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sábado, 9 de junho de 2012

Heróis imaginários

clip_image002ASSUNTO
Adolescência, luto, segredo, suicídio, família disfuncional, relações afetivas, familiares e sociais.

SINOPSE
Sigourney Weaver é a mãe de uma típica família norte-americana nessa produção que trata dos problemas familiares e de relação entre pessoas que moram em uma mesma casa. Mãe de um adolescente rebelde e esposa de um marido que começa a tratá-la como se ela não estivesse lá, ela começa a fumar maconha e ameaça revelar vários segredos que só os familiares conhecem. Essa crise vai levar todos a reavaliarem seus relacionamentos e sua convivência, tanto para o lado bom disso tudo quanto para o ruim. O marido Ben é interpretado por Jeff Daniels e a produção conta, além de ótimas atuações, com um roteiro forte, mas que não deixa de ser também bem humorado.
Uma típica família norte-americana vive uma rotina perfeita à primeira vista. Porém sob a aparência de normalidade esconde-se uma também típica família em crise. Tim (Emile Hirsch), o filho mais novo, experimenta as angústias da adolescência; seu pai, Ben (Jeff Daniels), vive atormentado pelos erros do passado; e sua mãe, Sandy (Sigourney Weaver), administra seu rancor com o consumo de drogas. E agora Sandy está prestes a revelar um terrível e doloroso segredo capaz de dividir os membros da família.
TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ainda que a trama seja narrada pelo adolescente Tim, somos convidados a perceber as diferentes reações dos familiares frente à perda trágica. O irmão mais velho é apresentado como aquele que é o melhor em tudo, sendo o orgulho dos pais, enquanto Tim é a ovelha negra. O filho “perfeito” vence mais uma competição e leva um troféu para casa. Na manhã seguinte, a família inicia um dia comum, quando o adolescente vai chamar o irmão campeão para o café da manhã. As marcas de sangue das pegadas de retorno de Tim anunciam a tragédia: o filho mais querido, mais perfeito, mais admirado, cometeu suicídio. A partir de então a comunicação entre esses membros fica inviável. O peso desse rompimento, num momento que mais precisavam uns dos outros, é sentido durante toda trama. Nada é dito sobre o ocorrido, mas o comportamento de todos começa a revelar o possível caos interno que é vivido no luto de cada um. O isolamento é marca na vivência desse luto, tornando o processo mais doloroso para todos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tomboy


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ASSUNTO
Relações afetivas, familiares e sociais, identidade de gênero, fenomenologia.
SINOPSE
“Tomboy” é a denominação dada para meninas que gostam de agir como meninos. Laure (Zoé Héran) é uma garota de 10 anos, que vive com os pais e a irmã caçula, Jeanne (Malonn Lévana). A família se mudou há pouco tempo e, com isso, não conhece os vizinhos. Um dia Laure resolve ir na rua e conhece Lisa (Jeanne Disson), que a confunde com um menino. Laure, que usa cabelo curto e gosta de vestir roupas masculinas, aceita a confusão e lhe diz que seu nome é Mickaël. A partir de então ela leva uma vida dupla, já que seus pais não sabem de sua falsa identidade. Não demora até que Lisa caia em amores por “Mikael”, mas as férias estão para acabar e Laure não sabe como fará para manter seu segredo.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA

Não são as respostas, mas as perguntas que movem o mundo, diz uma vinheta da TV Futura. Tomboy segue tal premissa, não há julgamento, definição ou qualquer resposta. O filme é provocador, sensível e ao mesmo tempo natural. A pureza das crianças desafiam nossas mais sérias teorias. A construção da identidade de gênero é o foco da trama, entretanto, de que gênero nós falamos? Algumas críticas ousaram explicitar seu tema como homossexualidade, será? Tenho minhas reservas quanto a qualquer definição, isto me soa como interpretar olhares, silêncios, angústias latentes. O que afinal define sexualidade ou identidade de gênero? É preciso esclarecer. Identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica, masculino ou feminino. A identidade sexual difere da identidade de gênero no sentido em que a identidade de gênero está mais correlacionada com a maneira de se vestir e de se apresentar na sociedade, enquanto a identidade sexual correlaciona-se mais diretamente com o papel de gênero sexual. Algumas vezes considera-se que um transexual do biotipo masculino, cuja orientação sexual é somente por homens e que se relacione sexualmente apenas no papel feminino, possa ser considerado heterossexual. Nos casos mais comuns, homens e mulheres identificam-se no biotipo sexual natural, sem manifestar desejos pela transgenereidade. Algumas pessoas sentem que sua identidade de gênero não corresponde com seu sexo biológico, sendo identificadas por pessoas transexuais ou pessoas intersexo em algumas situações. Como a sociedade insiste que os indivíduos devem seguir a maneira de expressão social (papel social de gênero) baseada no sexo estas pessoas sofrem uma pressão social adicional. No filme, não existe possibilidade de falarmos em orientação do desejo sexual, pois não há corpos adultos para definir tal orientação.

