
domingo, 2 de junho de 2013
Em frente da classe/O líder da classe/O primeiro da classe

segunda-feira, 20 de maio de 2013
Terapia de Risco
Indústria farmacêutica, efeitos colaterias de medicações psiquiátricas, psiquiatria, saúde mental, crise de ansiedade, depressão, relação terapêutica, manipulação, relações afetivas e sociais.
SINOPSE
A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com profissionais (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Com o título original “Side Effects” – efeitos colaterais, o filme fala da transformação da felicidade em mercadoria de lucro, sobre a busca da felicidade através de medicamentos. Já na chamada, o trailer é finalizado com a imagem de diversos comprimidos e a seguinte frase: “TERAPIA DE RISCO, em alguns casos a morte pode ocorrer.” Em tempos de discussão sobre o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a discussão proposta na trama se encaixa perfeitamente. O DSM-5 vem sendo duramente criticado pela comunidade acadêmica e pelos profissionais de saúde mental do mundo todo. O novo manual traz em sua proposta a diminuição dos limites de diagnóstico e das categorias dos diagnósticos existentes, além de acrescentar novas categorias. A preocupação gira em torno de toda uma geração, que ao manifestar variações normais de comportamentos, que embora sejam considerados problemáticos, podem ser “categorizados” pelo DSM-5 como algum tipo de doença mental. Tal procedimento pode acarretar em prejuízo para toda uma vida, devido aos estigmas provocados pelos rótulos, além de indicar a prescrição de drogas psiquiátricas poderosas, que podem ter sérios efeitos colaterais. Rompendo as barreiras do Universo acadêmico e profissional, as propostas do DSM-5 devem ser discutidas por toda a sociedade, pois suas consequências podem afetar a saúde de pessoas. Trata-se de uma questão séria.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Ferrugem e osso
Relações afetivas, familiares e sociais, superação, auto-suporte, resiliência.
SINOPSE
De repente, ALI (Matthias Schoenaerts) se vê tendo que cuidar sozinho de uma criança de cinco anos. Ele mal conhece o seu filho SAM (Armand Verdure). Sem casa, sem dinheiro e sem amigos, Ali vai morar com sua irmã ANNA (Corinne Masiero) em Antibes, no sul da França. Tudo começa a melhorar imediatamente. A irmã hospeda os dois na garagem, ela cuida do sobrinho e a temperatura é magnífica. Ali, um homem alto e forte, vai trabalhar como leão de chácara em uma boate. Durante uma briga, ele ajuda Stéphanie (Marion Cotillard). Distante e linda, Stéphanie parece inatingível, mas Ali, franco e direto, consegue deixar o seu número de telefone com ela. Stéphanie é treinadora de baleias orca, em Marineland. Quando uma apresentação termina em tragédia, um telefonema os junta mais uma vez. Quando Ali volta a se encontrar com Stéphanie, ela está presa a uma cadeira de rodas, por ter perdido ambas as pernas e algumas ilusões. Stéphanie passa a depender da força física de Ali e ele, por sua vez, passa a admirar a força de vontade de Stéphanie. E Stéphanie volta a querer viver. À medida que a história de vida dos dois começa a se encontrar e a se separar, eles entram em um universo onde a beleza, a juventude e o sangue são considerados produtos, mas no qual a confiança, a verdade, a lealdade e o amor não podem ser comprados ou vendidos e a coragem aparece de várias formas.
