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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ninfomaníaca 1 e 2

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Sexualidade, compulsão sexual, crenças, religião, valores morais, gênero, conceitos e preconceitos.
SINOPSE
ATENÇÃO: CENAS DE SEXO EXPLICITO, NÃO INDICADAS PARA MENORES. Volume 1 - Bastante machucada e largada em um beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele a leva para sua casa, onde possa descansar e se recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida para Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê de sua auto avaliação.
Volume 2 - A continuação da história de vida de Joe investiga os aspectos mais sombrios de sua vida adulta, e o que a levou aos cuidados de Seligman. Últimos três capítulos de "Ninfomaníaca".
TRAILER
Volume 1 - clique aqui.
Volume 2 - clique aqui.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
Antes de tudo, devo sinalizar que o filme é para poucos, pois é preciso ter abertura para compreender as críticas, explícitas ou sutis, feitas pelo diretor. Aos que esperavam um filme pornográfico o que encontraram foi frustração, pois a trama nos confronta com conceitos e preconceitos sócio culturais. Escolhi reunir os dois volumes por uma questão simples: Não é possível ter plena compreensão sem que ambos sejam assistidos. No primeiro volume, temos maior foco no relato de suas aventuras sexuais desde a infância. Não há qualquer dado que possa nos ajudar a aprofundar o conhecimento sobre o contexto da vida de Joe. Assistimos as trocas com Seligman, que não parece concordar com a autoavaliação da moça, que se deprecia, sentindo-se má pessoa por ser ninfomaníaca. Ao narrar a história de sua vida, Joe encontra nas reações de Seligman possíveis “interpretações” ou outras perspectivas, que poderiam ser também do espectador (ou que podem servir para induzir o público). Seus comentários estão sempre associados a alguma referência, o que nos conduz para possibilidades que não ocorreriam sem tal intromissão. Suas referências incluem a música, as artes plásticas, a poesia e filmes – incluindo “Anticristo” do mesmo diretor. Prazer e dor, deleite e desamor, desamparo e autonomia estão entre as polaridades expressas na trama, que choca, confunde e violenta diferentes formas de ver tudo que é apresentado. O senhor solitário entra no lugar do psicólogo, que escuta sem julgar, principalmente ao favorecer para que Joe possa se ver de outra forma. Seligman é um intelectual que domina vários campos do conhecimento, com isso ele tenta analisar e compreender a obsessão de Joe por sexo, ao mesmo tempo conduzindo o espectador ao questionamento e provocando reflexões sobre alguns tabus.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Dentro da casa

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Relações sociais, afetivas e familiares. Homossexualidade, voyeurismo, arte e literatura.
SINOPSE
Um pouco cansado da rotina de professor, Germain (Fabrice Luchini) chega a atormentar sua esposa Jeanne (Kristin Scott Thomas) com suas reclamações, mas ela também tem seus problemas profissionais para resolver e nem sempre dá a atenção desejada. Até o dia em que ele descobre na redação do adolescente Claude (Ernst Umhauer) um estilo diferente de escrever, que dá início a um intrigante jogo de sedução entre pupilo e mestre, que acaba envolvendo a própria esposa e a família de um colega de classe.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Atendendo ao pedido da colega Cristiana Chagas, assisti Dentro de casa, que é um filme intrigante que permite diversas leituras. Gosto do olhar de Celo silva (para ler a crítica completa clique aqui.), que considera a trama sendo iniciada elucidando um “dramédia” social e logo evoluindo para um tom metalinguístico – o roteiro é recheado de discussões sobre o uso da própria linguagem (metalinguagem pode referir-se a qualquer terminologia usada para descrever uma linguagem em si mesma). Para os que gostam de literatura, tal perspectiva pode estimular discussões enriquecedoras.
No filme conhecemos Germain, um professor desapontado com o fraco desempenho de seus alunos, que ao deparar com as redações do jovem Claude, fica intrigado e surpreendido com seu talento. Logo, a relação entre professor e pupilo é iniciada, com o propósito de desenvolver o talento do jovem. Durante o processo, somos apresentados a esposa de Germain, que administra uma galeria de arte e por isso inclui na trama algumas pinceladas sobre o assunto, e, a vida cotidiana de uma família de classe média. Temas como homossexualidade, crise familiar, relações afetivas e sociais são elementos presentes na trama. Fato é que o filme passeia entre realidade e imaginação, trazendo em seu desenvolvimento inúmeras provocações. O que o professor de literatura desmotivado e o aluno misterioso, com características que beiram a sociopatia, têm em comum é o prazer em assistir a vida alheia, o voyeurismo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Azul é a cor mais quente

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ASSUNTO

Adolescência, sexualidade, relações afetivas e sociais.

SINOPSE

ATENÇÃO: CONTÉM CENAS DE SEXO EXPLÍCITO! Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.


TRAILER

O OLHAR DA PSICOLOGIA

“A vida de Adèle” seria a tradução literal, mas ficou no Brasil com o título  AZUL É A COR MAIS QUENTE, possivelmente pelo destaque da cor em toda obra. O azul tinge desde os “cabelos da liberdade” do primeiro amor até roupas e cenários. Para além da polêmica cena de sexo, “explícito” ou “autêntico”, o drama nos convida a acompanhar a trajetória de Adèle e os desafios durante seu processo de amadurecimento. Aos 15 anos, a menina se encontra em fase de descobertas, grandes e pequenas, simples e confusas, individuais e sociais. Sem saber ao certo o que quer, o momento é de experimentar o mundo. Acompanhamos a adolescente em seu caminho para a escola, após ter perdido o ônibus. Na escola, aula de literatura tem  a discussão sobre um romance que fala de encontro, amor à primeira vista e primeiro amor. A cena registra as reações previsíveis dos alunos em fase de transformação. Adèle se mostra como qualquer adolescente, não há maquiagem ou se revela heroína com “exemplo” de bom comportamento. Ao contrário, seja na mesa ou no quarto, ela se mostra natural, comum, humanamente adolescente: lambendo faca, mastigando ou dormindo de boca aberta. Aliás, é importante notar como a protagonista aguça seus sentidos em cada experiência, nos convidando a “provar” com ela as novidades do mundo. Os close-ups de rostos e corpos nos aproximam bastante da intimidade da personagem. Podemos também sentir suas angústias, dúvidas e frustrações . Na escola, as amigas sinalizam sobre o “gatinho” que está atraído por ela.  É outro aspecto interessante da trama, pois descreve bem o lugar do “grupo” na vida do adolescente, a necessidade de pertencimento,“integração”, de ser aceito, de sentir-se parte do “grupo”. Ainda sem grande entusiasmo, ela “aceita” o acaso que a aproxima do menino. Apesar dos diferentes gostos, ela flerta com ele e até combina de voltar a vê-lo. No dia do reencontro, a menina vive um momento semelhante ao que fora descrito no romance discutido em aula, só que não acontece com o rapaz. Ainda à caminho, ela se depara com  o inesperado e atraente tom azul dos cabelos de Emma. A atração é instantânea e, tal qual no romance, ambas olham para trás,  atraídas por uma força inexplicável.