terça-feira, 13 de março de 2012

Histórias cruzadas

clip_image002Histórias cruzadas
ASSUNTO
Preconceito, relações familiares, sociais e afetivas. segregação racial.
Concordo com Camilia Setúbal (Clique aqui para ler seus comentários) quando diz que é um filme sobre amor e coragem. Ela afirma: Coragem para escutar o que temos dentro, para mostrar, para lutar pelos nossos ideais, para confiarmos em nós mesmos, para sermos diferentes e não nos preocuparmos com a opinião ou aprovação das pessoas. Coragem para sermos diferente do que nossa família espera de nós, diferente do que nossos amigos/as são, coragem para ser você mesmo. (...)Mas diria também que é um filme sobre AMOR, porque com certeza não existe coragem sem AMOR. Esta é uma linda forma de perceber o enredo. O filme retrata uma época e sua respectiva “verdade”. Pois bem, falamos de preconceito exacerbado, explícito e cruel. O preconceito é exibido de forma tão vergonhosa, que nos sentimos mal em assistir tamanha desumanidade. No entanto, cada um se pergunta o porque de ainda existir, por exemplo, “banheiro de empregada” em nossos lares do século XXI!!! Não, dirão alguns, estamos muito distantes dessa realidade, o preconceito é outro, temos um preconceito social, vivemos outra realidade... Fiquei refletindo sobre isso, ao recordar uma passagem de outro filme. Falo de “A chave de Sarah”, que explora acontecimentos na França durante a guerra, quando o nazismo foi capaz de extinguir um grande número de seres humanos em nome de uma verdade  - raça “pura”.  Não é “apenas mais um filme sobre o Holocausto”, mas uma dolorida tomada de consciência do infame colaboracionismo francês na 2ª Guerra. O filme denuncia um momento histórico no qual os franceses, e não os alemães, isso mesmo, os franceses confinaram milhares de judeus em condições sub-humanas à espera da morte. Em uma cena da atualidade, ao ser questionada sobre o acontecido, uma senhora já bem idosa responde com naturalidade algo sobre lamentar pelos judeus, e, justificando o ocorrido, conta que tudo tinha a cer com as verdades contadas na ocasião. Assim, diante de verdades de uma época, é preciso muita coragem para questionar. É preciso muita coragem para buscar outra forma de ver tudo a sua volta. É verdade, para que alguém desafie uma “verdade confortável” tem que ter muito amor. Nesse aspecto, Camila está coberta de razão, foi pelo amor que a aspirante a jornalista se constituiu como pessoa, foi esse amor que a fez forte, e foi o reconhecimento deste sentimento que a fez questionar todas as verdades de um lugar e de uma época, disso não tenho dúvida. Entretanto, temos outras reflexões despertadas pela trama. Essa “verdade comum” que pode pertencer a uma época, uma cultura, um lugar, uma escola, uma religião, ou até mesmo a uma família é sempre única? Certezas, verdades absolutas são sempre suspeitas, penso eu. Acredito naquela propaganda que diz que o mundo é movido por perguntas, não por respostas. Isso é fundamental para a sobrevivência da humanidade e mudança de paradigmas. Afinal, vida é mudança e transformação, seja ela dolorosa ou não! Lamentavelmente, vivemos ainda com muitos outros tipos de preconceitos e também de verdades absolutas, que ainda podem dar muito trabalho...
Discordo de alguns críticos, que consideraram a abordagem do tema incapaz de promover reflexão, devido ao fato de não ter havido maior aprofundamento. Acredito até no contrário. O fato do enredo se desdobrar de forma leve, nos tocando com suavidade, nos permite espaço sim, para refletirmos sobre possibilidades e mudanças, reais ou imaginárias, sobre dias idos, atuais e futuros. Pode mesmo não despertar reflexão alguma, pode ser apenas um entretenimento. De fato não nos obriga a coisa alguma, a escolha é do expectador. E é aí que está a riqueza do filme. Recomendo.
O racismo se torna algo tão repugnante ao longo da narrativa (como a exigência de Hilly Holbrook de ter banheiros separados dos negros, com receio de pegar suas doenças) que leva o espectador a entrar no ringue, pedindo o extermínio daquelas mulheres fúteis e o surgimento de uma revolução pela igualdade racial/social. (Uma pulga atrás da orelha: banheiros social e de empregada do séc. XXI).  Crítica 1, clique aqui para ler mais.
Intensa, cheia de pungência, humor e esperança, “Histórias Cruzadas” é uma história eterna e universal sobre a capacidade de criar mudanças. crítica 2
Assim, é de forma extremamente íntima - como na necessidade de um banheiro separado para as empregadas ou no carinho que essas ajudantes sentiam pelas crianças brancas que criavam -, que somos apresentados ao atrasado estado do Mississipi em 1962.  Crítica 3
Histórias Cruzadas emociona, faz rir e provoca indignação ao mesmo tempo. É impossível criticar um filme que oferece um conteúdo tão rico e envolvente. Crítica 4
Imaginem minha surpresa ao me deparar com um leve e descontraído retrato de uma parte obscura da história humana, que por sinal, persiste até os dias atuais, porém camuflada. Crítica 5
SINOPSE
Mississipi, década de 1960. Skeeter acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das "famílias do sul". Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen, governanta de um amigo, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingir.
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sábado, 28 de janeiro de 2012

Os descendentes

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Luto, relações familiares, relações afetivas, legado, traição, casal e família, adolescência.

