ASSUNTO
Perda, luto, relações
familiares, sociais e afetivas.
SINOPSE
Lee Chandler é uma espécie
de faz-tudo do pequeno complexo de apartamento onde vive, no subúrbio de
Boston. Ele passa seus dias tirando neve das portas, consertando vazamentos e
fazendo o possível para ignorar a conversa de seus vizinhos. Em suas noites
vazias, Lee bebe cerveja no bar local e arruma confusão com qualquer um que lhe
lançar um olhar. Quando seu irmão mais velho morre, ele recebe a desagradável
surpresa de sua nomeação como tutor de seu sobrinho. De volta a sua cidade
natal, ele terá que lidar com memórias queridas e dolorosas.
TRAILER
O OLHAR DA PSICOLOGIA
O
filme é um retrato da realidade, razão pela qual, talvez, não tenha
agradado aos que se acostumaram com a “receita pronta” de felicidade, comumente exibida nas telonas. É desconcertante assistir ao comportamento
insensato no qual Lee, entre silêncios, repletos de expressões angustiantes e agressões
gratuitas, transita pela vida. O drama surpreende por sua narrativa realista e
de fácil identificação com as possíveis perdas em nosso cotidiano. O assunto é
conhecido, mas pouco explorado em uma vertente tão sincera, aflitiva, afetuosa
e até engraçada. Todos nós temos alguma dificuldade em lidar com diferentes momentos
de perda e luto, principalmente quando se trata de alguém afetivamente
conectado com nossa existência. Em algumas situações, a perda pode ser
devastadora. Comovente, sem ser apelativo, às vezes cômico, sem virar comédia, o
filme é uma injeção de vida, apesar de falar de morte. É isso mesmo, você corre
o sério risco de sair da sala de cinema mais revigorado. A simplicidade em que
trata de assuntos tão complexos, traz um diferencial para o longa, que não
deixa de provocar algumas reflexões.