo particular fantasioso ou desenvolver algum sintoma. Sempre, qualquer alternativa é o melhor que pode ser feito naquele momento, a partir do repertório particular de cada um. K-pax é um filme charmoso, que privilegia o olhar humanista nas telonas, em detrimento dos rótulos habituais. Vale a pena conferir!

Divã

divâ ASSUNTO

Relações familiares, casal, afetivas, auto-suporte, feminino
Se identificar com Mercedes – a personagem de Lília – não é difícil, mulher lúcida vai ao analista sem saber porque. Pois se sente feliz, realizada. Casada à quase duas décadas, dois filhos adolescentes e um marido com quem mantêm uma relação morna, Mercedes pinta quadros para assim dar conta do seu interior, das metáforas da sua alma. O que faz com que Mercedes cause empatia é justamente sua necessidade de transgredir o pré-estabelecido, a rotina. Em contraponto a ela, a amiga (Alexandra Ritcher) é careta e passional. Duas visões diferentes para o feminino, se chocando e se entrelaçando. Mercedes trai o marido, fuma maconha, e se mostra disponível a viver, afinal avisa: “não vou estar pronta nunca”. Os melhores momentos do filme são quando a protagonista conversa com o analista, quando Mercedes mostra fragilidade sem ser piegas ou melodramática. O filme reverencia as mulheres – as pessoas - que desejam viver e aprender. Que decidem que vão ser felizes mesmo não realizando tudo o que desejam, (“Cada um que conviva com a própria irrealização”) e mesmo que tenha que aprender a catar as pedras pelo caminho e mudá-las de lugar.
SINOPSE
Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher de 40 anos, casada com Gustavo (José Mayer) e mãe de dois filhos, que decide procurar um psicanalista. A princípio, a decisão, que seria apenas para matar uma curiosidade, provoca uma série de mudanças em seu cotidiano. No divã, Mercedes questiona seu casamento, a realização profissional e seu poder de sedução. A melhor amiga, Mônica (Alexandra Ritcher), companheira de todos os momentos, vê de perto a transformação de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas, apesar de nem sempre concordar com suas escolhas.
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Bicho de 7 cabeças

bico de sete cabeças ASSUNTO
Saúde mental, luta antimanicomial, relações familiares
O filme aborda a grande polêmica do processo de socialização. Poderia ser o sistema penitenciário, poderia ser o exilo, a extradição, mas o foco é o sistema manicomial. Também relata a falta de informação de algumas pessoas sobre o uso de entorpecentes e a falta de diálogo entre pais e filhos. Pai e filho possuem um relacionamento difícil, com um vazio entre eles aumentando cada vez mais. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema manicomial desumano. O filme denuncia a violência praticada contra os doentes mentais dentro dos hospitais psiquiátricos, além de reivindicar mudanças rápidas no campo da saúde mental, além de escancarar a política de fabricação da loucura e o tratamento do louco através de práticas desumanas e violentas, como o eletrochoque e a aplicação de doses maciças de medicamentos. Outro recado importante que é dado no filme é tentar (eu sei que é difícil) não enxergar os doentes como doentes. No fundo eles apenas desviam do padrão estabelecido pela sociedade.

SINOPSE
Uma viagem ao inferno manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto, um jovem de classe media baixa que leva uma vida comum até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um cigarro de maconha em seu bolso. O fato é a gota dágua que deflagra a tragédia na família. Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade, com pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai, como pichar muros e usar brincos. A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso. No manicômio, Neto conhece uma realidade absurda e desumana, onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel. A linguagem de documentário utilizada pela diretora empresta ao filme uma forte sensação de realidade, aumentando ainda mais o impacto das emoções vividas pelo protagonista.
A história foi baseada em fatos reais vividos por Austregésilo Carrano Bueno. Até os 20 anos, ele foi internado em várias instituições psiquiátricas, sempre tendo todos os seus direitos desrespeitados. Austry passou dias e dias amarrado à cama ou trancafiado em cubículos escuros e imundos, semelhantes às solitárias das penitenciárias.
“Este filme é duro, chocante, cruel. Duro porque apresenta a realidade dos hospícios manicomiais com uma transparência que parece de documentário e não de filme; chocante porque os espectadores no mini cinema de um shopping ficaram sofrendo o impacto "da medicina manicomial", e cruel porque as cenas de violência desumana em nome de um tratamento psiquiátrico mostravam sem alegorias ou metáforas como o homem pode ser o lobo do homem.” Leia mais clicando aqui
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Helen

helen ASSUNTO
Depressão
OS acontecimentos vão revelando aos poucos a historia pessoal de alguém que já sofreu uma crise de depressão e quis esquecer. Quando uma nova crise rompe na vida da personagem, todo seu passado vem à tona, seu mundo desmorona. Filha, marido, intervenções médicas e psicológicas, apoio de companheiros com o mesmo diagnóstico, negação, são desdobramentos apresentados durante a trama, apresentando de forma sensível, alguns fatos e conseqüências possíveis de ocorrer nun caso de depressão grave.