A volta ao simples é o que marca a indicação do filme ao Oscar. Simples assim, um filme que fala de conflitos familiares, aqueles tão próximos da realidade de cada um de nós. Acompanhamos a perspectiva de Matt King frente às reviravoltas que a vida dá. Já no início, suas reflexões relatam seu momento de vida, quando aponta o contraste entre a aparência externa do paraíso e sua realidade particular. Esse externo/interno nos convida a ir além do lugar geográfico, refletindo sobre o lugar “pessoa”. Matt prossegue nos familiarizando com a situação, compartilhando o impacto do acidente da esposa em sua vida. A ameaça de perda o faz refletir sobre suas ações, seu distanciamento da família, sua responsabilidade como pai e marido. Assim, somos apresentados ao momento de vida de um homem comum enfrentando crises existenciais pelas quais qualquer pessoa pode passar. Devo sugerir que assistam ao filme antes de continuar a leitura, para que suas reflexões sejam despertadas pela experiência de assisti-lo, sem que nossos comentários  possam influenciar. Fica o convite para retornar e partilhar sua percepção.
Um legado familiar, uma esposa desenganada, filhas desconhecidas e a traição são eventos que devem ser enfrentados por Matt, que é provocado a fazer novas escolhas, a cada momento. O luto é vivido em diferentes estágios durante o desenvolvimento da fita. Aos poucos ele vai reconhecendo as filhas, como funcionam no mundo, como estão enfrentando a situação. A filha menor, que está em fase de transformação da infância para a adolescência, apresenta problemas de comportamento. Não muito diferente, a filha mais velha é flagrada com bebida alcoólica, os primos o pressionam a decidir pela venda da propriedade herdada e o sogro o culpa pelo destino da filha. Como cada um reage ao luto? Como é enfrentar a perda de um membro familiar? Raiva, tristeza, desespero, apatia, negação, quantas emoções podem ser vividas na situação!
A filha mais velha é personagem também marcante, que vive um processo de auto-descoberta durante a trama. Mesmo brigada com a mãe, ao saber da notícia, mergulha em lágrimas e gritos – cena forte que simboliza um “mar de lágrimas”. Ao compartilhar com o pai sua angústia, a traição revelada, ambos se unem com um objetivo. Aos poucos irão amadurecendo como indivíduos e contribuindo para a integração familiar. Raiva, frustração, tristeza, amor e reconhecimento da parte idêntica a sua mãe que lhe constitui são etapas de crescimento. Sem esquecer do colega, que faz um contraponto, aparentando alienação, que no final das contas também encobre suas dores. O diálogo com Matt na madrugada se faz aprendizado sobre as diferentes formas de lidar com nossas crises de cada dia, além de ilustrar, de novo, que aparência não é tudo...
O filme encanta pela naturalidade de sentimentos e reações bastante humanas. Não há busca pelo que é correto ou não, pelo exemplo a ser seguido ou lição, há apenas a exposição de uma situação familiar em crise, que a transforma em oportunidade. Todos os sentimentos são explorados na trama, tristeza, raiva, vingança, ódio, amor, e, finalmente, o perdão. É no reconhecimento dos próprios erros, que descobrimos a humanidade de todos nós. Então, na cena que sintetiza todos os conflitos emocionais pelos quais passou, Matt se despede da esposa, momento ímpar no filme. No inicio, vimos a imagem de paraíso dos cartões postais sendo questionada. No final, somos presenteados com a simplicidade, a volta ao cotidiano da família, um momento de cumplicidade e união.
Um filme emocionante, envolvente, simplesmente delicioso, eu recomendo.
(...)Passa da dor da perda ao incômodo de ver tudo que acreditava ser uma mentira, como se estivesse sobrando dentro de uma camisa apertada depois de uma corrida tão característica ao personagem que todos no cinema vão ter a certeza de que era exatamente daquele modo que o personagem deveria correr em uma situação daquelas. (...) pela desenvoltura de discutir um assunto tão sensível como a morte e como ela pode inocentar as pessoas daquilo que fizeram em vida, já que o ciclo se fecha e sobra para quem fica achar um significado para tudo aquilo. Leia mais clicando aqui.
A cena em que ele aparece correndo de chinelo pelas ruas da sua vizinhança é a antítese da corrida tecnicamente perfeita de um Tom Cruise e por si só já valeria a indicação à estatueta dourada. (...) É na hora de pegar a filha mais nova na escola que o pai percebe que não existe na sua memória uma lembrança recente de ter feito isso em muito tempo. É ali no hospital, ao ver a mãe paralisada na cama do hospital, que a filha percebe o quanto é parecida com a mãe que ela se acostumou a destratar.(...) Fidelidade, dinheiro, paternidade, relacionamentos, sentimento de culpa, tudo isso é colocado em xeque de uma forma discreta, mas bastante eficaz. Continue lendo...
Matt não é um herói, nem um anti-herói. Apenas uma pessoa comum, imperfeita e que se vê em sua situação conflituosa, tendo que tomar decisões importantes para poder seguir seu caminho.. Leia mais...
Alguns conceitos impostos pelo roteiro, como a analogia entre a família e o arquipélago – onde a família é fragmentada entre várias ilhas, como um arquipélago -, fazem com que o espectador reflita um pouco sobre o verdadeiro sentido da família. A crítica completa, clique.
um mundo que repousa sobre um exte­rior muito bonito, mas que esconde maze­las e tris­te­zas como qual­quer outro lugar. Leia nais
Matt notabilizou-se por uma vida econômica nos gastos e afetos – (...) Payne conduz seu protagonista num labirinto emocional em que se vê desafiado a crescer. (...) o filme discute a fragilidade humana, especialmente a masculina, porque seu protagonista fica mais em evidência. Com os segredos e verdades desta família sendo enfrentados paulatinamente, comprova-se também a possibilidade de elaborar melodramas sem histeria, com mais verdade. Outro olhar, clique aqui
Os diálogos entre George Clooney e Shailene Woodley divertem e rendem grandes momentos ao retratar a cumplicidade entre pai e filha. o amigo da filha que também está passando por situações pessoais complicadas e mesmo assim está do lado da amiga dando força e ele é o responsável pelas as situações mais hilárias do filme. Critica, aqui
O filme é uma oportunidade para se emocionar com vicissitudes que afetam ou afetarão todos nós em algum momento. Na história perfeitamente orquestrada por Payne e Clooney, não ficam dúvidas de que a família, mesmo aos trancos e barrancos, é tudo que resta no final. continue lendo...
Este talvez seja outro grande ponto do filme: por mais que busquemos justificar o que acontece em nossas vidas, muitas vezes não encontramos a resposta, o que nos frustra e nos deixa zangados. importância de se preservar aquilo que nos é mais caro, aquilo que nos define como pessoa. Leia mais...
(...) a família é como um arquipélago: os membros fazem parte de um mesmo todo, mas individualmente, cada um é uma ilha isolada se afastando cada vez mais.(...) Através do ótimo ator, vemos que o personagem está meio perdido e assustado, com os ombros caídos e derrotados, a face espantada com as surpresas que lhe aparecem. Mas a despeito de tudo, ele permanece forte e enfrenta todos os infortúnios. Mais sobre...
SINOPSE
Com toques de comédia e drama, o filme conta a história de Matt King (George Clooney) um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado da família. Elizabeth (Patricia Hastie) sofreu um sério acidente de barco e entrou em coma. Desde então cabe a Matt cuidar das filhas Scottie (Amara Miller) e Alexandra (Shailene Woodley), que estuda e vive em outra ilha do arquipélago. Quando é informado pelos médicos que sua esposa irá morrer em breve, Matt resolve trazer Alexandra de volta. Ele conta com a ajuda dela para contar a triste notícia aos amigos e familiares, de forma que eles possam se despedir de Elizabeth ainda em vida. Desbocada e de gênio difícil, Alexandra surpreende o pai ao contar que sua mãe o estava traindo. A notícia afeta profundamente Matt, que passa a querer saber quem era o amante de sua esposa e se ela o amava.
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A chave de Sarah