domingo, 10 de novembro de 2013

O presente

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Relações afetivas, familiares e sociais, valores, perdas, luto, auto-conhecimento, amizade, segredos, amor, compreensão, empatia, mudanças.
SINOPSE
Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava certo de que não herdaria nada. Mas se enganou: "Red" Stevens (James Garner) deixou 12 tarefas para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se merecer, terá direito ao que Red chama de "o maior de todos os presentes". Cada uma dessas tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason, mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily (Abigail Breslin).
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Indicado por um seguidor, o filme é de fato um presente. A trama, ainda que não pretenda retratar fatos reais, pois dificilmente seria possível realizar tal plano de forma tão bem amarrada, termina por provocar boas reflexões. Trata-se de um drama de 2006 que exemplifica a importância da experiência vivida para nosso desenvolvimento. Conselhos podem ser bem vindos, mas pouco ou nada valem diante da experiência vivenciada. Na abordagem gestáltica, priorizamos a experiência, ou melhor, o experimento, exatamente por alcançar melhor resultado no que se refere à possibilidade de mudanças. Assim também pensa o avô de Jason, que através de sua proposta promove  diversas experiências que irão transformar sua vidade Jason para sempre. Até então, o neto era apenas um “payboy” sem noção de alguns valores que são essenciais para o ser humano. Sua vida era resumida em prazeres financeiramente dispendiosos, atividades fúteis e relações vazias. Apesar de ser bem instrído, o rapaz não tinha em seu universo qualquer aplicação para tudo que aprendeu em sua formação. Todo conhecimento adquirido era desperdiçado, pois desconhecia a palavra necessidade, fosse de produção ou de vontade de brigar por algo. O fato de tudo estar disponível, todo o tempo, fez com que Jason perdesse contato com seus sentidos.

domingo, 3 de novembro de 2013

Gravidade

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Luto, angústia, solidão, existencialismo, metáfora de renascimento ou processo terapêutico.
SINOPSE
2013 - Matt Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Li alguns comentários sobre a trama, uns destacam os efeitos espetaculares, outros salientam as cenas improváveis na realidade espacial, mas nenhum deles sinalizou sensivelmente como meu cliente. Segundo o Site MEGACURIOSO, ‘“Gravidade” é um filme de suspense e drama capaz de tirar o fôlego até mesmo dos cinéfilos mais exigentes.’ Eles apontam erros e acertos do filme (Para ler o artigo completo, clique aqui.). Já na revista Info, abril, lemos “Graças às atuações de Clooney e Bullock, o filme supera o simples horror científico e provoca reflexões sobre a condição humana, seus limites e o desapego ao plano material.” (Para ler o artigo completo, clique aqui.) Diego, meu parceiro terapêutico, indicou o filme e identificou a metáfora do renascimento. Ele teve o cuidado de não contar o final e elegeu algumas cenas importantes. Como a cena da posição fetal que Ryan assume, imersa em sua solidão e a outra cena que ilustra sua dificuldade de se “desprender”, “deixar ir” - não só do cordão que a prende (umbilical?) -, mas de sua perda. Concordo plenamente com ele, toda a trama aponta para um processo de luto, de fechamento de ciclo, de renascimento, de reencontro com a vida. A sensação de angústia, de desamparo, de dor e desespero está presente na trama. Aquele momento de impasse, quando beiramos a desistir de tudo, tamanho desespero, está lá. Linda mas também angustiante metáfora, que pode nos remeter a questões tanto pessoais como universais. O renascimento de um único ser ou de toda humanidade estão ali para quem quiser perceber. A sobrevivência é, sem dúvida, tema do filme, que entre outras coisas nos faz refletir sobre a sobrevivência não só do planeta terra, da humanidade, mas principalmente sobreviver às intempéries dessa jornada chamada vida.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Khamoshi

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ASSUNTO
Deficiencia auditiva, relações afetivas, familiares e sociais, preconceito.
SINOPSE
1996 -Khamoshi conta a história de uma família dividida entre o silêncio e a música. Joseph (Nana Patekar) e Flavy (Seema Biswas) são um casal de surdo-mudos, e sua filha Annie(Manisha Koirala) é uma cantora talentosa e apaixonada por música que tem que cuidar dos pais. Após conhecer o compositor musical Raj (Salman Khan) ela se vê dividida entre dois mundos diferentes.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Depois de seduzida e surpreendida por alguns filmes indianos, como TODA CRIANÇA É ESPECIAL, 3 IDIOTAS e MEU NOME É KHAN, descobri alguns sites e/ou páginas de Orkut que disponibilizam alguns filmes indianos para baixar. Assim, tenho obtido novas surpresas, de filmes velhos ou novos, brindando essa forma peculiar indiana de fazer filmes. Ainda que não consiga imaginar a variedade de temas discutidos em seus filmes e os diversos estúdios de filmes indianos que nos são negados, opto por compartilhar aqueles que considero interessantes, no que tange a psicologia. Kamoshi é um filme sensível que compartilha as angústias e conquistas de Annie, a filha de dois surdo-mundos. Seus pais vivem em Goa, superando obstáculos e dificuldades sociais para formarem sua família. O casal conta com a ajuda de Maria, a avó, que não só auxilia na educação das crianças, Annie e Sun, como também os apresenta o universo da música. Ainda jovem, Annie perde o irmão e a avó, o que faz com que ela se torne a voz dos pais, se afastando da música por muito tempo. Já adulta, ao se apaixonar, Annie faz as pazes com a música através de Raj. Ainda que seus pais tenham se afastado da igreja desde a morte do filho, Annie mantém sua ligação e tenta fazer uma ponte entre o universo silencioso de seus pais e o mundo de sons e melodias capazes de tocar o coração. Os dramas dessa família envolve não apenas as dificuldades devido a deficiência auditiva dos pais, mas, principalmente, do isolamento causado pelo desrespeito às diferenças. A trama tem um toque indiano, ao apresentar romance, drama, musical, e, até comédia em um único filme, sem que nenhum dos estilos predomine ou torne a experiência cansativa. É um filme emocionante, sensível e rico, que discute o preconceito sob diferentes perspectivas, além de falar de intolerância com as diferenças, e, a sobrecarga emocional que pais podem delegar aos filhos, quando querem impor sua forma pessoal de ver o mundo aos seus.