TRAILER
Existe a possibilidade de assitir online, mas tenha cuidado, contém cenas de sexo explícito, é indicado para maiores. Se você é maior de idade, clique aqui para assitir.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Eu já o tinha em minha fila de filmes para assistir, quando a colega Renata Rodrigues postou no meu face: “Ferrugem e Osso é um filme belíssimo e apresenta com profundidade duas almas perturbadas procurando por salvação e aprendendo a sobreviver. É tocante ver o quanto pode nascer algo sincero entre duas pessoas destruídas pelas circunstâncias impostas pela vida e pelas escolhas que elas abraçaram, encontrando um no outro a compreensão que o mundo não lhes ofereceu. É um filme denso e complexo, doloroso justamente por ser sensível. Não é um filme de fácil digestão, contudo, ele merece ser visto por todos... Ultra recomendado!”. Então, duplamente indicado, não tive outra alternativa, escolhi assistir logo. Logo, o que mais me chamou atenção foi um termo muito difundido na psicologia: resiliência. Este conceito psicológico, emprestado da física, é a capacidade que um indivíduo ou uma população apresenta, após momento de adversidade, conseguindo se adaptar ou evoluir positivamente frente à situação. O conceito surgiu na física e nada mais é do que a capacidade de alguns materiais voltarem ao estado natural depois de terem passado por uma tensão extrema. Ou seja, é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. A capacidade de resiliência envolve uma tomada de decisão, é quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. Durante o processo terapêutico, um dos objetivos é despertar a capacidade de resiliência do cliente.
sábado, 27 de abril de 2013
About Cherry
Alcoolismo, família disfuncional, abuso sexual infantil, pornografia, sexualidade.
SINOPSE
2012 – Sem título em português. O filme segue Angelina (Ashley Hinshaw), uma jovem a beira de terminar o colegial que leva uma vida muito difícil, pois sua mãe é alcoólatra e seu padrasto é muito violento. Certo dia, seu namorado sugere que ela tire fotos nuas por dinheiro e depois de inicialmente hesitar, ela concorda e faz a sessão de fotos. Em São Francisco, Angelina começa a trabalhar em um clube de strip, adota o nome de Cherry e conhece um advogado que a leva a festas extravagantes, até que um lhe apresentam um novo mundo, a indústria do pornô.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ao ler a sinopse, pensei se tratar de um filme sobre a pornografia como última opção de alguém sem alternativa. De fato, a trama retrata o drama de uma Angelina e sua trajetória até chegar ao filme pornô. Quanto a não ter mais alternativas, não posso definir assim, embora sua origem possa até sugerir algum tipo de indicação para tal caminho. No entanto, acredito que o que fizeram conosco não possa definir quem somos, e sim, o que fazemos com isso – com aquilo que fizeram conosco. Para que seja mais bem compreendido, algumas cenas sugerem abuso sexual de seu padrasto, além de retratar uma adolescência conturbada e sobrecarregada enfrentada pela menina. Angelina trabalhava, cuidava dos “porres” de sua mãe, protegia a irmã e ainda tentava manter uma vida social compatível com sua idade. A trama sugere que sua única válvula de escape era o namorado, que aparentava gostar dela pelo que era, não pelo que podia oferecer. Ao sentir-se como mercadoria também nessa relação, ela decide largar tudo e começar uma nova vida em outra cidade.
A parte dos anjos
Relações sociais, familiares e afetivas, delinquência, drogas e reabilitação.
SINOPSE
Neste misto de comédia e crítica social, Robbie é um rapaz de Glasgow perseguido pelo seu passado de delinquente. Ele e os amigos Rhino, Albert e a jovem Mo escapam por pouco de serem presos, mas acabam sendo punidos com uma pena de trabalhos comunitários. Henri, o educador responsável por eles, torna-se então o seu novo mentor, iniciando-os na arte do uísque. De destilarias a sessões de provas selecionadas, Robbie descobre um talento real de provador, conseguindo identificar as colheitas mais excepcionais e mais caras. Com esse novo talento em mãos, Robbie precisa escolher um caminho na vida: continuar a sua vida de pequenos delitos e violência ou investir num futuro mais promissor.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme conta a história de um grupo de delinquentes juvenis que ganharão uma segunda chance. Todos são jovens julgados por pequenos delitos e sem aptidão alguma, nem para o crime. Retrato de uma sociedade em crise, eles são condenados a realizar trabalhos comunitários, ao mesmo tempo em que precisam tirar suas vidas do buraco. (Fonte, clique aqui).