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Conflitos sociais, afetivos,  familiares, segredos, guerra, identidade, auto suporte, história, holocausto.
Queria primeiro agradecer pela indicação de Selma Ciornai, valeu a muito a pena, é imperdível. O filme poderia ter o título “A chave do segredo”, sim, pois falamos daqueles segredos familiares, aqueles que fazem parte de nossa constituição e dos acontecimentos históricos que tentamos esquecer. Dois dramas estão entrelaçados na trama: O episódio histórico que ocorreu na França ocupada pelos nazistas em 1942 e o drama pessoal de Sarah, e seus desdobramentos. Os segredos da humanidade e os segredos familiares vão sendo desvendados no desenrolar do enredo. Além de uma aula histórica, “A chave de Sarah” também nos ensina sobre a influência dos segredos familiares, ainda que tenham ocorrido muito antes de nosso nascimento. Somos convidados a refletir sobre os aspectos de nossos antepassados que ainda insistem em nos habitar, repetindo sucessivos apelos à autonomia do ser, estimulando nossa capacidade de escolha. Discordo de alguns críticos, quando apontam a pequenez dos conflitos pessoais apresentados pela jornalista nos dias atuais. Atentem para a “coincidência” de sua pesquisa ocorrer exatamente no momento de gerar outro ser, seus conflitos familiares na decisão e seu envolvimento na trama familiar que fará parte da constituição deste novo ser. E não podemos perder de vista o compromisso afetivo que sustentou a sobrevivência de Sarah durante a guerra. O desdobramento marca sua existência, a posterior busca de sobrevida através do segredo é também o que não permite sua integração, uma incompletude que atormenta seus dias. Outro olhar sobre as feridas da guerra, que ainda nos assombram, provocam reflexões sobre as desrazões que promoveram e continuam promovendo conflitos tão desumanos. Um filme daqueles que podem dizer muito mais, pois nos convida a trocas sobre o coletivo e o individual, permitindo distintas percepções que enriquecem, afinal, “somos produtos de nossa história”.  Por tudo isso recomendo e os convido a compartilhar novos olhares.
Embora armado, notoriamente, para atrair o grande público e, por isso, acumulando detalhes sentimentais que o mantenham fisgado, "A Chave de Sarah" tem mais qualidades do que defeitos. Acontecendo simultaneamente em duas épocas e engajando novos personagens a cada momento, a narrativa é envolvente. Crítica completa, clique aqui.
SINOPSE
Julia é uma jornalista americana que vive em Paris há mais de 20 anos e é casada com o francês Bertrand. Escrevendo um artigo sobre a onda de prisões de judeus na cidade durante a 2ª Guerra, ela se depara com um segredo conectado à sua vida: tudo indica que o apartamento de seu marido pertencia à família de Sarah, uma menina judia que, junto com os pais, foi levada de casa pela polícia nazista.1942, durante a ocupação alemã na França, na 2ª Guerra Mundial. Sarah Starzynski (Mélusine Mayance) é uma jovem judia que vive em Paris com os pais (Natasha Mashkevich e Arben Bajraktaraj) e o irmão caçula Michel (Paul Mercier). Eles são expulsos do apartamento em que vivem por soldados nazistas, que os levam até um campo de concentração. Na intenção de salvar Michel, Sarah o tranca dentro de um armário escondido na parede de seu quarto e pede que ele não saia de lá até que ela retorne. A situação faz com que Sarah tente a todo custo retornar para casa, no intuito de salvá-lo.  a jornalista Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas) é encarregada de preparar uma reportagem sobre o período em que Paris esteve dominada pelos nazistas. Quanto mais a fundo Julia segue a história, mais descobre sobre o marido, a França e sobre si própria. Baseado no romande de Tatiana de Rosnay. Selecionado para o Festival de Toronto 2010.
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domingo, 8 de janeiro de 2012

Por que eu me casei ?

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Relações afetivas, familiares, sociais e terapêutica, casal e família, auto-estima.
O filme aborda os nossos conflitos de todos os dias que ocorrem nas relações conjugais, mas também fala de auto-estima, de elaboração de sentimentos. Falamos aqui das muitas formas de relacionamento, ainda que o filme foque as relações conjugais. Psicóloga e professora universitária, a autora do livro “Por que eu me casei”, Patrícia reúne alguns casais todos os anos para discutirem suas relações conjugais. Dificuldades do casamento, falta de tempo, de diálogo, desconfianças, mágoas, segredos, perdas são alguns dos temas debatidos. Problemas comuns, como adultério e desrespeito recheiam essa comédia, que de forma leve espelha os acontecimentos mundanos da vida conjugal.
Com o filme eu pude compreender que as mudanças fazem parte da vida, principalmente da vida de um casal e que muitas vezes, pra dar certo, a mudança é inevitável e que o primeiro a ter que mudar é você! Que o diálogo é sempre o princípio de tudo no casamento, não é possível guardar segredos e guardar mágoas, e ressentimentos só afasta um do outro. E finalmente, se você não está satisfeito com a sua aparência, está na hora de mudar! E se um relacionamento termina é porque alguém não amou o suficiente. Leia mais clicando aqui
SINOPSE
2009 - O filme começa com a personagem de Janet Jackson, isso mesmo, a irmã de Michael, uma escritora famosa que trabalha com psicologia, dando uma palestra sobre seu último livro. Todo ano, ela, o marido e mais três casais amigos se reúnem num local para um fim de semana. Dessa vez o local escolhido é uma cabana-mansão nas montanhas frias de neve, lá Perry vai colocar todos eles se confrontando para colocar em pratos limpos suas relações. Desta vez, uma surpresa, a presença de uma linda jovem solteira cria situações inusitadas e hilárias, com a revelação de segredos que jamais devem ser revelados entre homem e mulher. É aí que vão ficar evidentes quais são as verdadeiras bases de uma relação duradoura. O objetivo da viagem é renovar os votos de casamento, só que desta vez uma estranha traz à tona segredos que não deveriam ser revelados.
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sábado, 7 de janeiro de 2012

Por que eu me casei também?

clip_image001[4]ASSUNTO

Relações afetivas, familiares, sociais e terapêutica, casal e família, auto-estima.

Dando continuidade ao primeiro filme, a fita explora algumas questões relacionadas ao casamento e suas dificuldades. Entretanto, agora é possível focar as questões pessoais da psicóloga, que está em crise depois da perda de um filho. Perceber que a profissional também tem suas questões é um adicional nesta comédia. Assim como o primeiro, o filme é indicado para casais e profissionais que atendam casais e famílias.

SINOPSE

Os quatro casais escolhem um novo destino para sua reunião anual: Bahamas. O objetivo, como sempre, renovar os votos do matrimônio, trocar experiências de vida enquanto aproveitam para discutir com humor seus respectivos relacionamentos. Mas as coisas complicam quando o ex marido Mike (Richard T. Jones) aparece na área disposto a reconquistar Sheila (Jill Scott), atualmente casada com Troy (Lamman Rucker). Está aceso o estopim de uma série de questionamentos que surgem também com os outros integrantes do grupo.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Desejos e Traições