SINOPSE
Uma professora de música, mãe e esposa começa a sofrer de depressão grave e viemos a descobrir que tinha havido um episódio passado que resultou no seu divórcio do primeiro marido e sua filha quando ela era muito jovem. Temos que ver o impacto da depressão atual com seu segundo marido, o seu impacto sobre ela agora filha de 13 anos. Há cenas de intervenção médica e psicológica, sua amizade com um estudante de música (com um passado), tanto como professor e depois como companheiros que apoiar uns aos outros.
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Geração Prozac

geração prozac ASSUNTO
Transtorno de Humor ou Boderline ?
No filme é abordado um aspecto - o uso indiscriminado de medicação sem um aprofundamento do caso psicológico/clínico da paciente, no caso, Elizabeth, questionando-se ao final do filme, se a medicação alterou ou não seu comportamento frente à doença e as pessoas importantes em sua vida.
Mas frente à incapacidade de criarmos um mundo melhor, a partir de posturas humanas mais dignificantes, mais amorosas, que pudessem construir indivíduos mais inteiros; dezenas de milhões de pessoas usam remédios para alcançarem uma felicidade que suas miseráveis existências por si não lhes presentearão. (...) Leia mais clicando aqui.
Apesar de não deixar claro o diagnostico de Transtorno de Personalide Borderline (ou Boderline), este fica bem claro no decorrer da trama. Pela medicação utilizada, muitos podem levar a crer que Elizabeth tenha um transtorno de humor “apenas”.(...) Leia mais clicando aqui.
SINOPSE
Elizabeth "Lizzie" Wurtzel é uma adolescente que foi aceita em Harvard com uma bolsa de estudos em jornalismo. Ela foi com a sua mãe divorciada, Mrs. Wurtzel, desde os seus dois anos, mas ela sente a falta de seu pai e sente-se carente e depressiva. Quando ela entra na universidade, ela vive com um companheiro de quarto e Ruby tem a sua iniciação sexual com Noah. O seu artigo para o jornal local é concedido pela revista "Rolling Stone". Lizzie abusa no sexo e nas drogas, e a sua crise existencial e depressão aumentam e ela magoa os seus amigos e a sua mãe que a amam, enquanto namora com Rafe. Quando suas noites de trabalho regadas a drogas e sua instabilidade emocional a afastam de sua amiga de quarto e de seu namorado, Lizzie procura a ajuda profissional da Dra. Diana Sterling, que lhe receita o antidepressivo Prozac.
TRECHOS DO FILME:

TRAILER EM INGLÊS

Durval Discos

durval discos ASSUNTO
Psicose, Esquizofrenia
A trama começa mostrando que ali, naquela casa, naquela relação, para aquelas pessoas não há espaço para nada novo. Durval Discos é uma metáfora da vida que parou. Durval Discos tem um enredo que vai muito além do que a princípio se propõe. Tem início o segundo ato de uma história que beira o delírio e a loucura e, se descoberto antes, pode prejudicar totalmente o deleite do espectador. No final temos certeza: estamos diante de um filme que trata sobre a loucura.
Críticas sobre o filme, clique Aqui
SINOPSE
Durval e sua mãe Carmita vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada, sendo que o baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota. Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias. Durval e Carmita ficam surpresos com tal atitude, mas acabam cuidando da garota. Até que, ao assistir o telejornal, mãe e filho ficam cientes da realidade em torno de Célia e Kiki.
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De porta em porta

porta em porta ASSUNTO
Paralisia Cerebral, Adultério, homossexualidade, inclusão, empatia, motivação
Seu enredo versa sobre diferenças, indiferenças e acertos. Retrata uma pequena família composta por mãe e seu único filho: Bill Potter. Este vai em busca de emprego e tem sua mãe como motivadora essencial. Bill se auto-motiva mesmo sendo rejeitado devido à sua “condição diferente”, pois na infância teve paralisia cerebral que o deixou com algumas seqüelas. Assistimos a um festival de superação por parte de Bill, pois geralmente é visto pelos outros como incapaz, medonho pela forma de andar e falar, sendo, muitas vezes, ignorado. Contudo, não desiste e percebe que há grandes potencialidades em si e que vai exercitar a paciência, a amizade e, claro, o diálogo e a ouvida do outro para fazer-se ouvir também. Na sequência a mãe de Bill passa por uma “doença degenerativa” que a faz perder a memória a cada dia, fazendo com que Bill se torne ativo no processo de resignificar a situação de "quem cuida de quem”. O filme nos transmite a capacidade de acreditar em si, não importando os limites sociais e estruturais e que todos nós podemos ser agentes de transformação.