Robbie é um viciado em drogas disposto a se reabilitar devido à gravidez da namorada. O jovem transmite violência, raiva, terror, e também fragilidade, esperteza e amizade. Ele é explosivo, mas está aprendendo a conter suas emoções e pensar primeiramente na namorada e no filho. Ele foge de brigas e repreende outros por atitudes erradas , aceitando os conselhos de seu tutor Harry. Há uma leve crítica social por trás dessa aventura, que retrata uma realidade difícil, enfrentada pela classe operária de uma cidade violenta.
A guerra dos botões
Relações familiares e afetivas, imaginação, universo infantil, ética.
SINOPSE
Nos anos 1960, numa aldeia no sul da França, um grupo de meninos de sete a 14 anos enfrenta uma guerra contra as crianças da aldeia vizinha, liderados por William Lebrac (Vincent Bres). Mas essa é uma batalha sem piedade que já dura por gerações. Os garotos lutam pela honra e lealdade, utilizando todos os meios necessários para vencer, até aceitar a ajuda de uma menina. Mas não é fácil ser um pequeno exército de homens sem ser pego pelos pais. Ao voltar para casa, após um dia de batalha com as roupas rasgadas e botões a menos, o maior desafio é ser discreto para fugir do castigo.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme é sobre ingenuidade, brincadeiras e ética. Isso mesmo, uma lição de ética oferecida por crianças. Sensacional e pode parecer muito estranho para as crianças contemporâneas, que estão habituadas a tecnologia da vida moderna. Em tempo de guerra, as brincadeiras dão uma lição nos adultos sobre a vida e formas enfrentar divergências. Nos anos 60 era comum encontrar crianças brincando ao ar livre, fosse subindo em árvores, ou mesmo na rua. Lembro-me de brincadeiras como amarelinha, pique-bandeira, garrafão, roda, queimado, bola de gude, bafo-bafo, pique-cola, carniça e tantas outras, que vão sendo guardadas apenas na memória. Para os adultos é um retorno à própria infância, pois o filme traz de volta aquilo que não vemos mais em nossos dias. O Universo infantil nos é apresentado de forma pura, com direito a xingamentos rimados e muito mais.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
À beira do Caminho
Relações familiares e afetivas, luto, traição, culpa e amizade.
SINOPSE
2012 - Para fugir dos traumas do passado, o caminhoneiro João (João Miguel) resolve deixar sua cidade natal para trás e cruzar o país. Ele dirige Brasil afora, sempre solitário, até que numa de suas viagens descobre que o menino Duda (Vinicius Nascimento) se escondeu em seu caminhão. Duda é órfão de mãe e está à procura do pai, que fugiu para São Paulo antes mesmo dele nascer. A contragosto, João aceita levá-lo até a cidade mais próxima. Entretanto, durante a viagem nascem elos entre os dois, que faz com que João tenha coragem para enfrentar seu passado.
Coincidências trágicas marcam filme 'À Beira do Caminho' - Clique aqui para ler.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
As dificuldades na elaboração do luto é um tema forte na trama. João é carrancudo, mal humorado e se mostra pouco inclinado ao convívio social. A solidão não é apenas devido a sua profissão, pois revela uma escolha pessoal. O filme mostra o cotidiano de um profissional pouco valorizado, o caminhoneiro. A estrada é o caminho que parece não ter fim, a cada quilômetro percorrido, maior fica a distância e a solidão. Encontrar Duda, o menino órfão, acaba por trazer à tona tudo que João queria esquecer. Aos poucos, o menino e sua história vão quebrando a armadura do motorista. Suas defesas vão aos poucos sendo destruídas. Semelhante a um processo terapêutico, que ocorre quando o cliente ao evitar a dor acaba por tornar crônica outra dor - aquela conhecida, mas nem por isso menos sofrida – é apresentado. O processo terapêutico busca favorecer o olhar do cliente para sua realidade, sua dor real – ou seja, as situações evitadas, objetivando novas escolhas, soluções ou acabamentos. Assim, tudo que impedia o cliente de ser quem é, pode ser desbloqueado. Situações inacabadas são obstáculos para o “vir-a-ser” do indivíduo, sua forma legítima de funcionar no mundo. No filme, o convívio com Duda acaba por favorecer o reencontro de João com seu mundo, suas emoções e novas possibilidades. A fuga de sua realidade dolorosa não aliviava a dor, apenas tornava o personagem cada dia mais distante de si mesmo, cristalizado, ausente.