sábado, 13 de abril de 2013

SEM MEDO DE VIVER

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Transtorno de Estresse pós-traumático, relação terapêutica, familiar e social.
SINOPSE
1993 - Max Klein é um dos pouco sobreviventes de um acidente aéreo que vitimou a maioria dos passageiros. Afetado pela experiência, o comportamento de Max começa a sofrer grandes alterações. Não consegue retomar a sua vida, afasta-se da família e, julgando-se invulnerável, procura situações de risco, como andar no topo de arranha-céus. Depois de várias tentativas frustradas para ajudar Max, o psicólogo Bill Perlman apresenta-lhe outra sobrevivente, Carla Rodrigo, uma mãe traumatizada pela morte do seu bebê no acidente, e juntos vão iniciar o caminho para resolver os seus problemas...
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Um filme intenso, sensível e psicológico, que retrata bem o que vem a ser o Transtorno do Estresse pós-traumático (TEPT) - é um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando se recorda do fato, ele revive o episódio, como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais. No filme, o acidente de avião é o evento que altera a vida dessas pessoas, que reagem de forma diferente ao trauma.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ponto de vista

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Percepção, gestalt-terapia, relações humanas e sociais, visão de mundo.
SINOPSE
O presidente dos Estados Unidos, Ashton (William Hurt), participará de uma conferência mundial sobre o combate ao terrorismo em Salamanca, na Espanha. Thomas Barnes (Dennis Quaid) e Kent Taylor (Matthew Fox) são os agentes do Serviço Secreto designados para protegê-lo durante o evento. Entretanto logo em sua chegada o presidente é baleado, o que gera um grande tumulto. Na multidão que assiste ao atentado está Howard Lewis (Forest Whitaker), um turista americano que estava gravando tudo para mostrar aos filhos quando retornasse para casa. A partir da perspectiva de diversos presentes no local antes e depois do atentado é que se pode chegar à verdade sobre o ocorrido.
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OLHAR DA PSICOLOGIA
Indicado por uma professora da pós graduação, o filme lustra conceitos que são caros, não só para a Abordagem Gestáltica, mas para a psicologia e o estudo da percepção.  Ao voltar várias vezes no tempo e contar o episódio pela visão de cada um, o filme abre possibilidades para pensarmos em acontecimentos corriqueiros de nossas vidas. Diferente da relação causal, tão facilmente aceita, a trama nos oferece uma visão de sistema, onde a alteração em um elemento irá mudar a configuração do fato, transformando-o em outra história. Diante disso, a cada ponto de vista, temos uma nova versão. A percepção de cada um é o ingrediente que permite diversas verdades para um mesmo acontecimento. É preciso destacar a importância de interligar as diferentes versões para chegarmos a uma compreensão diferente do episódio. Entretanto, nenhuma das versões vivenciadas pode ser considerada inverosímel, podendo ser alterada por cada novo elemento.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Click

ClickASSUNTO
Relações familiares, afetivas e sociais, valores, auto-suporte, momento presente, controle, conceitos gestálticos.
SINOPSE
Michael Newman (Adam Sandler) é casado com Donna (Kate Beckinsale), com que tem Ben (Joseph Castanon) e Samantha (Tatum McCann) como filhos. Michael tem tido dificuldades em ver os filhos, já que tem feito serão no escritório de arquitetura em que trabalha no intuito de chamar a atenção de seu chefe (David Hasselhoff). Um dia, exausto devido ao trabalho, Michael tem dificuldades em encontrar qual dos controles remotos de sua casa liga a televisão. Decidido a acabar com o problema, ele resolve comprar um controle remoto que seja universal, ou seja, que funcione para todos os aparelhos eletrônicos que sua casa possui. Ao chegar à loja Cama, Banho & Além ele encontra um funcionário excêntrico chamado Morty (Christopher Walken), que lhe dá um controle remoto experimental o qual garante que irá mudar suaa vida. Michael aceita a oferta e logo descobre que ela realmente é bastante prática, já que coordena todos os aparelhos. Porém Michael logo descobre que o controle tem ainda outras funções, como abafar o som dos latidos de seu cachorro e também adiantar os fatos de sua própria vida.
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O OLLHAR DA PSICOLOGIA
Eu já tinha assistido ao filme, mas por tê-lo feito muito antes de criar Psicologia & Cinema, não tinha ainda pensado na possibilidade de postar a respeito. Recentemente, encontrei um recado com questões sobre Click e o encarei como uma sugestão. Portanto, após rever o filme, dou asas às minhas percepções e compartilho com vocês. A primeira coisa que me veio a cabeça tem a ver com uma mensagem divulgada no facebook recentemente, afirmando algo semelhante ao tema principal do filme.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pelos meus olhos

 
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Violência doméstica, relações familiares, casal e família, herança transgeracional, psicoterapia, processo terapêutico.



SINOPSE
A história de uma mulher que, numa noite de inverno, foge de casa levando o filho e mais algumas poucas coisas. Ela sabe que o marido vai procurá-la e isso a deixa apavorada. Ela é tudo para ele. Ele diz, inclusive, que foi ela que lhe deu os seus olhos. Ao longo do filme, as personagens vão revelando um fascinante quadro familiar, através do qual saberemos quem é quem e onde os conceitos de lar, amor e proteção se confundem com inferno, dor e medo.


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Concordo com Sérgio Vaz em 50anosdefilmes- clique aqui, quando diz que o filme é muito mais que uma boa surpresa, é uma obra excepcional. Trata-se de um filme espanhol de 2003, que fala sobre violência doméstica da forma mais clara e verdadeira possível. A trama é atual e se revela indigesta, tendo em vista que o tema é por si só difícil. Não é nada fácil assistir ao que insistimos em evitar. O processo se desenrola diante de nossos olhos, desde o primeiro momento no qual a esposa decide, na calada da noite, sair de casa. Ela já não podia mais aguentar aquele cotidiano violento.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
 Mas, como acontece na maior parte desses lares doentes, ele entra na terapia de grupo e a convence mais uma vez a voltar. Ela, mais uma vez, se entrega de corpo e alma à relação. PELOS MEUS OLHOS é o título em português, pois o original já traz em seu título o discurso de doação de si mesma ao esposo (Te dou meus olhos), ela coloca nas mãos do esposo todo seu corpo e sua alma. É incrível a verdade retratada, onde a esposa, ao retornar ao lar, acredita na possibilidade de nunca mais acontecer e se volta contra as pessoas que confrontam a situação real. O mundo passa a ser perseguidor daquele amor que é parte dela mesma. Esse outro é parte de si mesma, o que revela que o marido não é o único pouco saudável na relação. A terapia de grupo é retratada deflagrando diferentes pessoas com o mesmo problema, os agressores.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Medianeiras: Buenos Aires na era do Amor Virtual

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Depressão, solidão, síndrome do pânico, rejeição, relações afetivas, sociais e virtuais, fobia social, psicologia social, clínica e escolar.