SINOPSE
Portland, Oregon, 1955. Apesar de ter nascido com uma paralisia cerebral, que cria limitações na sua fala e movimentos, Bill Porter (William H. Macy) tem todo o apoio da sua mãe para obter um emprego como vendedor na Watkins Company. Bill consegue o emprego, apesar de certa relutância devido às suas limitações, pois teria que ir de porta em porta oferecendo os produtos da companhia. Bill só conseguiu o emprego quando disse para lhe darem a pior rota. Primeiramente Bill é rejeitado pela pessoas "normais", mas ao fazer sua 1ª venda para uma alcóolatra reclusa, Gladys Sullivan (Kathy Baker), ele literalmente não parou mais. Por mais de 40 anos Bill caminhou 16 quilômetros por dia e, para ajudá-lo nesta trajetória, além da sua mãe e Gladys, surgiu Shelly Soomky Brady (Kyra Sedgwick).
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Garotas do ABC

 garotas do abc ASSUNTO
Transtorno Dissociativo, preconceito, homofobia, relações afetivas e sociais
Fábio vive a contradição de namorar uma jovem negra, que é apelidada de Schwarzenega pela admiração que dedica ao astro austro-americano Arnold. Entre as demais personagens femininas, algumas se destacam: a operária Paula Nélson, que é assediada por um líder sindical, ao mesmo tempo em que tenta manter a harmonia entre as meninas da fábrica; Antuérpia, que aos 38 anos tenta iniciar-se na profissão de tecelã; e a casta Suzana, apaixonada pelo patrão. Ela parece sentir prazer com os pequenos acidentes de trabalho que sofre e deixam marcas em seu corpo, além de garantir um bom dinheiro a título de indenização. Entre os protagonistas masculinos o mais desprezível é Salesiano de Carvalho, o líder dos neonazistas e mentor intelectual da série de atentados que eles praticam contra nordestinos e negros.
“O grande mérito na engenharia poética deste grande filme brasileiro é unir o particular ao coletivo, o familiar ao social, o afetivo-sexual ao político...” em Cinema terra
 
SINOPSE
No ABC de São Paulo, região de fábricas têxteis e metalúrgicas, um grupo de operárias vive seu cotidiano de intenso trabalho, sonhos e ilusões. Entre elas, destaca-se Aurélia, operária negra, bela e atrevida. Aurélia (Michele Valle), namora Fábio Tavares (Fernando Pavão), um fisiculturista do ABC, com quem sonha em se casar um dia. O rapaz está cada dia mais se envolvendo com um grupo racista da região e gradativamente começa a participar de manifestações violentas contra nordestinos, homossexuais e negros.
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A vida secreta das palavras


a v sec das palav

ASSUNTO


Segredos – Violência, solidão, deficiência auditiva, relação cuidador e cuidado, abuso. estupro

SINOPSE

A Vida Secreta das Palavras conta a história de Hanna, uma mulher solitária e com um passado misterioso. Funcionária exemplar, ela é obrigada a tirar férias. Numa plataforma petrolífera onde só trabalham homens, num lugar isolado no meio do mar, houve um acidente. Sem ter o que fazer e nem para onde ir, Hanna é voluntária para cuidar de Josef, um homem que ficou temporariamente cego. Hannah é introvertida, solitária e parcialmente surda. Entre eles cria-se uma estranha intimidade que se vai aprofundando, laços cheios de segredos, verdades, mentiras, humor e dor que mudarão as suas vidas para sempre.


TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA
É um filme sobre a solidão, sobrevivência, sobre a (in)capacidade de seguir em frente. O passado de Hanna não é revelado no início do filme, não há uma só informação sobre ela, além de seu sotaque do leste europeu e a necessidade de uso de um aparelho de surdez (que é desligado quando ela quer ficar sozinha). Hanna não falta ao trabalho, não se relaciona com os colegas e come todos os dias arroz, frango e maçãs. Mas essa vida sem sal, sem sabores (a culinária, não por acaso, será uma grande metáfora adiante), esconde um segredo, que demora a ser revelado, mas é catártico. 

A razão do meu afeto

a razão do meu afeto ASSUNTO
Homossexualidade, sexualidade
É um filme para adultos, abordando relações sexuais hetero e homossexuais num contexto urbano. As circunstâncias têm características aparentemente banais, no entanto, as questões suscitadas merecem reflexão profunda, por suas implicações individuais e sociais. As decisões afetam o cotidiano de pessoas diferentes que, às vezes, precisam se conhecer melhor, juntamente com a sua atitude de compreender o próximo.