terça-feira, 23 de abril de 2013
A ira de um anjo
sábado, 13 de abril de 2013
SEM MEDO DE VIVER
Tudo por um sonho

domingo, 17 de fevereiro de 2013
As Sessões
O amor não tem fim
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Monsieur Lazhar
A arte da conquista
A arte da conquista
Adolescência, fobia social ou depressão, sexualidade e relações familiares.
SINOPSE
George (Freddie Highmore) é um adolescente solitário que não vê sentido na vida e nem na escola. Para ele tudo é uma grande ilusão, não estava preparado para se apaixonar, até que Sally (Emma Roberts) surge em sua vida.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme retrata o rito de passagem da adolescência de dois jovens que se encontram. Ambos têm uma estrutura familiar disfuncional, ele foi abandonado ainda criança e a mãe dela exibe um comportamento sexual pouco convencional. Ele tem uma visão pessimista do mundo, não fala muito, não se conecta aos estudos ou aos colegas e vivencia uma crise existencial. Ela, por outro lado, tem dificuldade de se apegar as pessoas. A trama desenvolve algumas transformações a partir deste encontro, entretanto, não aprofundam nenhum dos temas propostos, sem qualquer encadeamento que possa provocar reflexão. A ideia do filme é excelente, pena que não desenvolvem de forma coerente e um tanto mais profunda. Um entretenimento razoável, até capaz de provocar algum tipo reconhecimento dos jovens em algumas partes da trama, nada mais.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Estamira
Esquizofrenia, relações sociais e familiares.
SINOPSE
Trabalhando há cerca de duas décadas em um aterro sanitário, situado em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, Estamira Gomes de Sousa é uma mulher de 63 anos, que sofre de distúrbios mentais. O local recebe mais de oito mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro, diariamente, e é também sua moradia. Com seu discurso filosófico e poético, em meio a frases, muitas vezes, sem sentido, Estamira analisa questões de interesse global fala também com uma lucidez impressionante e permite que o espectador possa repensar a loucura de cada um, inclusive a dela, moradora e sobrevivente de um lixão.
Tudo que é Imaginário Tem, Existe, É" "A insanidade de Estamira é uma linguagem de defesa diante de um mundo muito mais louco que ela. A sua loucura é a narração de uma sabedoria torta de uma anomalia que a salva de uma realidade, esta sim, terrivelmente insana" - Arnaldo Jabor, cineasta e jornalista. ESTAMIRA é a história de uma mulher de 63 anos que sofre distúrbios mentais e que durante 20 anos viveu e trabalhou no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Carismática e maternal, Dona Estamira convive com um pequeno grupo de catadores idosos num local renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de Janeiro
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Muito já foi escrito sobre o documentário que angariou prêmios no mundo todo. Lançado em 2004, o filme trouxe uma denúncia sobre a realidade vivida pelos doentes mentais no Brasil. Retratando seu cotidiano, o diretor fugiu do lugar comum de outras obras que tenham explorado o assunto. No discurso de Estamira havia um misto de extrema lucidez e loucura, abrangendo temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões existenciais acerca de si mesma e da sociedade. A esquizofrenia é apresentada em sua forma real, sem intermediários, o espectador é envolvido em sua rotina, desmistificando muitas pré-conceitos. Apesar de todo repercussão, pouco ou nada mudou no que tange aos cuidados e contatos com pessoas portadoras de doença mental.