SINOPSE
Mariana e Martin são dois jovens solitários que moram em prédios vizinhos, mas não se conhecem. Ambos vivem num mundo interior que é contado ao espectador através de narrações e colagens de imagens. Compartilham as mesmas angústias de milhões de pessoas no mundo inteiro; solidão, isolamento, dependência de antidepressivos e problemas de relacionamento. Quase se esbarram a todo o momento, mas se tivessem uma oportunidade de ficar a sós poderiam juntar suas solidões.
Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Virtual conta a história de Martin, Mariana e seus desencontros. Eles vivem na mesma cidade, na mesma quadra, em apartamentos um de frente para o outro mas nunca conseguem se encontrar. Só conseguem se relacionar via internet. Se conhecem online, mas na vida offline se cruzam sem saber da existência um do outro. Como se encontrar no mundo "real" em uma cidade de 3 milhões de habitantes? Nas palavras de seu diretor Gustavo Taretto, "Medianeras é o resultado de várias ideias, que em algum momento -- que eu nem sei dizer qual -- começaram a se unir. A maioria delas é o resultado de minhas observações e da minha curiosidade sobre Buenos Aires e seus habitantes que muitas vezes vivem suas vidas mais na internet do que fora dela.
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O OLHAR DA PSICOLOGIA
Antes de qualquer coisa, devo admitir que as indicações da colega Renata Rodrigues são sempre nota mil. Ela escreveu em meu face: Filme fantástico onde percebo que são suscitadas bastante questões emergentes de forma poética e metafórica: O que estamos buscando? Que sentimentos tentamos evitar sob a fulgaz sensação de proteção e um possível afastamento das relações verdadeiramente humanas, do que é belo, do que realmente vale a pena ser vivenciado, muitas vezes, tentando nos proteger sobre a carcaça emocional proporcionada pela virtualidade como um todo?Através de narrações em off dos próprios personagens e com passagens de tempo marcadas por estações do ano, a história de dois jovens é contada em paralelo, com bom humor, ironia e uma pitada de reflexão que remete às nossas próprias realidades quando o assunto é o afastamento cada vez maior que temos do convívio das pessoas por conta do ritmo frenético e das mudanças de comportamento do mundo moderno. A frase de Martín “A Internet me aproximou do mundo, mas me afastou da vida” representa bem algumas das mensagens deixadas pelo filme. O título Medianeiras? Creio que não há uma definição única, só assistindo para darmos a nossa atribuição de sentido ao nome. Recomendo muito! Patricia Araujo Santos, dê uma olhada, tenho certeza de que irá adorar! - Ela tem razão, eu adorei! Um pouco mais que isso, se é possível, amei!
O início do filme me lembrou muito as aulas de Psicologia Escolar com a professora Marcia Parga. No estágio, fazíamos um trabalho de visitação às escolas, onde tínhamos que fazer um “diagnóstico físico” da mesma. A experiência me fascinou, pois não servia somente para escolas. Nós registrávamos tudo que era observável na disposição física do lugar, para que depois tentássemos compreender o que aquela aparência informava a respeito da instituição. Depois de compreender melhor o processo, percebi que estava ali uma evidência clara de que é possível estar disponível à sensibilidade através do que nos é óbvio, mesmo que a aparência tenha o histórico de nos enganar. De fato, estar disponível ao óbvio é o ato de conseguir perceber com sensibilidade o que de fato está sendo mostrado, sem explicações, apenas descrevendo: O fenômeno se revela no óbvio.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Eu me chamo Elisabeth

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Rito de passagem, separação, abandono, solidão, depressão infantil, saúde mental.
É um filme delicado, que fala um pouco sobre solidão infantil e o rito de passagem da infância para a adolescência. Enquanto o casamento dos pais está em processo de dissolução, Elisabeth está em situação de isolamento. A mansão é muito grande e a falta de contato com outras pessoas, vai fazendo a menina sentir-se abandonada, chegando a apresentar sintomas de depressão. Sua carência fica evidente quando encontra no paciente psiquiátrico uma oportunidade de fazer amizade, se relacionar. Há que se observar muitos aspectos da vida moderna na trama. Gostaria de chamar a atenção para a situação de carência da criança, hoje tão comum nas famílias “modernas”. A importância das relações sociais para a construção de nossa identidade é notória. Quantos pais e mães deixam seus filhos, seja por necessidade ou negligência, em situações parecidas? Seja em casamentos em crise ou não, qual é o círculo de convício das crianças? Outro aspecto que me chamou a atenção foi o contato puro que fez com o paciente fugitivo.
Trabalhei um tempo com pacientes psiquiátricos graves, e percebi o quanto a falta de amor, carinho e atenção, os prejudica. A desospitalização, processo que rompeu com o tratamento desumano dos manicômios, não foi suficiente para reparar esse equívoco. A intolerância coma as diferenças ainda permanece em nossa sociedade, até mesmo no interior da família.  O funcionamento diferente do que consideramos “normal” se torna sempre algo a ser excluído, isolado ou pior, ignorado. Percebam que o rapaz, mesmo com problemas mentais, constrói um vínculo forte com a menina. A relação é elaborada aos poucos,  com carinho, cuidado e pureza. Não há qualquer pré-julgamento em Betty quando se aproxima do rapaz, que se transforma em seu porto seguro. Na escola, as relações são frustrantes, pouco confiáveis. A relação da criança com o paciente psiquiátrico vai sendo fortalecida, até o momento que é necessário tirá-lo da cabana, pois será transformada em sala de jogos. Ela o orienta, vence seus medos e o acompanha, dando-lhe instruções para viagem. Aos poucos, seu desamparo ressurge e a dor a impulsiona para buscar seu fim. E seu amigo reaparece e a resgata de um possível suicídio. Os conflitos familiares motivam a  fuga  com seu amigo. E, é também no final do filme, que o amigo a salva. O mesmo que é considerado suspeito de tê-la seqüestrado é quem, apesar de seu estado mental, tem a lucidez “emocional” suficiente para resgatá-la. A cena nos convida a refletir sobre a importância do carinho, cuidado, atenção nas relações em geral, independente das diferenças. Vale a pena conferir, é um filme tocante!
SINOPSE
Na trama, passada na década de 1940 no interior da França, uma garotinha assustada vive com seus pais e irmã numa mansão ao lado de uma clínica psiquiátrica. O pai é diretor do local e se vê às voltas com o sumiço de um dos pacientes, justamente enquanto luta para manter o casamento. Deixada praticamente sozinha durante o dia, apenas na companhia da babá deficiente mental, a pequena Betty (Bellugi) certo dia encontra o fugitivo escondido na cabana ao lado de casa - e passa a cuidar dele. A relação se torna seu segredo mais íntimo e a única coisa pela qual ela tem controle em meio às difíceis mudanças de sua vida. Clique aqui.
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domingo, 8 de janeiro de 2012