SINOPSE
Nina (Jennifer Aniston) é uma encantadora e independente assistente social que cai na pior armadilha para uma mulher: apaixona-se perdidamente pelo homem errado. Depois de levar um fora, George (Paul Rudd) um professor super charmoso e completamente irresistível decide dividir o apartamento com Nina. O que começou como uma inocente amizade transforma-se em algo extraordinário. Vivendo momentos inesquecíveis de total ternura, ela se deixa levar pelo fascínio de George. E é exatamente aí que começam seus problemas. A Razão Do Meu Afeto é uma comédia romântica que traz com muita sensibilidade e emoção o limite que separa o sexo do amor e da amizade!
Trailer (inglês)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Preciosa

preciosa ASSUNTO
Racismo, pobreza, injustiça social, violência doméstica, abuso sexual, boderline
O filme é um drama pesado e realista, provavelmente não vai agradar a todos. Não é o tipo de filme que você sai leve do cinema; não, é o tipo de filme que, ao terminar a sessão, você sente que levou um soco no estômago. Preciosa é negra, pobre, morbidamente obesa e disléxica. Adolescente, é maltratada pela mãe, que passa o dia inteiro vendo TV, dependendo da caridade do governo e pouco se importando com a filha, a não ser para manter o seu benefício. Precious é fechada, sem amigos, sendo que seu único escape são alguns sonhos/devaneios, onde ela é famosa, tem um namorado branco e rico, etc. Algumas cenas no filme demonstram a fuga da realidade, um mecanismo de defesa que nega acontecimentos tão traumáticos. Com olhar perdido, voz marcante e ar de quem não sabe o que está fazendo neste mundo, a garota dá à sua personagem um incrível senso de alienação que mais tarde perceberemos não ser exatamente um descaso diante da vida, mas sim um escudo, uma crosta criada pelas feridas do mundo. No decorrer da trama, seu personagem cresce, ganha autoestima. E, nos momentos de sonho, a atriz se transmuta totalmente. Vira outra, bem diante dos nossos olhos. Ao resignificar a sua vida ela conseguiu não naturalizar a violência que sofria, a professora teve uma escuta ativa e a amou, sentimento esse nunca vivenciado por ela. O amor de pais nunca teve, o que teve no lugar deste amor nunca caracterizou algo de bom para Preciosa. Sua mãe com características boderline, traços característicos de psicose, é um destaque.
SINOPSE
Ela tem 16 anos, é uma gorda com obesidade mórbida e negra. Mora no Harlem. Seu pai lhe engravidou duas vezes, na 2ª gravidez é expulsa da escola que não lhe ensinou a escrever nem a se comunicar. Teve sua primeira filha aos 12 anos, ela é chamada de “Mongo” em referência à Síndrome de Donwn da qual é portadora, a criança é criada pela avó. Sua mãe é algo que só vendo para saber, mas recebe os cheques da Assistência Social. Ela sonha ter um namorado mas os meninos a odeiam. Sua vida é um inferno e algo acontece quando vai para uma escola alternativa onde conhece Blu Rain (Paula Patton). Além das estrelas Mariah Carey despida do invólucro de diva glamurosa, de um belo Lenny Kravitz e do show de falta de humor daquela que aprendemos a ver fazendo humor, Mo’Nique (Mary, a mãe infeliz de tanta infelicidade) temos muito o que perceber neste longa de temas indigestos e baseado em história real.
TRAILER