DESEJOS E TRAIÇÕES ASSUNTO
Relações familiares, afetivas, segredos.
Com diálogo denso, o filme aborda os conflitos e segredos familiares, a partir de encontros de seus membros com personagens que fizeram ou fazem parte da história familiar. Homossexualismo, abuso, proteção são parte dos fantasmas que assombram a família.
Desejos e Traições é aquele independente sobre drama familiares, verdades e segredos que permanecem por gerações, e o confronto dos mesmos. Leia mais clicando aqui
SINOPSE
Três irmãs e um irmão tentam se libertar do fantasma do pai e viver num ambiente mais agradável, mas a medida que o tempo vai passando, eles vão se desgarrando das meias-verdades e ninguém que está envolvido sai ileso. Tudo isso ficou escondido, finalmente, começa a aparecer ódio, as traições, o desejo e os amores num filme intenso que faz você pensar, e muitos nas suas relações.
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Coisas de família

coisas de família ASSUNTO
Relações familiares e afetivas, segredos.
Sam Kleinman é um sujeito cheio de pequenas manias, um pequeno empreendedor que começou do nada e construiu uma sólida empresa de venda de material de construção em Nova Jersey, que sempre se dedicou muito mais a sustentar a família do que a dar atenção e afeto a ela. Trata-se de um filme simpático, que fala sobre relações familiares, enfatizando a atualização da relação pai-filho, num processo de reconstrução de vínculo. Sem aprofundar muito, o filme apresenta alguns pequenos segredos e formas “cristalizadas” de ver o outro, principalmente quando esse outro nos é “familiar”. Nesse aspecto, vale a pena refletir sobre o quanto acreditamos “conhecer” aqueles que fazem parte de nossa família.
SINOPSE
2005 - Uma trama familiar divertida que revela a crise em que pai (Falk) e filho (Reiser) vivem e as maneiras que encontram de sair dela e permanecerem juntos. O filho é um escritor beberão que precisa partir, ao lado de seu pai, para uma viagem inesperada. Dessa forma, vários segredos de família antigos são revelados, assim ambos vão cada vez descobrindo mais um sobre o outro, e diminuindo o distanciamento que existia entre eles. Juntos, mais do que nunca, os dois se tornarão grandes amigos e vão se divertir muito nessa viagem.
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Divinos segredos

divinos segredos ASSUNTO
Relação de casal & família, segredos familiares, relação mãe e filha, repetições, saúde mental, perdas.
Tema Universal, o conflito entre mãe e filha é abordado nesta fita. As amizades irão trabalhar no sentido de desvendar segredos familiares, tudo com o objetivo de promover o reencontro. O filme apresenta um ritual infantil que fortalece a amizade de longa data da mãe e suas companheiras de infância. “Tal mãe, tal filha”, as repetições que ocorrem sem que nos demos conta é o que afasta ainda mais as duas. Mas, as amigas sabem que, por trás dos humores de Vivi, há uma mulher gentil, uma pessoa adorável que se machuca facilmente. Sem grandes pretensões, o filme fala de amizade, segredos familiares, relações familiares, relação de casal, perdas, conflitos psicológicos e saúde mental. Por trás do aparente abandono, há uma história de sofrimento, conflitos psicológicos, internação psiquiátrica. Nada é muito aprofundado, mas “Divinos Segredos” nos apresenta uma perspectiva bastante comum em qualquer família. É no momento de iniciar uma nova família que Sidda se questiona a respeito de sua capacidade de não repetir os erros de sua mãe. Momento complexo, entre separação e repetição, sua busca por contorno (fronteira) individual e familiar (nova) esbarra em sua família de origem, disparando seus medos e inseguranças. O “passado” que impede o desdobramento do presente, que é obstáculo para o fluir, é revisto através de flashbacks, sentido e resignificado, permitindo ir para seu lugar, que é na lembrança, no passado. Assim, como já é previsto em filme do gênero, chegamos ao final feliz.
SINOPSE
Siddalee Walker é uma jovem e proeminente dramaturga que mora em Nova York, bem longe de sua cidade Natal, na Lousiana. Mas para ela, bem mais importante do que estar nas proximidades da Broadway é estar longe do “perigo”, personificado na adorável, mas dramática e excêntrica Vivi, sua mãe. Sidda maldiz o dia em que concedeu uma entrevista à revista Time. Sem perceber, com as informações que passa à repórter, Sidda dá a entender que Vivi não foi uma boa mãe. E assim, profundamente ofendida, Vivi declara contra Sidda a mais antiga de todas as guerras: a batalha entre mães e filhos Para tentar colocar tudo em seu devido lugar, amigas de infância de Vivi resolvem intervir à força no conflito. As irmãs “YA-YA”, membros de uma fraternidade inventada por elas quando crianças, reso lvem mostrar a Sidda quem sua mãe realmente é. E para tanto terão que permitir que ela revire o livro de fotos e registros dos “Divinos Segredos da Irmandade YA-YA”.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eclipse total

eclipse total ASSUNTO
Relações familiares e afetivas, segredo, abuso.
Na verdade, “Eclipse Total” é uma obra que provoca emoções fortes, onde o Medo está presente em muitos momentos do filme e onde existem fantasmas verdadeiros. Os fantasmas reais que atormentam os personagens e os sufocam no presente (vindos frequentemente de memórias do passado) são a violência doméstica e a doença. O argumento do filme vai nos revelando, passo a passo, todos os segredos da intriga, todas as fraquezas dos seus personagens, todos os enigmas mantidos como insolúveis. Os momentos do passado cruzam-se com a narrativa do presente. Dolores revive uma acusação pública perante a comunidade local. E as piores memórias vêm trazer-lhe à consciência a crueldade da sua vida passada. Ela é uma mulher amarga, azeda e relativamente indiferente.
SINOPSE
Selena St. George (Jennifer Jason Leigh -Jovem Procura Companheira), uma escritora de sucesso que vive em Manhattan fica surpresa com a notícia de que a sua mãe, de quem se encontra separada, foi acusada de homicídio. Com algum ressentimento, Selena regressa à sua pequena cidade natal no Maine para oferecer ajuda. Não que ela acredite que Dolores (Kathy Bates) é inocente. Na verdade, ela tem suspeitas acumuladas desde há vinte anos atrás As duas fecham um círculo bizarro, despedaçando juntas passado e presente, memória e fato, para revelar a surpreendente verdade que se esconde por trás de duas mortes.

Reflexos da amizade

reflexos de amizade ASSUNTO
Perda, segredo, ciclos, deficiência.
O filme apresenta a amizade entre Tommy, um garoto de 13 anos, e Pappas, um homem com deficiência mental. Ao redor desse contexto, dá-se enfoque ao comportamento da sociedade em função do preconceito. A proposta deste filme nos leva ao questionamento: quem é realmente o deficiente da história? Seria Pappas, com seu jeito simples de sorrir mesmo aos insultos, ou seria aquele que o excluía e usava o termo “retardado” ao se referir a ele? O personagem Tommy também passa por um período de deficiência, por causa da falta dos pais, que só é suprida quando este retorna ao seu local de origem, aceita seu passado e se dispõe a VIVER.
SINOPSE
Para se acertar com a esposa e o filho de 13 anos, o artista plástico Tom Warshaw, que leva uma vida boêmia em Paris, volta aos seus 13 anos no Greenwich Village, em Nova York. Ele rememora a depressão da mãe, a amizade com o deficiente Pappas, o primeiro amor e a tragédia que mudou sua vida. E lembra da misteriosa Lady Bernadette, presidiária da casa de detenção do bairro, que usava um espelho e muita sensibilidade para orientá-lo em suas decisões. Elogiada estréia na direção de David Duchovny, Reflexos da Amizade é uma tocante e divertida viagem de acerto de contas com o passado... e o futuro.
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Meu ultimo desejo