A garota ideal

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Relações familiares, afetivas e sociais, solidão, suporte, solidariedade, saúde mental.
Mais do que garota ideal, o filme nos apresenta uma “sociedade ideal”, onde a solidariedade impera. Muito interessante esse aspecto do filme, pois toda a comunidade participa efetivamente do tratamento de Lars, um homem que apresenta dificuldade nas relações. Ainda que seja solícito e educado, fica clara a sua dificuldade em se relacionar intimamente. No entanto, a trama revela aos poucos os traumas de sua infância, fazendo um paralelo entre a gravidez de sua cunhada e seu nascimento. O personagem faz de seu delírio um caminho para elaborar suas questões e caminhar para seu crescimento. Pesquisando na internet é possível encontrar olhares diversos e mais detalhados sobre os aspectos psicológicos do filme, apoiado nos mais diversos teóricos. Alguns consideram a boneca como um “objeto transacional”, semelhante à fralda, ao amigo imaginário ou ao boneco que a criança utiliza para lidar com a separação da mãe e o início de sua autonomia. Outros destacam a importância do suporte da família e da comunidade no processo de desenvolvimento do personagem. O fato é que seu delírio acaba sendo uma poderosa ferramenta para elaborar suas questões mais doloridas, permitindo o desenvolvimento de suas potencialidades. As questões familiares vão aos poucos sendo passadas a limpo, libertando também o irmão mais velho de seus fantasmas. Outro aspecto interessante é como o filme aborda a solidão e as diversas tentativas de elaborá-la. Observem que no trabalho, outros personagens se valem de objetos para lidar com a própria solidão. É um filme simpático, charmoso e leve. Concordo com Luiz Zanin, quando diz que o filme “ Soa como uma pequena fábula, que convida o público a distanciar-se da necessidade do realismo a qualquer preço”. Leia mais clicando aqui.
SINOPSE
Lars Lindstrom (Ryan Gosling) é um homem tímido e introvertido, que vive na garagem de seu irmão mais velho, Gus (Paul Schneider), e sua cunhada Karin (Emily Mortimer). Lars apenas acompanha o desenrolar de sua vida, sem se mexer para algo. Até que um dia ele encontra Bianca, uma missionária religiosa, através da internet. O problema é que para as pessoas Bianca não é alguém real, mas a réplica de uma mulher, feita de silicone. Só que Lars acredita piamente que ela é um ser humano, o que faz com que se torne seu apoio emocional. Preocupados, Gus e Karin decidem procurar o conselho de uma psicóloga, que recomenda que concordem com Lars enquanto ele lida com seus problemas pessoais.
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Um golpe do destino

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ASSUNTO
Empatia, psicologia hospitalar, auto-suporte, humanismo, ética médica, doença.
Assisti pela primeira vez, ainda na faculdade. Desde então, tenho procurado para rever e postar com minha apreensão do momento, visto que naquela ocasião já tinha marcado bastante. É realmente um filme magnífico que foca especificamente a relação médico-paciente. Mas, não deixa de apresentar uma visão bem delicada de todo tipo de relação. Para mim, particularmente, foi importante verificar a importância da psicologia hospitalar. Sim, pois ainda que o personagem em questão tenha a oportunidade de estar do outro lado e por isso rever seus conceitos e sua forma de se relacionar com o paciente, nem sempre isso é possível. No início do filme, somos pegos por um sentimento de revolta perante o comportamento desumano do médico com seus pacientes. Entretanto, um olhar neutro é capaz de também ver o lado do profissional que lida com a morte todo o tempo. Fica muito claro que a impessoalidade da maior parte desses profissionais nada mais é do que um mecanismo de defesa, para suportar o enfrentamento com perdas diariamente. Mas, então, como é possível dosar esse mecanismo de defesa de forma a não comprometer o atendimento à pessoa do cliente? É aí que encontramos a importância da psicologia hospitalar, que dentre outras funções, esta apta a prestar um caro serviço aos que circulam nos corredores hospitalares. Certamente, o filme nos provoca outras reflexões, seja sobre relações sociais, familiares, afetivas ou sobre vida e morte, duas certezas que rondam a humanidade. Importante perceber que o que o movimento de transformação do personagem começa após alcançar um olhar sobre si mesmo. E quem realmente dá uma lição de vida é a personagem que enfrenta a proximidade da própria morte, fantástico! E o que dizer sobre a doença em si? No filme é retratada a reação do indivíduo nos 4 estágios da doença: negação, revolta, depressão e enfrentamento.
Além da indicação para qualquer profissional de saúde, o filme é recomendado para todos, tendo em vista que a fita fala da humanidade de cada um de. Ainda que os assuntos abordados no filme sejam difíceis, eles são explorados de forma leve, tocante e bem humorada, inesquecível!
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SINOPSE
Um médico de sucesso, rico e arrogante. Até o dia em que descobre ter um câncer na garganta, o que o leva a uma reflexão profunda sobre sua vida. Como é a reação de um famoso cirurgião que por força do destino se vê na situação de paciente? Essa é uma experiência que certamente enriqueceria qualquer currículo médico. Para o doutor Jack McKee se traduz em uma lição de vida. O convívio com outros pacientes em igual condição o faz despertar para a importância do afeto e da compaixão, alterando radicalmente seu comportamento como médico.
Um filme elogiado pela crítica e que reúne novamente após o sucesso de Filhos do Silêncio, a diretora Randa Haines e o brilhante Willian Hurt.
Uma história emocionante que é retratada com doses exatas de sensibilidade e de bom humor.
O filme é centrado na vida de um renomado cirurgião, arrogante, egoísta e até mesmo indiferente aos seus pacientes, chegando a referir-se a eles como números, leito ou pela enfermidade que os acomete. Em sua vida pessoal percebe-se o afastamento criado entre ele e sua esposa, como também em relação ao seu filho, devido à falta de tempo e aos seus inúmeros compromissos.
Tudo isso começa a mudar depois que o doutor percebe que aquela tosse, ignorada a um certo tempo, começa a se agravar, chegando em certa ocasião a cuspir sangue. Quando se submete a exames específicos descobre, através de uma frase fria e direta, o que acometia sua garganta : “você tem câncer”.
A partir desse momento o médico, antes seguro de si e auto-suficiente, passa a demonstrar fragilidade e angústia diante de seu quadro. Agora ele não se via mais na condição de médico e sim de paciente, assim, sente o que é enfrentar a burocracia e a indiferença dos médicos, o que é esperar por horas o resultado de um exame, o que significa ser apenas mais um número. Ao passo que vai percebendo o quanto está sendo maltratado como paciente, vai mudando seu comportamento, inclusive com seus próprios pacientes. Percebe a importância de explicar-lhes o procedimento que está sendo adotado, a importância de chamá-los por seus nomes, de dar-lhes atenção; enfim, de tratá-los como pessoas. Uma cena que chama a atenção para isso é quando leva seus residentes a uma determinada ala do hospital e fala da importância de saber lidar com o paciente, afirma que para saber isso a melhor forma é se passar por paciente e sentir a angústia e o medo do mesmo, por isso avisa que a partir daquele momento os residentes seriam internados ali mesmo e passariam pelo procedimento padrão ao qual seus pacientes seriam submetidos. Leia mais clicando aqui.
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sábado, 7 de janeiro de 2012