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Amor além da vida

amor alem da vida ASSUNTO
Luto, depressão, relações familiares, afetivas, casal e família, auto-suporte, empatia, espiritual.
O filme, considerado e debatido por muitos a partir dos fundamentos da doutrina espírita, é acima de tudo uma obra-prima. Recheado de diálogos sublimes e fotografias belíssimas, o filme desperta reflexões com diversas perspectivas. Eu, particularmente, fui afetada em vários aspectos. Destaco, porém, algo relacionado ao trabalho na abordagem Gestáltica. Principalmente nas cenas que acontecem no deslumbrante cenário do após-vida de Chris com diálogos esplendorosos. “Viagem a fantasia” é uma técnica utilizada como ferramenta de trabalho na abordagem gestáltica. Essas cenas me transportaram para “sonhar acordado”, “presentificar sonhos” e outras possibilidades dessa ferramenta. Apresento abaixo diversos olhares e alguns trechos do filme:
“Na mitologia grega, Orfeu era um poeta e músico que a todos encantava com sua música. Apaixonado por Eurídice, sofreu a dor de sua morte após ela ser picada por uma cobra. Transtornado, Orfeu viajou até o Mundo dos Mortos para reaver sua amada.A história foi levada diversas vezes para o cinema (...). A depressão domina o ambos, mas Annie tem maiores dificuldades para superá-la. (...) Annie é incapaz de prosseguir sua viva só e superar a solidão. Comete suicídio. O após-vida de Chris é repleto de cores e reflete as pinturas de sua esposa em seus momentos de felicidade. (...) Annie, por outro lado, como suicida, é condenada a uma existência oposta, um ambiente estéril, sem vida, desprovido de cor e amor. A cada um, seu inferno particular.” Leia mais clicando aqui
“Toda a história é envolta por símbolos e cores visando que o expectador perceba os movimentos e emoções de cada personagem.” Leia mais clicando aqui
As paisagens – quadros convertidos em realidade – são de uma beleza improvável e indescritível. (...) É como se Rembrandt, Renoir e Dante Alighieri tivessem emprestado sua visão de paraíso e inferno à direção de arte do filme(...) As situações, os diálogos e as interpretações são de uma riqueza humana que, apesar de momentos de extrema dramaticidade, nunca é piegas. As mensagens otimistas também soam naturais. Fala-se do amor de (...) pais e filhos, de mestres e aprendizes, e sentimentos (...) Mostra-se que as aparências e preconceitos não existem para os que enxergam com a alma(...) É um filme que mescla tristeza e alegria, e agonia e êxtase, com equilíbrio e maestria raramente encontrados no cinema atual. “Pesa” quando é preciso, mas nos deixa leves, no final.” Leia mais clicando aqui 
SINOPSE
Chris Nielsen (Robin Williams), Annie (Annabella Sciorra), sua esposa, e os filhos do casal fazem uma família feliz. Mas os jovens morrem em um acidente e o casal é bastante afetado, principalmente Annie. No entanto, eles superam a morte dos filhos e conseguem levar suas vidas adiante, mas quatro anos depois é a vez de Chris morrer em um acidente e ser mandado para o Paraíso. Mas não um Céu com arcanjos e harpas, pois lá cada um tem um universo particular e o dele é uma pintura (sua mulher coordenava uma galeria de arte). Enquanto tenta entender o Paraíso, onde tudo pode acontecer, bastando que apenas deseje realmente, Chris fica sabendo que Annie, dominada pela dor, comete suicídio. Assim, ele nunca poderá encontrá-la, pois os suicidas são mandados para outro lugar. Mesmo assim decide tentar achá-la, apesar de ser avisado que mesmo que a encontre, ela nunca o reconhecerá.
Resumo ilustrado, clique aqui
VÍDEOS:
Clipe 1, clique aqui
Clipe: apaixone-se, clique aqui
TRAILER:
Alguns trechos em vídeo:
(…)“não precisa se destruir para amar alguém”. ASSITA:
(…) O que é o eu?( ...).você tem consciência de que existe, então existe.”
. Assista:

Don Juan de Marco

Don juan de marco ASSUNTO
Esquizofrenia, relações afetivas, familiares e terapêutica
O jovem criou um mundo para si, onde buscava esquecer os acontecimentos traumáticos da sua vida, principalmente relacionados à sua mãe, que, ao que parece, foi uma mulher adúltera. Para se proteger , O “Dom Juan” se utiliza de vários mecanismos de defesa. Ele nega a sua realidade o tempo todo, porque aquilo lhe provoca uma angústia insuportável. O personagem busca assumir a identidade de Dom Juan, evitando assim o reconhecimento das suas próprias inadequações. Ele preferiu isolar os pensamentos que lhe remetiam a fatos desagradáveis da sua vida, desvinculando de outras idéias, para que esses fatos viessem a ficar “esquecidos”, com pouco acesso por ele próprio, evitando as fortes emoções Apesar de apresentar todo esse quadro, o rapaz também se mostrava o tempo inteiro consciente da sua fantasia. Ele sabia que aquela sua estória não era real, conhecia a sua realidade, apenas criou para si, um mundo no qual ele pudesse liberar seus desejos, suas fantasias. Utilizáva-se da máscara justificando esconder sua vergonha por ter sido o estopim da morte de seu pai. Ele conseguia manter uma capacidade de alternância entre a realidade e a fantasia. Estava extremamente consciente de sua vida, de que estava em um hospital psiquiátrico e etc., porém preferia encarar a situação daquela forma fantasiosa, porque lhe era menos desgostoso. O psiquiatra, ao invés de bombardeá-lo com medicamentos, resolveu ouvir sua história e embarcar no seu devaneio, e acabou por envolver-se por completo. Na relação ambos são afetados. O médico, então, passa a ter um comportamento diferente, começa a querer resgatar o romantismo no seu casamento. O delírio de Don Juan é extremamente apaixonante, pois trata de uma forma suprema e graciosíssima das questões do amor e da sexualidade. Uma história que nos leva a refletir sobre nossas visões limitadas de encarar o amor em todas as idades e épocas. É preciso ver através das máscaras.
Dom Juan DeMarco, sob a direção de Francis F. Copolla, mostra um jovem ( J. Deep), que afirma ser Dom Juan DeMarco, um conquistador de mulheres que usa a máscar, se veste como um cavalheiro e ameaça suicídio do alto de um prédio, deprimido pela perda de seu amor. Um psiquiatra,Jack Micller(Marlon Brando) é indicado para tratá-lo.Durante a primeira sessão, o rapaz pede-lhe que ele não lhe dope,que ele lhe contará sua vida. O diretor insiste  que o rapaz é um lunático e que seja tratado como tal.O psiquiatra pede-lhe um tempo, para que possa tratá-lo sem o uso de remédios, o diretor mesmo a contragosto concorda.Nas sessões seguintes, o jovem fala-lhe de sua vida na ilha onde cresceu, cercado de amor  e da paixão dos pais, de sua vida amorosa. Fala-lhe de uma maneira , tão envolvente, que o médico não sabe até onde é realidade ou fantasia.Apartir daí, o psiquiatra passa ter uma visão da vida e dos relacionamentos pessoais.Revigorado, passsa a tratar a mulher Marilyn( Faye Dunaway) , mais atenciosamente com uma paixão  jovial que há muito deixara de existir no relacionamento deles.Tornam-se companheiros e amantes. Quando se encerra o prazo dado pelo diretor,pede a Dom Juan que  fale perante a junta médico quem ele era, um jovem com problemas e que já estava curado. E asim ele recebe alta. O psiquiatra, que estava próximo de se aposentar,  vai para a ilha de Dom Juan , com a mulher e lá passa a viver feliz.
VÍDEOS:
Diálogo - Fantasia e realidade:
TRAILER:

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mary e Max

mary e max ASSUNTO
Saúde mental, exclusão social, compulsão alimentar, autismo, alcoolismo, Síndrome de Asperger, obesidade, gênero, amizade
É uma animação para adultos do diretor australiano Adam Elliot, que versa sobre a solidão e a vulnerabilidade humana, usando a comédia e a tragédia como tempero da sua narrativa. É uma animação que consegue falar poeticamente sobre questões sociais e de saúde mental: trabalho alienado, exclusão social, marginalidade conferida aos doentes mentais, compulsão alimentar, alcoolismo, síndrome de aspenger, suicídio; e do quanto essas questões acabam promovendo ao indivíduo uma sensação de isolamento social. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais. Mary é uma garotinha australiana de oito anos, que não tem atenção dos pais, um pai taxidermista nas horas vagas e uma mãe alcoólatra. Max é um senhor judeu de 44 anos, que frequenta uma espécie de "comedores compulsivos anônimos", solitário e meio autista (na verdade, descobrimos mais tarde que ele tem Síndrome de Asperger). Daí, dessas duas almas solitárias (exceto pelo galo de estimação e pelo amigo invisível de Max), nasce uma amizade baseada na troca de cartas (e de presentinhos juntos). Mary e Max é um drama adulto, que tem seus momentos de alívio cômico, mas que é basicamente, um drama. E até meio depressivo. Apesar do clima bastante depressivo em várias partes (como quando Mary se vê no fundo do poço), o filme consegue não se tornar maçante com um clima pesado demais. Além dos diálogos (via cartas) serem muito bons, há ainda diversos alívios cômicos espalhados, o que quebram um pouco o ritmo sombrio e não deixam o filme ser apenas lágrimas. O filme critica a sociedade-do-pouco-contato em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias dos personagens, não só dos protagonistas como também dos coadjuvantes, como a mãe e o vizinho de Mary; a vizinha e os cidadãos que Max observa. Uma frase, aparentemente simples, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”.

SINOPSE
Mary e Max é uma animação stop motion feita com massa de modelar, ou a popular massinha. Filme australiano, aconta a emocionante história (baseada em uma história real) de dois solitários muito diferentes, que por um acaso, acabam se tornando amigos através de cartas (algo que hoje equivaleria a você adicionar/seguir alguém sem conhecê-lo "ao vivo"). Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida.
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Trailer oficial

Temple Grandin

temple

ASSUNTO

Autismo, inclusão, superação

SINOPSE

Dirigido por Mick Jackson e com Claire Danes como Temple, o filme conta a história e a trajetória de uma das autistas mais conhecidas no mundo. Mostrando de forma intensa e detalhada como foi difícil o caminho desde o inicio do diagnostico  até receber o titulo de mestre em psicologia, o filme emociona e encoraja.Outro ponto forte do filme é mostrar como funciona a mente e a percepção visual de Temple.


