ASSUNTO
Saúde mental, Movimento antimanicomial, Arteterapia, Terapia ocupacional, relação terapêutica, relações sociais, afetivas e familiares.
SINOPSE
Ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico
no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da Silveira
(Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem da
esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus colegas de trabalho
discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a ela assumir o
abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de
lidar com os pacientes, através do amor e da arte.
TRAILER
O OLHAR DA
PSICOLOGIA
É
indiscutível a importância de Nise da Silveira, psiquiatra de reconhecimento
internacional ao defender terapias alternativas no tratamento de transtornos
mentais. O filme nos
presenteia com interpretações excelentes, retratando com fidedignidade uma
realidade cruel de sujeitos portadores dos mais diferentes tipos de transtornos
mentais e os procedimentos desumanos adotados na ocasião. A personalidade inquieta, inconformada e
desafiadora da psiquiatra é apresentada na trama, focando prioritariamente o
aspecto humano da profissional. Na tentativa de compreender
melhor as demandas daqueles pacientes, Nise ofereceu um lugar para expressão de
suas angústias, inaugurando um novo canal para trocas. Ela se preocupou com o
aspecto afetivo das doenças mentais, oferecendo espaço para que os sujeitos
pudessem “juntar os cacos” de si mesmo, numa tentativa de integração. Diferentes
aspectos sobre a importância de Nise da Silveira já tem sido exaustivamente discutido
nas críticas e nos diversos artigos sobre o filme. Aqui, escolhemos restringir as
considerações no aspecto humano da trama, desconsiderando o olhar na doença
mental e priorizando a saúde.