Com amor... da idade da razão

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ASSUNTO
Relações familiares, afetivas, sociais, auto-percepção, filosofia, psicoterapia.
Não sei se eu estava cansada, mas o fato é que cochilei no começo do filme. Ainda pensando que não valeria a pena, fui despertada por uma cena corriqueira, e aí, não pisquei mais o olho. O filme é tudo de bom. O resgate de nossa criança nos é relembrado a cada instante. Sim, quantos de nós esquecemos a criança que ainda habita em nós? E ainda chamamos isso de “amadurecer”... Será? Nossa criança é aquela que sente, pouco explica, apenas nos lembra quem somos realmente. Pois bem, o filme é um convite à reflexão, vale à pena conferir!
SINOPSE
Sophie Marceau é Marguerite Flore, uma bem su­cedida empre­sária que, ao completar 40 anos, recebe uma carta de uma garota de sete anos. A mensagem, porém, foi escrita por ela mesma na infância e pediu que o tabelião da cidade onde vivia, na França, lhe entregasse em 2010. Isso porque ela queria ter certeza sobre o rumo que a sua vida tomaria e o que havia planejado, ainda pequena, para quando crescesse. Além de trabalhar feito doida e de ter o marido que não era aquele com que sonhava em casar, o espectador vai acompanhar as mudanças no seu comportamento, além da (falta de) relação com o irmão e o sobrinho. Assim, o desenvolvimento da personagem pode fa­zer, por exemplo, com que o espectador também acompanhe o rumo da sua própria vida e, portanto, fazer uma auto-avaliação. Afinal de contas, não é só na tela grande que a vida nem sempre toma o rumo que se pretende.
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Meia noite em Paris

meia noite em paris ASSUNTO
Relações afetivas, sociais, familiares, auto-suporte, sonhos
Mas no decorrer da história, percebi que esse filme é uma arte experimentada. Arte essa que não é só o conhecer como o "expert" Paul falava e sabia sobre tudo. É uma arte de sentir, assim como o protagonista Gil sentia. Sentia cada detalhe... Como o prazer em caminhar na chuva nas ruas de Paris, sentia a música, sentia de maneira sensível a vida por meio da arte. E por isso, talvez quisesse voltar ao tempo, pois, a sua vida atual, a sua noiva, não permitiam que ele vivesse todos os seus instintos de criatividade, sensibilidade. Leia mais..
É então que se percebe que Meia Noite em Paris não quer ser simbólico, metafórico, surrealista ou cheio de leituras (como eu já citei), mas sim só contar essa história, juntar esses personagens nessa história de amor e, no final das contas, ter a certeza de que o presente sempre parece insuficiente para quem não tem limites para sonhar e às vezes perceber que a única coisa necessária é esse momento de chuva sobre Paris que (realmente) acaba deixando-a muito mais bonita. Leia mais, clicando aqui
Enquanto a família é o típico retrato do conservadorismo e do consumismo norte-americano o futuro genro manifesta inquietações com relação a seu trabalho. É um escritor de roteiros para Hollywood, mas sente-se confuso e busca, não necessariamente o sucesso financeiro, mas algo mais denso e com significado em seus escritos. (...) Não se trata, simplesmente, de rejeitar a vida atual e perder-se em um passado supostamente glorioso, trata-se mais de, diante das atribulações do presente, buscar no passado algum tipo de suporte que ofereça inspiração, segurança e simplicidade. É isto que buscamos em nossas fantasias de revivência do passado. (..) Ou corremos atrás de nossos desejos e, portanto, construímos nosso destino, ou continuaremos a nos contentar com marcas e grifes. É um pouco disto do que nos fala o filme de Allen. Clique aqui.
Em resumo, Meia-Noite em Paris é mais uma análise psicológica do ser humano e sua falsa concepção do ideal, sua eterna busca por uma perfeição inalcançável. A diferença, é que nesta nova produção, a percepção de que sempre ambicionaremos algo avulso à nossa realidade (seja a Renascença, os anos 20, La Bella Epóque) enquanto esta, posteriormente, será alvo de desejo de outras gerações, é feita de maneira otimista provando ainda haver no genioso diretor/roteirista/derivados um resquício de amor e admiração por essa irreverente metamorfose que chamamos de vida. Mais aqui
SINOPSE
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.
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terça-feira, 24 de maio de 2011