meu ultimo desejo ASSUNTO
Casal e família, segredo, homossexualidade, relações afetivas e familiares
O ditado diz que algumas famílias só se reúnem em casamentos ou funerais. A família da Sra. Lu não se reuniria se ela fosse se casar de novo… Mãe dominadora, atormentou seus 4 filhos, espalhados pelo mundo, uma é estrela de filmes de kung fu, outro é dermatologista, outro é infiel, a outra não consegue parar de comer. Agora, para receber a herança, eles devem colocar as diferenças de lado e obedecer a sua última exigência: enterrá-la em um tradicional funeral chinês. Serão eles capazes de suportar sete dias de funeral? “Meu Último Desejo” tem uma história com potencial sobre uma família disfuncional com irmãos que não se falam, perda de tradições, amarguras e reconciliação com muitos personagens ricos. Infelizmente a diretora Anna Chi faz um trabalho pobre e a trama se torna uma melodramática e em alguns momentos chata novela chinês-americana, perdida entre a comédia e o dramalhão pesado. De qualquer modo, há valores e tradições interessantes da cultura chinesa e vale a pena assistir este filme pelo menos uma vez.
SINOPSE
A atriz lésbica Meimei, o médico Alexander, a corretora de imóveis Elizabeth e a jornalista Victoria  são contatadas por Viola, que informa que a mãe deles faleceu. Os irmãos Chinês-Americanos viajam para Seattle com suas famílias onde a assistente da mãe deles Viola diz que o último desejo dela seria um funeral chinês de sete dias. Neste meio tempo, o estranho pianista e praticante de Tai Chi Chun Chow Lin chega de Pequim para o funeral. Ao longo dos dias seguintes, Meimei e usa parceira Dede Chan tentam obter esperma do monge Bruce para uma inseminação artificial, e Viola entrega uma carta da mãe dela contando a verdade sobre seu pai. Alex tenta se reconciliar com sua esposa e ex-Miss Taiwan Cindy. Liz ainda está de luto pela perda de seu filho Sammy e não está pronta para retornar para seu marido Michael. No sexto dia do funeral, os irmãos têm uma grande surpresa.
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O segredo de Broakeback Mountain

o segredo bbmontain ASSUNTO
Homossexualidade, homofobia, intolerância, relações afetivas e sociais
O tema central oscila entre a aceitação e a negação da homossexualidade. Ennis Del Mar é um jovem órfão, reservado e com um passado traumático que o impede de descobrir sua própria identidade. Jack Twist é o seu oposto: brincalhão e expansivo, sabe exatamente quem é e o que deseja. O Segredo de Brokeback é um filme de força indiscutível e rara sensibilidade. E de coragem surpreendente. Em nenhum momento disfarça aquilo que realmente é, mesmo com toda a força conservadora do governo Bush: uma grande história de amor entre dois homens. A história de dois caubóis que ao partilharem a dureza em se viver sobre situações altamente desfavoráveis, como a falta de conforto, de comida, do clima instável, numa noite fria acabam se relacionando sexualmente.  Ennis e Jack como dois homens que, por uma força do destino, acabam se conhecendo intimamente e que passam a considerar aquilo uma espécie de amizade, só que em um grau mais elevado. Eles não se consideram gays, não agem como tais e não pretendem levar aquilo adiante quando desciam a montanha. Entra em cena o conflito entre a identidade sexual e a repressão social, pois eles simplesmente não sabem o que fazer com este amor – em uma época de grande movimentação sobre a liberdade sexual e que eles nem fazem idéia que esteja existindo! Continuam incapazes de assumir os sentimentos e passam a vida pagando os próprios pecados. É aí que reside a força do filme. O Segredo de Brokeback Mountain é um filme marcante, que faz chorar e que fica ressoando na cabeça. Seja você heterossexual, seja você homossexual. E, por isso mesmo, força a reflexão sobre o verdadeiro sentido sobre a intolerância, sobre a falta de amor ao próximo, sobre como somos cruéis uns com os outros. O mundo se esquece que há diferentes raças, diferentes credos, diferentes opções sexuais, mas que somos todos seres humanos. Leia mais clicando aqui.
SINOPSE
2005 -Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennie Del Mar (Heath Ledger) são dois jovens que se conhecem no verão de 1963, após serem contratados para cuidar das ovelhas de Joe Aguirre (Randy Quaid) em Brokeback Mountain. Jack deseja ser cowboy e está trabalhando no local pelo 2º ano seguido, enquanto que Ennie pretende se casar com Alma (Michelle Williams) tão logo o verão acabe. Vivendo isolados por semanas, eles se tornam cada vez mais amigos e iniciam um relacionamento amoroso. Ao término do verão cada um segue sua vida, mas o período vivido naquele verão irá marcar suas vidas para sempre.
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sábado, 13 de novembro de 2010

Aquário

aquario ASSUNTO
Adolescência, relações afetivas, familiares e sociais
Aquário segue os passos da protagonista e revela com crueza os cenários, modos e a forma de falar e de agir das pessoas de uma cidade industrial e comum do Reino Unido. A dureza do cenário caminha lado a lado e de forma “harmônica” com a dureza das pessoas e suas relações. A personagem ainda não descobriu como romper com o círculo vicioso de pouca (ou nenhuma) afetividade no qual ela foi criada. E o perigo ronda muito perto. Seja através dos grupos de adolescentes que andam em bandos e ameaçam uns aos outros, seja na figura atrativa e aparentemente amistosa de um homem jovem que se aproxima da família.
Garotas como Mia, tão carentes de afeto, incentivo e educação, existem aos montes em diversos cenários de muitos países. Crescendo em ambientes cinzas e duros em vários sentidos, estes jovens, especialmente as garotas, são vítimas fáceis. Seja de mães despreparadas, de garotos(as) altamente competitivos(as), ou de aproveitadores. LEIA MAIS CLICANDO AQUI
É uma visão realista da educação e em como o meio social tem muita influência nesse processo de formação. É a aproximação de uma adolescente ao mundo adulto e todas as desilusões como consequência Leia mais...
Fica evidente que, se Mia tem suas próprias questões sobre a família, Connor também tem as suas - cujos segredos são mais secretos e venenosos do que Mia ou a mãe dela poderiam imaginar. (...)A situação prenuncia um final tenso com a adoração de Mia se transformando em raiva e em seguida, em uma determinação para sobreviver, para superar tal situação, e para perdoar. Arnold mostra-nos que o que faz a relação entre a Mia e Connor tão incomum, não convencional, não é atração sexual, mas a manifestação muito verdadeira do desejo frustrado e ilusório de serem pai e filha.Leia outra crítica clicando aqui
SINOPSE
Aquário” é a história de Mia (Katie Jarvis), uma instável adolescente de 15 anos que está sempre metida em confusão, foi expulsa da escola e é relegada pelas amigas. A garota toma fôlego. Ela respira de forma acelerada. De frente para umas janelas que dão para uma vista geral da cidade urbana comum na qual ela vive, esta garota liga para uma amiga que não lhe atende. Irritada, ela sai em busca da amiga, Keeley (Sarah Bayes). Mia (Katie Jarvis), a garota irritada, enfrenta um grupo de garotas que acompanha Keeley. Desta forma, geralmente no confronto, é que Mia aprendeu a resolver seus problemas. Filha de uma mãe nada afetiva, Joanne (Kierston Wareing), Mia não vê a hora de escapar de sua realidade com poucas perspectivas. Num quente dia de Verão, a sua mãe traz para casa um misterioso homem chamado Connor (Michael Fassbender) que promete mudar as suas vidas…
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segunda-feira, 28 de junho de 2010