De pernas pro ar 2
Sexualidade, vício em trabalho, relações afetivas e sociais.
SINOPSE
Alice (Ingrid Guimarães) agora é uma empresária bem-sucedida, que continua trabalhando muito mas sem deixar de lado o prazer sexual. Ela está bastante atarefada devido à abertura da primeira filial de sua sex shop em Nova York, ao lado da sócia Marcela (Maria Paula). Seu grande objetivo é levar para a América um produto erótico inédito, o que faz com que ela fique bastante estressada. Até que, durante a festa de comemoração pela 100ª loja SexDelícia no Brasil, Alice tem um surto devido ao excesso de trabalho. Ela é internada em um spa comandado pela rígida Regina (Alice Borges), onde conhece várias pessoas que buscam controlar suas obsessões e ansiedades.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O filme segue a linha criativa do primeiro, desde sua preocupação excessiva com o trabalho, até a suas crises familiares pelo mesmo motivo. Porém, a evolução no roteiro brinca com outros assuntos, que devem ser levados a sério. É claro que o filme não tem a pretensão de aprofundar nenhum assunto, pois trata-se de uma comédia romântica no estilo Hollydiano. De todo jeito, o mais bacana é conseguir falar de de sexo sem precisar apelar para cenas eróticas ou palavrões. Aprovado pelo público e reprovado pela crítica, o filme tem lá o seu charme. A trama ironiza questões contemporâneas, como por exemplo, o vício pelo trabalho, que é deslocado para o universo feminino. Além disso, há o vício em redes sociais, a cleptomania e a compulsão sexual, que são problemas pincelados com humor durante as sessões de grupo no SPA – cenas hilárias. No geral, não passa de um entretenimento leve que garante boas risadas, sem aprofundar qualquer tema. O que de certo modo é positivo, pois alguns assuntos ganham maior liberdade ao serem apresentados de forma leve. Diversão garantida!
O lado bom da vida
Família disfuncional, TOC, Transtorno Bipolar, compulsão sexual, relações familiares, afetivas e sociais.
SINOPSE
Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu absolutamente tudo na vida: sua casa, o emprego e a esposa. Deprimido, ele vai parar em um sanatório, onde fica internado por oito meses. Ao sair, Pat passa a morar com os pais e está decidido a reconstruir sua vida, o que inclui retomar o casamento, passando por cima de todos os problemas que teve. Entretanto, seu novo plano muda por completo quando ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma garota misteriosa que também tem seus problemas. É ela quem consegue fazer com que Pat mais uma vez se reconecte com a vida.
Na trama, acompanhamos um homem com sérios problemas emocionais que pegou a mulher o traindo com um homem mais velho e as consequências disso foram internação e distância da família. Algum tempo depois, tentando superar seus problemas, o problemático homem volta para casa e conta com o apoio da família, dos amigos e de uma moça que conhece por acaso. Entre danças e promessas uma amizade vai se construindo sob pilares genuínos, com verdade e sem segundas intenções, pelo menos não a princípio.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
O transtorno bipolar do humor já foi retratado em outros filmes, mas aqui temos outras particularidades, não só deste diagnóstico, mas de outras formas de reagir aos conflitos existenciais. O foco da trama é a estória é sobre Pat, que acabou de sair da clínica psiquiátrica, onde foi internado por ter batido no amante de sua esposa. Ele descobriu que era um bipolar não-diagnosticado, mas se recusa a se medicar. Além de estar obcecado com a ideia de reconquistar sua esposa, ele tem que enfrentar o preconceito, o medo e o desprezo de vizinhos e amigos. Durante sua jornada de recuperação, conhece uma garota chamada Tiffany, que também se encontra em uma etapa difícil. Após se tornar viúva, ela desenvolve compulsão sexual, adquirindo um comportamento promíscuo que lhe traz má fama. Para ambos houve um conflito insuportável como agente provocador do desequilíbrio, ponto que tanto os atrai quanto repele a ambos. O pai do protagonista é um senhor de meia idade viciado em apostas, que acredita seriamente que alguns resultados de jogos são influenciados pela presença ou não de alguém na sala ou acontecimentos importantes que ocorram simultaneamente ao jogo. Além de arriscar a estabilidade familiar com apostas, o provedor da casa apresenta alguns sintomas de TOC. O descontrole emocional é frequente mas não é restrito ao protagonista.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Griff, o invisível
ASSUNTO
SINOPSE
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Amor
Terceira idade, relações familiares e afetivas, cuidado, AVC, processo de envelhecimento.