Lixo Extraordinário

lixo ASSUNTO
Relações sociais, auto-suporte, contato, cultura, arte, processo terapêutico.
Esse foi um dos filmes mais impactantes que assisti e por isso se tornou tão difícil postar. Várias vezes, eu me sentei diante do computador para tentar reunir informações, que fossem suficientemente capazes de descrever a experiência. Percebi ser impossível sintetizar. Buscar no “Papai Google” complicou a situação, pois a infinidade de relatos é grande. Como compactar tudo isso? Impossível. Qualquer palavra sobre ele se torna pequena ou simplória demais diante da avalanche de sentimentos que causa. Lixo extraordinário consegue transformar um documentário que poderia ser chato e monótono em quase uma ficção. É realmente extraordinário! E ainda tem outro mérito fantástico, porque você não precisa ter nenhum conhecimento prévio sobre arte ou artista, pois tudo é devidamente apresentado. Lixo Extraordinário é daqueles filmes para serem vistos de coração aberto. Importante é ver, pensar e se emocionar. O motivador, emocionante e sensacional Lixo Extraordinário é uma aula de humanidade e cidadania que vai te tocar profundamente. Por esse motivo, convido todos para participarem do fórum, somando sua experiência. É um filme fácil de encontrar, até mesmo para assistir online, não perca!
Os diretores tiveram uma excelente sacada de entrelaçar o trabalho do artista plástico com a vida dos catadores de material reciclado, focando todo o processo de “transformar lixo em arte (...). e se transformar durante o processo”. Vik começa a conhecer as pessoas e vamos percorrendo os seus passos na construção do seu projeto. E tudo é feito por meio de uma montagem extremamente bem construída. Vik Muniz, além de um grande artista, é um ser raro que compartilha com o público sua sensibilidade. Ele diz: “O momento que uma coisa se transforma em outra é o momento mais bonito”. O que Vik propõe se desdobra: O que a arte é capaz de realizar com pessoas? Tudo nos faz refletir, até o quanto realmente essas pessoas mudaram diante daquilo, diante da possibilidade de olhar, não só para a beleza da arte feita justamente daquilo que, para eles é sustento, mas que parece não mais servir para a sociedade.
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O artista:
É impossível enxergar a separação entre os temas, entre o criador, a obra de arte e os verdadeiros artistas. “Lixo Extraordinário” trafega exatamente através dessa teia humana e sensível. Durante todo tempo o espectador é convidado e viajar, não em pequenas histórias, mas sim em pessoas vivas. Os acontecimentos se dão de forma tão natural que, a cada depoimento prestado por uma daquelas pessoas, é uma oportunidade de perceber o que é ser humano. “Lixo Extraordinário” é um filme emocionante e o trabalho de Vik Muniz é tão extraordinário quanto à própria história.
Logo no início do filme, os catadores surpreendem ao mostrar a felicidade e o orgulho que sentem por trabalhar de forma digna, o que já serve como um choque de realidade impactante – capaz de alterar as percepções do espectador.  Engajado inicialmente em um retrato social crítico, com o passar do tempo o filme revela o poder transformador da arte na vida das pessoas. O público é convidado a refletir sobre a questão da marginalização daquelas pessoas, absolutamente excluídas da sociedade. E, depois de sua metade passa a, inevitavelmente, emocionar-se com a transformação que o contato através da cultura é capaz de trazer. Destaco “cultura” como possibilidade de encontro autêntico, o que faz com que os envolvidos sejam tocados e transformados, e, isso é o que há de mais lindo no uso da arte como ferramenta de contato!
Acompanhando um dos catadores indo trabalhar, a câmera observa o personagem bradar sobre o caminhão que “A luta é grande, mas a vitória é certa”, palavras sábias, que escorregam através de um sorriso sem dentes, atropelada pela falta de escolaridade (como o próprio faz questão de lembrar), mas que brilham com os olhos marejados de esperança e do orgulho de estar ali fazendo um trabalho honesto. É fácil o espectador dar de cara com a surpresa desses momentos e perceber que a consciência, tanto de vida quanto ecológica (que está tão em voga), às vezes se descobre muito mais forte em lugares que ninguém imagina. Conhecer as pessoas que trabalham no lixão é um dos pontos mais interessantes do documentário. É a partir dali que aquelas pessoas observam o mundo. Inicialmente doidos para se mostrar para a câmera e com discursos de auto-afirmação na ponta da língua, os catadores contam que lêem livros que encontram no lixão, que passam vergonha na rua por voltarem para casa fedendo, falam dos problemas de relacionamento entre outras declarações. Não é agradável viver no meio do lixo, mas muitas mulheres gostam de deixar claro que é muito melhor estar ali do que na calçada se prostituindo. Os catadores mostram que têm mais consciência sócio-ambiental do que muitos moradores do Leblon e Barra. Em seus relatos eles falam do quanto é perdido nos lixos e como as pessoas desperdiçam suas coisas. E o pior de tudo: pessoas jogam livros no lixo. Podemos perceber que tem gente ali que tem mais cultura e consciência que muita gente de classe média. Tião já leu Nietzsche ("Ah, Nietzsche era um cara que tinha uma filosofia muito maneira", explica) e Maquiavel. Zumbi sonha em construir uma biblioteca com os livros que encontra no lixo que vai de leitura fácil como O Código da Vinci ao livro A Arte da Guerra. Cada ser humano ali tem uma história, um sonho, um futuro.
Os catadores não são apenas objetos para belas fotografias artísticas de Vik em meio à sujeira, mas passam também a serem autores das obras ao darem os contornos necessários – sempre com material retirado do lixo. É fascinante ver os catadores utilizando a matéria-prima que antes não passava para eles de meio de sustentação para fazer arte. Mais fascinante ainda é conhecer essas pessoas, saber o que elas pensam da vida e extrair delas lições de vida. Assim, a emoção daquelas pessoas humildes ao verem o resultado de seus esforços e perceberem suas capacidades intelectuais para produzir, e até mesmo interpretar a arte, é facilmente dividida com o público que, em privado, inevitavelmente pensa que é hora de rever certos conceitos sobre a importância da cultura e os efeitos da exclusão social que leva ao desperdício de talentos.
À medida que os catadores passam a fazer parte do processo de criação de Muniz fica evidente que não há como sair inalterado do encontro. O processo teve um poder transformador na vida deles, e os fizeram pensar diferente e ver que no final de tudo: tudo é arte. E a transformação - que antes parecia tão ingênua ao ser discursada por Vik Muniz na introdução - acontece diante de nós. Mudanças reais aconteceram, como uma das mulheres que largou o marido. Vik se surpreende e pergunta se, então, foi uma mudança ruim, ao que ela responde: “Não, foi maravilhosa! Comecei a me enxergar como pessoa, antigamente eu era um mulambinho”. Quem antes tinha até vergonha de seu trabalho, passou a ter orgulho. Pessoas desacreditadas, sofridas, passaram a ganhar seu merecido valor, e o principal, ganharam voz. Seus rostos foram parar em Londres, sendo admirados por intelectuais em museus, dividindo espaço com Basquiat e sendo leiloados juntamente com peças de Andy Warhol. E o mais bonito é ver a reação deles diante do sucesso, com gratidão nos olhos e dizendo “fui eu que fiz”. É emocionante ver como Tião, o presidente da Associação de Catadores de Lixo do Aterro Sanitário de Gramacho, se emociona ao falar que Deus foi muito bom com ele; ou ainda a senhora que, depois de tanto tempo trabalhando no aterro, se muda para um lugar, mas acaba voltando para lá, pois sentia saudade dos seus amigos; e também o outro lado, da mulher que não deseja voltar para ali nunca mais. O choro de Tião quando vê sua Associação ser roubada dá lugar a uma posterior alegria de trabalhar com arte e de descobrir outra visão de mundo. É na fala de Tião que percebo a melhor descrição da experiência desse encontro com a arte – nesse caso a obra em si, mas que pode ser também o filme, que também é arte ou a vida, que também é transformação. E o brilho nos olhos surge com naturalidade e credibilidade quando ele diz: “Acho que (arte) tem que passar alguma coisa para as pessoas. Você pode não gostar de uma coisa (apenas) porque nunca experimentou”.
Disse antes que o filme fala de processo terapêutico, isso se deve a semelhança desse encontro, da experiência, da transformação da pessoa através da arte. Muniz traz a proposta de retratá-los, tornando possível para cada um se ver de outro ângulo, e assim, descobrir-se, revelar-se. E não é a também a terapia uma forma de arte?
SINOPSE
O documentário mostra o contato do artista plástico Vik Muniz com os catadores de material reciclável do Aterro do Jardim Gramacho, maior da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. A partir da experiência, surge um novo combustível criativo para Vik e, como contrapartida, os catadores diminuem sua distância com a arte e conseguem condições melhores de vida. Muniz recria pinturas famosas, como fez numa série de imagens de crianças que trabalham nas plantações de cana-de-açúcar, usando sobras do processo de refino. Assim, quando a cineasta Lucy Walker indagou Muniz se podia fazer um filme sobre ele enquanto trabalhava em seu próximo projeto, os dois se concentraram naquela que parecia a locação perfeita – Jardim Gramacho. O documentário de Walker explora o processo criativo de Muniz enquanto ele cria novas obras a partir do que os outros deixaram para trás, mas também traça os perfis das pessoas que vivem perto do Jardim Gramacho e sobrevivem separando o útil do inútil. Walker empresta dignidade aos chamados “catadores de lixo”; enquanto eles revelam as coisas valiosas que podem ser encontradas no lixo das outras pessoas e como eles conservam seu orgulho e respeito apesar de suas parcas circunstâncias. O documentário aborda não só o trabalho de Vik, mas também o poder transformador da arte, capaz de alterar não só a realidade das pessoas, mas ainda a percepção de mundo que elas têm.
É arrebatador ver como aquelas pessoas trabalhavam no aterro disputando o lixo em meio aos urubus. E quando aqueles dejetos eram despejados, todos corriam para conseguirem catar o lixo que eles precisavam para serem reciclados. Como o próprio Vik Muniz diz em uma determinada cena, eles foram parar ali porque lhes faltou sorte na vida. E isso fica claro quando eles começam a contar as histórias, de como perderam os seus pais e foram para lá tentar uma oportunidade. Alguns poderiam estar se prostituindo, roubando ou partindo para o tráfico de drogas. Mas, ao invés disso, estão ali em meio àquele lixo para ganharem, ao final do dia, os R$ 50 que ajudarão a viver e a continuar vivendo. É uma verdadeira experiência sentimental capaz de nos fazer dar valor ao que muitos não se dão ao direito de sentir. Serve como protesto, um grito de excluídos que estão à deriva, mas que aos poucos passam a perceber que têm o seu valor. Essas pessoas são as responsáveis pela comprovação de que é possível fazer com que a arte desempenhe um papel social que muitas vezes soa como uma utopia. Logo de cara, aliás, o que mais surpreende em Lixo Extraordinário é constatar a natureza alegre daqueles indivíduos, que, mesmo levando uma existência que o resto da população provavelmente consideraria como o “fundo do poço”, abraçam com orgulho a profissão que, afinal de contas, é responsável por alimentar suas famílias. Sentindo-se obviamente à vontade diante da equipe comandada por Lucy Walker (o brasileiro João Jardim, responsável pelo lindo Janela da Alma, assina a co-direção), os personagens vistos neste documentário brincam, fazem piadas e confissões sem qualquer resquício de auto-censura – e é impossível não se deixar contagiar pela natureza brincalhona de pessoas que, mesmo em meio a um importante protesto, respondem ao chamado para uma greve de fome com um irreverente: “Sim, vamos fazer a greve de fome! Mas meio-dia vou ali almoçar!”. Da mesma maneira, é importante observar como os realizadores conseguem capturar momentos incrivelmente reveladores e dolorosos, como no instante em que a associação dos catadores é assaltada, levando seus dirigentes à desesperança absoluta, e também no momento em que, visitando o barraco de uma das personagens, captura a triste ironia de uma tevê que, no meio daquela miséria, exibe um episódio de Riquinho.
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MAIS SOBRE…
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Jô entrevista João jardim Clique aqui
Entrevista completa do Jô com Tião Santos Clique aqui
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