TRAILER


O OLHAR DA PSICOLOGIA

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento. Uma deficiência nos sistemas que processam a informação sensorial recebida faz a criança reagir a alguns estímulos de maneira excessiva, enquanto a outros reage debilmente.  O autismo é uma anomalia da infância que isola a criança de relações interpessoais. Ela deixa de explorar o mundo à sua volta, permanecendo em vez disso em seu universo interior. Os sintomas parecem surgir nos primeiros meses de vida. O bebê não responde da mesma forma que os demais. Não é surdo, pois reage aos sons. Mas suas reações a outros estímulos sensoriais são inconsistentes. O perfume de uma rosa recém-colhida no jardim pode provocar um ataque na criança – ou fazê-la recolher-se a seu mundo interior. Outros sintomas do autismo são esquivar-se ao toque alheio, ausência de fala com significado, comportamentos repetitivos, acessos de raiva, sensibilidade a barulhos altos ou incomuns e falta de contato emocional com as outras pessoas. Temple foi diagnosticada   aos 4 anos de idade. Na escola era chamada de "gravador", por repetir o que era dito sem parar. Dizer que uma criança autista não apresenta reação absolutamente nenhuma às outras pessoas é um equívoco, uma criança autista pode apresentar reações sociais numa determinada situação, mas não em outra. As crianças autistas manifestam tanta variação de talentos, Inteligência, gostos e atrativos sociais quanto as crianças ditas “normais”. Temple Grandim é um exemplo de que o diagnóstico não restringe o ser!

Tempo de despertar

ASSUNTO
Neuropsicologia, reabilitação, relação terapêutica
Mount Carmel era um hospital para doentes crônicos, onde estavam confinados aproximadamente 80 pacientes pós-encefalíticos que teriam sobrevivido à grande epidemia de doença do sono (encefalite letárgica) que ocorreu após a I Guerra. Sacks esteve pela primeira vez em Mount Carmel em 1966 e, nessa época, os médicos consideravam que hospitais ou asilos para doentes crônicos eram lugares desinteressantes, onde breves visitas aos doentes confinados nestes hospitais eram mais do que suficientes. Clinicar em Mount Carmel foi uma decisão autentica tomada por Sacks, conforme cita em seu livro "Tempo de despertar" (que forneceu material para o filme), onde revela porque decidiu estudar a doença do sono: “O que me instigou na época foi o espetáculo de uma doença que nunca era a mesma em dois pacientes, uma doença que podia assumir qualquer forma possível — denominada corretamente fantasmagoria pelos que primeiro a estudaram”. Em 1969, Sacks começou a ministrar a droga que teria permitido o despertar de seus pacientes e resultado numa experiência fascinante, reveladora de efeitos e comportamentos absolutamente inesperados. Na época, a L-dopa (levodihidroxifenilalanina), um medicamento desenvolvido para sanar a carência do neuro transmissor dopamina, era considerada uma droga experimental e a sua utilização estava condicionada a supervisão do FDA (Food and Drug Administration). A experiência que Sacks teve com os seus pacientes foi critica para o desenvolvimento de uma nova visão sobre a medicina. A questão não se resume a uma elaboração conceitual: Sacks experimentou uma profunda empatia com seus pacientes e foi capaz de observar e reconhecer que os efeitos provocados pela dosagem da L-dopa eram complexos e imprevisíveis.
SINOPSE
Bronx, 1969. Malcolm Sayer (Robin Williams) é um neurologista que conseguiu emprego em um hospital psiquiátrico. Lá ele encontra vários pacientes que aparentemente estão catatônicos, mas Sayer sente que eles estão só "adormecidos" e que se forem medicados da maneira certa poderão ser despertados. Assim pesquisa bem o assunto e chega à conclusão de que a L-DOPA, uma nova droga que já estava sendo usada para pacientes com o Mal de Parkinson, deve ser o medicamento ideal para este casos. No entanto, ao levar o assunto para o diretor, ele autoriza que apenas um paciente seja submetido ao tratamento. Imediatamente Sayer escolhe Leonard Lowe (Robert De Niro), que há décadas estava "adormecido". Gradualmente Lowe se recupera e isto encoraja Sayer em administrar L-DOPA nos outros pacientes, sob sua supervisão. Logo os pacientes mostram sinais de melhora e também mostram-se ansiosos em recuperar o tempo perdido. Mas, infelizmente, Lowe começa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais.
“Infelizmente os resultados do remédio duram pouco tempo, mas o suficiente para o médico descobrir que, atrás daqueles corpos aparentemente vazios, continuava a existir seres humanos completos, com sentimentos, alegrias e paixões.”  Trecho dos comentários de Pedro, um menino muito especial que vocês vão amar Leia mais Clicando aqui

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As confissões de Schmidt

as confissões de scimidt

ASSUNTO


Depressão, terceira idade, luto, Relações familiares, afetivas e sociais, aposentadoria