A historia oficial

a historia oficial ASSUNTO
Repressão, adoção
“A História Oficial”, Oscar de melhor filme estrangeiro de 1985, provoca-nos um sentimento perturbador. O diretor Luis Puenzo de maneira soturna e veemente acompanha a travessia de uma mulher\mãe em busca da origem da filha, mesmo que isso significasse perder o seu maior amor no mundo, a pequena Gaby. As fraturas provocadas pela crueldade de um regime autoritário e facínora sempre pairarão como nuvens que nunca passarão: os traumas, as perdas, as torturas, os assassinatos, as delações nos lembrarão que devemos estar sempre alertas para evitar a supressão da liberdade e do exercício do livro pensamento. Um dos mais pungentes filmes políticos da cinematografia mundial, “A História Oficial” é um olhar firme na sombria face de um fantasma real: o fascismo.
SINOPSE
Na Buenos Aires dos anos 80, Alicia e seu marido Roberto vivem tranqüilamente com Gaby, sua filha adotiva. Porém, após o reencontro com uma velha amiga recém-chegada do exílio, Alicia começa a tomar conhecimento da cruel realidade do regime militar argentino, passando a questionar todas as suas certezas e o que considerava como verdade. A professora de história, burguesa, de vida frívola, constante e apegada às verdades transmitidas pela sua classe social começa a conhecer a realidade de seu país. Uma realidade para a qual Alicia não estava preparada, mas que agora terá de enfrentar com todas as suas conseqüências.

Segredos de família

segredos em familia ASSUNTO
Casal e família, Relações afetivas, familiares e sociais, segredo
Numa longa viagem pelo interior dos Estados Unidos, os dois começam a conhecer lugares, pessoas e a si mesmos. No processo de construção da identidade, somos tocados pelo que o outro é ou pelo que nos pareceu até então. O comportamento de cada personagem reflete isso, e vai se transformando ao longo da trama, trazendo novas possibilidades, através do novo. Além da importância e aceitação das heranças familiares, que fazem parte de nós mesmos. Ainda que em franco comprometimento com a propaganda, o filme é sensível e nos toca naquilo que nos é mais familiar, a família e sua importância, com seus erros e acertos, na construção de nossa forma ser e estar no mundo.
SINOPSE
Jason Lair (Josh Lucas) é um homem simples que sonha em levar uma vida normal. Ele se separou recentemente de sua esposa, que viajou para o Nepal para pintar, e agora precisa cuidar de seu filho Zach (Jonah Bobo), de 6 anos, e também de seu avô Henry (Michael Caine), um arqueólogo que pesquisa rituais antigos para seu próprio funeral. Quando Turner (Christopher Walken), pai de Jason e que há anos está afastado da família, ressurge repentinamente, a vida do trio muda. Henry fica feliz com o reaparecimento do filho, mas Jason está reticente em conhecer o pai, que o abandonou quando ainda era criança. Decidido a fazer com que a família se reúna novamente, Henry traça umplano: prepara uma série de mapas e recados, para que Turner e Jason possam cumprir um ritual em sua homenagem após sua morte. Para tanto Turner, Jason e Zach realizam uma viagem pelo interior dos Estados Unidos, onde conhecem melhor uns aos outros e reencontram o passado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Diário perdido

diario perdido ASSUNTO
Relações familiares, relações afetivas, segredo, herança trigeracional
França / Canadá, 2009.Diário Perdido é um consistente retrato familiar, que desenrola os fios de ligação entre três gerações de mulheres e trilha caminhos nada óbvios em seus perfis emocionais. Há muito rancor na relação entre uma mãe e sua filha, Audrey. Adulta, bem-sucedida fora da França, morando em Toronto, a filha se ressente da frieza emocional da mãe, um fardo que carregou a vida toda e que o pai carinhoso, Michel não consegue atenuar. Toda vez que elas se juntam, como na visita de Audrey agora, saem faíscas e surgem novas mágoas. Audrey também procura isolamento. Está grávida de dois meses de um amigo, Tom, com quem mantém um bom relacionamento, mas não sabe se quer ampliá-lo para uma família. Sequer decidiu ainda se vai ou não prosseguir com a gravidez, que esconde dos pais.Embora seja um filme bem feminino, no foco e no olhar, o enredo não se furta de rediscutir também os papeis masculinos. As participações de Michel, Tom e também do tio de Audrey, Gérard (Jean-Philippe Écoffey) provocam discussões inteligentes sobre a figura masculina na vida das mulheres à sua volta, tornando o quadro mais moderno e mais nuançado.
São 3 gerações de mulheres , avó, mãe e filha , cujos destinos estão inextinguivelmente  entrelaçados.  Pra quem curte pensamento sistêmico e o pensamento transgeracional ... um prato cheio. Daqueles filmes que ficam rodando na cabeça da gente horas depois de ter saído do cinema..... Vale a pena! (Teresinha).

