Luto, preconceito, família, relacionamento entre pai e filho.
SINOPSE
Daigo é um violoncelista cuja orquestra foi dissolvida. Desempregado, ele se vê obrigado a voltar a morar no interior na casa que sua mãe deixou de herança. Chegando lá, ele aceita um emprego inusitado preparando cadáveres para serem colocados no caixão. A Partida segue a história deste jovem que começa a trabalhar como "Nokanshi",
uma espécie de agente funerário, responsável por preparar o corpo, colocá-lo no
caixão e enviar a pessoa que morreu para o outro mundo, agindo como um guardião
entre a vida e a morte. Porém seu trabalho é desprezado tanto por sua esposa quanto
pelas pessoas a sua volta, mas através da morte é que começa a descobrir o
verdadeiro sentindo da vida.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O OLHAR DA PSICOLOGIA
"A partida" apresenta um novo olhar para a morte, tema que é objeto de tabu. Todos nós temos medo da morte, ainda que seja a única certeza da vida. O assunto é pouco compreendido pela cultura ocidental, nos permitindo negar sua existência. O ritual oriental traz outra forma de compreensão da morte, tornando-a mais inteira, mais completa. A acolhida da morte como um fato inevitável, marcando o final de um ciclo, com respeito ao momento e revisando lembranças, pode permitir um contato verdadeiro, favorecendo a elaboração da perda.
Com sensibilidade ímpar, a trama nos mostra o processo de resgate de uma história pessoal, familiar e cultural. O confronto com a morte e o novo trabalho, fazem com que Daigo se envolva com a vida, enfrentando preconceitos, transformando seus valores. Ao confrontar seus medos, revendo as dores de sua infância, o personagem tem a oportunidade de fazer novas escolhas, compartilhando conosco a importância de questionarmos nossas certezas, correr novos riscos, sair do lugar comum. Fazer as pazes com a própria história é se reinventar. É Tudo isso, sem desprezar o alicerce, a nossa origem, aquilo que nos oferece estrutura para nossa constituição. O passado é atualizado, permitindo traçar novos caminhos, favorecendo um novo vir a ser do indivíduo. Assim, a partir da mudança de Daigo, o sistema familiar favorece a transformação de seus membros. Recomendo o filme, principalmente por sua forma poética e delicada de nos provocar novas reflexões.
Com sensibilidade ímpar, a trama nos mostra o processo de resgate de uma história pessoal, familiar e cultural. O confronto com a morte e o novo trabalho, fazem com que Daigo se envolva com a vida, enfrentando preconceitos, transformando seus valores. Ao confrontar seus medos, revendo as dores de sua infância, o personagem tem a oportunidade de fazer novas escolhas, compartilhando conosco a importância de questionarmos nossas certezas, correr novos riscos, sair do lugar comum. Fazer as pazes com a própria história é se reinventar. É Tudo isso, sem desprezar o alicerce, a nossa origem, aquilo que nos oferece estrutura para nossa constituição. O passado é atualizado, permitindo traçar novos caminhos, favorecendo um novo vir a ser do indivíduo. Assim, a partir da mudança de Daigo, o sistema familiar favorece a transformação de seus membros. Recomendo o filme, principalmente por sua forma poética e delicada de nos provocar novas reflexões.
É muito metafórica e simsbólica a morte no filme de Yojiro
Takita. O diretor abocanhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, pois além da
morte seu filme traça paralelos com outros temas como a relação que
desenvolvemos com a comida, e porque não com as pessoas mortas , o preconceito
com quem trabalha nesse ramo e a necessidade de todo mundo de rever a própria
vida, a partir da morte. Talvez essa seja a maior função para os que ficam,
rever padrões, atitudes, escolhas. Continue lendo...
É interessante observar como essa mudança na vida do protagonista engloba vários aspectos. É uma volta para a cidade natal, mas, além disso, uma volta para o passado, para o contato com pessoas de outrora e com traumas de outrora – o relacionamento mal resolvido com o pai ressurge de forma decisiva. Essa volta também é uma representação quanto à nova função de Daigo: em um Japão cada vez mais “moderno” e ocidentalizado, ele passa a lidar com uma antiga tradição tipicamente nipônica. Também, paradoxalmente, é uma época de novidade para Daigo, de lidar com a frustração no trabalho, de se adaptar, de refletir sobre sua vida e seu passado, mas também sobre a vida e a morte.Clique aqui para continuar a leitura
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ResponderExcluirGostei muito do que li até onde vc disponibilizaram. Estou clicando para continuar a leitura e não abre. Por favor liberem a mensagem completa
ResponderExcluirGrata
Alessandra Dantas
Alessandra, obrigada por sua participação. Sua solicitação não pode ser atendida, pois, infelizmente, o link era de um post de terceiros de 2010. Provavelmente, algum site que saiu do ar. Lamento!
ResponderExcluirVolte sempre!