SINOPSE
Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Tudo tem dois lados na vida, não canso de repetir isso. Pois bem, o que falar do amor? Como pode ser amor sem aquele tom meloso ao qual estamos acostumados? Quando falamos de um livro ou filme com tal título, logo criamos a expectativa de ver alguns obstáculos serem vencidos por um casal, que no final trocam carícias e declarações até ser concluído com a famosa frase “E foram felizes para sempre”. Antes que recriminem minha afirmação, me antecipo lembrando que existem também romances que acabam em tragédia, como “Romeu e Julieta”. Entretanto, também neste romance somos brindados com muitas cenas melosas que ilustram o amor que nós estamos acostumados a ver como tal. Não me recordo de qualquer obra que fale do outro lado da moeda, que fale de amor sem recorrer às cenas românticas, recheadas de trocas de beijos apaixonados e declarações de amor. O cotidiano de um casal, todos sabem, ultrapassa e muito o final feliz dos contos de fadas. Muito já se questionou sobre o que vem depois da união feliz, principalmente quando falamos do cotidiano de duas pessoas, antes estranhas, que trazem histórias de vidas diferentes, com valores, crenças e famílias de origem distintas. Ainda assim, muito já se apresentou em filmes e livros sobre encontros e desencontros do amor. No entanto, devo destacar que o filme AMOR nos apresenta o outro lado da moeda deste tema. Estamos falando de toda uma vida compartilhada, e, do que acontece quando a vida está perto do fim.
E se vivêssemos todos juntos?
ASSUNTO
Luto, sexualidade, terceira idade, solidariedade e amizade.
SINOPSE
2010 - Na região da Grande Paris, vivem os casais Jean e Annie (Guy Bedos e Geraldine Chaplin) e Albert e Jeanne (Pierre Richard e Jane Fonda) mais o viúvo paquerador Claude (Claude Rich). Eles são amigos há décadas e, embora felizes, os sinais da idade começam a aparecer. Jeanne tem um câncer terminal, mas decidiu não contar a Albert, que já apresenta lapsos de memória. Claude, afeito a transas com garotas de programa, não possui o mesmo coração da juventude. Parte, então, de Jean e Annie, ambos com a saúde em dia, a proposta de todos morarem juntos na casa deles. Além da ajuda mútua, a vida comunitária permite a troca de experiências e um contato diário próximo. O grupo contrata um jovem alemão (Daniel Brühl) para auxiliá-los. Para um ator idoso, deve ser um prazer imenso interpretar um ótimo personagem principal. Com gosto e rugas no rosto (exceto a esticada Jane Fonda), o elenco mostra-se afinado e com fôlego de sobra. Entre a graça e a morte iminente, o diretor e roteirista Stéphane Robelin comanda seu segundo longa-metragem sem choro nem vela. Prefere fazer um registro real da velhice oferecendo reflexões prudentes e comoções contidas. Retirado da veja, leia mais.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Existem alguns assuntos que permanecem como tabus, principalmente quando falamos de sexo e morte. Permanece muita distorção na exploração dos temas. Quando o ponto é sexo, por exemplo, ainda há uma distância grande entre a realidade dos fatos e a as estórias “de pescador” que são propagadas. Quanto à morte, evitamos a todo custo tocar no assunto, apesar de ser a única certeza que temos desde o nascimento. É, parece que tudo que é óbvio, também assusta. No entanto, o filme ousa discutir estes tabus com bom humor, sem perder de vista a realidade. É um filme que sinaliza o que é inevitável: o ciclo final da vida e a morte. “Velhice”, “terceira idade”, “boa idade” são os termos usados para nomear o ciclo que mais tem alterado as estatísticas, pois a expectativa de vida tem atingido um crescimento até então inimaginável. Novas demandas exigem novas configurações que possam atendê-las.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
As aventuras de Pi
Vida, adolescência, relações afetivas e familiares, autoconhecimento, criatividade, perdas, fé, autoestima, fantasia, coragem, luta pela sobrevivência.