Crítica MAIS QUE UM FILME SOBRE A FAMÌLIA

SINOPSE
Três mulheres, três gerações. Ao visitar os pais na sua cidade natal, na França, Audrey descobre o diário de sua avó, a única lembrança de uma mulher que abandonou sua família cerca de 50 antes. A busca de Audrey por compreensão, revela um segredo familiar guardado em silêncio pelos anos, que vai, em última instância, aclarar a relação que tem com a mãe. Ao ler as observações íntimas de sua avó, cujas receitas começa também a testar, Audrey descobre uma mulher diferente da megera que perdurou na mente da mãe. Descobre nela anseios de mudança e liberdade, não compreendidos por Gilles. Além disso, junto com o diário, há uma respeitável soma em dinheiro. Ao trazer o assunto de volta, Audrey nem imagina que irá reescrever a história da família, tingindo-a com um toque policial.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Meu querido Frankie

querido frankie A SSUNTO
Deficiência auditiva, Relações familiares, infância
É a história de um menino de nove anos, Frankie que vive com a mãe e a avó, sempre mudando de casa. Ele é surdo (lê lábios, mas prefere não falar) e vive na expectativa de receber as cartas que o pai, marinheiro, lhe envia de tempos em tempos. Mas o público já sabe desde o começo que é a mãe que escreve essas cartas e que esse pai não existe. O filme conta a história das elaboradas tentativas de uma jovem mãe de proteger seu filho surdo da verdade sobre seu pai violento. A inquietude, a insegurança o amor e sobretudo a superação de seus temores, são mostrados em um drama com interpretação de excelentes atores. Você vai se envolver e se emocionar com a estória, ao descobrir porque as crianças têm muito a nos ensinar.


SINOPSE
Frankie (Jack McElhone) é um garoto de 9 anos que vive com sua mãe, Lizzie (Emily Mortimer), com quem segue de um lado para outro. Tentando proteger Frankie da verdade, Lizzie escreve cartas para ele em nome de um pai fictício, que trabalha a bordo de um navio que passa por terras exóticas. Porém o que Lizzie não contava era que logo o navio em que o "pai" trabalha estará aportando no lugar em que estão, o que faz com que ela tenha que escolher entre contar a verdade para o filho ou encontrar um homem desconhecido que se faça passar pelo pai de Frankie. Tudo corre de forma estranhamente natural e, quando todos os buracos na vida desta família pareciam preenchidos, a notícia de que o verdadeiro pai do garoto está morrendo pode mandar tudo por água abaixo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cenas de um casamento

cenas de um casamento ASSUNTO
Casal e família, Relações afetivas, familiares,sociais. Mito, segredos, adultério, culpa, papéis, separação.
Que tanta gente tenha se identificado com o drama de Johan e Marianne não é de se estranhar. Existem pessoas que, assim como a mãe da protagonista revela no sexto capítulo, passam toda uma vida em comum com outro ser humano e nem ao menos chegam a resvalar em sua verdadeira essência. Seja pelas convenções sociais, por repressão paterna ou religiosa, pela lenta e imperceptível acomodação que acomete aqueles que se entregam à inevitável rotina de um relacionamento. A verdade é que não é nada difícil para alguém se identificar com um dos protagonistas de Cenas de um Casamento, e nisso reside a força do filme. Tão próximo quanto eles podem estar da realidade de muita gente é a medida do quanto o olhar analítico de Bergman se mostra acertado, pois com certeza há muito de sua própria vida pessoal nos personagens de Johan e Marianne.
Durante a entrevista do casal, primeiro episódio, o foco vai para além do diálogo verbal, nos permitindo perceber o que não é dito. Para a fenomenologia, um prato cheio! No início de cada novo episódio, somos contemplados com um resumo do anterior, sob a visão do próprio autor/diretor. Trata-se de um filme difícil de ser assistido, pois não nos fala de forma doce ou leve sobre as relações. Bergman disseca o doloroso processo de separação de seu casal “ideal” de maneira seca e sutil. O resultado incomoda, mas é absurdamente belo. Em diálogos agressivos, os personagens deixam aflorar os mais ocultos ressentimentos e amarguras; tudo em plena sintonia com o cinema de natureza psicológica do diretor, sempre preocupado em investigar as facetas da condição humana. Não há música e o efeito de “Cenas de Um Casamento” é quase documental, com constantes close-ups dos personagens. O espectador percebe cada gesto, cada sorriso forçado ou silêncio triste tanto de Ullmann quanto Josephson, como se estivesse praticamente ao lado deles. É um cinema demasiadamente humano, que carrega questionamentos acerca de temas como a existência, o amor, as relações familiares, Deus, a morte, entre tantos mais.
SINOPSE
1973 – 6 episódios
· Inocência e Pânico (Oskuld och Panik) - Após darem uma entrevista para uma revista feminina sobre seus dez felizes anos de casamento, o professor Johan (Erland Josephsson) e a advogada Marianne (Liv Ullmann), que possuem duas filhas, recebem um casal de amigos para um jantar (Bibi Andersson e Jan Malmsjö), e acabam servindo de mediadores para uma discussão conjugal cheia de farpas emocionais. Grávida, Marianne (35) e Johan (42) discutem se vão ou não ter o bebê.
· A Arte de Empurrar as Coisas para Debaixo do Tapete (Konsten att Sopa under Mattan) - A submissão do casal diante dos caprichos de seus pais é mostrada com propriedade, enquanto Marianne demonstra sua inquietude quanto ao marasmo velado de seu casamento. No trabalho, Johan recebe a atenção talvez não tão imparcial de uma colega (Gunnel Lindblom) em relação aos poemas que escreve escondido da esposa. Após ficar abalada com o depoimento de uma de suas clientes que está se divorciando, Marianne vai ao encontro de Johan num jantar e eles iniciam um argumento sobre o esmorecimento de seu desejo sexual.
· Paula (Paula) - Chegando de viagem, Johan estilhaça a rotina e a vida da ingênua Marianne, ao revelar que se apaixonou por outra mulher e pretende deixá-la para viajar com a amante por meses.
· O Vale das Lágrimas (Tåredalen) - Um ano depois da separação, Marianne recebe Johan para um jantar em sua casa. Ele revela estar prestes a aceitar um emprego nos Estados Unidos, enquanto ela demonstra como tem vivido sem a sua companhia. Eles também discutem a oficialização do divórcio.
· Os Analfabetos (Analfabeterna) - Marianne vai até o escritório de Johan levar os papéis do divórcio, e encontra-o numa crise de auto-confiança que encobre uma drástica mudança em suas intenções. Ambos revelam sua inaptidão para tratar dos assuntos da alma, no que eles chamam de "analfabetismo emocional", e a longa conversa regada a muito conhaque descamba para um terrível enfrentamento que sinaliza uma ruptura talvez irreconciliável.
· No Meio de uma Noite numa Casa Escura em algum Lugar do Mundo (Mitt i Natten i ett Mörkt Hus Någonstans i Världen) - Depois de vários anos vivendo separados, Johan e Marianne descobrem uma nova forma de afinidade enquanto estão brevemente afastados de seus respectivos cônjuges.