BOLT, o supercão

bolt o supercao ASSUNTO
Amizade, formação de valores, liderança, motivação, força de vontade, determinação, auto - confiança, auto - estima, criatividade, medo.
Parece um pouco com o mito da "Caverna de Platão", em que Sócrates compara nosso mundo cotidiano a um abrigo subterrâneo. Nessa caverna viviam crianças, tendo as pernas e o pescoço acorrentados de modo que não poderiam mover-se. Eles apenas viam o que estava à sua frente. Perto deles uma grande fogueira projetava suas sombras na parede, fazendo-as acreditar que o mundo real era feito de sombras. Bolt- Supercão não chega perto de tamanha filosofia, mas é uma boa lição sobre quem realmente somos. Meus defeitos, fraquezas e imperfeições definem meu caráter. Neles devo me apoiar para enfrentar a vida real. Uma valiosa lição para a criançada em tempos de competitividade exacerbada e superproteção paterna.
SINOPSE
Bolt é um cachorro que estrela uma série de TV, na qual possui superpoderes. Sua companheira é Penny, com quem vive diversas aventuras. Entretanto Bolt não sabe que o mundo que o cerca é falso, acreditando que realmente possui dons especiais. Quando, nas gravações de um dos episódios, Penny é sequestrada pelo dr. Calico , o vilão da série, ele consegue fugir do furgão em que vive e parte atrás dela. Ao lidar com a vida real é que, aos poucos, ele toma consciência de que não tem superpoderes e é um cachorro normal. Sua imaginação o afasta de sua "humana". Agora com a ajuda de uma simpática gata e um ramster, Bolt quer apenas voltar para casa.
TRAILER

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Como se fosse a primeira vez

ASSUNTO
Relacionamento a dois, casal e família, memória, percepção, relações afetivas
Comédia romântica 2004 - "Síndrome de Goldfield", onde a pessoa esquece o que aconteceu recentemente, lembra somente do passado mais distante, e vive cada dia sem lembrar do "ontem". Deve ser assistido com um olhar sem preconceitos e sem reducionismo. A mensagem é mais ou menos, assim: "Todos nós deveríamos viver como Lucy: aproveitaríamos cada momento da vida e despertaríamos o melhor do nosso próximo e de nós mesmos".ou “que tal, lembramos de conquistar o outro a cada dia, como se fosse o primeiro?”

SINOPSE
O simpático Henry Roth é um veterinário que mora do Havaí e que adora a companhia de mulheres solteiras em passeio à ilha. Entretanto, ele deixa sua vida de playboy de lado quando acaba por se apaixonar por Lucy, que sofre de uma estranha doença: a moça esquece tudo o que acontece com ela ao final do dia. Graças a essa simples premissa, Lucy não reconhece Henry dia após dia como a mesma pessoa, então, o rapaz tem que fazer de tudo para que ela se apaixone por ele, todos os dias!

Janela da alma

janela da alma ASSUNTO
Percepção, emoção, deficiência visual, relações afetivas e sociais.
O que os olhos não vêem o coração não sente, o pior cego é aquele que não quer ver, ver para crer. Se os idiomas estão coalhados de expressões como essas, é porque a visão nos parece algo concreto, indubitável, o mais imediato dos cinco sentidos. Nos servimos dos olhos o tempo todo. Os olhos são a janela da alma. Será? "Janela da Alma" é DOCUMENTÁRIO sobre o sentido da visão. Ou, melhor, sobre os sentidos da visão. Para Agnêz Varda, diretora do filme "Jacquo", a visão é alterada por sentimentos, e há uma grande diferença entre o reconhecimento visual e o emocional. Quando se ama alguém, não se enxergam rugas ou marcas de expressão; o ódio, por outro lado, ressalta todos os defeitos de um indivíduo. Do ponto de vista neurológico, é fato que nem sempre o que enxergamos é o que existe: nosso cérebro é "craque" em nos pregar peças e ativar memórias, existentes ou não.
SINOPSE
Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a importância das emoções como elemento transformador da realidade se é que ela é a mesma para todos.
Crítica aqui
Outro olhar
Um olhar psicológico