SINOPSE
Pi Patel (Suraj Sharma) é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Indicado pela colega Sandra Picanço, me senti na obrigação de assistir ao filme que a tinha encantado. Há quem diga que o filme tem um forte apelo religioso, e, também quem diga o contrário, que é uma afronta as religiões, pois ninguém poderia ter três crenças ao mesmo tempo. Pi diz que "A fé é uma casa de muitos quartos", portanto ele escolhe o seu jeito de vivenciar 3 religiões e ponto. O mais importante para ele é ter fé! Pi está na adolescência e enfrenta momentos de acordo com essa fase, está na busca de novos conhecimentos sobre o mundo, questionando tudo e todos, desafiando os perigos da vida e se apaixonando pela primeira vez. Seu mundo é ameaçado quando o pai comunica a decisão da grande mudança que farão. Diante do inevitável, Pi não se conforma com a situação. Dentro do cargueiro que os leva para o Canadá, sua inquietude abre as portas de um novo universo, que mescla fantasia e realidade, em um mundo repleto de sentidos ambíguos na sua existência. Diante do naufrágio, a trama nos apresenta um novo Universo, que pode ser escolhido como fantasioso, simbólico ou apenas como fatos costurados pela lembrança que restou no adulto, de suas desventuras adolescentes. Um novo mundo de sentidos e sensações nos é ofertado, para que cada telespectador faça a sua escolha.
domingo, 6 de janeiro de 2013
A estranha vida de Thinothy Green
Adoção, esperança, fantasia, relações afetivas, sociais e familiares.
SINOPSE
A Estranha Vida de Timothy Green conta a história de um casal (Garner e Edgerton) que não consegue ter filhos. Em uma noite regada à vinho, Jim propõe à sua esposa que façam um jogo: ambos escreveriam em pedaços de papel as características que gostariam que seu filho tivesse, tal como “ele nunca desiste das coisas”, “irá marcar o gol da vitória” e “será como Picasso, com um lápis”. Em seguida eles colocam os pedaços de papel em uma caixa e enterram no quintal. Porém, e é sempre no “porém” que a fantasia acontece, após uma noite com uma estranha tempestade (onde a chuva ao invés de cair, sobe para o céu) um menino cheio de lama aparece na casa dos Green, os chamando de “papai e mamãe”. A partir daí a história já está lançada. Timothy aparenta ter entre 10 anos e seu comportamento “é o de um menino com as qualidades que os pais desejaram”, mas “essas qualidades se manifestam de maneira que nunca poderiam ter imaginado”.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Um filme que trata de vários assuntos de maneira encantadora e sutil. Uma fábula sobre o desejo de ter um filho. Ao depositarem todas as folhas/sonhos em uma caixinha de madeira e enterram no jardim, o casal abre a porta da fantasia para a elaboração de um sonho. O que vem a seguir é pura magia. O filme é uma fábula, por isso é pura fantasia, imaginação. Trata-se de uma bela reflexão sobre amar o diferente, aceitar as imperfeições que a sociedade entende como "defeitos de fábrica", ou seja, sobre adoção. Timothy Green é muito especial. Filme indicado para toda a família, especialmente, para os casais impedidos de terem filhos.