SINOPSE

2002 -Warren Schmidt é o típico cidadão classe média americano cuja vida baseia-se em dois pilares: trabalho e família. Funcionário há décadas de uma companhia de seguros e casado há 42 anos, de repente, Schmidt se vê aposentado e viúvo. Para piorar, sua única filha vai se casar com um vendedor de colchões medíocre. Agora, sem trabalho e sem família, Warren se pergunta: o que fazer da vida? Em busca de uma resposta, Schmidt embarca no trailer que comprou para viajar com sua esposa e pega a estrada decidido a impedir que sua filha passe a integrar aquela família estranha com gente esquisita Engraçadas e comoventes são as situações que Warren experimenta nessa sua jornada, todas relatadas em cartas destinadas a um garotinho africano que ele nem conhece, mas decidiu adotar à distância na esperança de dar algum sentido a sua vida. O filme conta a estória de um Homem depressivo, pós morte da esposa, o Homem de meia-idade, ao tentar controlar a vida de sua filha, se dá conta que não tem controle nem sobre sua própria existência.

TRALER



O OLHAR DA PSICOLOGIA

“A visão depressiva da vida de Schmidt é uma das melhores análises da sociedade americana e das relações familiares cada vez mais frágeis. Optou-se por um maior aprofundamento na vida de um único personagem e de suas relações com as outras pessoas. O distanciamento entre pais e filhos, um dos enfoques do filme, é uma reflexão sobre a importância dada ao sucesso individual exaltado pelos americanos. E a busca de Schmidt por um sentido para sua vida é altamente filosófica” .
“As Confissões de Schmidt é um filme sobre personagens com vidas comuns em situações comuns, que nos mostra, de maneira bem depressiva, a busca de Schmidt pelo famoso “sentido da vida”. Schmidt está se aposentando. Vive em um bairro de classe média em uma (mais uma) dessas cidadezinhas pequenas e anônimas do interior dos Estados Unidos. Sua vida é monótona ao extremo. Ele considera seus amigos desinteressantes, mesmo amando eles.(...) A cena inicial é magistral: Schmidt, como um robô, encara o relógio até este apontar o exato segundo para ele ir embora, no último dia de trabalho antes da aposentadoria. Essa cena é a síntese do filme, explicando que o que virá pela frente é uma história de tédio, rotina, e depressão. Não é um filme fácil. Muita gente pode sair do cinema deprimida, como o personagem de Nicholson. A história é apenas um pano-de-fundo para a realização do auto-conhecimento, e da busca pelo tal sentido da vida de Schmidt. Ele está ajudando um garotinho órfão na África, enviando-lhe cheques para comida e cartas para se corresponder com o garotinho. Nessas cartas (que servem também para analisarmos e descobrirmos como funciona a cabeça e os sentimentos de Schmidt) ele solta toda sua raiva e dúvida em relação à vida que está levando e às pessoas que o cercam. Profissional em estatísticas, ele sabe que tem 73% de chance de morrer nos próximos nove anos. Não há mais tempo a perder.”  Clique aqui para ler mais...


Camile Claudel

camile cvlaudel ASSUNTO
Esquizofrenia. relações afetivas, de casal e familiares
O filme relata os primeiros anos de sua vida até a maturidade, o encontro com Rodin, mestre e amante, o desespero diante de dificuldades materiais intransponíveis e a separação de Rodin. Após tal separação, o ódio pelo amante e a dor do abandono unia-se à relação hostil e tensa com a mãe e à frustração com seu papel de mulher na época.  Sua internação forçada num asilo em precárias condições e suas cartas pungentes retratam uma personalidade complexa, lúcida e afetiva apesar dos surtos delirantes. A loucura aparece, em parte, como uma tentativa desesperada de se proteger de conflitos insolúveis nos quais aspectos pessoais e culturais se entrelaçam. A grandiosidade de sua obra é abordada, com interpretações simbólicas sobre sensibilidade, esperança, pureza, feminilidade, graça, desejo amoroso, tristeza, criatividade, reveladas pela destreza ímpar de artesã e permeando as relações humanas com sua beleza e seu drama inerentes.
SINOPSE
Em Paris, em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em conflito com sua família burguesa ao tornar-se aprendiz e, depois, assistente do famoso Auguste Rodin. Quando ela se transforma em amante do mestre (que já era casado), cai em desgraça junto à sociedade parisiense, embora tenha amigos do porte do compositor Claude Debussy. Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento com Rodin, Camille rompe o romance e mergulha cada vez mais na solidão e na loucura. Por iniciativa de seu irmão mais novo, o escritor Paul Claudel, é internada em 1912 num manicômio.
Na historia da arte - por uma psicóloga  - clique aqui
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