As vantagens de ser invisível
Adolescência, abuso sexual, rejeição, homossexualidade, drogas, depressão, suicídio, consumo de drogas por menor.
SINOPSE
Na trama conhecemos Charlie, um rapaz pacato e solitário que sofre por não ter amigos. Com o início do ano letivo ele tem mais uma chance de conseguir aumentar seu número de amizades (que basicamente se restringe a seus irmãos). Após algumas situações constrangedoras e o início de uma amizade com seu professor de literatura, Charlie conhece Patrick (Ezra Miller) e Sam (a ex- Hermione, Emma Watson), um casal de meio irmãos que fazem parte da turma dos descolados. Logo, Charlie se sente muito bem aceito por esses novos amigos e assim uma grande amizade vai nascendo. Leia mais clicandoa aqui.
O filme narra a história de Charlie (Logan Lerman), um garoto introvertido que acaba de entrar para o high school -- o equivalente ao ensino médio nos Estados Unidos -- e tem de lidar com um dos maiores temores da adolescência: não ser aceito em nenhum grupo. No entanto, logo nos primeiros dias de aula, o menino é acolhido por uma turma de veteranos desajustados. O grupo inclui o gay Patrick (o brilhante Ezra Miller, de Precisamos Falar Sobre o Kevin) e sua meia-irmã Sam (Emma Watson, a Hermione de Harry Potter em seu primeiro ótimo papel após a franquia), uma menina bonita, mas ingênua, que já beijou toda a escola. Para ler mais, clique aqui.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Ambientado no começo da década de 90, quando as pessoas trocam fitas cassete com suas músicas favoritas e podiam reclamar de não ter nada pra ver na TV, o filme foi aclamado pela crítica, que em sua maioria o considera como o “filme adolescente” do ano. Trata-se de um drama que não se restringe a retratar as crises previsíveis dos adolescentes, ele vai além e costura outras questões.
Bird
Dependência química, transtornos alimentares, relações familiares, sociais e afetivas.
SINOPSE
Cinebiografia do famoso saxofonista Charles "Bird" Parker, um dos mais famosos musico da historia do jazz. Sua arte e sua vida deixou um profundo legado. O talentoso diretor/ator Clint é um aficionado de jazz de longa data, e com esse filme que fornece um retrato emocionante do jazz visionário de Charlie "Bird" Parker. Eastwood, também pinta um retrato vívido do mundo do jazz em toda sua complexidade. Forest Whitaker, como Parker, fornece uma interpretação apaixonante que ajuda a fornecer uma compreensão do gênio do homem, e das tragédias de suas crises ou do uso de drogas. Clint não faz nenhum julgamento moral em relação ao músico. Ele homenageia a sua arte e respeita o homem. Magnífica trilha sonora (ganhadora do Oscar), com os solos dos discos originais de Parker, um gênio incansável que viveu intensos 35 anos (1920 a 1955). Filme sobre um músico fantástico, tremendamente talentoso.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Viciado em drogas desde muito jovem, Charlie teve ao longo da sua carreira muitos altos e baixos. Charlie aprendeu a tocar ouvindo uma vitrola velha, por isso o som que produzia era único e transbordava seu amor pela música. Apesar do sucesso, o músico tinha sérios problemas com abuso de substâncias e transtornos alimentares, o que prejudica sua vida. Graças ao apoio da sua dedicada mulher Chan, que tudo fez para evitar o seu internamento numa instituição mental, Charlie continuou a tocar o seu novo estilo de música, levando a uma autêntica revolução no jazz. A trama nos brinda com sua trilha sonora invejável, principalmente para os amantes do jazz, mas também explora os transtornos psicológicos do artista.